Another Sky escrita por Kakeru Ryu


Capítulo 3
Capítulo 2 - A Chegada da morte


Notas iniciais do capítulo

Digamos que agora a coisa ta ficando legal (risos)



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Era a única coisa que eu poderia ter feito por ela naquele momento, seu almoço estava jogado no chão graças a mim, ainda bem que ela aceitou, ela bem poderia ter saído correndo ou sei lá.

Eu nunca havia escutado sua voz, era tão doce e suave, mas acho que ninguém da minha escola havia escutado sua voz, nem mesmo os professores, ela é quieta de mais, ainda não sei o que ela esta fazendo nessa escola onde todos são bagunceiros, e “patricinhas”.

Então fomos ao restaurante, eu não havia dado mais que quatro passos dele, então nós praticamente viramos e estávamos nele.

-Kakeru, você aqui de volta? – O garçom perguntou.

- SIIM, aconteceu um acidente – Respondi.

Nós nos sentamos próximo á janela, acho que amo ficar próximo á janela, não sei o porquê, apenas gosto. Ficamos um tempo calado, acho que esse é um grande problema ter dois tímidos em uma mesma mesa, criei vergonha na cara e tentei puxar assunto.

-SERÁ QUE CHOVE HOJE? – Não deu tempo de ficar arrependido, apenas saiu. Mas quem pergunta “será que chove?” em um dia que esta nublado e garoando?

-Fazia tempos que não ficava assim aqui, este lugar é um tanto quente em qualquer época do ano. – Respondeu.

~ainda bem que ela respondeu, porque a pergunta foi idiota de mais.

- Realmente, hoje o dia está lindo, eu prefiro dias nublados assim, mas enfim, há quanto tempo está morando na cidade?

- Nossa, achei que era somente eu que gostava de tempos assim, na minha antiga cidade o tempo era mais úmido e chovia mais, mas aqui perdi minhas alegrias, há, faz sete meses eu acho. – Ela respondeu com um tom alegre.

- Nossa! Eu te vejo pouco pela escola, você geralmente é quieta, não fez muitas amizades aqui, certo?

Neste momento, ela abaixou a cabeça – Realmente, eu não sou muito de fazer amizades, sou mais de ficar na minha e outra que ninguém da escola parece ter ido com a minha cara.

Eu olhei e dei um sorriso – Eu fui.

Ela abaixou a cabeça mais ainda e ficou vermelha. E logo percebi, fiquei vermelho também.

Ficou um silencio após isso e então resolvi pedir o almoço logo. Pedi o que eu e minha irmã sempre pedimos quando vamos nesse restaurante, Ramen no capricho. O Ramen desse restaurante é simplesmente delicioso, é como se tivesse uma explosão de sabor em sua boca a cada porção que você come. Ela pediu também para me acompanhar. Ainda estava um clima tenso, ela parecia vergonhada mas percebi um sorriso em sua cara, ela parecia estar feliz.

Conversamos mais um pouco, eu falei sobre o tempo novamente, só pra quebrar aquele clima. O interessante é de como ela se parece comigo, eu acho que gostei dela.

Saímos do restaurante, ainda havia um tempo, a aula começará a uma hora da tarde. Seguimos o caminho.

Obrigado Kakeru, foi muito gentil de sua parte. - Ela falou sorrindo.

Oh, Felícia, eu fico feliz de ter aceitado.

Ao seguir o caminho percebi uma coisa, uma coisa que já havia reparado hoje. Em meio das arvores do bosque próximo á escola, o pássaro preto surge, e ele passa de uma arvore para outra, descontrolado. Como se estivesse em apuros.

Felícia aponta para o pássaro e diz.

- Nossa, olhe Kakeru, aquilo é um mau sinal.

Fiquei com medo de ela ter falado isso, fiquei mais com medo do por que, mas como todo ser humano, sou curioso.

-Por quê?

- Minha avó contava que esses pássaros pretos com olhos cor de sangue representam a vinda da morte.

Olhei para ela.

- A MORTE!?

- Sim, Kakeru, alguém vai morrer hoje.

EU FIQUEI EXTREMAMENTE ASSUSTADO COM AQUILO.

Ela riu baixo, e disse – Isso é apenas uma lenda Kakeru, era historias de minha avó contava para eu ficar com medo.

Eu fiquei aliviado, e ri junto, mas...

Eu nunca tive medo da morte, é uma coisa inútil pensar nela no momento, é mais importante pensar na vida. E nem acredito muito nessas coisas de espiritismos ou essas coisas sobrenaturais, é apenas coisas da vida, se é pra acontecer vai acontecer.

Continuamos andando, e ela continuou rindo baixo.

- O que houve? Dei um sorriso.

- A gola, de sua camisa, está suja- E continuou rindo e ficou um pouco vermelha e baixou a cabeça.

- Oh deus, como eu não percebi isso? – fiquei constrangido.

- Espere, eu tenho uma coisa aqui, eu posso limpar.

Ela pegou sua bolsa e puxou dela um lenço.

- Deixe me limpar. – Esticou o braço para limpar. Mas ao mesmo tempo um vento forte o arrancou da mão o lenço. E o lenço caiu no meio da rua.

-Irei pegar- Felicia disse.

Ela tomou partida para pegar, ao chegar no meio da rua avisto um caminhão vindo em direção a ela.

Neste exato momento me desesperei e a empurrei para o outro lado, deixando o meu corpo na frente do caminhão.

-NÃO!!! – Felícia gritou.

Quando percebi do que tinha feito...

...Já era tarde de mais. 


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Notas finais do capítulo

Esperem pelo capitulo três -q agora que a historia começa a tomar corpo... Obrigado a quem está lendo =)



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