Billie Joe Armstrong E Glória Haushinka escrita por YKWTDTGLUIP


Capítulo 37
Wake Me Up When September Ends


Notas iniciais do capítulo

~chora litros~



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[Glória's POV]

Quase me esqueci de quanto é bom ter um lar, uma casa só sua. Morar com os amigos ou com os pais não se compara a ter sua própria residência. E eu amo essa casa. Acordar e arrumar tudo, do meu jeitinho, fazer meu café da manhã... é tudo tão simples, monótono, tranquilo. Contrasta bem com a minha personalidade. Aliás, já tirei toda a vestimenta e maquiagem de Whatsername. Agora sou a boa e velha Glória Haushinka. Me sinto feliz por minha decisão, apesar de estar com meu coração doendo por ter abandonado o Billie, pela milésima vez, e espero que última. Apesar disso, sou uma garota muito independente, então não fico pensando muito nas pessoas que deixei para trás. A família do Billie, meus pais, o Mike, o povo do colégio, meus ex-namorados... sou muito desapegada. As únicas pessoas da minha adolescência que mantenho contato até hoje são o Billie e o Tré. Ah, e falando na família do Billie... o pai dele morreu esse mês, nossa, aposto que deve ser difícil esse momento para todos eles, de lembrar do Andy. Já faz muito tempo mas nem eu sei ser insensível com isso porque ele, ao contrário do meu pai, era um pai maravilhoso! Dele vale a pena se lembrar.

[Billie's POV]

Nunca me senti tão sozinho. Vai ser foda ter que aguentar o resto do mês sem a Adrienne e meus filhos. Já não aguento mais, acho que estou muito velho pra essa vida de punk sem rumo. Meu dinheiro já tá acabando, provavelmente vou precisar arrumar um emprego. Mas nisso eu penso depois. Eu só não entendo a minha vida. Como eu pude ser tão idiota? Como eu troquei minha linda mulher e filhos por uma garota qualquer de um armazém abandonado? Por que isso está acontecendo comigo?

- É brincadeira. - eu disse pra mim mesmo

Peguei minha jaqueta e comecei a andar pelas ruas de Berkeley. As árvores já transmitiam a sensação de outono, que vinha com o mês de Setembro. Esse é oficialmente o meu "mês do azar" porque as coisas sempre ficam ruins nesse mês, ainda mais porque o meu maior herói e ídolo, meu pai, faleceu nesse mês. Parece que foi ontem, eu tinha apenas 10 anos e ele ficou doente. O cancêr o tirou de nós. No funeral eu simplesmente não suportei isso, e fui pra casa no meio da cerimônia. Me tranquei no meu quarto e comecei a chorar, pois tiraram de mim o homem que era minha inspiração. Minha mãe chegou pertinho da porta e pediu para eu sair do quarto, e eu simplesmente gritei:

- Me acorde quando setembro acabar. - eu disse

Em inglês isso seria "wake me up when september ends". E quer saber? Daria um bom nome de música, algo bem melódico, para homenagear a memória de meu pai. Sentei numa esquina, tirei papel e caneta do bolso e comecei a compor:

"Summer has come and passed

The innocent can never last

Wake me up when september ends


Like my father's come to pass

Seven years has gone so fast

Wake me up when september ends


Here comes the rain again

Falling from the stars


Drenched in my pain again

Becoming who we are


As my memory rests

But never forgets what I lost

Wake me up when september ends


Summer has come and passed

The innocent can never last

Wake me up when september ends


Ring out the bells again

Like we did when spring began

Wake me up when september ends


Here comes the rain again

Falling from the stars


Drenched in my pain again

Becoming who we are


As my memory rests

But never forgets what I lost

Wake me up when september ends


Summer has come and passed

The innocent can never last

Wake me up when september ends


Like my father's come to pass

Twenty years has gone so fast

Wake me up when september ends

Wake me up when september ends

Wake me up when september ends"

Peguei uma agulha no bolso e injetei uma substância no meu sangue. Peguei também um cigarro, só para distrair meus pensamentos. Se eu pudesse eu hibernaria durante todo esse mês de Setembro e só acordaria quando a minha Adrienne voltasse com meus filhos e esse momento de luto passasse. Será que eu consigo aguentar as pontas aqui sendo o St. Jimmy?

[Glória's POV]

Preciso visitar o Tré urgentemente. Fazer as pazes com ele e contar o babado de que o St. Jimmy era na verdade o Billie Joe. Espero que ele não esteja chateado comigo ainda.

*toc toc*

- Oi? - uma garotinha abriu a porta perguntando

- Oi menininha! O Tré Cool está? - perguntei

- Papai tá lá dentro com a mamãe. - ela disse, sorrindo

Papai? Mamãe? TRÉ TEM UMA FILHA? E UMA MULHER? E O FILHO DA PUTA NUNCA ME CONTOU?

- Tré? - falei, entrando

- Glória? - ele perguntou

- Sim... uh, estou incomodando? Qualquer coisa eu volto depois... - eu disse

- Não, sinta-se a vontade. Eu já estou de saída. Passar bem Tré. - a mulher disse

- Lisea. Vai mesmo levar minha menina? - ele perguntou

- A lei mandou. Mas pode visitá-la quando quiser, sabe disso. Pois bem, tchau. - ela disse

- Me ligue quando chegar em New York. - ele disse.

- Tré... você nunca me contou que tinha esposa e filhos. - eu disse

- Conheci ela em um show em New York, ela engravidou da Ramona Isabelle. Foi coisa de uma noite, mas tive que me casar com ela ou ela faria um escandalo para a mídia. Depois ela quis o divórcio e eu dei na boa, mas ela ficou com a menina e com uma pensão. Deixamos tudo isso escondido, quase ninguém sabe dessa história.

- Por que você não me contou? - perguntei

- Não há o que contar. Apaguei esse caso da memória. De vez em quando ela vem trazer a menina, quando ela está com saudades de mim, mas é raro. As duas são bem independentes, nova-iorquinas né, não podia se esperar outra coisa. - ele disse, debochando

- Tré, você tem uma filha! Achei que amasse crianças, sei lá. Que você ia lutar pela guarda dela, que ia ser mega presente, não sei! - eu disse

- Eu amo crianças, mas se a guarda da Ramona fosse minha, o que eu poderia fazer? Sem uma mãe pra cuidar dela quando eu estivesse no estúdio ou em tour? Nada. Acho que ela devia ficar com a mãe mesmo. Quando eu tiver um filho verdadeiramente meu, eu serei presente. - ele disse

Caramba, quem diria? Uma ex-mulher e uma filha em New York e o fdp não me conta nada. Mas tudo bem, eu perdoo dessa vez.

- Situação complicada. Sinto muito que eu não estava aqui pra te apoiar nisso. - eu disse

- Tudo bem. E ai, como vai seu rolo com o St. Jimmy? - ele perguntou

- Então... é uma longa história. Tem tempo? - perguntei

- Todo o tempo do mundo. - ele respondeu

Contei que ele tinha feito uma música pra mim e como descobri que ele era na verdade o Billie Joe. Contei que não podia viver com isso e terminei com ele por um bilhete, abandonei a TPWW e voltei a morar em Oakland.

- Não acredito. - ele disse

- Pois é. - respondi

- Nossa... eu sinto muito. - ele disse

- Pelo quê? - perguntei

- Eu sei que você o ama. - ele disse

Normalmente sou uma garota forte, nunca choro. Porém, essa frase me abalou um pouco, e minhas emoções vieram a tona. Me encostei no colo do Tré e comecei a chorar. Muito.

- Calma, Little Girl. Sabia que é a primeira vez que eu te vejo chorar? E apesar de você bancar a durona e ser mais velha do que eu, mesmo assim eu te chamo de Little Girl. Você sabe o por quê? Porque você pra mim sempre foi uma garotinha frágil, doce, romântica, boba, desastrada. Minha menina. E por mais que você faça besteiras, suma e eu fique bravo com você, no final eu to sempre aqui pra te proteger, ok minha bobona? - ele disse, me abraçando

- Essa é coisa... mais linda... e verdadeira... que alguém já me disse. - falei, entre soluços

- Eu te amo, Little Girl. - ele disse

Fiquei em silêncio, deixando o choro passar, aproveitando o calor do abraço do meu Tré Cool, que estava me passando tanta segurança e conforto... como sempre fez.


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Notas finais do capítulo

awn :' REVIEWS GALERA, CADE OS REVIEWS?



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