Vocaloid A Nova Ordem! escrita por backspace


Capítulo 4
Um dia sem você


Notas iniciais do capítulo

Hum... Vocês me pediram uma listinha de musicas para os capítulos, não foi? ;P
Eu acho que para este ficaria legal "Moon - Hatsune Miku" ou então "Falling Rain - SeeU" ou musicas de acordo com essas batidas ^^



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Senhor, faz uma semana que Hatsune fugiu. O senhor não vai tomar providências? – Perguntou Kaito preocupado com a Hatsune.

– Kaito-kun! Ela era um projeto experimental, esta fadada ao fracasso! Nesse tempo ela já foi destruída pelos humanos... – Disse o Dr. Shitsu muito seguro.

–Mas Doutor, e se ela cair nas mãos de alguém que saiba...

–Kaito-kun, se você já acabou com seu discurso pegue, por favor, o estabilizador de partículas... – Disse ele enquanto usava uma ultra lente capaz de ampliar 500.000.000.000 de vezes e sem olhar para seu parceiro estende a mão para pegar o estabilizador.

–E em qual esta trabalhando? – Perguntou Kaito olhado por cima dos ombros do Doutor. Ele afasta a lente, larga o estabilizador na mesa, esfrega os olhos, pisca eles forte, pois havia constantemente luz direta em seus olhos, olha para ele.

–Essa é a parte eletrônica do novo vocaloid. Vocaloid 2.0, com upgrades e melhorias dos erros que Hatsune tinha. Esse meu caro Kaito é o verdadeiro projeto vocaloid! Já trabalhei no software da sua voz, ele vai nascer falando! – Disse o doutor entusiasmado.

–Como vai batizá-lo?

–Vai se chamar Len, e será gêmeo da Rin.

–Gêmeos? Sabe que os últimos não deram certo.

–Kaito, eram clones normais. Esses são vocaloids! – Disse ele explicando ao Kaito.

–Ah, sim... Como não? – Falou ele irônico.

–Kaito eu detesto sua ironia, vou fazer você engoli-la três vezes! Além de gêmeos eles terão uma forte ligação. Como humanos normais!

–Tudo bem... Se você diz...

–Eu digo e faço! Esses vocaloids estão sendo produzidos para serem introduzidos em nossa sociedade. – Doutor Shitsu estava ficando alterado.

–Já estava na hora! Devo preparar o protocolo? – perguntou Kaito virando-se para a porta.

–Não! Mesmo sendo oficiais, serão submetidos a testes!

“Ele deveria se formar em torturador não em ciências biológica e biomecânica” – pensou Kaito.


No parque central estava Hatsune deitada sobre o tumulo de seu melhor amigo. Não havia se acostumado com sua ausência.

“Sabe Ai... Eu acho que quero ser desativada... Tomara que me vejam aqui e me desmontem. Me matem. Não vejo mais motivos para continuar aqui. Sou um monstro talvez o Dr. tivesse razão...” Pensava enquanto acariciava a terra que cobria o corpo de seu melhor e único amigo, o sol estava forte, se me permitem dizer o universo estava a favor dela, pois com um sol tão forte nenhum humano sairia na rua. Sua pele é muito sensível e se queima facilmente. “Para completar Ai-chan... Não tem ninguém... Ninguém andando por aquela maldita rua” pensava ela olhando a rua deserta, o sol batia nas pétalas do pessegueiro que fazia refletir a cor rosada das pétalas. Ela não ligava mais para a beleza que estava em sua volta, aquilo não importava mais, a coisa mais importante a sua maior esperança havia morrido pelas suas próprias mãos.

“Agora eu vou permanecer aqui, pois ninguém vai vir me resgatar. Ninguém, o único que me resgatou...” enormes lágrimas desciam de meu rosto e caiam sobre o tumulo dele. Queria tanto fazer ele abrir seus olhos, queria tanto ouvir seu latido mais uma vez, desejava tanto isso com todas as minhas forças, mas sou fraca e não posso realizar tudo que desejo! Ai-chan permaneceria em minha memória para o resto de minha vida, o primeiro que se preocupou comigo, e cuidou de mim.

Ela voltou seus olhos para a rua novamente e para a sua surpresa havia alguém, “Deve ser uma alucinação” pensou, mas aquela alucinação era tão real. O garoto começou a se aproximar, atravessou a rua e foi andando até o inicio do morrinho, ele olhava para Hatsune fechando os olhos, pois a luz incomodava seus olhos sensíveis. Logo pôs a subir o morro. Cada passo que ele dava o coração dela acelerava duas vezes mais “Gomen Ai-chan, mas não posso terminar assim... Agora...”- Me ponho sentada, o garoto continuava a subir, estava chegando perto, tinha cabelos vermelhos e olhos claros, tentei me mexer, mas meu corpo estava paralisado. “Não é possível! Meu sistema esta operando normalmente... Então por que eu estou paralisada? Por que meu coração esta batendo tanto assim?” Uma enorme sensação de medo tomava meu corpo, estava me sentindo ameaçada, o garoto estava muito próximo, sua pele era lisa, sua presença era diferente, havia algo de estranho nele, não era ruim, mas não era boa, era curiosa... A forma de ele caminhar, sua expressão nos olhos, o desenho de sua Iris.

Não adiantava o quanto eu forçasse eu não conseguia me mover, ele estava próximo de mais, havia ultrapassado da distancia de segurança. Estava agora frente a frente comigo:

–Finalmente! – Disse ele se ajoelhando. Parecia não acreditar no que via. Tocou em minha boca, sentiu meu rosto, pegou em meus cabelos, e eu impotente sem poder fugir.

–Você é... Perfeita! Seus cabelos, sua textura, você é humana! Não tenho duvida disso! – Mas do que ele falava? Eu sou uma máquina, sou um vocaloid não possuo uma vida real, eu não morro eu sou desativada!

Inesperadamente ele me abraça. Fico bastante surpresa e confusa “Mas... O que ele... Por que esta me abraçando?” Nunca havia sido tocada daquela maneira, comecei a chorar, afinal é o que eu faço de melhor, ele me abraçava forte meu coração disparou, minha respiração aumentou, então recuperei meus movimentos. Mas não corri, invés disso eu levantei meu braço e o abracei, deitei minha cabeça em seu ombro, me sentia segura novamente, continuei a chorar, porém com mais força eu estava descarregando tudo o que eu senti sozinha, comecei a compartilhar com ele:

–Nossa você... Chora... – disse ele depois que parou de me abraçar e começou a secar minhas lágrimas.

–Incrível. Você realmente sente! Você é viva, não é programada, como eu havia achado...

Abro minha boca para poder falar, mas nenhum som sai:

–Como eu suspeitei... Você é a fase beta, não tem voz. Mas você é a fase beta mais perfeita que já vi! – Eu sabia que era uma serie experimental... Fui feita para testes.

A luz meio rosada dava a Hatsune um realce em sua beleza. Ele segura nas mãos dela e se levanta:

–Vem, tenho muito para te contar! Vamos para casa... Ah, e meu nome é Hatsu! – Casa? Eu ouvi isso? Casa? Eu nunca tive uma casa de verdade, nem sabia o que era isso... Sabia que ele era diferente, ele tem um brilho no olhar especial que chama muito a minha atenção, logo me levantei.

–Vamos. – Me despedi pela ultima vez do meu amigo, queria acreditar que aquele garoto foi enviado de alguma forma pelo Ai... “Entendi Ai-chan! Vou lembrar-me de ti todos os dias da minha vida...” Logo comecei a ser puxada por ele:

–Vem, vou dividir minha proteção para não levantar suspeitas... – Logo fui puxada e estava no campo da proteção dele, dentro da proteção era muito agradável, mesmo com um sol forte do lado de fora, seu interior era climatizado e levemente refrescado.

–Temos 20 minutos até minha pele perder sua capacidade de regeneração e começar a se romper e se queimar... – Dizia ele andando rápido. “Se queimar? Romper? Ah, vamos andar agora! Não estou afim de ver suas entranhas!” Comecei a andar rápido, puxando ele pela mão, descendo o morro:

–EII, EII! Você não sabe para onde vamos! – Parei na mesma hora. Me virei e olhei para ele.

–Foi por causa da minha pele? Não fique assustada... Agora só tenho 15 minutos até ela se romper. – Minha cara de medo era indisfarçável, ele estava lá parado, eu segurei em sua mão e comecei a puxá-lo, porem ele não movia um músculo. “Onegai! Ande! Vamos! Não quero mais ver sangue! ANDA SEU IDIOTA!” Meu desespero era tanto que ao puxar escorreguei e cai no chão:

Ele começou a rir – KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK Não leve tão a serio o que eu digo, é fato que se eu continuar no Sol minha pele vai romper, mas os vinte minutos era força de expressão – continuou rindo. Fiquei com muita raiva dele, minha cara de pavor se transformou, franzi a testa, contrai os lábios, e fiquei serrando os dentes:

–O que foi? Desculpa, eu estava brincando um pouco! Desculpa! – Tarde de mais, não podia segurar minha vontade de...

– AAAAAAAAAAAAAAAAAAAIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII! MINHA CABEÇA!!!!!!! – gritou ele depois de eu dar um soco de cima para baixo nela. “Isso é para aprender a não mentir mais para mim” pensei eu de cara emburrada, fazendo bico e braços cruzados.

–Ta bom! Estamos quites você já descontou em mim! – dizia ele esfregando o local onde bati, escorria uma lágrima no canto do seu olho. Acho que exagerei na força...

“Eii, não temos que ir a algum lugar?” Não podia falar, mas eu expressava muito bem.

–Vamos, não quero descamar aqui – Ele veio até mim e juntou meu braço ao dele. Olhei assustada:

–Não é muito comum humanos dividirem sua proteção! – Ahh e você de braços dados comigo vai ajudar?

–Se andarmos assim vão achar que somos próximos... – Já que ele dizia... Não me importei muito.

O sol estava fortíssimo, andávamos naquela rua deserta:

– É um pouco distante daqui, por isso vamos usar a CIA...

“A O QUE?” Fiz uma cara de quem não estava entendendo nada do que ele falava.

–CIA Cápsula Individual Andróide. Metrô é do século passado! As cápsulas são incomparavelmente mais rápidas. Mas a estação também é meio distante daqui... – dizia ele enquanto sorria sem graça com a mão coçando atrás da cabeça. Andamos durante alguns minutos, que pareciam horas para mim. “Eu acho que ele esta me enrolando... Não sei, mas ele é estranho” Pensava enquanto olhava para ele:

–O que? – Parecia que ele conseguia ouvir meus pensamentos! Ele é realmente MUITO estranho!

–Por que esta me olhando assim de lado?! Esse olhar me incomoda... Para de me olhar assim. – Não queria ficar chamando atenção das pouquíssimas pessoas na rua, logo parei de olhá-lo.

–Chegamos à estação... – Olhei e uma enorme construção estava em minha frente. Estava andando tão distraída que não notei a estação. Logo entramos, o garoto estranho teve problemas quando foi entrar, pois eu não era reconhecida, não era cadastrada. Ele disse ao supervisor do setor três, era o setor que estávamos, que eu não era de lá, tinha acabado de chegar de uma longa e cansativa viagem. O supervisor acreditou na historia mal contada daquele garoto!

–Depois que o governo lançou o plano do mundo em Tóquio, qualquer um pode passar por esses portões... – Disse ele se achando o inteligente. Andávamos e percebi que a cor predominante era a branca, o local era super bem iluminado, e havia cabines onde as pessoas entravam e sumiam!

–Vem, essa é a nossa cabine – Olhei para a cabine, ela era mínima. Extremamente pequena. “Nem vem, é muito pequena, não vai ter como” pensei eu.

–Segundo os antigos... Só não há jeito para a morte! – Desisto disso! Ele esta me ouvindo só pode! Logo a cabine abriu-se:

–Vamos – disse e entrou na cabine – Vem você vai ficar de frente, entrei na cabine e como eu tinha imaginado não cabia:

=Tem que caber! Tem! Se aperta mais! Falta pouquíssimo! – para ele era fácil de falar aquilo, quase não tinha gordura! “Se eu chegar mais, eu vou entrar no seu corpo” Cheguei o Maximo que pude, meu rosto ficou colado ao dele, ambos sentiam suas respirações:

–NOSSA! VOCÊ RESPIRA! – É claro que eu respiro! Como acha que eu vivo?

–Você não é um robô, você é humana! Não tem diferença entre nós! E sua respiração é quente – Ele fechava forte os olhos. A cápsula começou a se mover, e rapidamente senti um grande frio na barriga, apertei os ombros dele, mal acabei de segurar, já tínhamos chegado onde queríamos. A cápsula se abre:

–Você é bem mais complexa e completa do que eu imaginei. – Rapidamente sai, ele sai depois.

–Estamos bem próximos de chegar. – Ele segurou novamente em meu braço, e começou a me puxar, andava rápido desviava dos poucos que tinham naquele lugar. Finalmente chegamos à rua, dessa vez o trajeto foi rápido ele não mentiu.

–Aqui é onde eu moro. – disse ele parando e olhando para uma casa, por sinal muito bonita.

–Espero que não repare, o sistema precisa de upgrades e ela precisa de reparos na estrutura também... O sistema é o Home 5.3 Plus, meu pai vai dar upgrade para o PRO. – Afinal do que ele estava falando? Chegamos à porta.

–Gear! – Falou firme.

–Home 5.3 Plus operante. Senhor Hatsu! Por favor, entre a porta esta desbloqueada. – Fiquei boquiaberta, eu não tinha visto isso! As casas simuladas no laboratório eram antigas, não falavam.

–O que foi? Nunca viu o sistema operacional Home? É o mais popular e mais estável hoje em dia. – Ainda não acreditava.

–Ahh sim lembrei! Você se chama Hatsune, não é isso? – COMO?

“COMO VOCE SABE MEU NOME?” - Fiquei assustada!

–Espero que não se preocupe, eu não sei se você sabe, provavelmente não... Mas sue projeto foi copiado por um Hacker –

“Hacker? Ah ta bom! Até eu sei que foram banidos há muitos anos”

–Sim, e você esta olhando para ele! – O QUE?

“Você?! VOCÊ? Eu sou dois centímetros maior que você! Não tem como você ser um Hacker! Você é muito pequeno, você deve gostar de coisas bestas como... Como se chama aquilo? Bri... Brend... Brinquedos! Você deve gostar de brinquedos ainda!”

–Sei que pareço ser novo, mas na realidade tenho dezessete...

“DEZESSETE? DEZESSETE?! É MAIS VELHO QUE EU!”

–Ganhei sete vezes consecutivas o premio de revelação cientifica e informática do ano.

“Prêmios de escola! Grandes coisas”

–Internacional.

“O QUE? Desisto! Você é inteligente, hacker... Só falta dizer que é chefe de alguma família! E por um acaso você também lê mentes?!” – Ele não falou mais.

“É, acho que não!”

–Vamos pro meu quarto? – Como assim “vamos pro meu quarto”? O que penso que eu sou?

–Espero que não tenha uma idéia errada a meu respeito, eu só falei, pois tenho que escanear você para ver se precisa de reparação... Como percebo que você não pode falar...

“Ah, ok tudo bem... Sendo assim...”- Acompanhei ele, subimos a escada e do lado direito do longo corredor ficava seu quarto.

–Pode se sentar na cama... Espero que não repare a bagunça, mas quarto de menino é assim mesmo... – Não reparar? Tinha meia pendurada no lustre do quarto, fiquei com medo de olhar para de baixo da cama! Foi quando eu avistei um pedaço de pano em cima da cama... Com todo o cuidado eu peguei para tentar identificar o que era aquilo...

–Então Miku... – Ele me vê com o pedaço de pano na mão e toma-o de mim rapidamente

–Err... Isso eu aconselho a você não pegar... – Fiquei com uma grande expressão de ‘Por quê?’

–Isso é uma... Cueca...

“Mas espera ai... Cueca eles não usam... AHHHHH QUE HORROR! EU NÃO ACREDITO, EU PEGUEI NISSO!” – Me joguei na cama e comecei a me debater.

–Desculpa... É que eu não recebo meninas no meu quarto, então nem ligo para arrumação. – Não recebe meninas? Na mesma hora parei de me debater, fiquei sentada e olhando para ele.

–É... Mas isso não vem ao caso! – Ele não deve ter muitos amigos... Assim como eu...

–Por favor, Miku-sam... Me de sua mão! – Me levantei e dei minha mão a ele. Hatsu sorriu para mim, sorri de volta. Até que ele plugou algo em meu pulso, o que me deixou bem irritada.

“O QUE ACHA QUE ESTA FAZENDO?” Minha expressão se transformou de amigável para totalmente estressada e irritada. Logo dentro de minha mente mensagens apareciam “Solicitação de acesso a dados. Aceitar?” Claro que não!

–Gomenasai Miku-sam! Eu preciso acessar seus dados, preciso que você confie em mim! Eu não vou destruir você, se eu tentar isso toma! – Ele me deu um canivete. – Foi do meu avô... Mas isso não vem ao caso, se eu tentar te destruir você pode me matar! – Olhei para o canivete e acenei positivamente, segurei aquilo com muita força “Solicitação de acesso a dados. Aceitar?” “Okay” “Transferindo dados. Sistema operacional IPI. Compatível com atualizações”

–Obrigado Hatsune-chan... – Ele começou a escanear toda a minha parte eletrônica, eu sentia vários formigamentos em partes diferentes do meu corpo.

–Seu sistema tem graves erros... Vou ter muito trabalho com você. Praticamente vou ter que refazer todo o projeto!

“Mas como você sabe tantas coisas...” – Ele se afastou de onde estava e abriu seu armário. Voltou com uma caixa e nela tinham imagens em 2D.

–São fotografias antigas digitais. Os antigos humanos usavam essas máquinas para capturar as imagens – Ele tirou um aparelho retangular com uma protuberância, provavelmente era onde ficava o dispositivo de captura.

–Bem inteligente, mas com varias desvantagens... Funciona a bateria, e outras coisas mais... – Ele começou a tirar dessa caixa as imagens.

–Isso aqui são as imagens do seu projeto, eu bati essas fotos, pois esses arquivos se deletam em alguns minutos. Mas eles não contavam que eu teria uma maquina fotográfica digital! – Disse ele com um grande sorriso. Eu apenas observava.

–Agora vou precisar que você confie em mim! – aperto o canivete.

–Por favor, se eu quisesse destruir você, eu o faria no momento que pluguei você ao meu computador! – E realmente ele tinha razão... Larguei o canivete.

“Faça o que tem de fazer”

Logo ele veio até mim e me desligou...

Hatsu segura a Hatsune, pois havia sido desligada, a põe deitada em sua cama:

–Farei o possível Hatsune-sam! – Logo ele voltou a seu computador, que não é mais como nossos desktops de hoje. Ele não tinha mais a CPU era tudo compactado em sua tela HD transparente sensível ao toque, interface antiga, porem o Hatsu achava que era a mais precisa. Os componentes como placas de vídeo e rede eram minúsculos, e com a tecnologia aliada no design dessa nova maquina tudo ficava com o ar contemporâneo dessa nova era. Cem por cento transparente quando inativa.

Ele começa a mover os arquivos sensíveis dela. “Muito cuidado, um arquivo corrompido significa a morte para ela” pensava ele preocupado enquanto executava os reparos.

–Aviso! Arquivos BIOS em temperaturas elevadas!

–Droga! Eles vão corromper! Ela esta com febre! Gear!

–Hatsu-sam? O que deseja? – disse uma voz vinda do som do quarto.

–Gear realize o necessário para abaixar a febre de minha convidada!

–Entendido! – Logo um andróide entrou em seu quarto, uma enfermeira. Começou a cuidar da Miku.

–Temperatura sendo normalizada. Continuar com procedimento de reparo. – O computador continuou escaneando o sistema dela.

– Concluído, Foram encontrados 300 arquivos corrompidos, sendo 250 infectados, 49 inexistentes, e um arquivo VSQ foi titulado como ausente.

–Esse eu já sabia... – Disse ele passando a mão no queixo. “Muito trabalho Hatsune, muito!”

–Vamos iniciar! Esse aqui é muito complicado... Aff... Vamos. Eu tenho que fazer...

Horas se passaram, e ela continuava sendo cuidada pela enfermeira, Hatsu não tirava o rosto da tela, sempre tocando e arrastando, resolvendo os cálculos e concertando as falhas. Depois de quatro exaustivas horas...

– O arquivo VSQ... E a programação da articulação labiolingual... – Ele já estava em seu limite, sua cabeça doía. Não estava respondendo mais como antes.

“Não posso parar agora, não vou deixar para depois!” Pensava enquanto buscava alguma forma de se manter acordado. A enfermeira, andróide estava muito tempo ativada seu processamento começaram a ficar lentos, logo Hatsu ordenou que Gear poupasse seus processos, pois gerenciava a energia, refrigeração, e acesso de dados dele a rede. A enfermeira se levanta da cama e entra em curto.

–Ah não! Por favor, isso não... – Ele rapidamente sai do computador e empurra o andróide até uma porta, onde ela se abre ele a coloca lá junto com outros andróides, ajeita seu lugar e a porta é fechada. Correndo volta para o computador e retoma seus afazeres:

– VSQ... Solicitando código binário do arquivo VSQ compatível com a versão apresentada!

–Exibindo código compatível com a versão apresentada. Versão beta 1.0!

–Validar versão como Versão oficial. Chega de ser um teste Miku. – Dizia ele sorrindo para ela adormecida em sua cama.

–Ordem negada! Versão beta permanente.

–Remover chaves beta de registro!

–Chaves deletadas.

–Inserir novas chaves, terminação: 0589. “Isso a torna versão oficial”

–Versão Oficial. – Um sentimento de missão cumprida invadia o coração dele.

–Instalar VSQ compatível.

–Instalando arquivo no usuário. 5% concluído... Baixando banco de dados... 50% concluído... Completando arquivo necessário. 100%, arquivo instalado!

“Em fim! Terminei!” Ele estava extremamente exausto, mal conseguia levantar a sua mão, sua atenção estava reduzida:

–Ativar Hatsune Miku. – Dizia ele com a voz fraca pelo cansaço. “Nove horas de reparo...” pensava em todo o processo ocorrido.

Ela começa a despertar, abre seus olhos e os fecha novamente, a claridade parecia incomodar. Olha para Hatsu e sorri:

–Ha... Tsu... Kun... – Sua primeira palavra. Meio desengonçada e fora de tom. Ao ouvir isso uma lágrima escorre do rosto dele:

–Miku-chan... – Ele sorri e enquanto sorri perde as forças e desmaia.

–HA...TSU-KUN! – Gritava ela assustada, levantou velozmente para socorrer seu mais novo amigo. Aquele que deu um presente inesquecível para ela: A possibilidade de falar.

“Eu estou falando! Estou falando!” Lagrimas escorriam pelo seu rosto enquanto corria para acudir ele.

–Aguente Hatsu-kun! – Ela estava desesperada. Logo ele começa a abrir os olhos.

–Você ainda fala meio desengonçado. – Dizia em tom baixo enquanto sorria. Miku o abraça.

–Eu achei que tivesse dormido igual ai Ai-chan! Nunca mais faça isso! Nunca mais! – Ela o apertava com força ao abraçá-lo.

–Gomenasai Hatsune-sama.

–Arigato, Hatsu-kun... – Dizia ela segurando o choro, deitava sua cabeça no ombro dele.

–Miku...

–Agora posso falar, graças a você. – Sorria enquanto falava.

–Por falar nisso... Sua voz é linda.

–Obrigada! – Ela o larga.

–Se sente melhor?

–Sim! Já posso me levantar... Que horas são?

–São quatro horas...

–QUATRO HORAS? – Gritou ele arregalando os olhos – Meu pai vai chegar! DENTRO DE UMA HORA! COMO VOU EXPLICAR DE VOCÊ? Calma Hatsu, calma... Pense... Pense... – ele faz cinco minutos de silencio – Isso... Perfeito. Hatsune, você nasceu aqui no Japão, mas foi morar em outro país ok?

–Não... Eu vivi aqui...

–Eu sei Miku... Isso é uma historia inventada. Meu pai não entenderia... Por favor...

–Ta bom eu digo... – Nessa época como os seres humanos estavam em um número bem pequeno, os governos criaram várias estratégias para unir as pessoas em um só lugar, o projeto mais famoso que entrou em vigor em 12 de Fevereiro de 2560 foi o Together, criado pelo governo americano e adotado pelos poucos países que restavam.

–Você é uma sortuda do projeto Together, ok? Você veio da china. Nasceu aqui, mas teve que ir para lá, se ele perguntar diga que não gosta de tocar no assunto.

–Entendi... – disse ela meio insegura.

–Mas a minha voz...

–Eu preparei um equalizador – Ele sai do quarto e cinco minutos depois retorna, com duas peças, munhequeiras diferentes eram largas no final e cobriam todo o antebraço.

– O estilo retro esta na moda hoje em dia... Eram da minha mãe... – disse ele ficando um pouco triste.

–Cadê ela?

–Morreu no dia em que eu nasci... Ela tinha uma doença degenerativa... E não aguentou...

–Desculpe, por perguntar...

–Não, esta tudo bem! – Ele sorria para disfarçar a tristeza.

–Eu adorei... – falou ela

–Ainda não esta pronta... Eu tenho que instalar o equalizador aqui!

–Entendi, então vou esperar sentada em sua cama.

Minutos depois ele termina de adicionar o equalizador no acessório:

–Terminei. Vem, eu quero colocar em você... – Ela se levanta e vai até ele, estende o braço.

–Pode espetar um pouco, mas é normal... Ele esta agregando ao seu sistema.

–Aii... – Realmente a espetou. Momentos depois Miku fica com seus olhos arregalados e boquiaberta, a cor de seus olhos piscavam.


–ALERTA! Leitura de ativação. Terminal: Hatsune Miku. Atividade: Ativação vocal.

–Senhor...

–Eu ouvi Kaito! ELA AINDA ESTA VIVA! – O Shitsu da um enorme soco em sua mesa.



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Notas finais do capítulo

Espero que gostem, o próximo capítulo terá uma revelação e uma surpresa ;3, bom em breve mandarei o próximo então Feliz 2012 para todos!!!
BEIJOS =^.^=