Ás vezes você perdoa as pessoas,

Simplesmente por que

Você ainda as quer em sua vida.

Autor: Desconhecido

Já era á noite, Sara preparava algo no microondas, nunca aprenderia cozinhar, não puxou muito bem os dotes da família na cozinha.

- Sara, minha querida, estou indo para o hospital, um amigo meu teve que viajar urgentemente e não podia adiar a viajem, por isso vou ter que cobrir o plantão dele – Maggie falou descendo as escadas apressada com o jaleco branco no ombro e a maleta na mão.

- Amigo, sei – Sara respondeu sentando na cadeira da mesa de mármore.

- Ei, senhorita, cuidado com que fala mocinha, ou um mês sem celular – falou Maggie se fingindo de série.

As duas caíram na risada.

- Para de se fingir de adulta responsável, porque comigo não cola viu.

- Ok, ambas sabemos que não sou boa nisso, mas por favor só te peço um favor, não bote fogo na casa tentando cozinhar, então para evitar de morarmos debaixo da ponte, vai no armário de cima e faça um miojo, é tão mais prático.

- Tudo bem Maggie, prometo ficar longe do fogão.

- Então, já vou indo, tchauzinho querida – Maggie falou indo até a afilhada e beijado sua bochecha.

- Tchau madrinha.

Sara ouviu o carro de Maggie saindo, e soltou um muxoxo, estava entediada, logo após ouviu o bip do microondas declarando que a pizza de ontem estava pronta, experimentou um pedaço, e mesmo requentada ainda parecia papelão. Ouviu a campainha tocar correu para atender, dando de cara com logo quem?

- O que você esta fazendo aqui demônio? – Sara falou mal humorada.

- Quanto amor – disse irônico - Aproveitando que sua madrinha já me convidou para entrar uma vez aqui, vim te fazer uma visita.

Sara olhou confusa.

- Você não merece minha educação, o fato de você não passar de um egoísta e mesquinho contribui para essa atitude.

- Ah... Por favor, Sara não seja teimosa apenas escute o que tenho a dizer.

- E porque eu deveria ouvir você? – Sara falou se escorando na porta.

- Por que quero que saiba meus motivos para agir assim – Damon sussurrou abaixando a cabeça.

- Ok entre – ela falou dando espaço para ele entrar.

- Obrigada.

Ele entrou na casa olhando cada canto, estava tão interessado na garota, que cada gesto que ela fazia ele ficava maravilhado.

Damon entrou na cozinha, indo até a mesa, vendo a caixa de pizza, pegou um pedaço na mão e balançou no ar.

- O quê? Se quiser pode comer, você está aqui mesmo, e não sou má pessoa – Sara falou sentando-se à mesa.

- Já se tocou que isso parece papelão mergulhado em molho de tomate vencido, certo?

- E o que você entende do assunto pandemônio? – Sara falou em desafio.

- Primeiro, entendo muito,  io sono italiano, e segundo esses apelidos estão ficando ridículos.

- Vai se acostumando.

- Vou te dizer o que tenho a dizer, e depois faço pra você uma refeição digna, o que acha? – ele propôs.

- Por mim tudo bem, desde que você cumpra pelo menos a ultima parte do trato, ta ótimo.

Ele riu, os dois se sentaram no sofá.

- Sou toda ouvidos – Sara falou.

Damon se mexeu no sofá se confortando, dando sinal que á história era longa.

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- Bem é isso – ele disse, após conta quase um século inteiro de vida, claro que deixou algumas partes de fora, partes desnecessárias, mas não deixou de falar sobre os constantes triângulos amorosos de sua vida.

- Você disse que eu fazia você lembrar-se de alguém, você mencionou esse alguém alguma vez nessa história que você contou? – ela falou calma e paciente, depois que Damon contou sua história ela ficou desarmada totalmente.

- Não, não mencionei, é algo meio complicado do tempo de obsessão por Katherine – ele falou.

- Ok, não vou obrigar você a falar nada – Sara se levantou indo até a cozinha, enquanto ele á seguia – a propósito, já fui traída também, por alguém que eu amei muito, foi justamente no dia em que ocorreu o acidente que matou meus pais.

Ela se escorou na mesa apoiando o corpo com as mãos e olhou para o chão sentindo um nó em sua garganta, enquanto seus olhos ardiam, Damon passou seu braço arredor dos ombros dela, não com intenção de conquistá-la ou com malicia, apenas sentia a necessidade de proteger alguém que já fora maltratada demais.

- Eu realmente sinto muito Sara – Damon falou sincero.

- Obrigada Damon – Sara disse olhando Damon nos olhos - no fundo você é uma boa pessoa, na verdade você é uma boa pessoa, só que o seu passado está estrangulando ela.

Ele deu um sorriso do qual veio espontaneamente, quase tão fácil quanto respirar.

- Então estou perdoado? – ele perguntou.

- Sim – ela respondeu – Ma... E aí, e aquela refeição digna que você tava falando.

- Ah... Sim, tem toda razão.

Ela se sentou rindo de como ele ficou engraçado com um guardanapo de pano florido no ombro.

- Me surpreenda – Sara falou.

*1hora depois*

- Ainda gosta de Elena? – Sara perguntou quando Damon se se sentou à mesa, ele tinha feito uma macarronada, e um filé, e ambos estavam ao fogo, enquanto Sara com uma colher raspava uma tigela onde fora feito o molho de tomate, que julgara como o melhor que já comera.

- Depende do gostar – ele falou a olhando.

- Você entendeu – Sara falou sem tirar os olhos da tigela.

- Digamos que gosto dela a partir de agora como uma cunhada, quase irmã, se não fosse por ela querer todo santo dia enfiar uma estaca no peito nossa relação seria quase paternal.

- Você faz por merecer – ela riu – pelo dia em que eu estive lá você e seu irmão não se dão muito bem.

- Não nos damos muito bem? Tenho certeza que um gato e um rato se dariam melhor.

- E eu presumo que você seja o gato – Sara falou levantando uma sobrancelha divertida.

- Como adivinhou???

Ela riu, Damon a fitou ouvindo a doçura da risada da garota com um sorriso de canto bobo.

- Opa, acho que minha macarronada está pronta – Damon falou pegando um par de luvas e tirou a panela do fogo colocando em cima da pia.

- Você realmente é uma cozinheira de mão cheia Damon.

- Em questão de algumas horas passei de demônio para cozinheira, sinto que o apocalipse está cada vez mais perto – Damon disse divertido.

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- Hum...- Sara falou apontando com o garfo para seu prato – Está delicioso! Achei que estava brincando quando disse que sabia cozinhar.

- Ei, minha mãe morreu cedo tive que aprender a me virar, e fora que faz parte do charme.

- Está delicioso, se ficar melhor estraga – tentou mudar de assunto - vampiros comem comida normal?

- Claro, só pra constar, não sou um vampiro de crepúsculo, então aquele lance da purpurina, não rola.

Damon se sentou à mesa se servindo.

- Está tudo tão divertido e legal, mas tenho que dormi já são quase uma hora da madrugada – Sara falou bocejando.

- Tem razão hora de dormir, eu nunca me divertir tanto quanto hoje.

Assim que terminaram Damon ajudou Sara a organizar tudo no lugar.

- Boa noite Sara – Damon falou enquanto saia, e a surpreendeu com um beijo na bochecha.

- Boa noite Damon – ela sussurrou enquanto o via saindo.

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Damon entrou em casa sorrindo e satisfeito com seu dia, aquela garota era incrível, ele pensou. Ele teve um ótimo dia com ela, mas ele não sabia o que sentia, queria protegê-la porque ela sofreu demais para uma garota nova como ela, ao mesmo tempo ser amigo não parecia ser o bastante, porque tudo era confuso?

- Onde estava? – Stefan falou calmo de braços cruzados, tirando Damon de seus devaneios.

- Ah... Então é de você que sua namorada tira os bons modos dela, é bom saber, porque se ela for mal educada posso culpa e bater em você.

- Damon, responda a pergunta, por favor.

- Tive que resolver problemas, então não abuse da minha paciência ok? Mas obrigada pela preocupação.

- Você está estranho, parece mais feliz, olhos brilhando...

- Stefan você está louco – Damon falou debochado.