Escolhas escrita por yellowizz


Capítulo 15
Capítulo 14 - Fingindo


Notas iniciais do capítulo

O nome sugere muitas coisas. HAHAHAHA Boa leitura. :D



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Elena Gilbert

O grande dia chegara e, devido ao meu falso mal estar, tivemos que levar o juiz até o altar para que assinássemos os papéis já que ele teria apenas o sábado disponível. Eu só estava torcendo para que conseguisse escapar mais uma vez na hora de assinar aquele documento ou estaria tudo acabado.

Eu admirava meu reflexo no espelho com um sorriso triste. Eu deveria estar feliz como todas as noivas no dia tão esperado, mas eu não conseguia. Como poderia estar contente no dia que me casaria com o homem que me enganou e ainda tentava me enganar por tanto tempo? Eu queria sair correndo dali, mas para onde? Para quem? Não, para Damon não.

Ele estava tão certo sobre tudo, por que eu tinha que ter confiado na sua palavra somente quando vi diante dos meus próprios olhos o que estava acontecendo? Eu não confiava em Damon, mas também não deixei de desconfiar de Stefan.

Meu cabelo já estava pronto, eu havia há pouco chegado do salão. Ele estava preso no alto da cabeça e seu comprimento enrolado até as costas. Não carregava véu algum, apenas uma tiara de prata que o prendia.

Sara estava me ajudando com o vestido e parecia maravilhada com o que via. Não parava de comentar como eu estava linda, que orgulho ela tinha de estar vendo-me casar. Felizmente ela não havia notado a minha expressão desanimada, e mesmo se notasse eu diria que estava apenas nervosa.

Desde o dia em que eu aparentemente desmaiei no escritório eu tentava ao máximo fingir que estava tudo bem entre eu e Stefan, mas a única pessoa que logicamente não acreditava nisso era o seu irmão. Cada vez que me encontrava sozinha, Damon tentava tirar alguma informação sobre o casamento já que eu havia dito que casaria mesmo depois de saber de tudo. Claro que ele desconfiava que eu faria alguma coisa nesses três dias, mas quando sábado chegou e os preparativos continuaram como deveriam, ele pareceu estar muito decepcionado comigo. Seu olhar reprovador não dizia o contrário. Eliza não havia deixado ninguém me ver além dela e de Sara desde que entrei neste quarto. Não contrariei a sua atitude, seria melhor para eu estar distante dos dois irmãos Salvatores ou tudo se tornaria mais difícil ainda.

- Você está divina Elena. – Sara repetia pela terceira vez.

Eu apenas ri baixo mais uma vez passando as mãos pelo vestido feito por Baudeigne.

- Querida! – ouvi uma voz conhecida me chamar.

Segurei minhas lágrimas para não borrar a maquiagem assim que vi a figura de minha mãe atravessar a porta recentemente aberta e caminhar em minha direção. Ela me abraçou carinhosamente e eu não consegui dizer uma só palavra. Eu adorava a sua presença, a ideia de tê-la ali do meu lado me deixava segura, mais forte. Ela estava ali e eu podia sentir que tudo ficaria bem agora.

- Não chore. Não chore. – ela repetia abanando meus olhos depois que nos separamos.

Eu ri de sua atitude e ela me acompanhou. Segurando sua mão afetuosamente coloquei-a sobre meu rosto e ela pareceu preocupada.

- O que está acontecendo? – suas mãos seguiram para o meu rosto fazendo-me encará-la.

Eu não conseguiria mentir, não para ela. Minha mãe me conhecia mais do que a si mesma e nós duas sabíamos disso. Mas como contar?

- Eu só estou nervosa. – menti.

Doía saber que eu estava escondendo a verdade de minha própria mãe. Claro que ela não acreditara, sua expressão curiosa me dizia que não, mas felizmente Eliza entrou no quarto interrompendo qualquer coisa que ela pretendesse perguntar.

- O carro já está a esperando querida. – Elizabeth sorriu anunciando. Ela estava mais empolgada que todos na casa.

Sorri em resposta e voltei a olhar para minha mãe que parecia ainda querer continuar a conversa. Segui para fora do quarto antes que eu tivesse que esconder mais alguma coisa enquanto minha sogra me entregava o meu buquê de rosas em tons rosados.

Como Eliza havia falado um carro me esperava na porta da casa e eu quase corri para o banco de trás para não correr o risco de desistir de tudo ali mesmo. A porta do veículo foi fechada e pelo vidro eu via o olhar orgulhoso das três mulheres direcionado a mim enquanto eu agradecia mentalmente pelo vidro escurecido permitir que eu parasse de sorrir falsamente.

Seguíamos pelas ruas da cidade, a igreja onde a celebração aconteceria não era perto, mas estranhei o fato de termos saído cedo demais de casa. Eu queria chegar o mais rápido que pudesse, assim não teria muito tempo para pensar sobre o que estava fazendo.

Eu estava olhando pela janela, admirando toda a paisagem que parecia querer fugir dos meus olhos enquanto o carro seguia seu caminho. Mas uma coisa me intrigava, o trajeto que fazíamos era diferente das outras vezes em que fomos a esta igreja. Então eu percebi que o veículo seguia por um caminho contrário ao que deveríamos fazer.

Um rápido arrepio subiu pela minha espinha e eu sentia meu coração bater rápido demais, eu estava desesperada.

- Com licença, para onde estamos indo? – perguntei batendo levemente no ombro do motorista.

- Logo saberá Srta. Gilbert. – ele disse sem tirar os olhos da direção.

- Pare este carro agora! – gritei.

- Fique quieta Elena. – a voz pareceu mais firme e eu arregalei os olhos ao notar que eu a conhecia.

Oh meu Deus! Eu não acreditava no que via. Minha voz havia sumido me impedindo de gritar ou protestar alguma coisa a ele. Damon estava ali fingindo ser o motorista. O carro parou em frente a uma pequena casa provavelmente longe do centro da cidade já que eu não conseguia ver nenhum resquício de movimentação por ali exceto um outro carro parado muito próximo de nós.

- Desculpe assustá-la. – Damon retirou os óculos escuros e piscou como sempre fazia. Seu sorriso de canto ali, impecável e tão lindo.

Eu ainda estava pasma e meu coração parecia querer sair de meu peito. Eu queria poder controlar o que eu estava sentindo, mas era mais forte que eu. E horrível. Precisava me acalmar e falar algo plausível, mas eu não conseguia. O ar pareceu faltar de meus pulmões assim que vi a porta ao meu lado abrir-se.

- Desça. – ele pediu.

- Por favor. – supliquei, mas eu não sabia pelo quê estava pedindo.

Damon estendeu a sua mão em minha direção e um pouco hesitante segurei-a. O toque sutil fez com que aquela típica sensação de borboletas se agitando em seu estômago começasse. Desci do carro e seguimos para a pequena, mas bonita casa que estava ali.

Eu não sabia se tinha feito a escolha certa ao pegar a sua mão, mas de uma coisa eu tinha certeza: Damon parecia estar planejando algo.


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Notas finais do capítulo

E então, Elena fez a escolha certa em pegar a mão dele? O que Damon está aprontando? HAHAHA Respostas só no próximo! Beijinhos.