Snake Fangs escrita por Vic Teani


Capítulo 6
Wolf




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  Milo Campbel caminhava apressadamente em direção à Floresta Proibida. Olhava para o céu, nervoso, as mãos enterradas o máximo possível nos bolsos de sua calça. Um pesado cachecol estampado com as cores de sua casa envolvia seu pescoço e a parte inferior de seu rosto. Uma toca grossa de lã cobria os cabelos castanhos. A neve se acumulava em todos os lugares com uma velocidade impressionante. Enquanto ele caminhava, os acontecimentos das duas últimas semanas passavam por sua mente.
 
  Ele acordou assustado, a respiração apressada. Seus olhos se abriram tão rápido que a luz o segou por alguns instantes.
  - Ei, ei, vamos com calma aí - disse a conhecida voz do professor de Trato das Criaturas Mágicas - Você ganhou uma lembrança bem desconfortável noite passada.
  Ele voltou a abrir os olhos, as imagens se tornando nítidas aos poucos. Viu Hagrid colocar a chaleira em cima da mesa e caminhar até ele com uma xícara que exalava bastante fumaça.
  - Aqui, beba - disse ele, entregando a xícara para Milo e puxando para si uma cadeira. 
  - O que você quis dizer com "uma lembrança desconfortável?" -o garoto perguntou tentando se sentar, mas uma dor lancinante explodiu em suas costas, fazendo-o quase derramar todo o conteúdo da xícara. Ele mordeu o lábio inferior, contendo uma exclamação, e tentou se sentar novamente, agora com a ajuda de Hagrid.
  - Beba, vai fazer você se sentir melhor. Depois conversamos.
Milo deu um gole no líquido quente, cuspindo tudo em seguida. Olhou para a bebida de cor verde musgo que borbulhava em sua xícara, enjoado.
  - É um remédio, esperava o que? - Hagrid resmungou Vamos, beba enquanto ainda está quente.
Milo respirou fundo e arriscou outro gole. Tentou beber tudo de uma vez, e a bebida desceu queimando sua garganta. Estendeu a xícara vazia para Hagrid, que a colocou na mesa apenas estendendo o enorme braço. Milo percebeu que estava sem camisa e faixas enrolavam seu torso. Se lembrou do que lhe aconteceu na floresta e dezenas de perguntas tomaram forma emana mente.
  - Aquilo que me atacou... - ele olhou pela janela, vendo que o sol já começava a surgir no horizonte - Aquilo que me atacou noite xdtjpassada era...
  Hagrid ficou em silêncio, seguindo o olhar de Milo em direção à janela. Quando parecia que ele não iria falar, e Milo abriu a boca para fazê-lo, Hagrid suspirou profundamente e disse:
  - Um lobisomem.
  As palavras pairaram no ar de uma forma sinistra. A medida que Milo repassava as cenas da fuga em sua mente, tudo começava a fazer sentido.
  - Mas porque ele não me matou? - foi a pergunta que saltou de sua boca.
  - Você teve uma sorte monstruosa - Hagrid deu uma risada sem humor - Você correu até a base do Salgueiro Lutador. Tudo que aquele lobo cheio de pulgas conseguiu fazer foi deixar um belo corte do seu ombro direito até a base da coluna, atravessando as costas numa transversal... Não é uma coisa muito bonita de se ver, se quiser saber. Depois disso, os galhos daquela árvore maluca jogaram a criatura tão longe quanto um bom batedor pode rebater um balaço. Quase fez o mesmo com você, mas eu ouvi a confusão e graças a mim você só está enfaixado, e não no St. Mungus sem poder se mexer.
  - E agora? - ele perguntou, o medo se tornando evidente em sua voz.
  - Agora - Hagrid disse - Você vai virar um lobisomem uma vez por mês. Pensei que tivesse te ensinado isso no quinto ano.
  - Eu vou ser expulso? - sua voz fraquejou. Hagrid suspirou e balançou a cabeça.
  - Acredito que não. Sabe, já tivemos um aluno em Hogwarts que era um lobisomem... Anos mais tarde ele se tornou professor também. Grande homem ele foi, grande homem. Suponho que a diretora Minerva vá tratar o seu caso do mesmo jeito que Dumbledore tratou o caso de Remus. Aliás, você escolheu um local bem irônico para ser atacado.
  - O que isso significa? - Milo perguntou, a mente trabalhando rapidamente tentando não esquecer nenhuma das perguntas que se multiplicavam a cada novo fato revelado.
  - Esse homem, Remus Lupin, já era lobisomem quando veio estudar em Hogwarts. Dumbledore construiu um túnel que vai do jardim de Hogwarts até uma casa antiga em Hogsmeade...
  - A Casa dos Gritos - Milo murmurou.
  - Sim. Ela recebeu esse nome porque todo o mês, Remus passava pelo túnel na lua cheia e se transformava naquela casa, onde não poderia machucar ninguém. O próprio Dumbledore ajudou a espalhar os boatos que aquele era um local assombrado. Na entrada do túnel foi plantado o Salgueiro Lutador.
  - Então eu vou ter que ir para a Casa dos Gritos toda a lua cheia?
  - Ora, deixe de ser medroso! Acabei de te contar o motivo real por trás das histórias de fantasmas. E, sinceramente, você tem medo de fantasmas estudando em Hogwarts?
  Milo murmurou qualquer coisa, obrigado a concordar.
  - Não podemos simplesmente esconder isso da diretora McGonagall e usar a passagem nas luas cheias?
  - Aquela mulher tem a astúcia de uma raposa - disse Hagrid - Uma grande mulher. Mas é impossível esconder alguma coisa dela por muito tempo. Se tentarmos, ela vai acabar descobrindo. Mas tem algo que me preocupa mais.
  - O quê?
  - O lobisomem que te atacou - Hagrid disse, pensativo - Teremos que tomar alguma providência. E nenhum aluno poderá entrar na Floresta Proíbida até que isso seja resolvido.
  - Por que não apenas na lua cheia?
  - Ficaria muito óbvio - disse Hagrid - Não queremos espalhar por aí que existe um lobisomem descontrolado em Hogwarts. O que mais me intriga, porém, é quem ele é e como veio parar aqui.
  - Acha que é algum aluno ou professor?
  Hagrid balançou a cabeça negativamente.
  - Acho muito difícil. O que só aumenta minha curiosidade sobre como ele fez para entrar em Hogwarts.
  A conversa foi interrompida por batidas na porta. Hagrid se levantou com pressa, tirando o avental e tentando alisar um pouco as roupas, sem muito sucesso.
  - É a diretora, eu a chamei aqui.
  - Por que? - perguntou Milo.
  - Hum, boa pergunta - Hagrid resmungou - Porque não vai abrir a porta você mesmo?
  Dando de ombros, Milo tentou se levantar, mas a dor queimou suas costas, e ele gemeu de dor. Hagrid soltou uma risada para ele e o garoto cruzou os braços, perguntando-se como estava sendo tão estúpido. Seus pensamentos estavam lentos e ele de,orava para assimilar os fatos. Será que ele havia batido a cabeça?

  Milo olhou para o céu de novo. Já conseguia ver as estrelas; esperava que apenas com elas ele fosse capaz de achar o ponto combinado para o encontro.

  - Precisamos mandar uma equipe para dentro da floresta - disse Minerva, quando terminou de ouvir a história de Hagrid - Campbel, sinto muito pelo o que lhe aconteceu. Mas você terá toda a ajuda que Hogwarts puder lhe oferecer.
  - Obrigado - ele respondeu simplesmente.
  - Agora, os alunos também não estão seguros dentro do colégio. Enquanto não soubermos quem é o outro lobisomem, nenhum canto será plenamente seguro - ela fez uma longa pausa - Falarei com os professores e montarei uma equipe até amanhã. E você, meu jovem, acho que devemos fazer uma visita à madame Pomfrey. Hagrid pode ter enfaixado seus ferimentos, mas acredito que precisa de cuidados especiais. Sem querer desmerecer nosso professor, claro - ela acrescentou. Hagrid concordou silenciosamente.
  - Ele ficará melhor com algumas pomadas unguentos, mas garanto à senhora que ele não irá morrer.
  Milo foi levado até a enfermeira. As faixa foram retiradas e tanto madame Pomfrey quanto a diretora McGonagall soltaram gritinhos de surpresa ao ver a extensão do ferimento. Havia um enorme corte em suas costas exatamente como Hagrid havia descrito. O ferimento, embora tivesse sido limpo pelo professor, ainda sangrava. Era ligeiramente profundo e a pele em volta tinha adquirido um tom avermelhado. Só uma pequena rajada de vento que entrou pela janela e bateu nas costas de Milo foi o bastante para fazer o garoto soltar um xingamento sufocado. 
  - Isso vai deixar uma cicatriz para o resto da vida - murmurou a enfermeira, olhando-o com pena.
  Quando madame Pomfrey começou a espalhar um unguento nas costas do garoto, ele se curvou de dor, fechando os olhos e mordendo o lábio inferior para não gritar. Depois, ela usou faixas limpas para envolver suas costas exatamente como Hagrid havia feito. Quando terminou tudo, guardou o material e se virou para Milo, as mãos juntas próximas ao peito, um gesto que sempre denunciava sua preocupação, e que ultimamente havia se tornado rotineiro.
  - Você está bem? - ela perguntou, sentindo-se inútil por nãopoder fazer mais nada.
  - Estou - Milo murmurou, vestindo a camisa, sem encará-la. Mas quando seu olhar encontrou o dele por um breve instante, ela viu os olhos castanhos marejados de lágrimas de dor, que ele se recusava a deixar cair.
  Quando Milo saiu da enfermaria, Minerva, que até então assistia a tudo silenciosamente, se virou para madame Pomfrey.
  - Estou preocupada - ela falou, e a enfermeira concordou.
  - Mas ele é um garoto forte - disse a enfermeira, a voz revelando mais segurança do que de fato sentia.
  - E é exatamente isso o que me preocupa - a diretora falou - Você viu como ele está? Hagrid me disse como ele recebeu a notícia, sem fazer alarde e sendo prático. E aquelas lágrimas que ele segurou? O garoto está guardando tudo para si, se segurando demais... Você viu aquele olhar, Pomfrey. O menino está destruído por dentro.

  Os dias que se seguiram foram lentos e marcados por visitas constantes à enfermaria para checar o ferimento, que parecia se curar devagar demais.
Na semana seguinte, Milo foi até a cabana de Hagrid.
  - Como está se sentindo? Soube que foi liberado das aulas até estar em condições de fazer qualquer coisa.
  - Estou melhorando - Milo disse - Lentamente, mas estou melhorando. Obrigado - ele pegou a xícara com o café forte que Hagrid lhe estendia - Acho que já consigo andar sem sentir mais dor que o habitual, mas encostar as costas em qualquer lugar é um problema sério. Tenho que dormir de bruços toda a noite.
  Ele deu um longo gole no líquido escuro em sua xícara. O gosto era ainda pior do que o de costume, e ele fez força para engolir tudo.
  - O que houve, rapaz? - Hagrid perguntou - Você está olhando para essa xícara como se nunca tivesse visto café na vida!
  - Você preparou o café de um jeito diferente hoje? Está mais forte.
  - Fiz esse café do mesmo jeito que o faço a anos e anos, Campbel. Conte-me logo o que está havendo com você - o meio-gigante colocou a xícara na mesa e encarou Milo.
  - Hagrid... Você sabe de alguma coisa sobre os efeitos colaterais da transformação?
  - Efeitos colaterais? - Hagrid indagou, levantando uma sobrancelha.
  - É. Força além do comum, maior agilidade, essas coisas, sabe?
Hagrid riu sonoramente antes de falar.
  - Você anda vendo muitos filmes trouxas, garoto. Isso tudo é invenção.
  - Mas...?
  - Mas - Hagrid disse, lembrando-se de suas conversas com Lupin - Eu acredito que Remus uma vez tenha mencionado que os sentidos ficam um pouco mais apurados. Não todos, mas a audição, o olfato e a visão. E talvez o paladar, sim, acho que ele mencionou isso. Mas nunca o ouvi falar nada sobre o tato, se a minha memória não me trai... Está começando a sentir algo, Milo?
  - Talvez... Obrigado, Hagrid, mas eu tenho que ir. A enfermeira Pomfrey pediu para que eu não me atrasasse.
  Ele se levantou e foi até a porta. Hagrid acompanhou, mas quando o Milo estava descendo os degraus na entrada da cabana, ele o segurou pelos ombros.
  - Perguntei ao Filch e ele me disse que não te viu mandar nenhuma coruja esses dias. Milo, você ainda não avisou seus pais?
  O garoto nada disse, mas Hagrid viu seus punhos se fechando. Ele balançou o ombro, se livrando da mão pesada do professor.
  - Desculpe Hagrid, eu tenho mesmo que ir.
  Ele ouviu a porta se fechar e continuou a andar, os punhos ainda cerrados com força. Seus passos eram rápidos e pesados, o que fazia suas costas latejarem de dor, mas ele não se importava. Queria se distanciar dali e chegar ao seu dormitório o mais rápido possível, para se jogar em sua cama e não sair de lá o resto do dia.
  Sentiu uma pontada de dor no ombro, e viu uma pequena pedra cair e rolar perto de seus pés. Olhou em volta, mas não viu ninguém. Chutou a pedra para longe e voltou a andar, até que foi atingido novamente no ombro, só que dessa vez por uma pedra maior. Dessa vez, ouviu um chiado, um sussurro, vindo de algum lugar não muito distante. Olhou em direção às árvores da Floresta Proibida. Se assustou ao ver um rosto espreitando por trás de uma árvore, e logo em seguida uma mão surgiu, gesticulando para que ele se aproximasse. Ele ficou parado no lugar, dividido entre o receio e a curiosidade. Sabia que seria mais inteligente não ir, porém, quando viu a figura se abaixar e pegariam pedra quase do tamanho de seu punho, começou a andar rapidamente em sua direção.
  Quando chegou perto, viu que o homem era bem mais alto do que parecia de longe. Suas feiçōes eram brutas e seu rosto marcado por profundas cicatrizes era estranhamente familiar. Usava um traje velho e tão sujo que era impossível dizer sua cor original. Quando ele falou, a voz era rouca e ríspida.
  - Me acompanhe - ele se virou e começou a andar. O tom em sua voz foi o suficiente para fazer Milo seguí-lo sem pensar duas vezes. Quando eles andaram o que lhe pareceram duzentos metros, o homem se virou para ele, sério.
  - Estou tentando falar com você a dias, mas você ficou um bom tempo sem passar perto da floresta.
  - Quem é você? O que você quer?
  - Você sabe quem eu sou. Sou o lobisomem que te transformou. O meu nome não importa. E o que eu quero... Bom, antes de responder isso, vou dizer o que você quer - ele riu da cara de confusão do garoto - Eu sou um lobisomem a tantas décadas que já perdi a conta, garoto. Eu sei me controlar durante minha transformação e só atacar aqueles que eu quero. E você quer aprender isso, não é mesmo?
  - Eu não preciso. Tenho meus meios de não ferir ninguém.
  - Seus meios? - ele arqueou uma sobrancelha com um ar zombeteiro - Ah, você está falando da Casa dos Gritos, não é? Escute, pirralho, aquela casa devia ser uma ótima saída quando o decrépito do Dumbledore teve a idéia de usá-la para aquele idiota do Remus, a uns quarenta anos atrás ou mais. Naquela época, aquela casa já era velha. Já era velha bem antes disso. Hoje, eu duvido muito que aquelas paredes agüentem o seu primeiro surto na lua-cheia.
Milo hesitou, calado, considerando o que ela havia dito.
  - Imagino que em troca dessas "aulas particulares", você vá querer algo, não é?
  - Garoto esperto, garoto esperto - ele murmurou com uma risada seca - acho que fiz em escolher você. Sim, eu quero uma coisa. Duas, na verdade. Sabia que desde a noite seguinte ao nosso desagradável primeiro encontro, já apareceu quase todo o corpo docente dessa maldita escola me procurando? Eu quero que você faça com que eles parem com isso.
  - Parar de te procurar? - Milo perguntou.
  - Não, garoto, parar de me mandar cartinhas atenciosas cheias de corações depois de cada frase - os olhos dele se arregalaram brevemente - Está vindo alguém. Escute aqui, faça essas patrulhas noturnas pararem, ou nada feito.
  - E como eu vou fazer isso?
  - Eu que sei? Dê um jeito! E me encontre aqui daqui a cinco dias, nesse horário.
  O homem pulou para o lado e começou a correr, desaparecendo entre as árvores. Milo ouviu passos atrás dele e se virou, assustado. Viu a garota loira que havia esbarrado com ele no corredor outro dia em pé a varinha em punho. Quando ela o reconheceu, suspirou, aliviada, e abaixou a varinha.
  - Você - ela disse - O que está fazendo aqui? Não sabe que a proibição de entrar na Floresta Proibida foi redobrado? A diretora McGonagall não vai gostar nada de saber que você está aqui.
  - E você? - ele perguntou, com toda a arrogância que era natural de um sonserino - O que está fazendo aqui?
  Ela não se intimidou, e olhou para ele de modo superior e despreocupado.
  - A diretora escolheu algum alunos do ultimo ano para patrulhar a floresta de dia. Fico surpresa que ela não tenha escolhido você, acho que está perdendo sua credibilidade.
  - Já está de noite, sabia? - ele ignorou a ultima parte do que ela disse.
  - Eu estendi um pouco meu turno - ela falou, dessa vez nem tão segura - E parece que fiz bem, pois encontrei um vândalo fora da cama.
  - E agora você parece o estúpido do Filch - ele riu - Vai fazer o que, me entregar? A diretora vai saber que você estava na floresta de noite, você também não vai sair impune.
  O olhar dela perdeu boa parte da convicção, mas ela manteve a cabeça erguida.
  - Eu não conto que te vi aqui e você não me denuncia, estamos combinados assim? - ele perguntou.
  Após hesitar, os ombros dela caíram e ela suspirou.
  - É melhor parar de faltar as aulas. Eu quero superar suas notas e tudo o mais, mas não vai ser justo se você simplesmente desistir. Não vai ter graça - ela deu as costas para ele e se afastou.

  Agora, ele caminhava entre as árvores altas da floresta indo de encontro à Lobo Greyback. Ele finalmente o havia reconhecido. Scorpius Malfoy o havia mostrado um exemplar do Profeta Diário cuja manchete era a inexplicãvel fuga de Greyback da prisão. Quando chegou ao local combinado, encontrou Greyback sentado no chão, as costas encostadas em uma árvore. Ao ver Milo se aproximar, Greyback se levantou rapidamente, apesar sanidade avançada. Mas a sujeira e a falta de cuidado o faziam parecer muito mais velho do que de fato era, embora não fosse, de fato, um jovem.
  - Não consegui fazer as patrulhas da noite pararem - ele admitiu.
  - Eu sei, eles quase me pegaram outro dia, aqueles idiotas - ele cuspiu no chão. - E agora ainda tenho que me preocupar com uma patrulha de pirralhos de dia. Mas, em todo o caso, a outra coisa que eu quero quero que você faça é mais importante. E eu espero que você a faça até a próxima lua-cheia, caso comtrário terá que se virar sem mim. Só o ajudarei quando tiver feito o que eu lhe pedir.
  - Você não disse isso antes! A próxima lua-cheia é em praticamente duas semanas!
  - Pirralho, você está negociando com um ex-comensal da morte. Esperava honestidade?
  Milo não respondeu.
  - Vou ser breve e claro. Eu te transformei por um motivo. Me soltaram de Azkaban por uma razão, e quem fez isso me mandou te transformar. Ah, não me olhe assim, poderia ter sido qualquer um, você estava apenas no lugar errado na hora errada, moleque. Eu posso te matar aqui e transformar outro coitado na próxima lua-cheia.
  - Não, não pode - ele disse, desafiando-o - Primeiro, porque você não sabe se vai encontrar outro aluno na floresta justamente nessa noite. Devo te avisar que a diretora está tornando as punições para quem entrar na floresta sem permissão muito mais severas. E em segundo, você quer que eu faça, seja lá o que for, rápido. Não pode se dar ao luxo de esperar muito.
Greyback assentiu, resmungando.
  - Acho que realmente escolhi bem quem transformar. Você é esperto, garoto. Um sonserino com muito potencial. E sim, tudo que você falou é verdade. Mas lembrasse sempre, você não é insubstituível, então não me obrigue a ter que te matar e acabar com um talento tão grande. Mas vamos ao ponto. Eu quero que você mate o aluno Farell Dixon.


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