Work Of Fire escrita por Clessi Magalhães


Capítulo 15
Um zangão ou uma colmeia inteira?


Notas iniciais do capítulo

Salve, salve, recrutas!
Primeiro, peço desculpas pela demora para postar. Tive que me ausentar por uns dias por problemas pessoais e de saúde, mas aqui está um capítulo novo.
Segundo, agradeço imensamente por todos os comentários que vocês deixaram no ultimo capítulo. Muito obrigada e, por favor, continuem assim. ^^
Terceiro, bom, er... não tem. (Risos)

Vamos a leitura!



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— Tome.

Encarei a bebida e depois o General, desconfiada. Tínhamos chegado ao seu apartamento a poucos minutos, desconfortavelmente, encolhi-me no grande sofá de couro negro e ali permaneci até que o Cullen tomasse alguma atitude. Nenhum dos dois tinha pronunciado sequer uma palavra.

— Beba, irá se sentir melhor. — insistiu, mas continuei a encara-lo. — Não tem veneno, nem nada do tipo. — afirmou impaciente.

Segurei o copo com as duas mãos trêmulas e bebi um grande gole, o whisky desceu rasgando por minha garganta, quase me fazendo engasgar.

— Devagar, não precisa se embebedar. — repreendeu.

— Agora pode me explicar como sabe dos meus pais?

— Acho que não sou o único a ter que dar explicações aqui. — provocou, depois de pegar uma bebida para si e sentar na poltrona a frente. — O que acha que estava fazendo, Isabella?

— Isso não é da sua conta.

— Ah, não? Agredir um dos meus agentes em um beco fético, enquanto ele está bêbado, não é da minha conta? — vociferou e levantou novamente.

Preferi ficar calada, provoca-lo agora sem saber o que ele realmente achava da situação, não seria nada bom. Observei o líquido marrom no elegante copo e bebi o resto, sem conseguir evitar a careta com o gosto amargo. O Cullen pareceu ficar impaciente com minha falta de resposta, saiu da sala e voltou minutos depois com um notebook. Mesmo muito curiosa, evitei não ficar o observando diretamente, mas ele logo colocou o notebook em minha frente e minha fingida indiferença foi pelos ares.

— Eu poderia simplesmente falar, mas talvez seja melhor você ver.

O encarei antes de desviar os olhos para seu computador, no começo não entendi bem o vídeo que passava, parecia um grande caixote de aço. Não um caixote qualquer, parecia mais um... cofre. Alguns segundos depois a enorme porta de aço é aberta e dois homens entram, os minutos seguintes são seguidos de movimentos para retirar barras de ouro, chegada de policiais, prisão, tiros e morte. Depois o Cullen adiantou o vídeo e nele apareceu uma van preta no final da rua de um banco, algumas pessoas correram até ela e depois sumiram.

— Esse foi o dia em que seus pais furtaram um banco na Itália. O homem morto é Laurent e o que foi preso é Caius Volturi, irmão de Aro.

Voltei um pouco o vídeo, sem prestar muita atenção no que ele dizia, e em meio aos rostos de homens fortemente armados, identifiquei o rosto assustado do meu pai. Seu rosto diferente do que eu me lembrava, sua imagem conservada em minha mente não parecia muito com aquela. Em minha mente eu o idealizava como meu herói, sempre com um sorriso terno que chegava a enrrugar seu rosto, mas, aquele homem que manuzeava tão bem aquela enorme arma, era estranho para mim.

— Por que está me mostrando isso? — murmurei.

— Porque isso foi o estopim de tudo. — ele então virou o notebook para ele e abriu outro arquivo. — Depois desse assalto e prisão de Caius, Aro ficou furioso, mas não agiu de imediato.

— Espera. Quem é Aro? — perguntei confusa.

— Aro era o chefe dos seus pais, um homem sem escrúpulos gerindo um mundo de corrupção, protituição, exploração de menores, assassinatos, furtos e afins. Um homem que destrói uma vida todos os dias. — o Cullen levantou furioso, sua expressão era tão sombria que eu me encolhi no sofá. — Você queria sua vingança em cima de Bob, mas ele não é nem metade do seu problema, Isabella.

— O que?

— Bob matou seus pais sim, mas a mando dos Volturi.

Ofeguei. E eu achando que estava perto de concluir minha vingança, não estava nem perto. Eu devia ter pensado, claro que aquele verme não faria isso sozinho. Mas como...

— Como sabe disso?

O General parou de costas para mim, a tensão e fúria pareciam estar em cada póro de seu corpo, antes de virar para responder, ele suspirou.

— Investigo essa máfia italiana a algum tempo, há um grupo que me ajuda com isso. Descobrimos que Bob é um infiltrado, ele queria, além de ter acesso aos computadores do Departamento de Tecnologia, depistar-nos de missões mais importantes da máfia. Algumas ele conseguiu...

— Como a que matou meus pais? — o interropi.

— Isso. Todos os agentes que o ajudou nesse dia estão afastados, menos ele. É como diz o ditado, matenha seus amigos perto e seus inimigos...

— Mais perto ainda. — completei. — Como descobriu sobre mim?

Ele foi até o pequeno bar e preparou outro drink, e então sentou ao meu lado.

— O assassinado dos seus pais foi a primeira missão de Bob, Aro foi o mandante do crime, Bob é só um pau mandado dele, como eu já disse. Como era suspeito por não ter praticamente nada sobre ele nos computadores do governo, foi relativamente fácil estabelecer uma ligação com os Volturi pesquisando a fundo sua origem. — ele fez uma pausa para relaxar no sofá e tomar um grande gole do whisky, foi a primeira vez que o vi despido de sua superioridade. Algum sentimento estranho surgiu em mim ao vê-lo tão... cansado. — O que eles não lembraram, foi que os Swan tinham uma filha e que ela desapareceu misteriosamente do mapa. Mais algumas pesquisas e chegamos ao agente Adam, designado secretamente para te proteger.

— Então, todos sabem quem sou? — engoli a seco.

— Não, Jasper cuidou para que todas essas informações secretas permanecessem secretas.

— Por quê?

— Querendo ou não, você é uma parte importante nesta investigação, eu só precisava saber de que lado você estava.

— Como assim de que lado eu estava? — levantei indignada. — Acha que eu estaria de que lado? Daquele assassino?

— Dos Volturi. Afinal, seus pais trabalhavam para eles. — colocou o copo sobre a mesa e veio até mim. — Você tem que entender que o que você está se metendo é muito maior do que imagina, Isabella. Se é vingança o que você quer, terá que atingir os pontos certos. Você decide, ou continua levando sua vingança sozinha contra um simples zangão, ou se junta a mim contra uma colmeia inteira.

Isso mudaria tudo o que planejei. Como eu faria agora? Eu poderia confiar nele?

Seus olhos profundamente verdes conectaram-se com os meus, inesperadamente me senti segura. Eu sabia que se realmente queria levar aquilo para frente, eu precisaria dele. Informações que eu nunca teria acesso poderia ser facilmente fornecidas por ele.

— Tudo bem. — olhei-o desconfiada. — Só uma coisa... Qual a sua motivação para isso? E não diga que é só uma missão.

Ele ponderou por alguns instantes antes de responder.

— Digamos que Bob colocou a pessoa errada na minha vida a alguns anos atrás.

— Quem? — a curiosidade me consumiu.

— Isso ficará para depois, agora você tem que ir dormir.

— Não, não tenho. — o contrariei. — Tenho que ir embora.

Segui até o sofá e recolhi minha bolsa, quando fiz o caminho até a porta, ele me impediu.

— Nem pensar. — puxou-me até o meio da sala. — Você vai ficar aqui esta noite.

— Você é louco? Não vou dormir aqui. — tentei soltar-me de seu aperto firme.

— Olha como fala comigo! — retrucou sombrio. — Estamos fora do quartel, mas ainda sou seu General.

Meu? Fiquei revirando o significado daquele pronome possessivo em sua frase. Meu, tipo MEU ou... Deixa pra lá, claro que não é nesse significado e nem quero que seja!

— General, eu não me sinto a vontade para dormir aqui, prefiro ir para casa.

— E quem vai te levar? Porque não será eu. — disse ironicamente.

— Vou de táxi.

— Ah, claro! — debochou ele. — E onde vai encontrar um a essa hora?

Merda! Não tinha pensado nisso. E agora? Pensa, Bella, pensa!

— Vou dormir em um quarto sozinha.

O Cullen sorriu debochadamente e aproximou-se do meu ouvido.

— Não te convidei para o meu quarto, mas se quiser...

Puxei meu braço com força, na tentativa de não me deixar levar por sua voz rouca e insinuante. Droga, o que estava acontecendo comigo?

— Não aceitaria nem que fosse obrigada. — retruquei.

Pela primeira vez vi o Cullen gargalhar e me vi estasiada com sua risada rouca. Momentaneamente dispersa, não percebi que ele já me guiava pelo corredor.

— Você dormirá aqui. — parou em frente a uma porta a esquerda do corredor e abriu-a. — Qualquer coisa, estarei depois daquela porta ali. — apontou para o fim do corredor a direita.

Assenti e, sem me despedi, bati a porta em sua cara. Mal me encostei na mesma para observar o quarto, quando escutei uma batida na porta. Ponderei antes de abrir e quando o fiz encontrei o Cullen encostado na soleira da porta.

— Não se despediu direito. — repreendeu-me.

— Eu...

Minha fala perdeu-se quando ele estendeu a mão, segurou um punhado de cabelos da minha nuca e puxou-me para perto.

Ele. Vai. Me. Beijar!

Ofeguei quando senti seu hálito quente em meu rosto e, involutariamente fechei os olhos. De uma forma qua não sei explicar, esperei o toque de sua boca na minha, mas ele nunca chegou. Ao invéns disso, senti suavemente seus lábios em meu pescoço.

— Boa noite, recruta.

Abri os olhos, querendo olhar em seus para responde-lo, mas ele já não estava mais em minha frente. Ofegante, verifiquei o corredor a procura dele, porém vi somente sua porta se fechar.

Ok, o que foi isso?

 


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Notas finais do capítulo

É isso, espero que tenham gostado. Por favor, não esqueçam de comentar. Fiquem a vontade para isso.
Logo tem mais. ^^

Att,
General Magalhães.



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