O Jardim Secreto escrita por MarinaHinacha


Capítulo 20
Vigésimo




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Menma pega as chaves do carro e fecha a porta. Tranquilo. Ele retorna ao interior da floresta. São minutos de caminhada nos quais ele se tranquiliza para o momento futuro a ser vivenciado. Quando chega no espaço onde Naruto jaz adormecido. É o momento no qual Naruto está despertando. As mãos de Hinata segura uma mão do Uzumaki. O Namikaze sorrindo se põe ao lado dela e se ajoelha também. Em segundo algum os dois expectadores desviam o olhar do Uzumaki. As pálpebras revelam a metade dos orbes azuis de Naruto. Elas se fecham. Tremem. Retornam a abrir. Agora, elas revelam os orbes completos. Uma lágrima desce pela cara da azulada. Ele busca se sentar, de modo lento.

— Naruto. — Ela murmura, ainda segurando a mão do loiro e move a outra mão para apoiá-la no ombro do Uzumaki.

— Bem vindo de volta. Irmão. — Menma o cumprimenta.

Naruto fita o loiro e processa todas as memórias envolvendo o Namikaze. Subitamente. O Uzumaki se joga para cima do irmão. Menma sente as costas esmagadas contra o mato. Sorrir correspondendo ao abraço. Quando Naruto saltou sobre o irmão, Hinata caiu para trás. Sentada. Porém, ela não se incomoda. Ela sorrir ao vê-los se apertarem com força. Uma saudade de séculos!!! O coração de Naruto, em alguma parte no fundo, coletou essa saudade. O Uzumaki ao se desfazer do abraço de Menma se volta para a Hyuuga e vai para cima dela. Ele a enche de beijos pela face a segurando pelos lados da cabeça. Ele concentra os beijos finais na boca macia e pequena da perolada.

— Vou espera-los no meu carro. — Menma se levanta. Espanando a bunda:

— acredito que quererão retornar para Konoha. Posso leva-los de carro.

Naruto interrompe o beijo sem soltar o rosto da azulada. Ele avisa ao irmão:

— Vou-me andando. — Ele retorna a enfiar a língua dentro da boca da Hyuuga. Uns segundos depois é Hinata que interrompe o beijo para avisar ao Namikaze:

— Ele tem medo de veículos.

O Namikaze acha graça:

— É o mesmo irmão que lutou em inúmeras batalhas?!!!

Naruto para com o beijo e se volta ao loiro:

— Saiba que existem muitas pessoas com fobia de carros!!!

— É mas essas pessoas não são capazes de enfrentar inúmeros inimigos em uma guerra, é compreensível q-

O Uzumaki dá um peteleco forte na testa do irmão. A testa de Menma ganha uma mancha avermelhada.

— Ai! — confuso o Namikaze esfrega a testa:

— mas o que é isso?

— Podia eu escutar todos que falassem perto do livro. Podia eu sentir todos que tocassem o livro. Queria eu a tua companhia nestes séculos de solidão!

O assunto se torna sério. Menma entristecido. Suspira.

— Eu bem que comentei. — Hinata se levanta por último:

— Naruto sempre teve uma vida difícil e mesmo assim sorria bastante. Seria muito melhor para ele ter vivido dentro do livro, relembrando os momentos que os dois dividiram juntos.

Menma assente devagar. Envergonhado de si mesmo:

— Entendo- acredito que- não me perdoará.

Outro peteleco.

— Ai!!!

— De novo tu dizes o que deve eu pensar? Detenha-te!!! Menma!!! Pare de tentar adivinhar o que se passará em minha mente. Pergunte-me quando quiser saber o que penso!!! — Naruto o abraça de novo:

— se fizer isto novamente, não o perdoarei!!!

O Namikaze lagrima e Hinata sorrir aos dois. Depois do delongar do momento fraternal, Menma explica para Naruto sobre o que se procedeu após a punição do Uzumaki. Os três estão retomando para o caminho com sinalização de placas. E como já está escurecendo, há lanternas tradicionais japonesas acesas.

— Acha que os deuses ainda se manifestam? — Naruto dirige a pergunta ao irmão.

O Namikaze pensa muito antes de responder:

— Sabe. Naruto. Quando pesquiso sobre os nomes das divindades que conhecíamos, o que encontro de resultado, é que são nomes de divindades da Mesopotâmia. Região essa que é ocupada por alguns países árabes. Não encontrei nenhum reino conhecido nosso, na história do mundo. Os deuses sempre exigiam serem adorados. A nossa civilização precisava criar muitos templos para cultuá-los. Mas a história avançou e a região foi ficando cada vez mais fragmentada. O nosso povo se distanciou da crença politeísta e com isso, os deuses se afastaram dos humanos. Hoje. Eles devem estar bem longe da realidade atual. Perderem espaço para outras crenças que se popularizaram na maior parte do mundo.

— Estás a dizer que os deuses perderam força?

— Se eles ainda têm força, só não têm mais interesse pelo nosso mundo. — Menma deixa Naruto e Hinata pensativos. Não tardando muito, é o Namikaze que tem dúvidas:

— o que pretende fazer agora? Naruto?

O Uzumaki abraça Hinata pelo ombro e ela pousa uma mão no abdômen dele.

— Voltar-lhe-ei para a casa de minha namorada. Vou eu estudar muito. Hei de arranjar um trabalho bom para ter condição de proporcionar uma vida muito melhor para Hinata. Pedi-la em casamento. Para termos nossos filhos correndo pela casa. A casa que vou eu tornar maior para dar bastante espaço para nossos filhos.

— Naruto. — A perolada pronuncia o nome dele de modo doce. Emocionada. Não negando que se imagina com ele tendo essa vida. Não se importa mais se está se precipitando em considerar casamento. Perder Naruto por algumas horas foi torturante demais:

— espere. — Hinata para de andar e faz Naruto também parar de andar.

Menma interrompe os passos e se volta à perolada.

— Por aqui! — ela puxa Naruto para o balneário.

O local está vazio. Os estabelecimentos fechados.

— Um mergulho. Antes de voltarmos.

— Isso é permitido? — Menma segue os dois.

— Não tem ninguém aqui impedindo. — Hinata se detém sob um dos chuveiros e o liga:

— assim Naruto e eu podemos voltar andando. É o tempo que levará para nos secar. Até chegarmos em casa.

O Uzumaki rapidamente apoia a ideia e se coloca sob o chuveiro vizinho ao de Hinata. Eles se molham e depois correm para a piscina natural. Menma fica os assistindo se divertir na água até que ele não resiste. Ele coloca o livro no chão e corre para saltar na piscina.

 

 

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Menma não liga se molhará o carro. Ele fez questão de levar o casal para Konoha – causando a fúria do Uzumaki – e agora o Namikaze se diverte, assistindo pelo retrovisor, o casal de mãos dadas, sendo que a mão do Uzumaki apresenta uma tremedeira difícil de conter. Hinata descansa o lado do rosto no braço do Uzumaki. Ela não se importa de ele apertá-la com muita força. Está aliviada de retornar para casa com ele. Em um momento da viagem, ela se lembra do abandono dos calçados. A Hyuuga pede para Menma frear. Ela se retira do veículo e é seguida pelo Uzumaki. Menma também se retira do automóvel e pergunta o que ela procura, ao receber a resposta, ele a ajuda a procurar. Mas não demoram nem cinco minutos para a azulada encontrar os calçados.

— Podemos voltar para o carro.

Ela se coloca na direção do veículo, mas não avista o Uzumaki. Naruto está correndo para a cidade.

— Desgraçado. Ele fugiu. — Menma reclama.

— Deixa. Falta pouco para chegarmos lá mesmo. — Hinata já calçada se move ao carro, sorrindo:

— ele já aguentou muito.

 

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É noite. Só é um novo carro estacionar na frente da casa de Hinata que alguns vizinhos ficam olhando disfarçadamente. Claro. Eles estão se acostumando com a ideia de que algo escandaloso sempre acontece na casa da Hyuuga. Menma desprende o cinto de segurança e abre a porta. O celular dele toca, e ele fecha a porta.

— Pode ir na frente. Senhorita Hyuuga. É do meu trabalho. Preciso atender.

— Está bem. — Hinata se retira do carro, pisando na calçada. Fecha a porta com suavidade. E se volta para o portão da cerca. Avançando pelo quintal, indo para a casa dela, a Hyuuga reflete sobre o Namikaze. Diferente de Naruto, ele agia muito bem como uma pessoa da época dela. Mas também. Não tem como comparar. Menma vive como os vampiros de muitos livros e filmes que sempre têm que fingir ser uma nova pessoa para não erguer suspeitas dos humanos. Parando na frente da porta, ela bate três vezes. TocTocToc. A porta é aberta.

— Hinata. — Neji severo a alerta:

— nossa família está procurando por você no evento. Até agora.

— Eu imaginava. Eu sinto muito. Poderia ligar para a Hanabi? Eu tive meu celular roubado. No evento.

— Droga. Hinata. Sei que o tio Hiashi pode lhe comprar outro, mas fique atenta quando sair com algo de valor.

— Eu não vou pedir para ele comprar outro. Eu posso pagar por outro. “Parcelado em mil vezes, mas posso!”

Ela prefere dizer que foi roubada porque será muito pior se revelar que perdeu na correria para fora de Konoha. Essa verdade sim arrancaria o pior mau humor do primo e do resto da família.

— Você está com o cabelo molhado? — a luz da sala alcança os fios azulados fazendo neles emergir um brilho aquoso:

— a sua roupa também. — Neji apalpa a saia do vestido da prima:

— o que andou fazendo?

— Eu-

— Espere. Entre logo e vai para o banho. Vou ligar ao tio. — O Hyuuga vai atrás do celular. Ele o encontra no braço do sofá e digita o número de Hiashi. Ao pô-lo contra a orelha direita, alguém mais chega.

— Ô de casa! — Menma aparece na porta.

— Quem é você? — Neji não afasta o celular do ouvido.

Hinata apresenta:

— Neji. Esse é Menma Namikaze. O irmão de Naruto.

Menma limpa os sapatos no tapete e entra na sala. Ele estica o braço. Indo apertar a mão do Hyuuga. Neji surpreso aceita o cumprimento dele. Nota também que os cabelos loiros aparentam estar um pouco úmidos. Por sorte, o Namikaze sempre viaja com uma muda de roupa e se trocou antes de sair do carro. O Hyuuga escuta a ligação ser atendida. Neji ergue um indicador, pedindo um momento ao visitante. E conversa com o parente:

— Oi tio. Hinata chegou em casa. E ela veio com Menma Namikaze. O irmão de Naruto.

— Neji!

O primo ergue os ombros não entendendo a repreensão da prima.

— Sim. Ela está bem. Não. Ainda não me contou o porquê não voltou para perto de vocês. Está bem. Vou dizer a ela. Tchau. — Ele desliga o celular.

— Não era para falar sobre o irmão de Naruto! Eles vão ficar agoniados até chegarem aqui.

Muitas perguntas devem estar percorrendo na mente dos pais e da irmã.

— Eles vão saber de qualquer jeito. — Ele se senta e oferece a poltrona para o Namikaze se sentar e depois retorna a olhar para a prima:

— é bom tomar um banho e trocar de roupa. Antes de eles chegarem.

Ela bufa. O primo está certo.

— Naruto vai chegar a qualquer momento. — Hinata avisa ao primo. Andando com pressa para a escada. 

O Hyuuga fala pousando as mãos nos joelhos: 

— Espero ser premiado com uma explicação antecipada do que está acontecendo.

Ela não responde e já está distante, chegando no andar de cima. Hinata e Menma tiveram bastante tempo no carro para compor uma justificativa. O Namikaze a fornece ao Hyuuga:

— Eu enviei uma mensagem para Naruto. Avisando-o que eu estava no Japão e precisava conversar com ele. Ele enviou uma mensagem para Hinata a avisando que retornaria para Konoha. Ele me repassou a localidade da cidade e descobri que eu estava mais perto. Avisei para ele que eu já estava na entrada da cidade, no sentido aeroporto-Konoha. Ele pediu para a namorada me encontrar.

— Ela podia ter avisado a família.

— Ela ia, mas acabou que roubaram o celular dela.

— É. Ela me contou. 

— Ela não quis me deixar esperando. Ficou desesperada para chegar o quanto antes. Mas eu não me importaria de esperar muito não. Sou paciente. 

Paciência de séculos. 

TocTocToc.

— Cheguei!!! — é a voz animada do Uzumaki:

— e para ficar pra sempre!!!

CONTINUA


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