Não posso acreditar nisso, estou presa em um lugar muito quente, mal consego respirar e mecher minhas mãos. Estou apavorada.

Agora ouço passos, no mesmo ritmo que antes, em minha casa.... Espero, até que um homem, quer dizer, um garoto, da minha idade, aparece...É o garoto do "Espero que volte logo". Ele está me olhando maliciosamente. Ele se aproxima, me levanta da cadeira, acaricia meu rosto.

- até que enfim, Janie! Nos reencontramos... Bom, meu nome é Robert, estou muito curioso para te conhecer melhor. Se é que você me entende.

Ele tira as amarras da minha mão, tira minha blusa, depois pede para eu fazer o mesmo. Ele começa a passar a mão por minha coxa e então me puxa pelos braços e começa a me beijar.

Eu virei o rosto.

POV Robert-

          - Não está gostando?

- N... Não.

- Está sim, me conhece a taaaanto tempo.- falei, lembrando-me dos dias ensolarados em que sentávamos sob uma árvore para comer uvas.

- Não me lembro! Por favor, me solte!

- Está bem, mas se lembre... E me procure daqui a dois dias, se não me procurar, eu te sequestro de novo, e dessa vez, vou ser muuito mais malvado.

POV Janie-

Me vesti e saí correndo daquele lugar quente e escuro.

Não consigo me lembrar dele, por mais que eu tente... Ele é só um psicopata para mim. Chamei um taxi e fui para casa, eram quase seis horas, tempo de minha mãe chegar para o jantar. Entrei em casa como se nada tivesse acontecido (vamos fingir que eu não fui assediada por um psicopata.)

Tomei um banho para me livrar daquela forte colônia masculina, apesar de boa, e depois  fui a sala para assistir TV.

Horas depois, minha mãe chega do trabalho exausta e sobe para tomar banho.

Enquanto passava os canais, imaginava o Bry e a Sarah, se agarrando e depois se beijando, então a Sarah se transformava no Megazord e comia o Bry... Literalmente.

Então para a minha alegria minha mãe me chama para o jantar.

- Como foi seu dia, filha?

- Foi ótimo. E o seu?

- Só trabalho.

- Quando o papai volta da viagem?

- Só no ano que vem.

- Hmm...

Terminei o jantar e fui para o quarto estudar geografia... Passaram-se 20 minutos até eu cair no sono.

E esse foi o sono perfeito para me lembrar de Robert Bowden.