Amor E Outros Desencontros. escrita por Amanda Souza


Capítulo 15
Oficializações.


Notas iniciais do capítulo

OOOI! Quanto tempo! 3 meses hein? Me perdoem! Eu realmente não tenho tido tempo pra muita coisa.. Não ta fácil! Mas eu não desisti e me lembrei sim daqui! Prometo - e prometo dessa vez também cumprir a promessa k - que não vou ficar mais tanto tempo sem postar. E ta ai mais um capitulo pra vocês.. Ta uma merda, eu sei.. Mas eu tentei..



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Me virei para a voz de papai. Ele estava parado na soleira da porta, os olho arregalados de surpresa.

– Opa! – murmurei pasma.

Justin deu um passo, colocando-se na minha frente, me protegendo com o corpo.

– Sr.. – começou Justin, mas parou.

– Davenport – sussurrei pra ele..

– Se. Davenport, eu posso explicar – continuou. – Eu sinto muito que as coisas tenham que ser dessa forma, mas acho que agora esta claro que...

– Melanie? Porque você não me contou que era o Justin? – reagiu Papai, interrompendo a explicação educada de Justin. Ele se aproximou.

– Mas eu disse! – Tentei contorcer sobre o ombro de Justin.

– Não o Bieber! – acrescentou, olhando fixamente para Justin.

Não havia mais espanto em sua voz, agora parecia que ele ia explodir num ataque de histeria.

– Ai! Caramba! Justin Bieber! – E explodiu... De repente papai deu um abraço desajeito em Justin.

Ai não... Acho que é pior que um sermão.

Dei um passo a frente me pondo ao lado de Justin, quando papai finalmente o soltou.

– Eu não sabia que você era... Hum... – procurei a palavra adequada. – Fã do Justin?

– Ta de brincadeira? Esse cara é o cara, cara! – disse papai entusiasmado, quase dava pulinhos.

Justin sorria confuso.

– Da pra acreditar? Dias atrás eu estava cantando suas musicas no Karaokê – riu papai, então sua expressão de repente mudou, ficou tomado por uma idéia. Aquilo era bom? – Preciso levar vocês ao lugar maneiro! Vocês vão adorar! – ele disse animado.

– Pai! Pai! Por favor... – quase implorei num tom de censura.

– Não saiam daí – ordenou e saiu correndo para dentro de casa.

Olhei para Justin constrangida, esperando que ele saísse correndo. Ou essa deveria ser a reação de uma pessoa normal. Mas pelo ao contrario, ele riu da situação, foi quando papai voltou e insistiu que entrássemos no seu carro.

Justin foi no branco de trás do carro comigo, mantendo o braço em minha volta e ridiculamente escutando papai tagarelar. Acho que por educação, pois nenhum de nós dois o mandou a calar a boca. Ainda não. Uma vez ou outra Justin respondia uma pergunta. De repente papai parou de preencher os raros momentos de silencio no carro, parecia pensativo ou hesitante.

Ele olhou para nós pelo retrovisor.

Gelei ao lado de Justin.

– Vocês dois... Ahm... Bem... – hesitou sem jeito. – Estão... – ele pigarreou. – Namorando? – completou num tom serio pela primeira vez na noite e voltou os olhos para a estrada.

O olhar ansioso de papai focou em Justin. O que me assustou.

O braço de Justin se estreitou a minha volta, ele pareceu tão ansioso quanto a papai.

Abri a boca pra falar, mesmo sem a resposta exata! Mas Justin me cortou.

– Sr. Davenport, é exatamente isso aonde eu venho querendo chegar – começou Justin, num tom sereno. – A sua permissão para namorar a sua filha. Melanie é uma ótima garota. E se o senhor aprovar que ela seja a minha garota, prometo lhe fazer feliz assim como ela tem me feito nos últimos dias – um esboço de sorriso se formou nos lábios de Justin.

Notei que Justin estava mesmo falando muito serio, pois era uma das poucas vezes que ele falava meu nome corretamente.

Fiquei imóvel. De repente, tudo também pareceu paralisado.

– Justin – papai nos olhou pelo retrovisor e pronunciou cada palavra cuidadosamente –, quando Melanie nasceu – ele fez uma pausa –, eu fiquei sem coragem de segura-la por medo de deixá-la cair. Então peço-lhe que tenha o mesmo cuidado de mante-la segura em seus braços. Então, não quebre seu coração.

O pedido de papai me comoveu. Ele pareceu meu pai mais do que qualquer outro dia havia parecido. Acho quanto eu, quanto á Justin entendeu o pedido como um “sim”.

– Não vou deixar Melanie cair, senhor – prometeu Justin.

Sorri bobo para Justin. Ele retribuiu o sorriso.

As coisas continuavam paralisadas, percebi que o carro não se movia mais sob nós.

– Nós chegamos? – perguntei em vão, papai não estava mais no carro.

Justin abriu a porta e á manteu aberta pra mim.

Olhei em volta procurando saber onde estávamos. Arcos coloridos cobriam o nome “Karaokê”, o local parecia badalado e uma voz desafinada vinha de lá de dentro, que só piorou quando entramos.

Justin riu. Tentei sorrir também, mas parecia que eu estava prestes a começar a chorar.

Havia um palco mais pra frente com um telão atrás do “cantor improfissional” para que as pessoas pudessem visualizar a letra da musica e um monitor para que o próprio “cantor” pudesse ver. A maior concentração de luz era no palco ficando mais baixa na platéia, o que nós ajudou á passamos despercebidos para irmos para uma mesa na parte lateral do palco, bem, por pouco... Tropecei em um dos fios enquanto seguíamos o que chamou um pouco atenção por onde passávamos, esperei uma explosão no palco ou algo assim, mas ainda bem, nada aconteceu.

– Deus do céu! – exclamei quando escorreguei para o banco. – Não tinha nenhum lugar pior pra nós levar não, papai? – reclamei sem fôlego.

– Qual é Milers?! Não é tão ruim assim – defendeu Justin sorrindo divertido.

Bufei.

– Não se preocupa Justin, ela que é um pouco anti-diversão – disse papai para Justin.

Justin riu.

Meus tímpanos doeram por causa da voz desafinada da pessoa que cantava “I Will Always Love You”. Ai meus ouvidos...

– Ei, Justin! Você bem que podia subir lá! – sugeriu papai minutos depois.

– Não mesmo! – protestei rapidamente.

Justin sorriu com a idéia.

– Garanto que é divertido! Já fiz isso centena de vezes! – encorajou papai.

– Não me parece uma má ideia!

– Ai Deus! Será que eu sou a única adulta aqui? – disse.

Com Certeza eu era. Frequentemente as repreensões dos adultos eram ignoradas... Comigo não era diferente.

Mal acabou a ultima musica cantada, assim que a pessoa que ocupava o palco saiu, Justin invadiu o palco pela parte lateral, provavelmente cortando a vez de alguém. Pegou e o microfone e deu batidinhas na parte central, o mesmo chiou fazendo a platéia se silenciar surpreendida e voltar-se para ele.

– Oi – disse ele descontraindo. Ouviram-se risadinhas na platéia. – Provavelmente vou pagar por isso depois. – Ele olhou pra mim sorrindo.

Ele não estava falando do karaokê.

– Ai não! – Deixei a cabeça tombar nas mãos.

De repente os acordes de uma música que eu conhecia muito bem me fizeram levantar a cabeça espantada. Justin não podia fazer isso, não podia cantar Baby Blue Eyes. Não ali pra todo mundo.

Notei que as pessoas começaram a filmar com seus celulares e câmeras quando Justin começou a cantar os primeiros versos da música me fitando, sua voz era perfeita e rouca. Corei de vergonha pois se sua atenção estava voltada para mim, a lentes das câmeras também.

And I may feel like a fool, but I'm the only one, dancin with you – cantou ele e sorriu pra mim. Não pude deixar de sorrir também.

A musica continuou e Justin também. A platéia começou a acompanhar com palmas.

She wears heels and she always falls... – cantou ele sorrindo. Ri também lembrando automaticamente do dia em fugimos daquela festa e eu torci o pé por conseqüência do salto. – Don't let her think she's a know-it-all… – continuou.

Provavelmente aquilo era MUITO DIVERTIDO pois papai gargalhou ao meu lado.

When she talks, she somehow creeps into my dreams. – Cantou ele o ultimo verso e a platéia aplaudiu.

Justin desceu pela parte lateral do palco veio até mim e me abraçou, obrigando-me a levantar para abraçá-lo também. Enterrei meu rosto no ombro de Justin enquanto o fazia.

Aquela era praticamente uma oficialização do nosso namoro, não só para papai, mas – daqui algumas horas – para o mundo inteiro.



– Não acredito que você aprendeu aquela música apenas para cantá-la para mim – disse esfuziante instante depois de sairmos do karaokê.

Justin apertou minha mão que ele insistira em segurar publicamente.

– Você disse que gostava da música... – Ele deu os ombros. – E essa pareceu a ocasião perfeita para cantá-la.

Ri e beijei sua bochecha, logo em seguida entramos no carro.

– Baby, baby blue eyes... – cantou papai propositalmente dando partida no carro.

Suspirei. Justin riu ao meu lado.



– Foi um prazer conhecê-lo, senhor. – Justin disse a papai quando chegamos. Os dois trocaram um aperto de mãos.

– O prazer foi meu – disse papai. – Melanie, não demore muito – avisou papai.

Assenti e esperei ele entrar para virar-me para Justin. Eu joguei os braços em torno do seu pescoço.

– Nos vemos amanhã? – perguntou Justin envolvendo minha cintura.

– Claro! – confirmei com um sorriso.

Seus lábios se tocaram nos meus.

– Eu te amo tanto – ele disse quando nossos lábios se separaram.

– Eu também te amo – sorri.

O carro de Justin estava no mesmo lugar onde ele havia deixado antes, ele entrou e deu partida. Vi seu carro sumi na escuridão e entrei.

– Mais que noite hein... – comentou papai, ele estava parado ao pé da escada.

– Nem me fale! – Fui até ele. – Estou morta de cansaço – e bocejei. – Já vou subir. Boa noite.

Papai me deu um beijo na bochecha.

– Boa noite querida.

Subi para o meu quarto, já tirando os tênis pretendendo dormi assim mesmo, mas o celular esquecido na escrivaninha vibrou impaciente.

“Mamãe chamando” Li no visor.

– Alô? – disse.

– Melanie? É a mamãe querida – informou mamãe, a voz cautelosa do outro lado da linha.

– Ah, oi, mãe – disse desanimada pelo cansaço.

– Como estão as coisas ai em Nova York? Seu pai?

– Está tudo ótimo aqui – respondi.

– Não está com saudades de sua querida mãe? – brincou ela.

– Nenhum pouquinho – tentei brincar também, mas soou muito como uma mentira. Não estava mesmo com saudades, eu estava gostando de Nova York e o que encontrava nela.

– Não seja boba – ela riu. – Quando comprará suas passagens? – ela disse esfuziante.

– Passagens? – repeti confusa.

– Querida, sei que está gostando de Nova York, mas precisa voltar pra casa, você tem uma vida aqui, escola e...

– Espera ai, mãe! – interrompi. – Não preciso voltar pra casa agora, eu ainda tenho algumas semanas – disse alterando o tom de voz, importunada. – Não é? – insisti, quando não houve resposta dela.

– Só achei que fosse melhor voltar para casa logo, adiantar as coisas. – Ela estava cautelosa novamente.

Voltar pra casa, às palavras se repetiu varias vezes em minha mente. Senti o sangue fugir do meu rosto, o aperto no coração surgiu repentinamente, meu estomago oscilou.

– Eu ainda tenho algumas semanas, mamãe – lembrei-a, minha voz não passou de um sussurro.

– Não precisa voltar agora, tudo bem?

– Ta, preciso desligar. Tchau – e desliguei sem esperar uma resposta em choque.

Semana... Era apenas isso que eu tinha agora.

Sentei-me na cama. Era como um choque de realidade. De volta de um sonho... Ou melhor do fim dele.



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Notas finais do capítulo

REVIEWS? Mesmo depois de tanto tempo? k Até o próximo!