Another Sky escrita por Kakeru Ryu


Capítulo 4
Capítulo 3 - Além da vida.


Notas iniciais do capítulo

Mais um belo capitulo -n -q



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Sinto uma melancolia.

Na verdade, não sinto nada, apenas sei que estou caindo em um buraco onde não há fundo.

Não consigo enxergar nada, está tudo escuro.

Ah morte é assim?

Onde eu estou? ONDE?           

Não me lembro de nada, é como se minhas memórias estivessem sido apagadas, isso é deprimente.

Não ouço nada, não há ninguém aqui, apenas eu e mais nada.

A morte chegou até mim?

Só por que eu não a temia, ela veio até mim mais cedo.

Eu queria entender o motivo daquilo tudo.

Eu não sei de nada.

Não consigo abrir meus olhos, estão presos.

Quero sair dessa merda, eu me sinto um merda aqui.

Tentei abrir os olhos de qualquer maneira, mas não sabia se conseguia abrir e estava escuro, não fazia diferença estar abertos.

Hoje com certeza...

... Não é um dia bom.

Ao tentar novamente, consegui abrir, estava claro de mais, continuava a não enxergar nada.

Estava melhorando, minha visão estava voltando ao normal, quando vejo, estou jogado, olhei para os lados, e havia muita sujeira, mas eu já havia visto este lugar antes, mas ainda não consigo identificar, está imundo aqui.

Levantei a cabeça para poder olhar ao redor, e levantei-me, estava a uma quadra do restaurante, respectivamente uma rua que fica a direita, do restaurante aonde eu e minha irmã vamos sempre, lá há um Ramen muito bom, eu acho que deveria fazer algo lá hoje, não lembro. Bem se for pra ir ao restaurante é óbvio que é para comer, mas era encontrar alguém.  Aah! Não deve ser nada.

Vejo que muitas pessoas estão indo para um local, dobrando a rua, estava garoando, eu amo dias assim, aqui faz poucos dias assim, geralmente são calorosos, mas mesmo com o tempo eu vi as pessoas correndo para ver algo, parecia ser algo serio um acidente.

­­- Olhe olhe, o menino do colegial daqui por perto foi atropelado, na rua à esquerda.

Ouvi alguém falando isso, mas nem a conhecia.

-Hey! Moça o que aconteceu? – perguntei para a mesma que havia falado sobre.

Ela nem deu bola, simplesmente ignorou o fato da minha existência ali, como se estivesse invisível. Avistei outra pessoa correndo e também resolvi perguntar o que aconteceu.

 Olá, moça o que aconteceu ali? – Obtive resultado nenhum, apenas outro vácuo.

Então, resolvi ir ver com meus próprios olhos, e corri, dobrei a rua e fui até onde o local do acidente.

Eu estava com medo de que fosse um colega meu, apesar de todos serem fúteis... Essas palavras parecem repetidas. Eu não me lembro de nada que aconteceu antes de eu acordar ali no meio da calçada. Parece um dejavu.

Então vejo um monte de pessoas amontoadas, fazendo uma rodinha, parecia alguém ali estirado no meio da rua. De vista, vejo a Felícia, a aluna nova, nunca ninguém quis falar com ela, mesmo ela sendo bela e doce. Ela estava com uma cara assustada. O que aconteceu?

Corri até lá, tinha muitas pessoas, não tinha como ver, quem estava ali atirado no chão.

Tentei me debruçar sobre alguém que estava na minha frente...

... Então atravessei a pessoa como se eu não tivesse corpo, apenas alma,  e caí diante daquele corpo no chão...

Era um menino, de cabelo negro, pele mais branca que as nuvens da primavera, e usava óculos. Ele realmente estava com o uniforme da minha escola, seu rosto era tão bonito, mas estava sujo...

OH DEUS! Não pode ser!!

Aquele...

ERA EU?

Não não, isso só pode ser coisa da minha cabeça, deve ser alguém muito parecido comigo, como eu estou vendo meu próprio corpo?

Não há explicação.

Meu corpo ali, no que eu estou? Minha alma saiu do meu corpo?

Vendo aquilo tudo, senti uma dor imensa em minha cabeça.

Espere... Sim aquele realmente era eu.

Minhas memórias estavam voltando, agora eu lembro, eu salvei a Felícia. Mas me matei.

Como pode minha alma ver meu corpo? Este era o motivo de ninguém me enxergar. Ninguém me ouvir.

Então sai correndo dali, com medo, assustado, e fui para perto das arvores, longe do acidente, e fiquei sentado chorando.

“Esse é meu fim. Eu nunca tive medo da morte, mas ela resolveu me assustar.”

Novamente, aquele pássaro, que a Felícia havia comentado que era a vinda da morte, era verdade. O pássaro me encarou, ao piscar os meus olhos, ele se transforma em uma figura. Tinha se transformado em um monstro, bicho, sei lá, apenas sei que dava medo.

Estava com uma capa preta, que cobria todo seu corpo – que parecia flutuar – inclusive uma parte do seu rosto, que era uma mascara, uma espécie de mascara em forma de caveira. E usava uma foice. Ele tinha um cheiro. O cheiro da morte.

- Você nunca ousou a ter medo de mim, não é querido jovem? Sussurrou aquela criatura.

- O que você quer de mim? O que é você!? – perguntei com pavor.

- Eu sou a morte, Kakeru, a morte que você nunca teve medo.

Eu não podia acreditar naquilo tudo, eu estava sonhando, vou ter que apertar meu braço e acordar em minha cama e descobrir que era apenas um pesadelo.

Eu estava jogado no chão novamente, mas estava olhando aquela criatura que estava há uns sete metros de mim, ela me encarava. Então ela levantou sua foice para o céu e disse.

Você vai vir comigo, vou levá-lo ao inferno. Sua alma merece sofrer.

No momento de tensão fiquei pensando, e cadê aquele papo de quem é uma boa pessoa vai para o céu? Eu nunca havia feito nada de mal para ninguém, NUNCA!

Ele caminhou até a mim, e eu me afastava com medo, mas mais ele se aproximava. Pegou a foice com as duas mãos e disse – Chegou sua hora. E me atacou... Era meu fim.


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Notas finais do capítulo

Aos poucos está desvendando -q



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