Work Of Fire escrita por Clessi Magalhães


Capítulo 21
O começo das revelações.


Notas iniciais do capítulo

Olá, recrutas! Tudo bom?
Muito obrigada pelos lindos comentários! Amei todos! Muito obrigada mesmo! ^^

Mais um capítulo para vocês, espero que gostem!

Vamos a leitura!



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— Eu a tinha pedido em casamento há poucos dias quando ela foi encontrada morta, claro que eu não descansei até encontrei o assassino...

— Foi o Bob? — o interrompi.

— Não. Foi um assassino qualquer, um verdadeiro idiota. — Edward sentou ao meu lado e parecia muito cansado enquanto se perdia em pensamentos, nunca o tinha visto assim. Parecia até... pesaroso. — Ele entregou todos os planos somente com um pouco de tortura. Contou que foi contratado por um italiano e que ar ordens era a de eliminar Annie porque ela sabia demais e já estava causando problemas se envolvendo comigo.

— Então, ela te amava? — murmurei curiosa, ele bufou antes de responder.

— Amava tanto que quase me fez perder tudo.

Sua voz, mesmo irritada, parecia triste ao fundo, eu diria até sofrida. A expressão sombria completava o pacote. Eu poderia o conhecer pouco, mas eu sabia muito bem identificar essa reação. Era a reação de quem sofria com a perda de alguém importante, que se lamentava, e por muito tempo convivi com ela. Uma ideia se formava em minha mente e eu não entendia bem o porquê, mas não gostada nada dela.

— Você... a ama? — receosamente, o perguntei e, mesmo que eu sentisse medo, continuei. — É por isso que não pode ficar comigo?

E no mesmo momento que a pergunta saiu, eu me arrependi. Envergonhada, vi a expressão de Edward mudar de sombria para incrédula, ele levantou-se e foi até a pequena janela.

— Não seja tola, Isabella. Claro que não a amo mais, Annie é passado morto e enterrado.

Literalmente, pensei. Sua resposta causou-me alívio desconhecido, saber que ela já não povoava o coração dele pareceu-me muito bom. Mas, o que eu estou dizendo? E daí que ele não a amasse? Voltei minha atenção para Edward.

— Quanto ao fato de que não posso ficar com você, — endireitei a postura ao ouvi-lo — a missão nos impede. Não sou homem para relacionamentos, demonstrações de afeto e corações. Eu preciso me concentrar na missão, não tenho tempo para esse tipo de coisa.

Miserável! Então por que diabos ele vivia me rodeando?

— Ótimo, também não tenho. — levantei-me da cama e o encarei não me importando com a grande diferença de altura. — Vamos manter o profissionalismo.

Os olhos verdes brilharam perigosamente, era como uma tempestade em suas mudanças climáticas e de humor. Despois de minutos em silêncio, ele estendeu a mão.

— De acordo.

Meus olhos vagaram de seu rosto até sua mão e então voltaram para o lugar anterior, sem hesitação, apertei-a.

— Arrume suas coisas e mais tarde eu virei busca-la para lhe mostrar o andamento da missão.

E, simples assim, ele saiu do meu quarto, deixando-me lá olhando idiotamente para a porta fechada.

***

 

General Edward Cullen

 

Sair daquele quarto foi mais difícil do que pensei, lutar contra as vontades do meu corpo parecia quase impossível de fazer. Não poderia me render, isso implicaria em tornar aquela mulher mais importante do que ela deve ser. Não poderia me dar o luxo de cometer os mesmo erros do passado, confiar em certas mulheres podem nos causar consequências.

Comparando erroneamente Isabella a Annie, vejo duas mulheres cheias de facetas. Uma hora, afloram suas personalidades fortes e arrebatadoras, mas de repente se tornam frágeis, quebradiças, e que precisam de constante proteção. Enganei-me com a imagem que fiz de Annie, não farei novamente com Isabella.

Mulheres distintas, mas perigosas igualmente.

Afastar-me de Isabella ontem foi um martírio. Meu corpo respondia ao dela de maneira assustadora, chegava a ser absurdo a necessidade que tenho de tê-la comigo, de protegê-la. Eu preferia relacionar isso ao seu passado, a forma como uma pequena garotinha perdeu brutalmente sua família muito me consternou. Seria impossível não se abalar com sua história.

Não quero e nem vou cair em sua sedução natural, a missão é mais importante.

Falando nisso, tenho que preparar as evidências para mostrar a Isabella, explicar-lhe tudo seria primordial para que ela seguisse com o plano e não fizesse nenhuma besteira.

Cliquei no ramal o número que correspondia à linha pessoal de Jasper e, enquanto o esperava atender, recostei-me exausto em minha poltrona.

— Venha a minha sala agora. — falei assim que sua voz pronunciou e antes que me respondesse encerrei a ligação.

Minutos depois escutei uma batida firme na porta, autorizei a entrada e um Jasper um tanto divertido sentou em minha frente.

— Não sabia que sua saudade de mim era tão grande e tão urgente.

— Não seja idiota. — ignorei-o e o tom de minha voz o despertou da brincadeira. — Preciso das informações sobre a CRS.

Instantaneamente Jasper ficou rígido e sério, endireitou-se na cadeira ficando mais próximo.

— Chegou a hora? Vai mesmo envolve-la nisso?

— São os pais dela. — respondi como se fosse obvio.

— Edward, isso começou como um plano de vingança seu contra o que eles e Annie fizeram a você, agora está ficando mais sério. Está virando uma bola de neve! — exclamou ele aborrecido.

— Isso é sério para mim desde o início, eles mexeram com a pessoa errada.

— Estamos lidando sozinhos com isso. Eles são mafiosos, ora! — elevou a voz.

— E eu sou General dessa porra! — bati o punho fechado contra a mesa, como que encerrando o caso. — Não vou desistir, nem vou tirar a chance de Bella de também fazer justiça.

— Isso não é justiça, isso é vingança.

— Que seja, não importa. Sinta-se a vontade para deixar a missão, Whitlock.

Encaramo-nos por um instante, expressões mais fechadas e sombrias não havia. E então, o idiota a minha frente sorriu e socou meu braço.

— Nem fodendo, Cullen.

Sorri e retribui o soco vendo-o fazer uma cara de dor e afagar o braço. Gargalhei da sua cara contrariada.

***

 

Isabella Swan

 

Eu queria muito não me aborrecer com o que Cullen disse, queria muito manter o profissionalismo com ele, mas fica difícil quando aquele bastardo não para de me encarar mesmo com o refeitório apinhado de gente. Mike pareceu já ter percebido, já que me cutucava toda vez que eu sentia o peso dos olhos incrivelmente verdes do Cullen, o que acontecia de dois em dois minutos.

— Quer parar com isso? — indaguei baixinho, já irritada.

— Sorry, baby, mas parece que o General que dar os olhos de presente para você. — respondeu igualmente baixo, contradizendo com sua personalidade um tanto indiscreta demais.

— Você deve estar enganado. — desconversei.

— Ah, não, meus olhinhos azulados não me enganam nunca. Sabe, Bellinha, — infantilmente ele enrolou uma mecha do meu cabelo e colocou atrás da orelha, dando-me um sorriso malicioso — se eu fosse você, já teria atacado esse bofe há muito tempo.

Tentei ficar irritada com ele, mas não consegui não sorrir. Mike era uma pessoa que, mesmo que às vezes seja intruso e nem um pouco discreto, não deixava nunca de ser sincero com os amigos e leva-los a gargalhar sem muito se esforçar.

— Idiota.

Sorri distraída, mas logo senti o peso do olhar do Cullen novamente. Tomando coragem de não sei onde, deixei que nossos olhos se encontrassem, me arrependendo logo em seguida. Seu olhar era frio, gélido, não havia um pingo de bom humor em sua expressão. E como nada que já está ruim, permanece da mesma forma, uma loira estonteante passou pelas portas do refeitório, arrancando suspiros encantados dos homens e olhares nada amistosos das mulheres, e atravessou o salão parando, estrategicamente, na frente do Cullen. Para meu espanto, ele levantou e a abraçou ternamente, fazendo uma fúria elevada à décima potencia me consumir.

Ah, Cullen, você não perde por esperar.

 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Logo tem mais!
Comentem, recomendem e adicionem aos favoritos! Ordem do General Cullen! Hahaha

Até mais!

Att,

General Clessi Magalhães.



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