Um dos maiores desafios do ser o humano é aprender a confiar, alguns confiam nós outros com muita facilidade e na maioria dos casos se arrependem depois. Outros precisam que grandes atitudes sejam feitas, grandes palavras sejam ditam ou uma grande verdade ocorra para deposita sua confiança em alguém. Já estes que escolhem com rigorosidade em quem confia tem um ciclo de pessoas pequenos, mas com verdadeiros sentimento.

 Eu nunca conseguir ter muitas pessoas em quem confiasse, sempre foi difícil ter muitas pessoas ao meu redor que eu me sentisse bem, talvez pelo fato de ter tido uma infância onde as pessoas que eu devia confinar minha vida se perderam em si mesmos esquecendo-se de mim, um foi morto e outro preso. Ir para um abrigo não foi fácil, provavelmente foi a parti daí que comecei a me fechar. Porém assim como tudo que sobe desce, tudo que fecha abre e finalmente conheci pessoas em que confio plenamente.

 O único problema é que uma dessas pessoas, a primeira para ser mais exata, foi a que resolvi entregar meu coração, e acredite depois de muito, mais muito esforço ele aceitou meu amor. Esse não é exatamente o problema que me encontro agora, a questão é que esta pessoa depois de ter vindo para mim com seus braços literalmente abertos me deixou sozinha fazendo com que eu tomasse a decisão de retorna ao ponto de partida.

 Eu sabia as conseqüências de minhas ações, o que eu não sabia é que isso não teria uma conseqüência nessa pessoa, quem ele é? O homem que amo, que roubou meu coração, foi atrás de mim em São Francisco, me amou, desapareceu e agora retorna não sei da onde como meu principal suspeita em um assassinato e desaparecimento. 

 Se isso for o destino ele tem nome: Gil Grissom.

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-Você devia esta descansando e não trabalhando. –Greg me disse assim que saltamos do carro e fomos em direção a casa de Michael Smith.

-Estou neste caso na mesma quantidade de horas que você, só porque nosso suspeito é meu marido não significa que eu esteja mais cansada.

-Já que eu sei que te convencer ao contrario é inútil, vou fingir que acredito.

 Ignorei o comentário e comecei a procurar algo que nos ajudasse, a casa de Michael era simples, repleta de coisas acadêmicas e fotos, nada desarrumado ou quebrado, não havia sangue ou algo arrombado. Absolutamente nada que pudesse ajudar Grissom.

 Foi neste instante que percebi meu erro, eu inconscientemente estava à procura de algo que o inocentasse se fosse outro caso eu deveria esta procurando algo que o acusasse, que confirmasse nossas suspeitas, mas eu tinha suspeitas que Grissom fosse culpado? Ou melhor, de que ele fosse inocente?

 Eu ainda não sabia em que acreditar, mas minhas atitudes estavam deixando claro quem vencia. As evidencia apontavam para ele, e provavelmente existe outras onde estava, mas meus olhos só estavam procurando o que queriam ver, e nada encontravam. Greg tinha razão, o correto era eu me afasta do caso, mas não queria, não por perdê-lo, e sim por saber que seria a única que estaria em outro caminho, buscando outra verdade, minha verdade.

 Amaldiçoei-me mentalmente, melhor, o amaldiçoei mentalmente. Eu não tinha mudado nada, por mais que Grissom testasse minha confiança nele, por mais lagrimas que eu continuasse derramando, por mais que tentasse esquecê-lo eu ainda queria ajudá-lo, queria que ele me visse, queria acredita que meu amor nele era o suficiente. Eu não mudei, mas as circunstancias mudam, eu não sou mais uma aluna e sim uma investigadora e Grissom não é mais meu professor e sim meu suspeito e eu sei que isso é verdade.  Mas porque simplesmente não consigo fazer com que isso reflita em minhas atitudes e mentes? Há claro, porque sou Sara Sidle.

-Sara olha isso. –Me virei para Greg tentando me concentrar no que realmente importa, ele estava segurando um álbum e olhava diretamente para uma das fotos que me fez congelar.

-Grissom. –Sussurrei, lá estava sua imagem com Michael, em baixo havia um legenda dizendo que a foto havia sido tirada em uma convenção, o fundo da foto era mais do que reconhecível, eu sabia onde era eu estava lá.

-Eles se conheciam, não só por telefone. Mas eu ainda não entendo a o que Grissom tem haver com isso, porque Michael ligou para ele, porque a digital de Grissom, quer disser Grissom trabalhou nisso se ele fizesse alguma coisa ele não seria tão descuidado...

 Foi então que parei de pensar na minha situação e olhei a de Greg, ele estava trabalhando mais seriamente que eu no caso, porém tinha o mesmo propósito: Inocentar Grissom. Greg não acreditava que ele fosse culpado, ou era isso que queria se convencer. Eu não podia culpá-lo, Grissom era o meu marido mais foi também o chefe de Greg, deu a ele uma chance no campo, deu iniciativa que precisava para se torna o que é hoje. Ele confiou em Greg como ninguém fez e ele ser acusado de assassinato é mais do que traição, é uma decepção na qual ninguém esta preparado para receber e acreditar.

-Eu sei. Mas não podemos pensar assim, Nick vai se juntar ao caso ele tem poder para nos tirar se perceber que vamos atrapalhar a investigação.

-Eu duvido que ele acredite que Grissom é culpado.

-Eu concordo Greg, mas Grissom ensinou a Nick a seguir as evidencia e é isso que ele precisa fazer, precisamos dele para fazer isso, e precisamos fazer isso. Quantas vezes tínhamos um suspeito e na verdade era outro? É só uma questão de tempo.

-Nos não temo tempo, Grissom não tem tempo.

-Então é melhor trabalharmos, vamos voltar para a faculdade amanhã, interrogar o reitor, achar alguma pista.

-Você tem razão. –Eu não teria tanta certeza Greg.

Io che avrei vissuto da te

Eu que teria vivido de você

Nella tua straniera città

Na sua estrangeira cidade

Sola, con l'istinto di chi sa amare

Sozinha, com o instinto de alguém que sabe amar

Sola, ma pur sempre con te

Sozinha, mas sempre junto de você

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 -Então o que vamos fazer agora?

-Eu ainda estou pensando, Brass já esta procurando por Grissom, mas precisávamos voltar à faculdade. –Nick disse também irritado por não poder fazer nada. O reitor não nos deixou votar lá e sem um mandando e isso não ia acontecer tão cedo.

-Eu posso ir a casa dele, digo que preciso de ajuda e que já temos um suspeito, ele vai achar que está limpo e ira colaborar.

-Você acha mesmo que ele ira te disser alguma coisa? É melhor não arriscarmos.

-Acho que Sara teve uma ótima idéia, se ela for sozinha podemos conseguir alguma coisa. –Greg disse com um brilho de esperança nos olhos.

-E porque ela conseguira sozinha?

-Vamos disser que em nossa ultima visita eu o reitor nos demos muito bem. –Falei sorrindo, Nick entendeu o recado e disse o que eu não esperava ouvi.

-Pode dar certo, não temos nada, já é noite é melhor que termina o dia com o caso todo em cima de Grissom. Greg vai com você e ficar no carro esperando, não vou arrisca você ir sozinha.

-O que estamos esperando? Vamos Sara. –Levantei junto com Greg animada pela primeira vez no dia.

-Antes de irem não esqueçam de uma coisa, independente do que descobrirem contem a mim primeiro, alem de estarmos arriscando estamos arriscando a vida de Grissom. –Eu e Greg nos olhamos e sem disser qualquer palavra tínhamos percebemos que tinhamos um motivo a mais para sorri: Nick estava do nosso lado.

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 -As luzes estão acessas esta pronta?

-Estou. –Disse olhando para a casa a minha frente antes de sair do carro, eu não esperava encontrar nada grande, mas qualquer coisa pequena que significasse algo era importante saber.

-Qualquer coisa grite, me ligue, de um sinal, entendeu?

-Greg eu não sou mais criança, sei me cuidar. –Disse sorrindo mais ele me olhou serio- Vou gritar.

 Sai do carro e caminhei ate a casa e toquei a companhia, estava desarmada para não assustar o reitor, tudo tinha que parecer uma procura de ajuda para o trabalho fora do trabalho. O que era verdade.

-Senhorita, o que faz aqui tão tarde da noite? –O reitor disse surpreso em me ver.

-Desculpe pela hora senhor, é que você disse que podia te procurar se precisasse de ajuda, aqui estou eu.

-Há sim, entre. –Entrei em sua casa disfarçando minha procura por algo, mas assim como na casa de Michael tudo estava em rodem. –Então minha cara do que precisa?

-Descobrir que o irmão de Michael, Mike esta desaparecido há três dias e ele também é um professor em sua faculdade.

-Sim é verdade, esqueci de mencionar isso, estava abalado pela noticia da morte de Michael. –Com toda certeza estava.

-Eu entendo senhor, mas nossas buscas nos levaram a um suspeito que esta sendo procurado no memento, porém queremos encontrar Mike e preciso de algumas respostas.

-Sem formalidade minha cara pode me chamar de Jackson, e estou a seu dispor. –Ele me disse sorrindo e gesticulando para que eu me sentasse no sofá, sorri de volta e o obedeci sentando a seu lado.

-Mike justificou seu desaparecimento Jackson? –Perguntei falando o nome dele com emoção o que o fez sorri, ate então tudo bem.

-Não, assim como o irmão ele nunca falta, porém não ligou pedindo o dia de folga, apenas sumiu. Michael disse que ele estava bem então não me preocupei, ate agora.

-Uma aluna nos disse que ele estava juntando alguns alunos para protesta sobre uma construção parada, é verdade? –Jackson parou de sorri e fez uma expressão preocupada, foi cedo demais para a pergunta.

-Eu não sei...

-Papai. –Uma voz fina o interrompeu, olhei para as escadas e vi um menino pequeno nos espiando.

-Você devia está dormindo Cody.

-Eu não consigo, ler uma historia para mim? –O garoto pediu descendo mais um degrau.

-Vá subindo que eu já vou. –Dito isso o menino voltou para seu quarto, quase tropeçando por esta olhando para mim curioso. –Desculpe senhorita mais preciso cuidar de meu filho.

-Sem problemas eu entendo, ele é uma criança muito bonita, quantos anos tem?

-Vai fazer sete para mês, bonito e impaciente.

-Diga que mando boa noite, para o senhor também, obrigado por me ajuda.

-A suas ordens. –Ele me disse focando um sorriso e batendo a porta em minha cara.

-Boa noite. –Falei voltando para o carro irritada, não havia conseguido nada, só a confirmação de que ele esconde alguma coisa.

-O que houve? –Greg me perguntou percebendo minha filtração.

-Não conseguir arranca nada dele, o filho apareceu e ele me expulsou da casa.

-Eu não tenho boas noticias também. –Olhei para Greg e me arrependi, ele realmente não tinha boas noticias.

-Eu já estou sentada mesmo.

-Nick me ligou, Brass suspendeu a busca.

-Por quê?

-Porque não era mais necessário, Grissom se entregou.

Non posso più dividermi tra te e il mare

Não posso mais me dividir entre você e o mar

Non posso più sentirmi stanca di aspettare

Não posso mais ficar cansada de esperar