- Já estava com saudades. – ele disse dando um beijo em meu ombro.

Suspirei aliviada ao constatar que quem me abraçava era Stefan. Virei em sua direção o abraçando carinhosamente.

- Vamos ter muito tempo para matar a saudade. – eu disse esboçando um sorriso levemente malicioso.

Stefan sorriu da mesma forma envolvendo seus braços ao redor de minha cintura me puxando mais para si e então levou seus lábios até os meus beijando-me apaixonadamente.

- Que tal jantarmos naquele restaurante que você adora? Depois podemos ir para o seu apartamento... – ele falou dando-me um selinho. – E o resto você já sabe. – sussurrou em meu ouvido e depois soltou uma gargalhada.

- Eu acabei de comer. – falei desapontada lembrando que eu acabara de levantar da mesa.

- Então podemos pular para a próxima etapa, hm? – ele sorriu divertido.

- Você precisa comer. – avisei segurando sua mão e caminhando em direção à sala de jantar e ele pareceu desapontado por isso.

- Olá irmãozinho. – Damon apareceu escorado na porta da copa com as mãos nos bolsos e um sorriso debochado nos lábios.

- Não esperava vê-lo por aqui tão cedo. – Stefan comentou arqueando as sobrancelhas.

- Os ensaios não começam amanhã pela manhã? – o moreno lembrou.

- Exato. – Stefan confirmou e o irmão apenas sorriu.

- Vamos logo amor. – pedi puxando meu noivo pela mão.

Passei por Damon sem olhar e sentei ao lado de Stefan apenas para acompanhá-lo já que eu estava sem fome.

O tempo passou voando enquanto conversamos sobre o casamento e todas as nossas atividades do dia. Notei que já eram quase dez horas da noite e realmente passar a noite ali estava fora de cogitação. Não porque algo me impedisse, se dependesse de Eliza ela faria questão que eu passasse a noite em sua casa, mas a verdade é que eu sabia que precisávamos estar até as nove da manhã no clube onde a festa aconteceria para ensaiarmos e se eu ficasse com Stefan esta noite provavelmente dormir a noite toda era a última coisa que faríamos.

- Eu preciso ir Stef. – seu sorriso sumiu e eu cogitei a ideia de retirar o que eu disse e ver o seu sorriso em seus lábios outra vez, mas resisti.

- Fique aqui Elena. – ele pediu segurando minha mão quando tentei me levantar.

- Amanhã o dia será cansativo, precisamos descansar e você sabe que se eu ficar estaremos longe de qualquer descanso. – eu ri e ele me acompanhou.

- Você está certa. – concordou levantando-se da mesa como eu.

- Obrigada. – segurei seu rosto entre minhas mãos e lhe dei um beijo demorado. – Boa noite. – me despedi seguindo até a porta da frente.

- Quer que eu a leve ate em casa? – ele perguntou.

- Não, meu motorista está aí fora. – sorri dando-lhe um beijo rápido.

- Durma bem. – ele sorriu segurando minha mão e me puxando para dentro da casa novamente.

- Você também. – ri de sua atitude desvencilhando-me de seu leve aperto.

Saí da casa entrando no meu carro e segui com o meu motorista até o edifício onde recentemente morava.

Eu havia saído há três anos da casa dos meus pais. Minha avó deixara uma herança de alto valor no meu nome e assim que completei dezoito anos eu pude ter acesso a todo o dinheiro deixado e fazer com ele o que eu bem quisesse. Minha família sempre pertenceu à classe alta, mas nem por isso fui criada com mimos. Meus pais me educaram bem o suficiente para saber me comportar diante de várias situações. Nunca gostei de exageros e luxos, deve ser porque cresci em meio a eles.

Com a fortuna de minha avó comprei um apartamento na cobertura de um edifício no centro de Nova Iorque. Confesso que era mais luxuoso do que eu esperava, mas o negócio estava feito e eu estava adorando a nova moradia.

Comecei fazendo faculdade de direito aos dezoito anos e foi lá que conheci Stefan. Porém percebi que jornalismo tinha muito mais a ver comigo e acabei desistindo do curso de direito, mas não de Stefan. Consegui entrar no curso de jornalismo, mas dois anos depois desisti.

Atualmente com vinte e um anos quase completos estou prestes a me casar com Stefan Salvatore. O loiro mais lindo, romântico, carinhoso, educado e inteligente que já conheci. E definitivamente aquele com o qual eu não tinha dúvidas de que queria passar o resto da minha vida.

Entrei no meu apartamento e o encontrei ainda no mesmo estado bagunçado que eu havia deixado pela manhã. Não acredito que a empregada resolveu faltar hoje de novo. Revirei os olhos diante da conclusão juntando alguns copos e pratos que estavam sobre o balcão central da cozinha e os colocando na pia.

- Srta. Salvatore não será uma boa dona de casa. – ouvi uma voz logo atrás de mim.

Meu sangue pareceu parar de correr pelas minhas veias por um instante e a primeira coisa que pensei foi gritar até que o meu último vizinho ouvisse. Mas quando abri a boca a voz sumiu assim como a coragem de virar para trás e encarar a pessoa que aparentemente eu não conhecia.