O Jardim Secreto escrita por MarinaHinacha


Capítulo 12
Décimo Segundo




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 Depois do almoço Ino resolveu retornar para casa. Não demonstrou nenhum chateio. A loira se despediu amorosamente da amiga. Está tudo bem entre as duas. 14: 00h. Na sala de estar Hiashi e Neji assistem televisão. O senhor Hyuuga acomodado na poltrona. E o outro Hyuuga no sofá. Hanashi e Hinata na cozinha preparam cobertura de um bolo. Hinata retirou o bolo do forno há poucos minutos. Naruto e Hanabi estão no quarto da azulada. A caçula da família ensina o loiro a brincar de um jogo de dados. Hanashi usa uma colher de pau para mexer o chocolate dentro da vasilha funda e vidrosa. A primogênita está com uma vasilha igual dentro da qual derrama um pequeno pote de doce de leite.

— Estranho Ino sair tão cedo. Ela não desiste fácil de Neji. — A dona Hyuuga comenta.

— Ela se entediou. — Distinguiu a azulada:

— eu não a deixei chegar perto de Neji. E a conversa à mesa só se manteve entre Naruto e vocês. Ela se enjoou.

Não se resumindo a essa explicação, Hinata acredita que Ino só quis dar uma passada rápida em sua casa. Para fazerem as pazes. E a visita da família Hyuuga foi um bom pretexto para a loira surgir na porta. Dessa forma puderam ter uma conversa rápida e um entendimento rápido. A azulada escolhe não mencionar o afastamento que as duas tiveram. Se sua mãe souber o motivo, não somente ela, incluindo seu pai, provavelmente, os dois começarão a tentar convencê-la a se afastar da Yamanaka. A traição de Sasuke não abalou somente a confiança de Hinata. Mas a dos pais dela também.

— Contou para ela sobre Tenten Mitsashi?

— Sim. Mas ela não vai desistir do Neji. — Hinata rir. Esvazia completamente o pequeno pote. Ela pega outro.

— Poderia conversar com ela seriamente sobre isso? — Hanashi para de mover a cobertura e fita o rosto da filha:

— Neji me disse que quer trazer Tenten na próxima visita a Konoha. E ele me pediu, para eu pedi-la, que conversa com sua amiga.

Virando o segundo pote de doce de leite, de boca para baixo, os perolados da azulada fitam a face da dona Hyuuga.

— Isso é uma certeza então. — Hinata está maravilhada:

— Neji está tendo algo sério com Tenten Mitsashi.

Aquiescendo a dona Hyuuga sorrir. Despreocupada Hinata pega uma colher e começa a bater no fundo do pote para que o doce de leite caia mais rápido dentro da vasilha.

— Mãe. Ino mesmo com esse jeito atirado. Ela tem ciência de quando deve parar de ser inconveniente.

— Está falando da mesma Ino que fez vários barracos nas noitadas?

A azulada rir. Balançando a cabeça. Confirmando.

— Sim. Mãe. Até Ino tem limites. As loucuras dela, ela deixa nas noitadas de Kawasaki. Aqui em Konoha é outra história.

— Se você diz. — Hanashi retorna a mexer a cobertura achocolatada. Um minuto depois e ela pausa. Abandona a colher de pau na mesa e limpa o suor da testa:

— que calor! Tem chovido em Konoha mesmo?

— Tem sim. Naruto adora porque preparo chocolate quente. A gente fica na janela assistindo a chuva e os raios. — O sorriso de Hinata é grande. A azulada mede o olhar que a mãe lança. E por causa desse olhar de Hanashi, a filha mais velha se dá conta que suas palavras se sobrecarregaram de sentimentalismo.

— Estou tão feliz que esteja indo para frente. Minha porcelaninha. — Hanashi deposita a vasilha na mesa.

— Mãe. — A azulada se envergonha. Tradicionalmente, as crianças Hyuugas são apelidadas de “porcelaninha” ou “porcelaninho” por causa da pele muito branca que é natural da família. Para Hanashi não importa o quanto cresçam. Suas filhas serão sempre suas bonequinhas de porcelana. A dona Hyuuga aperta a bochecha da filha e a suja com um pouquinho de chocolate. A azulada sorrir e busca um lenço para tirar o chocolate do rosto. Hanashi se abana com as mãos:

— Não parece que anda chovendo. Que calor! O balneário do qual me falou fica muito longe daqui?

— Se não se importar de andar. São trinta minutos andando fora da cidade. Se quiser encurtar a viagem dá para pegar um ônibus. — Hinata termina de esvaziar o segundo pote de doce de leite.

— Então vamos de ônibus até lá. Eu preciso urgente me refrescar em águas claras e geladas. E tiraremos nossas primeiras fotos com a família completa aqui em Konoha.

— Não sei — Hinata coloca o pote vazio ao lado do outro pote vazio:

— Naruto não trouxe roupa de banho.

— Bobagem. A gente também não. Assim é bom que podemos sair para fazermos umas comprinhas. — Hanashi se anima ao alimentar a própria ideia:

— enquanto as mulheres vão às compras, os homens tem um momento só para eles.

— Sei não. — Hinata recua até se recostar na bancada:

— Naruto ainda tem dificuldade em entender algumas palavras. E-

— Outra bobagem. Acha que seu primo e seu pai não saberão lidar com isso? Vamos minha querida. Será divertido. E a gente não demorará. Voltaremos antes das 16h. E podemos ficar no balneário até as 18h!

A azulada considera se é uma boa ideia insistir em rejeitar a ideia. Sua mãe pode desconfiar de algo. Lógico que Hanashi não suspeita que convive com um personagem de livro que ganhou vida, porém a dona Hyuuga achará algo estranho. Precisa agir como se Naruto fosse um cara, como qualquer outro.

— Está bem. Estou com vontade de ir ao balneário. Ainda não o mostrei para Naruto.

— Perfeito! Vai avisar a sua irmã. Só vou passar a cobertura no bolo e o deixarei na geladeira.

— Mãe. Ponha uma camada de doce de leite entre duas de chocolate. Por favor. Naruto é louco por isso. — A azulada abre o armário e pega um pote de chocolate mais amargo do que doce. Anda até alcançar a mesa e deixar o pote sobre o móvel:

— quanto ao meu gosto. A senhora já sabe.

— Está bem. Porcelaninha.

Sairá um bolo diferente. Há uma metade apenas de massa para Hiashi e Neji porque os dois não gostam de cobertura. Duas fatias com granolas por cima pertencerão à Hanabi. E para Hinata duas fatias bem finas com cobertura de chocolate 80% amargo. Falta agora encher a parte do bolo que corresponde a preferência do Uzumaki. A azulada sai da cozinha, mas logo volta porque Neji a pediu que o trouxesse um copo de água. Ela atende ao pedido dele e depois devolve o copo à cozinha. Ela ruma ao quarto e consegue ir sem ser novamente interrompida. Entrando no quarto a Azulada arregala os olhos. O jogo de dados que Hanabi trouxera se espalha pelo chão, mas a caçula da família e o loiro não estão brincando. Naruto e Hanabi sentados na cama de Hinata. Um de frente ao outro com todas as pinturas que o Uzumaki fez da perolada. Elas se espalham ao redor de ambos. O loiro segura várias nas mãos e vai explicando cada uma para Hanabi:

— Neste desenho realcei eu os lábios de tua irmã. Neste outro. As belas nádegas redondas. E aqui realço a cintura de minha doce Hinata.

A Hyuuga caçula acha todas engraçadas. Porém, a todo custo tranca a vontade de gargalhar. Ela percebe que para o Uzumaki é algo sério. Hinata bate a porta com força sugando a atenção dos dois.

— Por que não estão jogando dados?!!!

O Uzumaki se espanta, ele se distraiu tanto a ponto de não a perceber entrar no quarto. Hanabi se assusta com a vinda da irmã, porém não por muito tempo. A mais jovem se retira da cama. Esticando o braço e mostrando um dos trabalhos de Naruto para Hinata:

— Eu achei mais interessante escutar o porquê ele pintou várias vezes você. Não pousou nua para ele, pousou?

— Claro que não!!! — vermelha Hinata toma o papel da mão da irmã e o embola todo.

O loiro fecha os olhos imaginando a beldade que deve ser ver sua doce Hinata desnuda.

— É melhor que não comente isso com nossa família. Hanabi.

— Você ficou bem nervosa. Hinata. Eu guardei um dos papeis no bolso. Mas sorte sua que esqueci de jogar isso na roda de família. O clima estava tão alegre que deixei isso pra lá. — Hanabi começa a olhar de um para o outro:

— mas me contem aí. Qual o lance dessas pinturas? É algum fetiche?

— Olha essa boca. — Hinata repreende. E quando põe seus perolados sobre Naruto, uma dor aperta o coração dela. Só então a azulada pensa no que fez. No ímpeto de raiva amassou a pintura que o loiro fizera com carinho. Desembola o papel que fica com inúmeros amassos. A azulada busca pela calma. Para contornar a situação, ela inventa:

— só foi uma brincadeira entre nós dois. — O que dirá a seguir tem verdade:

— mas acabei gostando tanto dos motivos que Naruto teve para me pintar de tantas formas q- resolvi guardar todas as pinturas em meu quarto.

As sobrancelhas loiras se levantam.

— Sério? — Hanabi descrer:

— mas você embolou todo esse papel aí.

— É que eu fiquei estressada. Eu queria que as pinturas estivessem bem escondidas. Eu não queria ter que explicar meus motivos para guarda-las. Por favor. Hanabi. Continue mantendo segredo de nossa família. Me sinto boba em explicar isso para eles.

— Tá legal. — Hanabi dá de ombros:

— mas nossa mãe acharia fofo.

— É. Ela acharia. Mas continue de bico fechado. — A azulada faz um gesto com a mão. Finge fechar um zíper em torno da boca e Hanabi a imita. Hinata se aproxima da cama:

— me perdoa? Naruto? Amo suas pinturas. Amassei essa aqui sem querer. — Coloca a folha contra seu peito.

— Não. — Naruto coloca os pés no chão. Ele se mantém sentado no colchão:

— tu não precisas pedir perdão. Doce Hinata. És uma mulher bondosa. Doeu-me vê-la amassar minha pintura, mas deve eu lembrar que minha doce Hinata jamais me machucaria de propósito. Quando estiveres estressada diga-me o que posso fazer para acalmá-la.

— Naruto. — A azulada sorrir. Ela o abraça pelo pescoço e ele a cerca pela cintura. Se não fosse a presença da irmã, Hinata já cairia aos beijos com ele. Hanabi detestando segurar vela, vasculha com o olhar as pinturas espalhadas e junta uma na qual Hinata está toda aberta. Mostrando o que podia da intimidade.

— Que romântico. — Hanabi solta o papel e se retira do quarto.

— A eu tenho que ir. — Hinata se apoia nos ombros do loiro e retrocede um passo. Entrega o papel amassado nas mãos do Uzumaki:

— poderia arrumar esses papeis e guardar em uma das gavetas do armário? Naruto?

— Tu não precisas pedir. Doce Hinata. Farei agora mesmo. Arrumarei o jogo de dados de tua irmã também.

— Estou muito agradecida. Estou lhe pedindo para fazer isso porque irei sair com minha mãe e Hanabi. — Pensando nisso, acabou que nem avisou a irmã.

— você ficará sozinho com meu pai e meu primo.

— E tu se preocupas com algo? Doce Hinata?

— Gosto de estar ao seu lado para ajuda-lo quando não entende algo.

— Não precisas se preocupar. Doce Hinata. Antes que acordasse, tive eu dificuldade de entender algumas palavras. E tua família conseguiu explicar-me de outro jeito.

A azulada pensa no que a mãe falou. A dona Hyuuga está certa. Bobagem se preocupar com isso. Sua família jazia bem à vontade com o Uzumaki, quando Hinata chegou à cozinha. Naruto conseguia se sair muito bem. A azulada exercerá mais confiança nele.     

CONTINUA


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