Acordo Selado escrita por Ayame Tsukinoki


Capítulo 2
Seu mordomo, Malvado.




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Ciel ainda olhava na direção da janela do quarto, pensava e pensava. Chegou a conclusão que talvez a morte que sofreria antes teria sido melhor negócio do que fazer aquele pacto com aquele ser sinistro. Ironicamente, o homem de uniforme abriu a porta o que fez o pequeno menino assustar-se.

- O que é isso, Sebastian!? Me assustou! Já ordenei que bata na porta antes e bem baixo!
- Yes, my lord.

O mordomo ficou um tempo olhando-o, o menino fazia o mesmo. O silêncio se fez presente ali por alguns minutos ate que o mais velho comentou:

- Arrependido?

Aquela pergunta o pegou desprevinido, o garoto corou e abaixou o olhar, a impressão que dava era que sua testa suava bem de leve. Pareceu engolir em seco, Sebastian ainda o fitava com uma expressão rude na face.

- Hum. Agora é tarde, my lord.

Inclinou-se para a frente, um sorriso escondido pela franja esboçou-se em seus lábios.

- Cretino! Cale-se e me sirva! Não serve nem mais para isso!? Anda! O que tenho que fazer hoje?!

Pretendia se levantar da cama, estava nitidamente agitado, tenso, sentiu as pernas falharem, seu corpo começou a cair para um dos lados, o de preto correu e segurou-o cuidadosamente. Suas faces estavam próximas, Ciel o fitava, Sebastian também. O sorriso do mais velho sumira, estava sério, assim como o pequeno jovem.

- Obrigado. Você merece me devorar depois, é realmente eficiente.
- ...

Ciel se distanciou dele e se sentou na cama, o de preto ainda estava ajoelhado ali, próximo dele, calado, apenas o observava.

- O que está olhando? Quero a torta alemã.

Michaelis finalmente se reegueu, aproximou-se do carrinho com as tortas e parecia cortá-la sem muito interesse. Ciel o olhava, estranhando, ele parecia diferente.

- Não sou só eu que estou arrependido, Sebastian?

A pronúncia de seu nome o fez encarar o menino, seus olhos estavam discretamente mais arregalados do que o normal. O mais alto sorriu gentilmente e consentiu com a cabeça. Ciel franziu o celho.

- O QUE FOI, MINHA ALMA NÃO PARECE MAIS APETITOSA, É?

Falou literalmente agitado, levantou-se e empurrou aquele homem.

- MALDITO!

Sebastian o puxou para si, Ciel lhe dava murros, socos, tentava se desvencilhar de seus braços. Michaelis o pegou nos braços, o pequeno se remexia agitado, balançava as pernas e acabou por jogá-lo na cama.

- Não me restou alternativa, my lord, parece-me que não dormiu o suficiente. Voltarei mais tarde.

Ele estava de pé ao lado da cama e parecia ajeitar uma das luvas, parecia bem tranquilo. Ciel sentou-se no colchão com a face corada, sentia-se agitado, tenso.

- Desculpa. Eu fui rude.

Admitir seus exageros era um tanto problemático e doloroso para o pequeno. Sebastian sentou-se ali, na beira da cama. O maior perguntou tranquilo.

- Há algo que queira me dizer? Não imagino que o motivo para tanta agitação seja apenas... arrependimento.
- Hum...

Ciel agarrou a borda da própria camisola, tinha a face abaixada. O mordomo olhou-o curioso, segurou-lhe no queixo com uma das mãos e reegueu-o.

- Preciso que me fale para poder ajudá-lo, my lord.
- Aquilo.

Sebastian olhou-o curioso.

- Aquilo?
- Sonho... molhado.

Michaelis quase soltou uma risada, levou uma mão á própria boca, tentava conter o riso.

- A primeira ejaculaçao? Posso vê-la? Será preciso lavá-la, deixe-me ver o tamanho do estrago.

Levantou a borda da camisola do pequeno, ali estava a prova, discretas gotas cintilantes grudadas no tecido. Sorriu brevemente, a cena era até bonita para o demônio.

- Entendo.
- Bem, ... não pude controlar.
- Posso perguntar com o que sonhou?
- ... não lembro.

O garoto estava mais vermelho do que nunca, provavelmente não queria contar, sentia-se encabulado. Sebastian percebeu e sorriu gentilmente.

- Foi comigo?
- MAS O QUÊ? VOCÊ É UM HOM...

Sem o menor esperar, Michaelis tinha os lábios grudados aos do garoto.

Um beijo molhado e morno nascia dali.

Uma cigarra cantava do lado de fora, anunciava um lindo dia ensolarado.














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