O Jardim Secreto escrita por MarinaHinacha


Capítulo 6
Sexto




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Hinata retorna da loja de roupas. Com muitas sacolas. Ela escolheu cinco camisas. Cinco calças. Dois shorts. Um par de sandálias. Um par de sapatos. Um casaco. Uma jaqueta. Dois bonés. Óculos escuros. E cinco cuecas do tipo shortinho. Tudo sustentado no cartão de crédito. Está louca para se jogar no sofá. Está de consciência tranquila de que o obediente Uzumaki não abriu a porta para ninguém. E está certa de que a única pessoa que pode aparecer na sua casa, no sábado de manhã, seria a Yamanaka. Porém, cedo enviou uma mensagem para ela, explicando que retirará o sábado para ficar sozinha. E Ino compreendeu. Quando a loira a convence a sair em um dia, ela não lhe “perturba” no dia seguinte. É tipo um acordo silencioso entre as duas. Hinata aproveitou para pedir o número de Sai. Adivinhava que a loira tenha feito uma cara de felicidade ao lhe repassar o número dele. Ino deve concluir que o clima ruim que Amaru trouxera não tirou o ânimo da azulada de se encontrar com o Pejon. No entanto, era exatamente o que a loira temia, Hinata não quer mais ir à galeria Chubu no domingo de manhã. Por enquanto, a perolada manterá segredo, de sua desistência desse encontro. Deixará que a amiga loira continue pensando que está animada em aceitar o convite de Sai. Enviou um texto com o máximo de educação possível para o Pejon, não entrando em detalhes, do que a impede de ir ao evento. Em casa, abre a porta e entra na sala de estar. Solta todas as sacolas de compras no chão. Há vários desenhos presos nas paredes da sala. Mulheres nuas. Contudo, quando os perolados reparam bem, ela descobre que se trata da mesma mulher, em todos os desenhos.

— Sou eu!!! — reconhece pelos cabelos azuis e olhos brancos. Em um desenho está muito magra. Em outro está super larga. Mas os seios estão imensos em todos os desenhos:

— meus peitos não são desse tamanho! É assim que ele me enxerga?!! — os seios nos desenhos estão maiores que a cabeça dela.

— Chegastes. Doce Hinata. — Naruto entra na sala todo sorridente. Retira alguns pedaços de fita crepe grudados nos dedos:

— encontrei estas coisas que grudam. Resolvi usá-las para prender as pinturas nas paredes. Estão lindas. Não estão?

— Claro. Mas é melhor levarmos todas para meu quarto. — Ela está nervosa.

— Por quê?

A azulada encara um dos desenhos. Um pendurado acima da televisão. Ele a desenhou de pernas abertas.

— Quando eu receber visitas na minha casa, elas não podem ver tudo isso.

— Por que não?

Ela tenta compreender o raciocínio dele:

— Naruto. Você considerou ser indecente estar nu na minha frente. Não acha indecente me desenhar nua?

— Mas isto é arte. No Reino de Samas não há ofensa a uma pessoa ser pintada desnuda. É uma representação da beleza pura da alma de alguém.

A mente da Hyuuga se ilumina, percebendo ela, que ele está reproduzindo o aprendizado que recebeu de um famoso pintor do Reino de Samas: Deidara Katsuhiko. Um dos poucos personagens secundários que ela gostava, pois Deidara não maltratava o Uzumaki.

— Eu entendo Naruto. Eu entendo. Mesmo assim, acho melhor levarmos todas essas pinturas ao meu quarto. Quero contemplá-las antes de dormir. Todas as noites.

Ela inventa uma desculpa boazinha para ele não sentir que ela esteja rejeitando as pinturas dele. Os azuis brilham. Naruto jaz contente que a Hyuuga tenha amado tanto suas pinturas. A perolada repara nas várias manchas de tinta sobre a mesa de centro e pelo tapete trançado. Hinata decide:

— Da próxima vez o entregarei giz de cera.

 

 

 

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Naruto se banhará sob as orientações de Hinata. Ele gostou muito do banheiro. É um lugar geladinho. Refrescante. Ele puxou a descarga duas vezes. Gostando de assistir o redemoinho de água. Entretanto, escutou a Hyuuga o proibindo de se divertir puxando a corda da privada. “É para puxar apenas quando for necessário. Naruto.” Ele obedeceu. Somente quando precisa soltar suas necessidades ali dentro.

— É tão incrível. O quanto as pessoas reproduzem pela tecnologia os fenômenos naturais.

Ele comenta, recebendo a água do chuveiro. Compara o chuveiro a um pedaço da chuva. Enquanto, a luz do abajur a um pedação do sol. As dimensões do Uzumaki tornam a cabine do banheiro pouco espaçosa. Ele precisa manter a cabeça abaixada. Depois de bem molhado, ele pega o sabão de rosas e o esfrega nas mãos. Ensaboa-se todo. E para se ensaboar inteiramente leva bastante tempo. Durante a espera da água descer todo o sabão da pele, Naruto observa os produtos que há na prateleira suspensa, na parede oposta à do chuveiro. A Hyuuga foi bem clara que ele não precisava usar nada dali. São os produtos que ela passa nos cabelos e na pele. “É coisa de mulher. Então não toque em nada.”. O loiro desliga o chuveiro e nem precisa se mover muito para alcançar a prateleira. Ele não usa nenhum dos produtos. Apenas abre as tampas para sentir o cheiro. É um cheiro melhor que o outro. Entende o porquê de sua doce Hinata exalar um perfume tão marcante. Decepcionado porque não é um perfume natural da azulada? Que nada. Ela já era tão linda. Se tudo nela fosse perfeito naturalmente, seria ela, uma deusa. Seguinte ao banho, o loiro se retira da cabine e vai buscar a toalha pendurada na porta. Ele vê as roupas novas que a Hyuuga também deixou penduradas para ele. Hinata do lado de fora do banheiro se aproxima da porta verificando não escutar mais o som da água caindo. Pacientemente, de braços cruzados, ela aguarda de costas pressionadas contra a parede. De frente para a porta do banheiro. O banheiro se situa quase de frente à porta que dá ao quintal dos fundos.

— Conseguiu vestir? Naruto? — ela se preocupa no completar de quase meia hora.

— Acho que sim. — O loiro está certo de que aprendeu qual o lado certo e o errado de cada peça. Finalmente, ele se retira do banheiro:

— como estou? Doce Hinata?

— Maravilhoso! — a perolada baba. Um short laranja pastel. Com elástico no cós. O algodão da peça promove conforto e um bom caimento. A camisa branca de mangas curtas e tecido fino tem costura reforçada na gola. Os músculos se definem bem na veste. Ela afirma:

— você pode usá-las para dormir. Também são ótimas para fica em casa. Em dias de calor.

— Novamente. Agradeço-te. Doce Hinata. — Ele pega a mão direita da Hyuuga e a beija nos nós dos dedos.

A mão esquerda da azulada o faz carinho nos aloirados cabelos. A seguir, ela busca o celular e confere o horário.

— Já são 12: 45h. Para não atrasar mais nosso almoço, eu vou pedir comida feita.

— Para quem? Doce Hinata?

— Há um lugar para onde posso ligar e pedir comida. Alguém desse lugar pode trazer até aqui. Contanto que eu pague. Claro.

Atento. Naruto segue a Hyuuga. Imerso de curiosidade. Ele a assiste usar o telefone que descansa em um dos espaços da estante. Hinata liga para o bar do Akimichi, localizado a três quarteirões da casa dela. Pede duas marmitas. Uma com carne de porco. E outra de frango. Ela avisa que o portão da cerca estará aberto e finaliza a ligação. Ela informa ao Uzumaki que a comida chegará em breve. Ele exibe a cara de surpresa dele a fazendo ter vontade de rir. Sorrindo, suavemente, a azulada pede ao impressionado loiro para se sentar no sofá. Ela se acomoda ao lado dele e o explica como funciona o telefone e também o informa que o celular, com o qual o filmou, também tem a função de comunicatividade.

— Tanta coisa para facilitar a vida das pessoas. Ninguém teme se tornar ocioso?

O ócio no reino de Samas só se cabia aos membros da nobreza e da religiosidade. E ainda sim. Não exageradamente. Só um pouco mais, em relação aqueles menos abastados a compor a base da sociedade de Samas.

— Humm. Em alguns casos, a tecnologia substitui trabalhos manuais, mas para compensar, há tendencia de se procurar novas funções. Buscamos nos adaptar ao progresso da tecnologia. Quem não acompanha, infelizmente, fica para trás.

— Minha doce Hinata consegue se adaptar a tudo?

— Quase tudo. Admito que tem funções no celular que não domino bem. — Há vários aplicativos os quais ainda não sabe mexer. Todavia, não os menciona para o Uzumaki. Temporariamente, há coisas mais urgentes para explica-lo.

— Não creio. Não creio. Minha doce Hinata é muito inteligente! — o loiro se revolta e a azulada o acha uma fofura. Ela alcança o celular e faz uma pesquisa na internet. A Hyuuga faz o Uzumaki assistir um vídeo que aborda um resumo sobre a história das máquinas fotográficas.

— Você pode assistir qualquer outro desses vídeos. Apenas tocando em cima.

Vidrado. Naruto termina de assistir sobre as máquinas fotográficas e acessa um sobre a evolução do computador.

— O que está escrito? — ele aponta para um aviso que aparece na pequena tela.

— A. É um anuncio. Quando aparecer de novo, apenas aperte no “x” pequeno. — Ela clica em cima do x e o anuncio some.

Ele sorrir e começa a assistir o novo vídeo. E a azulada se vê pensando sobre o fato de o loiro não saber ler. Tentará encontrar a forma mais fácil de ensiná-lo. Ding-Dong.  A campainha soa com vinte minutos de espera pela comida. A Hyuuga avisa que vai atender a porta. Naruto somente assente o rosto sem desgrudar a visão da tela. Hinata se move à estante onde pega um dinheiro de dentro de uma caixa. Separa duas notas e vai abrir a porta. O loiro deixa de assistir o celular e observa quem está do lado de fora da casa. É um homem gordo que entrega uma sacola para a azulada e ela o entrega dois papeis verdes idênticos.

— Agradeço. Sr. Akimichi. Boa tarde.

— Uma boa tarde. Sra. Hyuuga. — Ele não vai embora. Ele ergue o dedo indicador e entreabre os lábios:

— antes de eu ir-

A perolada ia fechar a porta, mas não o faz. Ela se atenta ao que o Akimichi quer dizê-la.

— Está tudo bem com a senhorita? — ele pergunta, pousando a vista no sujeito que está no sofá:

— hoje no bar estavam dizendo que teve gritaria na última madrugada. E que veio de sua casa.

— Veio. Não foi nada demais. — A Hyuuga entrega a mesma explicação que deu ao policial Shiranui e rir envergonhada.

— Que bom que está bem. Eu me preocupo com os moradores de Konoha. Tanto novos quanto os antigos. Sei que nosso contato é apenas por meio dos serviços do bar, mas se precisar de alguma coisa-

Ele hesita em terminar. A timidez o vence. 

— Muita gentileza sua. — Ela o sorrir agradecida.

Os dois se despedem e ele parte. Hinata fecha a porta e ao se virar, ela se assusta, com o loiro diante dela.

— Deus! Não ouvi você se aproximar? Como consegue não fazer barulho com esse tam- ela não termina de perguntar porque tem a resposta. É uma das habilidades do Uzumaki. Se aproximar sem que o inimigo perceba:

— veja bem Naruto. É melhor que não use suas habilidades guerreiras para me espionar. Está bem?

— Não lhe faria isto. Doce Hinata. Queria eu ajuda-la a carregar isto. — Ele aponta para a sacola.

Ela escuta o barulho do ronco vindo dele. Não é a primeira vez. Na azulada a barriga não emitiu ainda qualquer ronco. Apenas dói.

— Vamos comer. — A Hyuuga vai para a cozinha e o Uzumaki vai atrás. Com uma mão na barriga. Seu estômago está cansado de roncar. O vídeo no celular não serviu mais para distraí-lo.

CONTINUA


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