Capítulo 37: Os ferrões voadores da marinha e a estratégia de Gabriel

Flash back on

- Go to hell! O corredor virou três, que caminho vamos seguir agora? – fala Gabriel ao lado de Daniel e Naty olhando a bifurcação a sua frente, eles adentraram agora a pouco a sede da marinha.

- Esse é o momento que vamos precisar da garotinha, ela vai nos indicar o caminho para achar o Jonas. – Nathália fala com propriedade.

- Boa ideia Naty, garota pra onde a gente vai agora? – o jovem capitão pergunta olhando para trás, qual a surpresa daqueles três ao ver que ninguém os seguia.

- Onde estão Hellt, Rebeka e a menina? – Naty pergunta surpresa.

- Go to hell! O Hellt deve estar nos usando de isca, aquele cozinheiro de merda! – o músico fala nervoso.

- Talvez o Hellt tenha um plano. – o gordinho defende o desenhista, mal sabem eles o quanto estão certos, o mais velho tem um plano que inclui usá-los de isca.

- Que seja, não temos tempo a perder então cada um segue um caminho. – a espadachim fala imperativamente.

- Então eu vou por aqui, a gente se vê... – Daniel fala adentrando um corredor.

- Espera... Go to hell! Ele não tem costume de pensar, acho que já percebeu né Naty? – o guitarrista fala, no entanto ao olhar para trás percebe que a espadachim não está mais ali. – Go to hell! Tenho que admitir que eles servem muito bem de isca, eu vou seguir por aqui então. – ele fala escolhendo seu caminho e parte correndo.

Flash back off

“Que escadaria enorme go to hell! Quem foi que colocou uma escada tão grande aqui?” o músico pensava subindo aquelas enormes escadas, “uma luz, enfim o final disso!” pensou isso se animando, rapidamente ele cruza aquela luz, era a abertura de uma porta que dava em uma sala grande e branca com vários quadros, pinturas de uma pessoa.

- Go to hell! Mas o que bizarrice é essa? – o garoto se perguntava curioso.

- São quadros do capitão Marcus Flint. – uma voz pode ser escutada pelo guitarrista, ela vinha do fundo da sala.

- Quem ta aí? – a pergunta de Gabriel era inevitável.

- Só eu. – o marinheiro se levanta de uma cadeira ao perceber que Gabriel o havia encontrado. – Me chame de Lorenzo, você é um dos piratas que causaram confusão na ilha suponho, nunca imaginei que meu adversário seria uma criança...

- Go to hell! Não sou uma criança! – Gabriel fala quase gritando.

- Garoto não quer se render? Eu não to muito afim de te machucar, mas serei obrigado a usar a força se você não se render. – o marinheiro fala calmamente.

- Eu tenho outra proposta, eu te venço e você me fala onde estão o Jonas e a caravela ACD. – o músico fala decidido.

- Não vai ter outro jeito, prepare-se! – Lorenzo fala retirando de dentro de sua camisa vários dardos que se prendiam entre seus dedos.

Lorenzo é baixo, não é forte e sua pele é clara, usa o uniforme padrão da marinha, é notável aquela franja castanha caindo por sobre seu olho direito.

- Eu to sempre preparado go to hell! – o guitarrista fala acendendo um cigarro, porém seu cigarro é apagado rapidamente por um dardo arremessado pelo marinheiro.

- Crianças não deviam fumar. – foram as palavras de Lorenzo ao lançar mais três dardos em sentido ao garoto.

- REPULSA SÔNICA! – um dedilhar da guitarra e a barreira sônica aparece repelindo os dardos, o marinheiro mal consegue esconder sua surpresa.

- Estava imaginando como sua arma funcionava, parece que terei que ser mais efetivo. – aquele homem coloca novamente suas mãos na camisa e retira outros vários dardos.

- Go to Hell! Aí vem mais! – eram corretas as palavras do músico, o marinheiro lançou todos os dardos de sua mão de uma vez, novamente todos foram repelidos graças ao repulsa sônica. – Eu consigo defender numa boa... – o guitarrista afirma.

- Pelo menos o que você pode ver. – Lorenzo fala fazendo um movimento com as mãos como se puxasse algo para si, de súbito os dardos do chão voam em direção a Gabriel, a grande maioria deles se crava no garoto, em suas costas, braços e pernas, ele se ajoelha cuspindo sangue.

- Go to hell! Como ele fez isso? Será que ele é usuário de akuma no mi? – Gabriel perguntava pra si mesmo, até que a claridade de umas velas bate nas mãos daquele marinheiro, um brilho saia dos dedos daquele homem. – São linhas, linhas quase transparentes, to entendendo, essas linhas estavam amarradas nos dardos o tempo todo.

- Se rende agora garoto? Não quero te machucar muito.

- REPULSA SÔNICA! – um grito e um golpe, foi essa a resposta do guitarrista, aquela repulsa cortou as linhas.

- Parece que você consegue cortar bem as minhas linhas não é? – Lorenzo fala constatando o óbvio.

- Go to hell! Você usa esses seus dardos nas pessoas da ilha também? Vocês marinheiros não acham que deveriam protegê-las ao invés de oprimi-las? – Dizeres de Gabriel que quase gritava.

- Você não sabe do que ta falando pirata! Eu nunca fui a favor disso assim como a maioria dos marinheiros daqui, só que somos subordinados da marinha e não podemos fazer nada contra isso.

- Enquanto você arranja desculpas seus colegas arrancam o dinheiro das pessoas, é ridículo falar mal do dinheiro que te sustenta sabia? – o pirata ironizava.

- Eu nasci em Lávia! – o homem fala bastante alterado. – Essas pessoas são minhas amigas de infância, acha que não me sinto mal, acha que não faço nada? Saiba que já encaminhei várias cartas a marinha relatando o que ocorre aqui, mas ninguém faz nada! O que espera que eu faça?

- Lute, como eu estou lutando, como o Daniel luta... – as palavras do músico bateram forte no marinheiro.

- Entendo, sua determinação é surpreendente, mas será que pode me vencer só com isso? – foram as palavras de Lorenzo que sacava mais dardos.

- Go to hell! Eu não vou perder! – Gabriel fala fazendo o sinal de chifres com sua mão direita.

- Veremos... – o marinheiro fala lançando seus vários dardos, dessa vez Gabriel não os repele, ele pula para lateral evitando a maioria deles, alguns se cravam no garoto lhe causando muita dor, porém ele não cai.

- SOM DO INFERNO!!! – ele dedilha sua guitarra lançando sua barreira pra cima de seu adversário que consegue se desviar mesmo diante da surpresa daquele golpe, Lorenzo move sua mãos novamente fazendo os dardos do chão se movimentarem atacando Gabriel, o guitarrista se defende com a repulsa, em seguida o músico lança seu som do inferno e o marinheiro se desvia novamente.

- Não tenho intenção de ser acertado por esse seu golpe de som garoto, não vou pagar pra ver! – Lorenzo fala confiante. – Dê graças a Deus por ter sido eu a te encontrar, se fosse aquele lixo do Matheus você estaria morto!

- Nenhum de vocês pode me matar, seja lá quem for! – o músico fala muito ofegante, sangrava bastante e era difícil permanecer de pé.

- Você já está derrotado garoto admita... Eu posso te levar ao médico de você se render, não me force a te machucar mais.

- Eu não vou me render nunca! Meu capitão nunca se renderia e eu também não! – palavras determinadas de um garoto convalescente.

- Vejo que não tenho escolha. – o marinheiro fala sacando outros vários dardos. – FERRÕES MÚLTIPLOS VOADORES! – ele grita ao lançar ao ar seus dardos, com o movimento de suas mãos os fez ir diretamente para o músico que fez um movimento de usar novamente sua repulsa.

 – Eu sinto por você garoto, as linhas que uso nesse golpe são as mais poderosas, elas nunca se partirão! – dito isso o guitarrista desiste de seu golpe e recebe aqueles vários dardos em seu corpo, o sangue jorra para todas as direções.

- É uma pena eu ter que machucar tanto uma criança. – Lorenzo fala com pesar, entretanto uma coisa lhe chama a atenção: “por que aquele menino ainda está de pé?”

- Go to hell! É como o Hellt costuma falar: luta calado! – palavras acompanhadas de um largo sorriso. - REPULSA SÔNICA MÁXIMA! – o dedilhar frenético daquela guitarra começou a produzir uma barreira sônica monstruosamente grande.

- Deus do ceu! Tenho que sair daqui, não posso deixar que aquilo me acert! – Lorenzo fala assustado e tenta fugir, no entanto as linhas estavam presas a seus dedos, pensou em cortar mas era impossível, como ele mesmo disse se tratava de suas linhas mais resistentes, daí ele entendeu o que aconteceu, Gabriel usou o que havia escutado da boca de Lorenzo, sobre as linhas serem indestrutíveis, e recebeu o golpe de propósito, com os dardos presos no guitarrista não haveria forma do marinheiro escapar da repulsa sônica máxima, Lorenzo agora precisava tirar as linhas cuidadosamente de seus dedos e era o que tentava fazer contudo tempo é um luxo que ele não tem.

- Sinta o meu rock! – Gabriel fala ao ver seu golpe acertando o marinheiro, o som estrondoso percorreu todo o corpo do inimigo, Lorenzo tremia, o golpe atacava todas as suas terminações nervosas, as paredes e quadros foram sendo destruídas e um buraco se abriu naquele andar. O golpe pára e os dois adversários caem.

- Moleque... Quem sabe você será capaz de fazer por essas pessoas de Lávia mais do que eu fiz... – o marinheiro, com ouvidos sangrando, falou antes de desmaiar.

- Caras agora é com vocês, go to hell! – Gabriel fala como se comunicasse com seus nakamas, também fechou seus olhos.

A batalha estava terminada, Gabriel venceu mas está debilitado demais para continuar, naquele estado seria alvo muito fácil para qualquer outro inimigo e sabia disso, aquelas últimas palavras demonstram tal fato, resta agora ao músico confiar em sua própria sorte.

Preview:

“É o fim do corredor, tomara que o navio esteja ali” Rebeka pensa controlando seu choro no fim daquele corredor, a frente uma parede e a direita o desembocar do caminho, quando ela se vira se depara com a caravela ACD acorrentada no que seria uma espécie de píer, ao redor desta incontáveis marinheiros, Rebeka foi ficando pálida com a visão de tantos inimigos, rapidamente ela volta e se esconde.

“Eu vou morrer, eu vou morrer, eu vou morrer...!” pensava chorando cascatas silenciosamente, “espera, eu to vestida de marinheiro, eu posso enganá-los, força mulher! Você é uma corajosa pirata!” ela pensa serrando os punhos ainda tremendo.

- Hei vocês?! – a garota fala quase gritando para os marinheiros, sentia muito medo mas sua pose era de firmeza. – Os piratas foram vistos no andar de cima, o capitão ordenou que fôssemos lá pra ajudar a prendê-los!

- Será que esses piratas são tão poderosos assim? Perdemos contatos com várias divisões...

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- ESPEREM! – uma voz esganiçada grita chamando a atenção de todos inclusive a da navegadora, se tratava da voz de Pierre que estava no convés da caravela ACD.

“Não me descubra, não me descubra, não me descubra...” a garota pensa suando e tremendo.

- Eu não me lembro de um marinheiro que usasse um bumerangue... Desde quando você está na marinha? – o homem maquiado pergunta.

Próximo capítulo: Caravela encontrada e o desafio de Rebeka