Capítulo 28: Dois jantares e uma espadachim na tripulação

- O que você está fazendo aqui? Deixa só eu te lembrar que você desistiu de matar a gente... – Rebeka fala mais afastada da espadachim e escondida atrás do mastro.

- Que eu me lembre o capitão me chamou pra ser a espadachim do navio correto? – Nathália fala.

- Quer dizer que você vai se juntar a nossa tripulação?! – o gordinho parecia não acreditar nas palavras da espadachim.

- Vejo que você tem um novo objetivo de vida. – Hellt afirma com um leve sorriso.

- Sim, como meu mestre desejou um dia eu me tornarei a maior espadachim que esse mundo já viu! – ela fala com chamas nos olhos. – Além disso tenho que encontrar com uma pessoa na Grande Linha...

- Go to hell! Um namorado? – Gabriel pergunta assustado.

- Não... – palavras seguidas de um silencioso mistério. – Eu falei do meu irmão? É um traste inútil mas a gente prometeu que ia se encontrar quando ficasse forte, acho que agora é o melhor momento.

- Legal, legal, legal...!!! Agora nós temos uma espadachim! – Daniel fala muito alegre. – Precisamos comemorar isso com comida e muita comida!

- Vou ver se tem alguma coisa pra fazer na dispensa filhote de hipopótamo, esqueceu que a gente não trouxe os suprimentos? – as palavras do desenhista entristeceram o garoto que havia se esquecido que não compraram comida.

- Não por isso, acham que viria a bordo de mãos abanando? Eu trouxe bastante mantimentos e guardei nas dispensas... – os dizeres de Nathália animaram e muito os tripulantes.

- Enfim alguém útil nessa tripulação, não é como esses brutamontes que só sabem brigar! – Rebeka fala alegre segurando as mãos da espadachim.

- Go to hell! – Gabriel pensou numa coisa que o estava causando dúvida. – Como você achou o navio garota?

- Foi difícil! O sistema de camuflagem de vocês é excelente! – uma face de susto tomou conta da navegadora e do desenhista. – Eu só consegui encontrar por causa de uma palavra escrita errado, navio que estava sem o “a”...

- Vencido pelo idioma e sua grafia! Da próxima vez não falharei! Go to hell! – o guitarrista falou determinado.

- É melhor eu não comentar... – o mais alto fala.

- Não comenta Hellt, vai preparar algo pra gente comer, aposto que a Naty ta morta de fome! – Daniel fala empurrando Hélio, porém a palavra “Naty” atraiu um olhar cruel da espadachim pra ele, todos os outros tripulantes pensaram em uma reação mortal de Nathália, contudo...

- Naty, até que não é tão ruim quanto eu imaginava... – a espadachim fala com um leve sorriso o que retira a preocupação do rosto de todos. – Sabe, eu estou curiosa pra provar da comida daqui. – depois dessas palavras um frio corre a espinha do músico.

- Não Naty, muito cuidado com essa comida do Hellt porque... – de repente o desenhista aparece com face de demônio atrás do guitarrista. -... Porque é muito sabor! Você pode se surpreender! – o adolescente suava frio ao dizer essas palavras.

- É, acho que minha comida tem muito sabor mesmo... – Hellt fala pensativo coçando sua barba.

- Pena que não posso dizer isso... – a navegadora fala o que faz Gabriel lembrar da primeira refeição que ela teve no navio.

Flash back on

- Aqui está, minha sopa especial... – o desenhista fala colocando um pouco de sopa para Rebeka e logo em seguida bastante sopa para Daniel, Gabriel pensava: “Essa sopa é cinza! Go to hell! O que será que tem nela? Eu tenho medo de pensar...” sua feição era de preocupado, ele não teve tempo de avisar a navegadora do horror que a esperava comendo o que o Hellt preparava.

- Essa comida ta muito boa! – Daniel falava comendo vigorosamente.

- Deve ser boa mesmo pela forma que você ta comendo. – a jovem fala animada pra experimentar da sopa, ela leva sua colher ao prato e pega um pouco daquela comida de estado físico indescritível, “pobre Rebeka! Se eu tivesse avisado ela tinha se preparado!” foram os pensamentos apreensivos do músico, a cada milímetro que a colher chegava perto da boca da garota Gabriel ficava mais nervoso, “tomara que ela não morra! Eu deveria avisar pra ela agora! Mas se eu falar que a comida é ruim na frente do Hellt sou eu que vou morrer! Go to hell! Go to Hell! Go to Hell!” ele quase não se aguentava de tanto nervosismo até que a colher chega a boca da garota.

- Não é boa essa comida Rebeka? – o gordinho pergunta, a garota dá um meio sorriso sem graça e continua comendo aquilo normalmente como se fosse a comida mais normal do mundo, Gabriel fica de queixo caído e branco, o músico não consegue se conter.

- Como você consegue comer esse lixo Rebeka?! Isso é a pior coisa que já provei na vida! – de repente o garoto sente a pressão de um soco o jogando contra a parede da cozinha que se quebra.

- É muita coragem a sua dizer que minha comida é ruim moleque! – Hellt fala furioso em posição de soco desferido, Gabriel está ao chão com a face inchada e olhos girando. – Fala com aquele músico de merda que minha comida é boa Rebeka!

- Na verdade eu não sei dizer... – foram as palavras da garota assustada com a situação. – Desde menininha eu não consigo sentir o gosto de nada, acho que nasci assim. – ela fala surpreendendo a todos ali.

- Isso deve ser muito ruim! – Daniel fala com pesar por sua companheira.

- Ta brincando? Quem me dera ser assim nesse navio! – Gabriel fala sem pensar e logo um frio lhe corre a espinha, o desenhista está à frente dele estalando seus dedos e olhando com cara de demônio para o músico.

- Fudeu! Go to hell! – o guitarrista fala e começa a correr, Hélio corre atrás dele furioso.

- É sempre assim? – Rebeka pergunta assustada ao gordinho.

- Quase todos os dias, não é a coisa mais legal do mundo?! – o garoto fala sorrindo.

Flash back off

Agora estão todos a mesa esperando a comida, de repente Hellt aparece com sua panelada de sopa, o medo de Gabriel era latente.

- Aqui Naty, pra você primeiro porque você é nova abordo. – o cozinheiro fala servindo a espadachim, depois ele coloca um pouco para navegadora e bastante para Daniel.

“Go to hell! Se a Naty falar mal da comida o Hellt vai brigar com ela e o navio pode ser destruído! E agora será que eu falo pra ela tomar cuidado com a comida e tomo umas porradas do Hellt? Eu não quero morrer!” o músico pensava preocupado ao ver a nova integrante levando a colher com aquela mistura nomeada de sopa  boca.

- Essa é a melhor comida de todas! Colocou alguma coisa nova na sopa Hellt? – o gordinho pergunta.

- Talvez, eu não olho direito as coisas que coloco... – o desenhista responde.

- O Daniel gosta tanto disso, eu gostaria de sentir o gosto. – a navegadora fala e Gabriel pensa: “você não sabe o quanto é abençoada Rebeka, go to hell!”

- Mas isso é delicioso! Quero mais. – a espadachim fala imperativamente, o músico fica branco e de queixo caído como em sua lembrança.

- Que bom que gostou! Toma mais. – o desenhista fala servindo a garota novamente.

- Você ta louca? Como é possível alguém falar que essa comida é deliciosa? – foram as palavras impensadas do guitarrista.

- Em meu treinamento eu comia coisas como vísceras cruas de animais e escorpiões vivos, essa sopa é um banquete divino! – quão surpreendentes foram as palavras sérias da espadachim.

- Acho que eu to satisfeita. – foram as palavras de Rebeka que quase golfou ao ouvir a confissão de Naty.

- E era gostoso isso que você comeu? – foi a pergunta de Daniel que continuou comendo sem se preocupar.

- Com um pouco de sal até que fica gostoso. – foi a resposta séria de Nathália.

- Go to hell! Vocês são um bando de estranhos! – Gabriel fala apontando para eles, nesse instante uma sensação já conhecida de frio na espinha acomete o músico.

- Vou te ensinar a falar da comida dos outros! – Hélio fala com face de demônio e desfere um soco descendo, Gabriel se desvia pulando para lateral e consegue ver a cadeira e a mesa se partindo com o golpe do maior.

- Não adianta correr! – Hellt fala o ver Gabriel correr desesperado.

- Ótimo! Um treinamento logo após a comida! Preparem-se! – a de olhos diferentes fala se levantando e sacando sua espada, logo ela corre atrás deles.

- SEU BANDO DE MALUCOS! PAREM JÁ COM ISSO SENÃO VOCÊS VÃO AFUNDAR O NAVIO, PORRA! – a navegadora grita furiosamente vendo a cena, já Daniel comia a panelada de sopa feliz, estava muito contente por ter mais um integrante em seu navio pirata.

Preview:

- Mãe, pai?! – ela fala ainda meio surpresa, corre até eles e os abraça...

- Também é ótimo te ver minha linda! – a mãe fala, trocam carinhos enquanto conversam sobre várias coisas, a garotinha sem demora pega o mapa que fizera e mostra a seus pais, eles tomam um tremendo susto ao ver a perfeição do desenho.

- Minha filha, mas seu mapa é fabuloso! – o pai fala.

- Ela é boa, pode ser que ela se torne tão boa quanto você querido. – a mulher fala.

- Sério? Então eu posso ir com vocês pro mar? – a menina pergunta animada.

- Você não pode querida. – foram as palavras da mãe que entristeceram a garota. – Eu e seu pai somos piratas, para o governo mundial somos criminosos e nós não podemos te levar pra essa vida. – a garota não entendeu as palavras da mãe, era difícil para aquela menina compreender certas coisas.

- Não fique assim Rebeka, olha estamos muito perto de encontrar o que procuramos, a Biblioteca de Naxia! – a mulher fala a sua filha, Rebeka nunca havia ouvido falar dessa tal biblioteca.

Próximo capítulo: O passado de Rebeka, um sonho passado de mãe para a filha