- Os panfletos ficaram prontos! – O sorriso de Alice estava me dando medo.

- Me dá um vai, quero ver. – Falei enquanto tomava um gole do meu Milk Shake, na minha nova sorveteria favorita.

- Não. – ela fez um biquinho.

Arranquei dá mão dela um dos folhetos depois de uma briga muito idiota.

- O QUE ALICE? – eu estava perplexa. – Como assim ‘’PENSÃO DA LULUZINHA – VENHA SE DIVERTIR’’? – Bufei.

- Ah Bells, eu achei fofo. – Ela riu. – E também, acho que várias meninas vão adorar.

- É, garotas de cinco anos que estão fugindo de casa porque seus pais não vão dá a ultima Barbie bailarina de natal!

- Já saiu à nova Barbie? Eu quero – Alice fez biquinho.

- MARY ALICE BRANDON. – fechei meus olhos com muita força enquanto respirava profundamente.

- Fica calma Bella... – Ela me obrigou a abrir os olhos. – Desculpa, de verdade. Eu pensava que seria divertido. – Ela me olhou com olhos tristes. – Nós poderíamos entregar esses hoje, e amanhã eu mando fazer outros. – Ela sorriu. – Por minha conta, eu juro.

Encarei - a com uma interrogação na minha mente, Alice estava tão calma para uma pessoa que já foi em varias psiquiatras controlar a raiva. Terminamos nosso café da manhã nada saudável e fomos para a Boston University, entregar os panfletos que Alice fizera.  Muitas pessoas riam de nós, principalmente os garotos que passavam e liam os panfletos, no final do dia já estavam me chamando de Luluzinha por toda a universidade. Pelo menos eu não iria estudar aqui, suspirei aliviada. Até que no final do dia, ele não foi totalmente perdido, conhecemos algumas meninas que pareciam muito confiáveis e trocamos telefones, eu estava com um bom pressentimento.

- Será que a pensão da luluzinha também aceita homens? – Virei bruscamente para trás para ver quem estava falando.

- JACOB! – sorri e corri em sua direção pulando em seus braços. Alice ria do meu entusiasmos

- Bells. – Ele sorriu e fez cafuné em minha cabeça. – Que história é essa de republica? – Ele fitou Alice. – Eu te falei que essa anã não era confiável.

- Ei. – Alice estritou os olhos colocando suas mãos na cintura e batendo seus pés com força no chão. – Eu sou uma pessoa muito confiável, seu cachorro.

Ele riu.

- Fica calma pequena. – Ele beijou o topo da sua cabeça. – Eu só estava brincando.

Esses dois sempre foram assim, brigavam por qualquer besteira, as vezes minha vontade era que matá-los lentamente, mas com certeza não viveria sem eles, são meu melhores amigos, meus portos, minhas vidas. Jacob nos contou que estava adorando a universidade, ele era calouro de educação física na Boston University, o que fazia varias garotas morrerem por ele, e eu querer matá-las, sempre tive ciúmes de Jake, como amigo é claro.

- E agora Alice, o que fazemos?

- É só esperar. – Ela me fitou enquanto desligava seu notebook.

Alice cadastrou nossa ‘’republica’’ em alguns sites que servem para ajudar alunos a encontrarem lugares para morar. Já se fazia dois dias e ninguém ligou realmente interessado em alugar um dos quartos. Só faltava uma semana para começar realmente as aulas em todas universidades de Boston, meu coração quase parava só de pensar.

- Tem alguém lá embaixo. – Alice sussurrou enquanto olhava pela janela.

- Têm?

- É e acho que uma garota. – Ela sorriu. – Vamos descer e saiu porta a fora.

- Alice espera... – desci desesperadamente as escadas, enquanto Alice já estava voando pelo gramado e já estava perto da porta.

Me aproximei com cautela das duas pessoas que já estavam conversando com cautela e não acreditei no que eu vi, minha boca se abriu.

- O que você está fazendo aqui Rachel? – Alice perguntava alterada.

- Qual foi Alice? – Ela respirou fundo e encarou a irmã. – Eu já te falei, larguei minha faculdade de direito em NY e decidi vir morar em Boston e cursar economia na MIT. Ai perguntei para mamãe onde você estava morando e ela me falou que você estava dividindo um apartamento com Bella, mas não sabia o seu endereço certo. – Alice mordeu o lábio em forma de desespero.

- Vai contar pra mamãe que eu menti sobre onde eu estou morando? – Ela suspirou.

- É claro que não, mas eu quero vir morar com vocês. -  Rachel sorriu e olhou para mim. BELLA!

- Rachel, quanto tempo. – Abracei e depois nos viramos para Alice.

- E ai irmãzinha. – Rachel suspirou. – Posso?

- Faça o que você quiser. – Alice bufou e entrou em casa.

Arrumei o quarto de hospedes enquanto Rachel estacionava seu fusca roxo na garagem. Rachel era um ano mais velha que Alice, mas elas nunca se deram bem. Eu entendia Alice, Rachel namorava sua paixão platônica desde os tempos de escola, eu sabia que Rachel não fazia por mal, mas para Alice aquilo foi o fim da picada. Desde então elas só trocam palavras essências umas com as outras, e agora elas morariam juntas, e pior, eu estaria morando com elas.

- Esse pesadelo não tem como piorar. – Sussurei baixinho enquanto tomava um gole de cerveja e encarava o céu sem estrelas.

Até que campainha tocou.