Sunset escrita por Little Flower


Capítulo 7
Por que as coisas têm de ser tão complicadas?


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que disse que ia demorar, mas os outros vao.



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Meu domingo de manhã foi muito divertido, os Cullen mais mamãe, papai e eu fomos fazer trilha, como estava sol a proposta se tornava mais irresistível. Quase não lembrava de Henrique, e nem ninguém, quero dizer, só minha amiga Joane que me ligou várias vezes. O que me surpreendeu, pois não sabia que tinha sinal no meio da floresta!

Estávamos na sala de estar, tio Emmett e Jasper jogavam xadrez. Eu fazia o dever de casa, tia Rose assistia um concurso de beleza na TV e de vez em quando murmurava: Pobre dessas mortais, imagine se eu me escrevesse?Ganharia na certa. Eu apenas balançava a cabeça, tia Rosalie sempre seria assim; tia Alice desenvolvia um novo design para o meu guarda-roupa, e para todos em seu computador0! Vó Bella saiu com vô Edward. Vó Esme estava no andar de cima trabalhando em uma nova planta, mamãe a convidou para trabalharem juntas na agencia dela. Vó Esme agradeceu e aceitou.

Ela e papai estavam no trabalho. Ao pôr do sol todos nos juntamos – exceção de mamãe, papai, Bella e Edward e Carlisle – para jogarmos jogo imobiliário, uno, baralho,    Detetive e até vídeo-game. Cantamos Karaokê. Etc.

- Ei Lizzie, vamos relembrar os velhos tempos, que tal assustarmos algum humano? – perguntou tio Emmett. Eu ri me lembrando.

- Não tio! – eu disse e voltei a me concentrar no jogo. Só faltava uma casa para tio Jasper ganhar no jogo de tabuleiro, que esqueci o nome. Ele estraga minha auto-estima ganhando todas as partidas!Principalmente no uno!

- Há!Ganhei de novo! – festejou tio Jasper.

- Isso é uma injustiça! – eu reclamei e joguei os dados com força que viraram pó. – o-ow!Desculpa!

- Tudo bem, vamos montar um quebra-cabeça! – disse tia Alice animada. Ela subiu as escadas rápido que os olhos humanos não conseguiriam captar, e voltou num jato. Tinha uma caixa quadrada azul empoeirada em suas mãos.

- Esse quebra-cabeça é de que década? – perguntei rindo.

- Há-há engraçadinha! – disse ela e mostrou sua pequena língua para mim, que retribuí o gesto. – agora vamos! – cantarolou e jogou as peças no carpete da sala. Mostrou o desenho atrás da caixa, uma campina verde com pôneis e Unicórnios fofinhos!Só tia Alice mesmo!

Passamos apenas alguns minutos tentando e conseguimos.

- Fácil. – murmurou tio Emmett.

- Eu estou cansada! – eu disse bocejando.

- Vai lá para cima querida e durma. – disse Esme.

Fiz o que ela disse, já estava em estado de sonolência. Entrei no quarto de hospedes, que dali alguns dias seria meu. Eu conversei com vó Esme e ela estava cuidando disso para mim, minha única exigência era que teria que ser florido.

Deitei na cama e adormeci em seguida exausta.

[...]

O mês se passou rápido já estávamos em Abril, Henrique não falava ou chegava perto de mim, e eu estava triste com a reação dele, ele me ignorava totalmente. A torcida estava bem, eu criei passos legais e ia pedir a Taylor que minha tia Alice entrasse na torcida também. Tia Alice me ajudou muito a criar os passos, então a minha forma de agradecê-la seria tornando-a uma líder também.

Apenas eu e meu avô sabíamos, todos os finais de semana ela me arrastava para o shopping, estava mais impossível do que antes. Só sobrava a mim por que as traidoras chamadas Bella e Rosalie fugiam dela e eu boba não fugia junto.

Mais era legal. Estava conversando com meu tio numa sexta a noite...

- Tio. – eu disse a tio Jasper que estava de costas para mim, olhando a lua.

- Sim? – perguntou sem se virar.

- Sabe, eu... Eu queria saber... Se pode me dizer... Hã... O que... – eu estava com dificuldade de dizer.

- O que é esse isso que sente? – perguntou agora fitando-me. Assenti.

- Não sei o que é, nunca senti isso. – lhe disse.

- Claro, por que poucas pessoas tem a sorte de sentir isso... Claro que sentem, mas poucas vezes é mais além. – disse ele e sorriu – é bonito Lizzie, é puro e inocente... Mais ainda sim intenso... É surpreendente, tão rápido... A menina que quase jurou não sentir isso...

- Espera!Vai me enrolar ou vai dizer logo? – perguntei com as mãos na cintura, ele estava me confundindo mais.

- Lizzie, vou ser logo direto. Você ama alguém, e esse amor está se intensificando, mesmo você não tendo idéia. Me faz lembrar... Hum... Seus avós. – disse ele e sorriu.

- Conheço pouco da história deles... – eu disse. – e eu amo quem? – perguntei com as sobrancelhas unidas.

- E eu sei?Quem tem que saber é você não eu! – disse ele rindo.

Revirei os olhos.

- Pensando na vida Lizzie? – perguntou Bella atrás de mim, eu olhava o incrível pôr do sol na varanda, ela me deu um beijo gelado na bochecha e me fitou.

- Um pouco. – eu disse.

- Hum, Nessie disse que antes do jantar é para você voltar à Reserva. – disse ela.

Assenti.

- Então, como vai a torcida?

- Hum, a chata da Taylor não implica tanto comigo agora. – eu disse e sorri, ela retribuiu.

- Tenho certeza que é por causa da coreografia que você e Alice criaram, estava ótima. – disse ela.

- Obrigada, talvez seja isso mesmo. – eu disse.

Ficou me fitando, tendo certeza se estava bem ou não.

- Tem certeza que está bem? – perguntou ela.

- Sim, é só... Uma coisa que tenho que resolver.

- Hã, presumo que não queira contar certo?

- Agora não, mas prometo dizer quando eu resolver tudo. – lhe garanti.

- Eu espero. – disse ela.

Voltei de carro para casa, mamãe estava terminando o jantar, meu pai estava na oficina ao lado de casa terminando os acabamentos de um carro. Fazia um tempão que não ia a casa de Emily, nunca mais vi meu avô Charlie, nem Sue, nem Seth, nem ninguém, estava tão presa em meu próprio mundinho depressivo que nem me importei com o resto.

Mas, iria visitar meu avô quando pudesse. Estava com muitas saudades dele, sua saúde não estava muito boa, o que me preocupava.

- Lizzie!O jantar está pronto, vai chamar seu pai! – mamãe gritou, eu estava em frente de casa, numa cadeira de balanço olhando para o nada. Pensando, era isso o que eu vinha fazendo esses dias...

Caminhei até a oficina, papai estava deitado embaixo do carro em cima de alguma coisa e segurava uma ferramenta estranha para mim, usava um macacão azul sujo de graxa.

- Pai. – eu disse e ele se sobressaltou batendo a cabeça. Eu comecei a rir.

- Lizzie!Por tudo que é sagrado! – disse ele e massageava a cabeça.

- Desculpe pai, mas é que o jantar está pronto e a mamãe mandou eu vim te chamar! – eu disse.

- Ok, mas não faça isso de novo! – disse ele com autoridade. Assenti e saí, quando passei pelo portão gargalhei lembrando da cena.

- Lizzie, temos uma noticia para você. – disse mamãe quando nós três já estávamos sentados a mesa, no jantar.

- Não vou ter um irmãozinho não né? – perguntei aflita.

- Não, que idéia! – disse papai, mas eu vi o brilho em seus olhos.

- Digam logo! – eu disse impaciente.

- O serviço da agencia triplicou, vamos ficar um pouco ausentes. – disse ela.

- Nós? – perguntei confusa.

- Sim, o trabalho de seu pai também... Estamos tentando acompanhar o ritmo, tudo bem?

- Por mim. – eu dei de ombros. Assim, terminamos de jantar em meio a conversas, risos e brincadeiras.

Subi as escadas cansada, antes dei boa noite ao meus pais. Entrei em meu quarto, fui ao banheiro e escovei os dentes, troquei minha calça jeans e blusa de algodão, por minha camisola salmão com flores cor-de-rosa, me senti mais confortável.

Me joguei na cama, puxei o lençol fino de algodão e me embrulhei, desliguei as luzes, somente a abajur ligada – como sempre – e adormeci.

Uma linda campina entrou em meu campo de visão, tirei o ultimo galho da frente e pude visualizá-la melhor, diversas flores enfeitavam o lugar, ali perto podia ouvir o barulho do lago, o céu estava azul e a grama era bem verdinha, dava vontade de se jogar ali.

“Lizzie” escutei alguém chamar meu nome suavemente, a voz era aveludada e parecia ser cantada. Senti tanta saudade desse som agradável. Sorri involuntariamente.

Me virei lentamente, Henrique Baudelaire estava sorrindo largamente para mim. Seus cabelos dourados balançavam com o vento e jogava seu cheiroso perfume na minha direção, não entendi quando minha boca salivou... Como se eu... Precisasse dele, mas não dele, de seu... Sangue?

O que antes estava exposto um lindo sorriso agora seu olhar era de repulsa ao mesmo tempo em que de aflição...

“Fique longe de mim” dizia ele.

“Henrique...” minha voz estava diferente e bastante estranha.

“O que...” quando ia perguntar a cena se tornou em outra diferente. Como em um parque teatral, caminhei por ali, ao ver a cena meu coração perdeu uma batida e fiquei totalmente sem ar. Respirando num arfar rápido.

Era Taylor Typpiton, estava sentada num banco do parque, mas com o Henrique ao seu lado. Trocavam sorrisos e caricias como se fossem um casal, de repente o rosto de ambos se aproximaram sem pressa e ele pressionou seus lábios vermelhos macios nos dela. Lágrimas caíram de meus olhos, soluçava alto, mas parecia que eles não podiam me ouvir...

Abri os olhos, e percebi que não chorava apenas no sonho. O choro foi cessando com o tempo. Agradeci por meus pais não terem acordado, limpei os olhos com a costa das mãos. Então era isso?Eu amava Henrique Baudelaire?Como se para confirmar só de pensar em seu rosto meu coração acelerou.

Mas era impossível, não me permitiria o amar. Eu ri de mim mesma, eu Elizabeth Marie Black que como tio Jasper disse: Quase jurei nunca amar alguém!E aqui chorando as desgraças do primeiro amor!

Éramos de mundos completamente diferentes! O primeiro sonho passeou pela minha cabeça e ver seu olhar de repulsa me fez sentir uma pontada no coração. Se ele soubesse... Nem sonhando!Poria minha família em risco novamente e não ia querer isso!

Conheci os irmãos de Henrique, Haley era a mais nova tinha minha idade, era baixinha apenas alguns centímetros a mais que tia Alice, tinha um sorriso encantador e dentes brancos, seus cabelos eram dourados como os de Henrique, eram na altura dos ombros e tinham leves cachos nas pontas, seus olhos eram azuis também, traços perfeitos e o rosto em formato de coração parecido como a de minha fadinha – tia Alice -. Demi era linda, como uma modelo de revista da Glamour, seus cabelos castanho-escuros, cumpridos e sedosos caiam como cascata realçando seu rosto marfim com traços perfeitos. As bochechas das duas eram levemente coradas.

Kevin era mais como tio Emmett, sempre estampava em seu rosto divertido um sorriso brincalhão e sapeca. Toda vez que me via sorria e acenava, eu retribuía mesmo não o conhecendo oficialmente, soube de seus nomes pela Joane que sempre está por dentro das fofocas. Kevin tinha olhos esmeralda, as blusas que usava ficavam um pouco justas pelo seus músculos, tinha cabelos escuros lisos como os de Henrique só não na cor. Pelo que eu sei ele era irmão gêmeo de Demi.

Como faltava pouco para acordar para ir à escola e meu sono se fora, eu decidi levantar mais cedo. Na verdade fiquei a escutar música em meu Ipod, me embalei em minha cadeira de balanço no canto do quarto ouvindo música.

[...]

Depois de um tempinho resolvi ir tomar banho, lavei meu cabelo com meu xampu com cheiro de chocolate, relaxei os músculos, depois quando meus dedos ficaram enrugados eu decidi sair. Procurei no meu closet uma roupa bonita e encontrei, separei tudo e deixei em cima de minha cama. Sequei-me melhor, depois foi a vez do meu cabelo. Vesti a calça jeans, minha blusa de manga cumprida lilás com uma regata cor – de - rosa por cima, meu all-star, meus cabelos soltos ondulados naturalmente.

Peguei minha mochila em cima da cadeira de minha escrivanhia, desci as escadas e mamãe já fazia o café. Entrei na cozinha deixando minha mochila na cadeira ao lado, estranhando papai ainda não estar em sua habitual cadeira lendo algo e tomando seu café preto.

- Bom dia mãe.

- Bom dia meu amor.

- Onde está o papai? – perguntei me sentando à mesa.

- Ainda está tomando banho. – disse ela. Dei de ombros e esperei.

- Então, a que horas mais ou menos vocês chegam do trabalho? – perguntei a ela.

- No máximo às oito horas.

- Tudo isso?E eu vou fazer o que até lá? – perguntei.

- Vai para a casa do vovô querida.

- Posso ir na casa da Joane? – perguntei me lembrando que ela tinha falado que queria que eu fosse para a casa dela hoje depois da aula. Por que nunca mais fui lá.

- Não sei... – disse ela de costas para mim.

- Por favor mamãe, o que tem de mal hã? – eu perguntei com um beicinho, se virou me fitando e sorriu.

- Tudo bem, pode ir, mas não faça nada ou diga nada que vá nos prejudicar! – disse ela seriamente.

- Claro mãe. – eu disse – eu já fui para lá antes lembra?

Assentiu e trouxe dois pratos de porcelana um com omelete e bacon, o outro com torradas e minhas panquecas com calda de chocolate. Mamãe sentou à mesa e pôs numa xícara o café preto de papai. Conversamos sobre muitas coisas, não contei nada sobre a revelação que tive ontem, ou melhor, hoje de madrugada.

- Bom dia mulheres da minha vida! – disse papai entrando na sala com um calça jeans escura, uma blusa de manga azul, e o cabelo penteado, estava arrasando!

- Bom dia pai está um gato! – eu disse sorrindo.

- Obrigado solzinho – apelido de infância?Ele riu de minha careta.

- Bom dia meu amor. – disse mamãe à ele se levantando, deram um leve beijo e sentaram novamente. – aqui está o seu café – disse ela e indicou a xícara.

- Pai, o senhor vai trabalhar na oficina do Sam? – perguntei e mordi um pedaço da torrada.

- Sim, conversei com ele e acertamos ser sócios. – disse ele, não agüentei e ri, meu pai?Jacob Black trabalhando seriamente e tendo um sócio?Isso até parece brincadeira!

- Por que está rindo?

- Nada, uma piada interna! – menti, para parar o meu ataque de risos mordi a torrada. Terminei meu café, subi as escadas e fui até o banheiro de meu quarto, escovei os dentes e desci novamente, peguei minha mochila em cima da cadeira.

- Já vou indo, beijos mamãe e papai! – eu disse e os beijei na bochecha. Que ficaram paralisados. Ah qual é?Eu voltei a ser assim há muito tempo!Fui até a garagem e peguei meu Porsche. Dirigi até a escola.

Cheguei ao estacionamento e estacionei meu carro ao lado do Audi vermelho de Joane. Peguei minha mochila, desci do carro e o tranquei automaticamente. Todos os dias as pessoas me olhavam, estava começando a me irritar. Só por que sou uma líder de torcida?Grande coisa!

Não vi o carro de vô Edward, será que eles não vem?Como se eu desejasse um carro prata parou bem perto de mim a milímetros de distancia. Arregalei os olhos e nem tive tempo de gritar. Percebi que prendia a respiração e soltei rapidamente.

- Estão loucos? – eu gritei depois que os seis saíram do carro.

Eles riram da minha expressão.

Fechei os olhos, respirei e inspirei muitas vezes. Calma Lizzie... Raiva causa rugas!Eu me adverti. O que?Eu estou preocupada com rugas?Sacudi a cabeça com raiva de mim mesma. Senti alguém me cutucar.

- O que é? – eu disse irritada. Mas, me arrependi no mesmo instante que eu falei. O pobre garotinho começou a chorar, devia ter uns seis ou oito anos. Me abaixei na sua altura – desculpe garotinho, não chore. Não queria gritar com você. – eu lhe disse tentando acalmá-lo e passando minha mão em seus cabelos ruivos. Aos poucos foi se acalmando – o que é?

- Eu... – fungou, por causa do choro –Você é a Lizzie? – assenti - me mandaram te entregar isso. – disse ele e me entregou uma caixa média vermelha com um laço da mesma cor.

- Obrigada, desculpe novamente. – eu disse e dei um beijinho em sua bochecha rosadinha cheia de sardas. Ficou vermelhinho e saiu correndo. Analisei a caixa mais uma vez.

- O que está esperando para abrir? – perguntou tia Alice impaciente.

O sino tocou e eu sorri divertida.

- Há, tchauzinho tia... Ops... Alice. Conto depois o que tem aqui. – eu disse e indiquei a caixa.

- Ah, que injustiça! – queixou-se ela. Eu caminhei rindo, fui para minha primeira aula, Física. Era uma matéria legal e interessante. Estávamos estudando Lei de Inércia. A 1º lei de Newton. Era um pouco complicado, mas dava para resolver.

[...]

Não queria ir para o refeitório e ter aqueles olhares cravados em mim. Ao invés disso, peguei meu almoço antes de todos chegarem e fui para o estacionamento, tinha um cantinho escondido atrás de uma coluna, então fui para lá. Pus a bandeja em meu colo e comecei a comer.

[...]

Terminei rapidamente, deixei a bandeja em cima de uma escadinha que ali havia. Inclinei minha cabeça para trás e fechei os olhos. Quando tornei a abri-los sobressaltei-me e meu coração acelerou. Henrique estava parado a minha frente.

- Se assustou? – perguntou. Franzi o cenho. Que pergunta besta.

- Não, eu sabia exatamente que me acharia aqui. – eu disse sarcasticamente. – o que quer aqui?

- Não sabia o quanto minha presença lhe traz desagrado. – disse ele, que formal!

- Não é isso. – eu disse apressadamente para minha própria surpresa. Meu coração se acelerou mais quando ele se aproximou mais seu rosto do meu... O sino tocou e eu pulei assustada. Me levantei. – tenho... Tenho que ir tchau! – eu saí correndo dali. Não podia me aproximar, mas ele não ajuda quando aparece do nada daquele jeito!

[...]

Não conseguia tirar aquilo que aconteceu no almoço da minha mente e se Edward visse aquilo... Ia descobrir de quem eu gostava!E isso não era muito legal. Um dia desses ele havia me dito que desde que não fosse o Newton...

Encontrei Joane no corredor enquanto eu corria de Henrique, contei para ela que minha mãe havia permitido eu ir para sua casa, ela ficou agitada e planejava muitas coisas, eu cortei logo seu barato e lhe disse que não era uma festa do pijama!Apenas uma visita.

- Você é muito estraga prazeres! – disse ela com uma careta.

- Sou apenas realista. E vai logo para sua sala! – eu disse e ela assentiu correndo para a sala ao lado. Entrei e sentei em meu lugar.

[...]

- Sabe, você as vezes não parece que se importa com a felicidade de sua amiga aqui. – disse Joane quando estávamos indo para o ginásio.

- Joane, não seja dramática! – eu disse.

- Então diga logo o que naquela caixa!

- Como você sabe?

- Alice me disse. – disse ela – e me pediu para ver o que era e contar a ela.

Balancei a cabeça rindo.

- Não abri ainda. – eu disse.

- Que desperdício. – murmurou ela.

Eu ri de sua careta. Taylor chegou com suas seguidoras e fomos para o ensaio, estranho Henrique não ter vindo com ela. Deixei isso de lado, isso não é da minha conta!Dançamos uma hora seguida sem descansar os jogos de basquete estavam se aproximando. Seria na semana que vem.

 - Estou cansada! – disse Joane e se jogou no banco da arquibancada. Taylor ia passando e a chamei. Ficou de frente para mim esperando com as mãos na cintura.

- Taylor, eu queria te fazer um pedido. – eu disse.

- E eu tenho cara de fada madrinha? – perguntou debochando. Revirei os olhos.

- Não. Fada madrinha é mais gentil e bonita! – eu murmurei baixinho só para mim, mas Joane que estava perto escutou e gargalhou.

- O que disse?Eu não entendi direito. – disse ela.

- Nada, nada.

- Diga o que quer logo, eu tenho um compromisso importante. – disse ela indiferente. Minha mão coçou para lhe dar um tapa naquele momento. Quem ela pensava que era para falar naquele tom comigo?

- Olhe, a sua consulta no dermatologista pode esperar... – eu disse e ela me fuzilou com os olhos. Continuei sem da importância. – queria pedir para que incluísse minha ti... Minha prima Alice na torcida. – eu disse.

- Como é? – perguntou ela rindo.

- Não vou repetir, se não limpa bem os ouvidos não é culpa minha! – eu disse irritada.

- Escuta aqui garota!Não faça piadinhas comigo! – disse ela e dei de ombros.

- Vai incluir ela ou não? Ah, é só para você saber foi ela que me ajudou a criar os passos. – eu disse. Taylor me fitou minuciosamente.

- Se é assim, diga a ela para ficar para o ensaio amanhã. – disse Taylor, jogou seu cabelo loiro para trás e caminhou para fora do ginásio sendo seguida pelos seus clones.

- Uau, Lizzie se continuar assim será a chefe! – disse Joane sorrindo.

- Nem morta! – eu disse e ela revirou os olhos rindo.

- Sim, eu vou para lá e não vou passar por aí! – eu disse a tia Alice do outro lado da linha.

- Por que?Aí... Você não nos ama mais?

- Deixa de drama tia. Eu amo vocês muito, só que... Nunca mais fui lá na Joane e eu prometi, amanhã eu vou aí... E mais tenho uma surpresa para você! – eu disse animada. Deu um gritinho de entusiasmo – nada de vasculhar no futuro senão não vale!

- Vou pensar...

- Tiaa! – eu disse.

- Tudo bem, tudo bem, não vou ver nada! – disse ela.

- Ok, beijos, até amanhã.

- Até. Beijos. – disse ela e desligou, joguei meu celular no banco do carona, e virei a esquerda para entrar na Rua de Joane. Estacionei em frente a casa, e saí me encostando em meu carro. Olhei para a casa, era enorme – não tanto quanto a mansão Cullen -, tinha colunas grossas, era a típica casa Americana. Joane fez sinal para eu ir até ela.

Bateu na porta e uma mulher de estatura mediana, loira de olhos amêndoas e um sorriso gentil no rosto nos atendeu.

- Srta. Witlock, boa tarde! – disse ela.

- Boa tarde Vick. – saudou Joane sorrindo a empregada. Nos deu passagem e entramos – onde estão os meus pais?

- Ah, eles acabaram de sair para o trabalho.

- Ah, Vick está aqui é minha melhor amiga Lizzie.

- Oi. – eu disse.

- Olá Lizzie.

- Nós vamos subir.

- Quer que eu leve um lanche? – perguntou Vick a Joane.

- Queremos sim, obrigada Vick.

- Por nada. – disse ela e subimos as escadas.

[...]

Me lembro da casa pouco apenas, vim aqui apenas algumas vezes, minha mãe não me permitia freqüentar aqui, por parte por que eu era pequena e outra por que eu sem querer podia falar algo que nos prejudicaria. O quarto de Joane era espaçoso, com papel de parede de flores amarelas, tinha uma cama de solteiro com colchas violeta, cortinas combinando, várias estantes com bonecas e brinquedos de sua infância - eu me lembro que todos os dias na hora do recreio no jardim de infância corríamos para a casinha que tinha para as meninas, entravamos ali junto de nossas bonecas e não deixávamos ninguém além de nós entrar-, numa outra estante acima da TV tinham filmes variados, um aparelho de som, um closet enorme e um banheiro grande.

Joane e eu conversamos sobre muitas coisas, Vick nos trouxe um delicioso lanche. Depois assistimos a vários filmes comendo pipoca, bebendo coca-cola e se enchendo de doces. Foi o máximo...

- Nossa! – olhei para o relógio e dizia que era muito tarde.

- O que foi? – perguntou Joane com um alcaçuz na mão.

- Tenho que ir embora! – eu disse alarmada.

Me levou até meu carro e nos despedimos, entrei em meu carro e dirigi de volta para casa.

[...]

Meus pais me esperavam em frente a casa com um sorriso estampado no rosto. Jantamos dentro da bolha de felicidade e depois comemos a sobremesa que mamãe fizera. Subi para o quarto e tomei um banho.

[...]

Dormi cedo então seis em ponto eu já estava acordada. Tomei meu banho gelado para me despertar, saí e me sequei. Vesti uma calça jeans, uma blusa de manga cumprida verde, meu all-star e meu casaco lilás de algodão. Quando fui andar até minha escrivaninha tropecei em algo e olhei para o chão, a caixa que nem lembrava estava ali jogada. Eu não me lembro de te-la deixado ali, me inclinei e a peguei, desmanchei o laço e sorri ao ver o que tinha dentro.

Uma tulipa vermelha e ao lado um cartão, incrível que a tulipa estava intacta, em um bom estado. Não murcha quando fica em um lugar fechado por muito tempo, peguei o cartão e dizia: Nem a mais linda e perfumada flor se compara a você...

Só que não tinha nome, se fosse daquele idiota do Newton eu iria o fazer engolir aquela tulipa!E com o cartão junto!Eu ri manifestando a cena em minha cabeça; e se fosse... Não, não poderia ser dele, ele nem falava mais comigo, parecia que tinha algo contra mim. Uma parte de minha mente queria que fosse do H, a ingênua claro. Mais a parte realista dizia que era ou do Newton ou de alguém que eu fosse totalmente inconsciente.

Peguei um jarro fino de cristal e coloquei água no jarro, pus minha tulipa e deixei em cima de minha escrivaninha. Tinha dois destinos para ela, se fosse do Newton eu a jogaria fora e se fosse do H eu guardaria.

Peguei minha mochila e desci as escadas. Dei bom dia aos meus pais e tomei meu café pensando. Se tivesse uma forma de eu... Não!Pare já de pensar nisso Elizabeth!Vocês nunca poderão ter algo!Isso podia acontecer se você fosse uma menina normal e tivesse nascido numa família onde todos são humanos!

Murchei em meu lugar.

- O que foi filha? – perguntou mamãe fitando-me.

- Nada...é que lembrei que vai ter uma prova hoje. – eu menti.

- Hum, não fique nervosa. Sei que se sairá bem. – encorajou ela sorrindo.

Assenti retribuindo com um sorriso forçado.

- Bem, me deixa ir. Vou chegar atrasada. – eu disse a ela. – beijos meus amores!

- Hã... Tchau. – disse papai.

- Tchau meu amor, se cuida. – disse ela. Soprei um beijo e saí porta a fora. Meus pais já estavam se acostumando com minha “nova” personalidade. Fui até a garagem e peguei meu Porsche. Entrei, liguei o rádio e pus meu cd da Demi Lovato. Logo a música Here We GO Again começou a tocar. E assim dirigi até a escola escutando as músicas da Demi.

[...]

Não sei por que dia de quarta me irrita. Estacionei meu carro e saí fechando a porta com força. Este estresse todo, a raiva, o choro só podiam significar que eu estava de TPM. Isso acontece muito. Tranquei o carro automaticamente e caminhei para a escola, pois o sino acabava de tocar.

- Ei Lizzie! – gritou alguém atrás de mim quando estava no corredor. Me virei e vi o “Nick”. O que ele quer agora?

- Sim? – perguntei suavemente.

- Oi, sabe, nós nos conhecemos desde o jardim... – disse ele – er... Eu queria te perguntar se gostaria de sair comigo, eu... Er queria esperar, mas vi você e disse logo. – disse ele e pôs as mãos. Meu senhor!O que eu diria?Óbvio que não, mas ele estava tão esperançoso com aquele sorrisinho sem graça e estava vermelho.


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Notas finais do capítulo

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