Capítulo 2: Os piratas gêmeos e a força dos jovens

Hellt tirava seu uniforme de cozinheiro, Daniel está comendo muita sopa e os marinheiros observam com medo o garoto, no deck do navio um marinheiro vigia o mar, ele avista um vulto, ele pega um binóculo e avista a bandeira negra pirata tremulando.

- Droga piratas! Tenho que avisar ao capitão. – o marujo fala.

- Não terá tempo disso. – um pirata aparece atrás do homem com binóculo e coloca uma arma em sua cabeça, ele chegou num pequeno barco por trás do navio, aproveitou a distração do marujo e o rendeu, ele fez um sinal com a mão para o navio pirata se aproximar.

- Finalmente irmãozão, vamos saquear esse navio. – falou um homem baixo e muito gordo olhando em uma luneta e com um chapeu de capitão, seus braços e pernas eram finos, suas orelhas enormes e pra fora, seu rosto era triste, usava um sobretudo azul.

- Ruaruaruaruaruaruaruarua! Adoro ser pirata e saquear todos os navios. – falou um homem bem alto e bem magro, também usava um chapeu de capitão e um sobretudo, só que o dele era vermelho, seu rosto era feliz.

- Essa risada estranha, esse perfil idiota, só podem ser os piratas gêmeos: Léo e Lael, tenho que avisar o capitão. – o marujo pegou um mini den den no muchi*,  ligou para o capitão e falou da situação, o capitão gelou e se organizou com os seus para contra atacar, Daniel não estava mais ali, estava na cozinha comendo uma panela de sopa.

- Garoto você não se cansa de comer? É por isso que ta com esse barrigão! – Afirmou Hellt.

- Isso é excesso de charme. – Daniel falou sorrindo batendo sua mão direita em sua barriga. – de repente um estrondo é ouvido e sentido pelos dois.

- O que ta rolando lá em cima? Fica aí garoto eu vou lá ver o que é.

- Eu vou subir também, mas vou terminar de comer primeiro.

- Gordo!

- Artista! – Ambos falaram em tom de xingamento.

Ao chegar ao deck Hélio se depara com aquela cena, fogo em todas as partes, vários marujos caídos e outros vários lutando com piratas, no centro os piratas gêmeos o mais alto sorrindo o mais baixo olhava em sua luneta.

- Malditos piratas! Só fazem merda! – o desenhista falou indignado. – Eu to trabalhando aqui sabiam? – nesse instante um pirata aparece atrás dele desferindo um golpe com intenção de cortar o pescoço de Hellt, ele rapidamente pega um de seus cassetetes com sua mão direita e faz um movimento rápido acertando a bola de ferro no lado direito do rosto do pirata o jogando longe, os dentes do pirata estavam no chão e o sangue dele sujou a arma do artista. – Eu to falando cacete! Não me interrompa! – Hélio falou com sua face nervosa e olhando para o pirata que acabou de ser arremessado.

- Olha irmãozão, aquele homem desmaiou nosso capanga. – o de luneta falou.

- Ele parece ser forte irmãozão e ele ta bravo. – o mais alto falou, agora Hellt olhava para eles furioso. – Renda-se meu jovem, ruaruaruaruaruaruarua...... aiiiiiiiii. – estava rindo, entretanto aquele sorriso se transformou em um gemido de dor, o desenhista se projetou pra frente e acertou a bola de ferro do cassetete que segurava em sua mão esquerda no estômago do pirata mais alto que sentiu seus olhos se projetarem para fora, o pirata foi arremessado longe pela força do golpe.

- Vocês falam demais sabiam? – o artista falou em posição de golpe desferido.

- Irmãozão! – o outro gêmeo viu, sacou sua espada e desferiu um golpe descendo no jovem que se defendeu com seu cassetete da mão esquerda, Hellt olhou como demônio para seu adversário que começou a tremer e suar frio.

Hélio desferiu um grito, girou o cassetete de sua mão direita e desferiu um golpe da direita para esquerda na face do pirata gordo de luneta, depois girou seu cassetete esquerdo e desferiu um golpe da esquerda para direita que acertou o lado direito do tronco de seu adversário, é notório o som das costelas quebrando, depois o desenhista desferiu um golpe reto com o cassetete direito arremessando o pirata gordo.

- Vocês tem noção do dinheiro que eu perdi por causa dessa sua invasãozinha? Desgraçados! – o artista falou nervoso, o pirata magro aparece a suas costas desferindo um corte descendo com sua espada, o jovem se defende com seu cassetete direito, depois um pequeno salto e um meio giro e um golpe de esquerda é desferido com muita violência que acerta o rosto do pirata risonho, os dentes dele se quebraram e ele novamente é arremessado.

- Ai, ai, ai, esse cara é forte, mas o quê? – o risonho se assustou ao ver Hellt com cara de demônio a frente dele em posição de desferir um golpe de direita, o pirata grita como uma donzela em perigo.

- Pare marujo! – Hélio olhou e se assustou com a cena: o pirata triste que falara aquelas palavras estava com uma pistola apontada para cabeça de Daniel.

- Oi Hellt, a comida acabou. – o gordinho falou acenando e sorrindo.

- Porcaria! – o artista falou.

- Agora você vai ficar paradinho senão eu estouro a cabeça desse moleque. – o pirata triste falava, entretanto Daniel nem escutava, só olhava ao redor.

- Agora é hora da revanche! – o pirata magro se levanta e desfere um soco violento no rosto do jovem.

- É isso seu golpe? – Hellt sangrava um pouco no canto direito de sua boca, a mão do pirata inchou e dos olhos do mesmo desceram lágrimas de dor.

Hélio deixou o pirata o derrubar e esse começou a chutá-lo no chão com força, o pirata se cansou e parou de chutar, se afastou um pouco, estava ofegante.

- Nossa Hellt você é fraco né? – o gordinho falou.

- Cala boca gordo maldito! – o desenhista falou com seu rosto de nervoso. – Eu to apanhando por sua causa, se eu me mexer esse cara te mata.

- Sério? Esse cara ta me ameaçando?

- É LÓGICO SUA ANTA!!!

- Não tinha percebido, vou dar um jeito nisso. – Daniel segura o cano da arma e a torce pra cima surpreendendo a todos. – Ninguém me ameaça gordão! – o garoto falou acertando um soco reto de direita no estômago do tristonho, depois desferiu um soco de esquerda subindo no queixo do pirata de luneta o jogando bem alto, o pirata caiu como uma pedra no piso. – Tem mais um... – Daniel fez um sorriso maligno e estalou os dedos da mão e correu pra cima do pirata magro que tentou fugir contudo quando se virou deu de cara com Hellt de pé.

- Aonde vai? – Hellt perguntou com um sorriso maligno.

- Segura ele Hellt. – o gordinho falou. – PUNHO DE FERRO! – Gritou e deferiu um soco violentíssimo reto no abdômen do pirata, o desenhista saiu de trás e o pirata risonho foi arremessado longe, sumiu no horizonte tamanha a força do golpe. – Ta vendo Hellt, não falei que eu era forte? – Daniel falou com um sorriso largo no rosto foi quando Hélio desferiu um soco furioso na cabeça do gordinho.

- Desgraçado! Por que você não se soltou antes? Fiquei apanhando por sua causa! – O jovem falava nervoso.

- Ai, ai, ai, Hellt seu feioso você só grita comigo e me bate!

- Eu fiquei preo... – nesse momento Hélio se abaixa sentindo dor. – Ai minhas costelas, pirata desgraçado!

- Você ta bem Hellt? Aqueles piratas ruins, eu já dei um jeito neles. – Daniel falou preocupado, de repente o pirata gordo sai de trás da fumaça com sua luneta e com uma arma maior em mãos.

- Vocês machucaram meu irmãozão Léo, agora eu vou destruir vocês!

- Eu vou dar um jeito nele Hellt, não se preocupe. – o garoto falou e começou a correr, deu um salto e desferiu seu golpe punho de ferro, o pirata mirou a arma para o gordinho, o desenhista arremessou seu cassetete da mão direita na arma retirando-a da mão do pirata gordo, Daniel desceu com seu soco com muita violência, o pirata gordo gritou como uma donzela em perigo, o golpe foi tão forte que partiu o navio em dois, Hellt ficou pasmo com cara de bobo.

- Talvez aquela história de fruta do amornado não seja tão mentirosa ou fantasiosa assim. – o navio começa a afundar, o desenhista sai do estado de choque e corre, pega seu cassetete, depois vê o gordinho caindo na água e o segura pela mão e o joga em suas costas.

- Segura garoto, não solta de jeito nenhum! Puts tu é muito pesado! – continuou correndo e pulou pegando uma corda e puxando-a, no fim da corda um barco pequeno de resgate estava amarrado, o pequeno barco cai no mar e os jovens caem em cima dele.

- Legal cara, você pensou rápido! – falou Daniel feliz. – Agora eu, o capitão Daniel tenho um navio e o seu primeiro nakama*: Hellt o desenhista! – falava enquanto as duas metades do navio cargueiro afundavam, parece que Daniel não escutava os pedidos de socorro dos marujos e piratas no mar, Hélio os escutava entretanto respondia com um sinal pouco amistoso com o dedo do meio de sua mão direita.

- Só tem uns probleminhas nessa sua fantasia de moleque gordo. – Hellt falou depois de escutar o que Daniel falou a respeito dele ser nakama, apontando seu dedo indicador para o nariz do garoto. – Primeiro: isso não é um navio, é um barquinho, segundo: eu detesto piratas, ou seja: eu não vou me tornar um “isso”, terceiro: um desenhista não tem utilidade em um navio pirata, quarto: eu vou pra casa e não viajar na sua aventura de doidão.

- Sua cidade ta perto? – Daniel perguntou e Hellt respondeu que não. – Então tenho muito tempo pra te convencer, pra onde vamos agora?

- Olha... – o desenhista retirou um objeto de seu bolso e mostrou para o gordinho. – Isso é uma bússola, todo navio precisa de uma dessas, ta vendo vamos seguir essa agulha, tem uma cidade próxima que ta nessa direção vamos pra lá primeiro.

- Nossa Hellt você tem coisas tão legais, essa tal dessa bússola deve ser muito boa mesmo pra apontar sempre pra cidade mais próxima. – o artista se assustou com a ignorância do moleque que queria ser pirata.

- Que Deus conserve sua saúde garoto! – o jovem fala em tom de piada, o gordinho não entendeu, ambos seguiram pro norte em sentido a cidade noite adentro, a noite estava apenas começando, sorte que a cidade estava próxima, quem sabe chegam antes da noite acabar.

Preview:

- Essa música é uma das que mais gostamos plateia! – ... – Highway to Hell!!! – Hellt conhecia essa música, eles fizeram um arranjo em que a música começava com um solo de guitarra...

- Essa banda eu não tinha visto aqui, o guitarrista é muito bom! ...

- Eu já decidi! Aquele guitarrista vai fazer parte de meus companheiros! Afinal piratas cantam músicas.

Próximo capítulo:

A cidade de Liros e o roqueiro