Escolhas escrita por yellowizz


Capítulo 12
Capítulo 12 - Resistindo


Notas iniciais do capítulo

Outch, o nome pegou não é? HAHA Mas espero que não os assustem. Há um link neste capítulo, podem clicar sem medo, HAHA. Boa leitura. :)



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Fazia duas semanas desde o ocorrido da casa de campo. Nossas rotinas tinham aparentemente voltado ao normal. Damon e eu trocávamos algumas palavras somente quando nos víamos pela casa já que eu passava mais tempo ali do que no meu próprio apartamento. Eu não fazia questão de ter algum tipo de conversa com ele, porque eu tinha medo de que terminasse como naquele dia.

Meu relacionamento com Stefan estava ótimo, pelo menos da parte dele. Eu me sentia horrível por vê-lo sorrir e me beijar apaixonadamente como sempre fazia sem nem desconfiar do que eu e Damon havíamos feito. Eu era uma covarde por esconder dele o que houve, mas tudo estaria acabado se eu contasse. A melhor coisa a se fazer era fingir que nada tinha acontecido. Esconder de mim mesma a vontade de repetir cada mínimo detalhe. Droga! Eu precisava esquecer isso. Mas eu não queria e me sentia uma estúpida por ter sido traída pelos meus próprios sentimentos.

Eu, Elena Gilbert, sempre tão decidida e segura, estava agora observando a imagem de uma garota confusa e preocupada no espelho. Por que ele tinha que aparecer e mudar a minha mente dessa forma? Por que ele tinha que ser tão irresistível? O que há comigo? Eu havia correspondido ao beijo! E a pior parte disso é que eu não me arrependia.

Eu deveria ter ido há uma semana ao ateliê experimentar o meu vestido, mas com tudo o que aconteceu acabei esquecendo. Sabia que Baudeigne estaria furioso comigo, mas teria que ouvir calada já que a errada era eu.

Caminhei para o interior do ateliê e encontrei o estilista francês tirando medidas de uma outra mulher e sentei-me em uma das poltronas azuis do lugar.

– Está atrasada em uma semana Srta. Gilbert. – ele lembrou sem tirar os olhos da futura noiva que estava sobre o tablado.

Eu soltei um risinho baixo e, depois de dispensar a cliente, ele me chamou para dentro de um quarto. Caminhamos em silêncio e assim que entramos meus olhos provavelmente estavam mais brilhantes do que nunca.

– O que achou? – ele sorriu apontando para o vestido.

– Maravilhoso! – confessei passando levemente a mão sobre os detalhes do corpo da peça.

– Agora vamos logo vestir isso e torcer para que esteja tudo certo. – ele sorriu saindo do quarto permitindo que eu vestisse sozinha.

Saí do cômodo seguindo para o tablado na frente do espelho enquanto Baudeigne me ajudava a fechar o vestido.

– Bau, é lindo!

O vestido era todo branco como manda a tradição, longo e com volume na parte de baixo. Haviam detalhes em cada canto da peça, era realmente maravilhoso.

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Eu estava admirando a minha imagem no espelho e reconheci pelo reflexo uma figura que eu bem conhecia adentrar o lugar.

– Uau! – ele disse e eu virei em sua direção.

Damon não tirava seus olhos de mim e por um momento quis perceber que havia um brilho diferente neles. Estava lindo como sempre. Estúpida, pare de pensar nisso! Obriguei a mim mesma interromper tais pensamentos.

– Não, não, não, não. O noivo só pode ver a noiva no dia do casamento! – Baudeigne disse.

Nós desatamos a rir deixando o estilista um pouco confuso. Voltei a recompor-me esclarecendo a ele o ocorrido.

– Damon não é meu noivo. – sorri sem graça imaginando o que o francês estaria pensando sobre isso.

– Não? – ele tentou mais uma vez olhando para mim e para o moreno sucessivamente.

– É minha futura cunhada. – Damon disse sorrindo e caminhando em minha direção.

– Bau, pode nos deixar conversar um momento? – pedi.

Baudeigne assentiu rindo baixinho e saindo do lugar. Permaneci sobre o tablado observando Damon perdido em seus pensamentos.

– Como sabia que eu estava aqui? – perguntei quebrando o silêncio.

– Ouvi minha mãe comentando. – ele disse simplesmente.

– E então? – continuei. Estava realmente curiosa para saber o que ele fazia ali.

– Stefan fará você assinar os papéis na semana que vem. – Damon colocou suas mãos no bolso da calça com sua face tomada de seriedade.

– Esse assunto de novo? – revirei os olhos.

– Eu desisto Elena. – ele bufou. – Acredite no que quiser. Só espero que saiba o que está fazendo.

– Eu sei o que eu quero. – sibilei irritada pelo modo que ele falava comigo, como se quisesse mandar na minha vida.

– Mentira. – ele apontou e eu não consegui manter meus olhos sobre os seus sabendo que estava certo.

– Pare de falar como se me conhecesse Damon! – controlei minha voz para que não houvesse escândalo, mas a minha vontade era de gritar até a minha garganta doer. Eu estava furiosa, não sei se com ele ou comigo mesma por tentar me convencer de uma mentira.

Vendo-me agora vestida de noiva, parecia que algo faltava para a minha felicidade ser completa. Faltava acreditar em tudo aquilo estava acontecendo. Mas ainda mais o que me deixava insegura era o fato de que eu desconfiava de Stefan como nunca havia feito.

– Pare de tentar mentir para você mesma. – ele aproximou-se segurando meu rosto entre suas mãos a fim de me fazer encará-lo. – Eu sei que você está confusa. Posso ver em seus olhos Elena.

– Saia daqui Damon, vá embora. Você não sabe de nada. – empurrei-o inutilmente.

Era cruel a maneira com que seus olhos pareciam enxergar a minha alma. Por que ele tinha que fazer isso? Damon estava estupidamente certo e era uma idiota por tentar enganar a mim mesma. Eu estava fingindo estar tudo bem, estar muito certa de tudo, mas era tudo fingimento. Eu amava Stefan, mas queria Damon.

Ele agarrou os meus braços assim que tentei afastá-lo de mim. Arregalei os olhos surpresa com a proximidade em que ele nos havia colocado.

– Pare com isso, por favor. – pedi com a voz baixa.

– Não posso. – ele disse quase num sussurro.

Então me beijou. Eu não podia corresponder, não dessa vez. Era errado demais. Me sentia como a garota mais asquerosa de todas por estar ali experimentando o vestido do meu casamento e sendo beijada pelo meu futuro cunhado. Bati em seu peito o quanto pude, mas o movimento o fez segurar-me agora pelos pulsos impedindo-me de sair de seu aperto. Só quando desviei meu rosto consegui a sua atenção. Seus olhos azuis me fitando sem me soltar. Eu não conseguia encará-lo e nem sabia o que dizer.

Ele separou-se de mim e me deu as costas passando a mão pelos cabelos em sinal de frustração. Eu sabia que o tinha deixado bravo por não corresponder, mas por mais que quisesse, eu não podia.

– Não faça isso com você mesma. – ele disse virando-se para mim.

Eu queria socá-lo por me fazer pensar em desistir de tudo duas semanas antes, mas eu não conseguia, porque eu sabia que ele estava certo. Eu sabia que eu estava insegura e isso me assustava.

– Eu não posso desistir. E você está querendo que eu faça isso. – minha voz saiu um pouco mais alta que o normal.

Damon voltou a ficar próximo demais de mim segurando meus pulsos novamente, seus olhos não desviavam dos meus e por uma fração de segundos senti como se ele pudesse ler meus pensamentos.

– Eu quero que você abra os olhos Elena. – ele disse firme.

– Obrigada pela preocupação. – ri sem humor.

Suas sobrancelhas de curvaram em sinal de irritação e eu senti que naquele momento a conversa estaria encerrada. Afastei-me dele e segui para onde Baudeigne havia ido na intenção de chamá-lo. Damon caminhou para a saída do ateliê, mas antes de ir embora ainda deu uma rápida olhada em minha direção.

– Seja esperta e leia os documentos antes de assinar. – ele disse e então continuou seu caminho rumo à saída.

Se era isso que ele queria, então eu faria. E provaria a Damon o quão errado ele estava, ou pelo menos o quão errado eu esperava que ele estivesse.


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Notas finais do capítulo

Desculpem a péssima formatação e alguns possíveis erros ortográficos. Espero que tenham gostado e - por favor - leitoras fantasmas, comentem. HAHA Agradeço a todos os meus leitores e quero dizer que estou muito feliz com todas as reviews recebidas, leio todas e as adoro! *-* Continuem acompanhando, muitas surpresas ainda virão. Beijinhos.