Doubtful Fate escrita por Cahh_M


Capítulo 12
Capítulo 11 - I am hanging on every word you say


Notas iniciais do capítulo

Como prometi, tá aqui outro cap. Agora só sábado ou domingo, ok? A música desse é Breathing dos perfeitos do Lifehouse (amo muito eles *o*)
http://www.youtube.com/watch?v=mKHKiqCxkqo
Boa leitura.



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Capítulo 11 - I am hanging on every word you say

POV Elena


–Alô? – Damon perguntou atendendo seu celular. –Sim, é ele. O que houve? - Seu rosto passou de indiferente ao pavor e preocupação. – Está bem. Estamos indo.


–O que aconteceu? – Perguntei assutada enquanto ele colocava o celular no bolso.


–Sara…sofreu um acidente com o carro de Matt. – Meu coração parou por segundos, cambaleie alguns passos e Damon me segurou antes que caísse.


–Ela está bem? – Perguntei criando coragem.


–Não sei, ligaram do hospital pelo número mais discado de seu celular. Temos que ir. – Ele respondeu pegando nossos casacos. Todos haviam saído da festa mais cedo por preocupação de onde ela estaria.


–Até onde ela foi? – Perguntei desesperada.


– Richmond. – Ela havia passado por muitas cidades de Virgínia. Liguei para todos, avisando dos acontecimentos.

[…]

–Precisamos de notícias. – Caroline bufou, sentando- se ao lado do Sr.Murray no sofá da sala de espera. Uma enfermeira passava pelo local e Damon colocou seu corpo, impedindo sua passagem.

–Por favor, queremos notícias da paciente Sara. Sofreu um acidente e…

–Desculpe senhor, não tenho nenhuma informação. – A moça respondeu apressadamente. Os olhos de Damon fitavam –na, hipnotizando-a.

–Então vá ver o que houve e venha nos falar imediatamente. – Ele disse sério. Sem mais palavras, ela assentiu, indo fazer seu dever.

–Preciso saber de minha filha. – Sr. Murray sussurrava. Ele andava de um lado para o outro, impaciente. – Vou ver se consigo alguma notícia, por menos que seja. – Saiu, indo para alguma direção.

–Sinto que algo ruim aconteceu. – Bonnie disse nos assustando. Sua intuição de bruxa nunca errava. Tímidas lágrimas escorriam por meus olhos. Eu não podia perder minha amiga e pensar que se algo acontecesse seria minha culpa por lhe esconder a verdade. Me encolhi sentada ao lado de Jeremy e Matt, que me confortaram.

–Alguém avisou ele? – Tyler perguntou e sem ao menos pronunciar o nome, todos sabiamos de quem se tratava. Klaus. Essa notícia o acertaria brutalmente.

–Não é de seu interesse. – Matt respondeu friamente. – Ele causa o pior para ela há meses.

–Dessa vez não foi culpa dele. – Respondi chorando. – Foi minha.

–Nunca diga isso. – Damon disse, ajoelhando-se à minha frente. Apertei sua mão, trazendo-me um pouco de paz. – Ligarei para ele. Precisa saber o que aconteceu. – Damon saiu da sala por minutos. A enfermeira reapareceu com um médico ao seu lado. Mesmo sem ouvidos ultrasensíveis, conseguia ouvir, sentir nossos corações batendo forte, de tanta angústia.

–E então…? – Jeremy perguntou.

POV Klaus

–Está bem Stefan. Faça seu trabalho. Mate todos. – Respondi desligando o celular. Minha cabeça estava cheia demais para pensar em qualquer outra coisa do que não fosse as consequências que sofreria pela mentira de Elena. Meu celular tocou novamente, fazendo- me bufar. Olhei pensando ser Stefan, mas era um número desconhecido.

–Quem é? – Perguntei grosseiramente.

–Klaus. – Damon disse do outro lado da linha. – Tenho uma nótícia para te dar. Uma má notícia.

–O que foi? – Perguntei irritado.

–Sara sofreu um acidente de carro. – Ele respondeu. Perdi meu chão, quase caindo.

–Onde ela está? – Falei angustiado.

–Em Richmond. Estamos todos aqui, mas ainda sem notícia. – Sem ao menos responder, desliguei o celular e na minha maior velociadade, atravessaria algumas cidadezinhas até chegar. Eu precisava saber se ela estava bem.

POV Elena

–O que aconteceu com ela? – Perguntei ao médico em um grito.

–O acidente lhe causou sérios danos. – Ele respondeu desanimado. Sentia meu pulmão fachando- se. Eu perdia meu ar.

–Que tipo de danos? – Caroline perguntou aflita. – Ela ficou paraplégica?

–Não, seus músculos estão bem. – Doutor respondeu com um pouco de animação. – O carro foi encontrado capotado da pior forma possível, é incrível como as lesões musculares foram pequenas, mas a emoção no momento junto à outros fatores como extresse a levaram a adquirir Arritmia, uma falha no coração.

–O quê isso quer dizer? – Damon perguntou preocupado.

–Quer dizer que seu coração não funciona como antes. – Ele respondeu e senti o meu coração apertado. É uma anomalia na formação e condução do impulso elétrico necessário ao coração para enviar o sangue para a circulação.

–Terá algum tratamento? – Tyler disse agitado.

–Seu estágio não é o mais grave, não tendo que usar marcapasso por enquanto. Mas terá que tomar remédios diariamente. – O médico respirou fundo, olhando cada preocupado rosto na sala. – Mas tem uma coisa: ela não pode em hipótese alguma sofrer algum tipo de forte extresse. Seus batimentos cardíacos não são normais, são desregulares e fazê-los aumentar ou diminuir demais…

–A mataria? – Bonnie perguntou nervosa.

–Poderia levar a uma parada cardíaca ou um ataque cardíaco. Sim, a mataria. – Era tudo culpa minha e isso martelava em minha cabeça várias vezes. – Ela está no quarto agora, alguma visita seria bom para animá-la.

–Posso? – Falei um pouco entusiasmada.

–Sim, claro. Mas não todos de uma vez, é muito movimento. – Ele respondeu gentilmente. Puxei a mão de Damon, indo em direção do quarto. Sr. Murray logo entraria e eu precisava falar com ela. Bati na porta levemente.

–Pode entrar. – Uma fraca voz sussurrava do outro lado. Abri a porta e me deparei com Sara deitada na cama com vários aparelhos ligados nela. Aquilo doeu tanto em mim que não conseguia encará-la. Seus claros olhos azuis eram tristes.

–Sara… - Hesitei, dando alguns passos na direção da cama.

–Oi. – Ela respondeu e seu lábios estavam tão pálidos que imagens de cadáveres vinham a minha mente. – Como estão?

–Bem, estamos bem. – Respondi sorrindo. Era tão típico dela estar na pior e ainda querer saber como os outros estavam. – E você?

–Vou indo. – Ela respondeu ainda cética.

–Me desculpe. – Falei com lágrimas nos olhos. – Sara, por favor me desculpe. – Ela virou seu rosto, encontrando o de Damon.

–Hey Sa… - Ele dizia com gentileza.

–Não ache que está tudo bem com você também.– Ela respondeu com a pouca fúria que seu corpo podia suportar no momento.

–Vamos lá, sabe que se fizemos isso, foi para o seu bem. – Damon respondeu brincalhão. Seus olhos vieram novamente aos meus e sem hesitar, fui a seu corpo, abraçando-a fortemente.

–Me desculpe. – Repeti e seus braços fecharam-se em meu corpo fracamente.

–Está tudo bem, Elena. – Ela respondeu com sinceridade. – Acho que entendo o porque agiu daquela maneira, ou tento entender. Superprotetora. Mas não faça isso de novo.

–Não irei, juro. – Prometi sorrindo em meio as minhas lágrimas.

–Sim, ela é superprotetora. – Damon concordou abraçando Sara. – Estou feliz que está viva garota. Nunca mais me deixe preocupado assim.

–Nunca mais. – Ela repetiu sorrindo mais alegre. – Onde estão todos?

–Lá fora esperando para te ver. – Respondi sorrindo.

–Tenho que pedir desculpas a Matt. – Ela disse decepcionada. – Acabei com o carro dele.

–Ele não se importa com isso agora. – Damon disse, confortando-a. – Estamos aqui por você.

–Obrigada gente. – Uma lágrima escorreu por seu olho e gentilmente a limpei. – Sabem…esse negócio de ter agora o coração fraco é engraçado.

–Porquê? – Damon perguntou confuso.

–Porque justo eu, que lutei tanto para mantê-lo forte depois de estraçalhado, fiquei assim. – Eu conseguia ver a decepção de Sara estampada em seu rosto. Ela era durona demais para ter um ponto fraco. Mais um ponto fraco.

–Hey… - Respondi passando minha mão suavemente em seu braço. – Tomará os remédios e vocâ vai ver como ficará bem.

–Espero. – Ela respondeu sorrindo fracamante para nós dois.

[…]

POV Klaus

–Onde ela está? – Perguntei a Tyler assim que vi algum rosto familiar ao chegar no hospital

–Descansando. – Ele avisou. – É melhor deixá-la.

–Atravessei cidades até aqui. Eu vou vê-la. – Respondi estupidamente.

–Não foi o único. Não é o único que se importa com ela. – Tyler respondeu irritado. – É nossa amiga.

–Escuta aqui lobinho. – Falei pegando- o pela camisa. – Não tente se importar como eu me importo. Pro seu próprio bem. – Rosnei sabendo que minhas palvaras me entregavam. Tyler assentiu mal humorado, sabendo que não seria bom qualquer reação ali. Segui em direção ao quarto. Bati na porta, mas ninguém respondeu. Lentamente a abri, vendo Sara deitada na cama, machucada. Diversos aparelhos eram ligados à ela e ao ver isso, senti meu coração apertar. Segurei raras lágrimas em meus olhos. Eu não podia chorar. Ela dormia serenamente, como um anjo. Meus olhos percorriam seu corpo, procurando algum sério machucado, mas não havia nada grave. Me sentei na ponta da cama, observando seu lindo rosto adormecido. Minhas mãos passaram gentilmente por suas rosadas bochechas, acariciando-a. Sua quente pele tocava a minha, fazendo-me arrepiar. Vi seus cílios mecherem, e em um segundo, duas claras safiras me fitavam.

–Klaus. – Ela disse surpresa.

–Sim, sou eu. – Respondi calmamente.

–Você veio. – Ela sussurrou ainda nostalgiada. Algum remédio havia sido dado.

–Não tinha como não vir. – Respondi, entregando-me novamente. Ouvia seu coração batendo aceleradamente e descordenadamente, assustando-me. – Sara, se acalme. Seu coração está muito veloz. – Disse preocupado. Ela riu levemente, deixando-me confuso.

–Sou assim agora. – Ela murmurou.

–Como ‘sou assim agora’? – Perguntei repentido sua frase.

–Alguns fatores me levaram ter Arritmia, Klaus. – Me sentia irritado e inconformado. - Meu coração tem uma falha. – Ela respondeu rindo com lágrimas nos olhos. Queria abraçá-la e garantir que ficaria tudo bem, mas mais do que ninguém, eu sabia que não posso controlar nada.

–E isso pode… - Hesitei, encolhendo- me com meus pensamentos.

–Pode. – Ela respondeu sabendo exatamente o que pensara. – Me mata se houver descontrole. – Senti o chão sair de meus pés, deixando-os desamparados. Eu não conseguia imaginar algo assim, eu não me permitiria. – Mas sabe de uma coisa? Eu não ligo.

–Como é? – Perguntei surpreso. – Não liga em morrer?

–Não. – Ela respondeu indiferente. – Não vou viver controlando minhas emoções a cada segundo de minha vida. Prefiro viver pouco, mas que seja intensamente. – Ela sorriu, o que raramente acontecia quando era para mim que agia.

–Não seja louca. – Respondi irritado. Ela se mataria se fizesse isso.

–Eu sou louca. – Ela respondeu dando de ombros. – Não irei me controlar, Klaus. São muitos sentimentos para controlá- los… – Ela corou, virando seu rosto. Senti o desconforto presente, levantando- me da cama. – Pode chamar Matt? – Ela perguntou mudando rapidamente de assunto. – Preciso falar com ele.

–Está bem. – Respondi saindo rapidamente do quarto. Ela me mataria antes mesmo de se matar. Mas era isso que me prendia tanto à aquela garota…mulher.



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Notas finais do capítulo

Tadinha da Sara, problema no coração, como se a coitada já não tivesse um suficiente. Contem o que acharam. Beeeijos s2