Acordo Selado escrita por Ayame Tsukinoki


Capítulo 1
A origem...


Notas iniciais do capítulo

Mais um dia nublado na mais bela cidade inglesa. Um céu tênue de aspecto silencioso embarcava na nova manhã que surgia no horizonte. Uma mansão linda, brilhante e perfeita, em outras palavras, impecável. Devido a quem? A um ser sobrenatural que ocasionalmente passava por ali e simplesmente sentiu ter encontrado um tesouro que caçava a anos. Um garoto novo, pequeno, frágil, escondia uma essência magistral, volupiosa e atraente. Seu cheiro espalhava-se por quilômetros de distância e levou a atrair outros seres semelhantes, que aquele ser específico teve que distanciar ou eliminar. Tentaria ganhar aquela alma, a qualquer custo, a queria, a desejava e a seguiria até que o acordo fosse selado. Finalmente o dia tão esperado chegou. Ele se prostou diante daquele local sujo e malicioso, talvez tanto como o mais profundo inferno, e, lá entre tanta escuridão, a brilhante alma o chamava, o invocava, lhe servia de bússola que o direcionava para uma luz pura, cintilante, aterrassadora.



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Mais um dia nublado na mais bela cidade inglesa. Um céu tênue de aspecto silencioso embarcava na nova manhã que surgia no horizonte. Uma mansão linda, brilhante e perfeita, em outras palavras, impecável. Devido a quem? A um ser sobrenatural que ocasionalmente passava por ali e simplesmente sentiu ter encontrado um tesouro que caçava a anos. Um garoto novo, pequeno, frágil, escondia uma essência magistral, volupiosa e atraente. Seu cheiro espalhava-se por quilômetros de distância e levou a atrair outros seres semelhantes, que aquele ser específico teve que distanciar ou eliminar. Tentaria ganhar aquela alma, a qualquer custo, a queria, a desejava e a seguiria até que o acordo fosse selado. Finalmente o dia tão esperado chegou. Ele se prostou diante daquele local sujo e malicioso, talvez tanto como o mais profundo inferno, e, lá entre tanta escuridão, a brilhante alma o chamava, o invocava, lhe servia de bússola que o direcionava para uma luz pura, cintilante, aterrassadora.

Algumas palavras eram emitidas naquele ambiente imundo, algumas letras se ocultavam diante de tantas sombras, outras eram sussurradas, ora por um, ora por outro.

- Aceito, me tire daqui e me ajude na minha vingança.

Ordens precisas, curtas e sérias proferidas por uma boca macia e infantil.

- Seja meu mordomo, se chamará...

- Sim, my lord.

Novos dias, novas noites. O menino era um tanto depressivo e a presença sobrenatural do mordomo era mais que necessária. Sua alma seria um pagamento justo diante de tanto investimento e dedicação, ao menos era o que pensava o ser.

- Um dia o terei só para mim...

Se consolava o mordomo diante da fome extrema que sentia e das humilhações sofridas, derivados de xingamentos, gestos... tudo o afetava diretamente, por ser sobrenatural, ele sentia cada sutil palavra, cada sutil suspiro, cada sutil ranger de dentes.

Os dias passavam, casos eram resolvidos num mundo já condenado e em estado de caos, no entando, o mundo permanecia inalterável naquela casa, parecia ter um ambiente distante e inacessível ao tempo e à realidade externa.

Novamente o levantar, o bom dia, o chá e uma listagem de coisas a se fazer e o demônio novamente se consolava a cada dia com pensamentos novos, até que um certo dia, entrou no quarto do menino sem avisar, sim, cometera esse erro e acabou por vê-lo observar uma rosa numa jarra do quarto, a olhava ternamente, parecia lamentar o fato da mesma ter sido arrancada de sua planta original. O homem  de preto o olhou por um tempo, parecia querer ler-le os pensamentos, o brilho fraco e puro dos olhos do pequeno o hipnotizaram. Ele sentiu vontade de entrar, abraçar Ciel contra seu corpo e recolocá-lo na cama, beijar-lhe a boca, e , talvez, beber um pouco daquele néctar.

Finalmente o olhar tornou-se uma fonte negra de raiva e ódio e se direcionaram para o homem próximo da porta.

- Sebastian! O que pensa que está faendo? Está atrasado!

- Mil perdões, my lord. Estava preparando-lhe uma torta alemã, com vossa licença.

Terminou de abrir a porta, colocou o carrinho com chá próximo da cama, servia-lhe o mesmo, sendo feito na hora. Ciel sentara-se na cama e aguardava. Por uns instantes, o menino pareceu olhar para a face de sebastian, pareceu tentar desfrutar daqueles olhos rubros do outro, um brilho singelo, diferente. O pequeno não deixou de notar algumas semelhanças daquele homem coms eu pai, fisicamente, claro. O modo de arrumar os cabelos, a agilidade e delicadeza típicos de um rei.

- Aqui está, my lord.

E lhe foi entregue a xícara devidamente.

- Obrigado, sebastian.

O mordomo se surpreendeu um pouco pelo agradecimento, pela voz gentil do menor, não sabia o que responder, seus pensamentos pareceram ter dado um nó e ele agressivamente cortou todas as possibilidades de um retorno afetuoso pensando:

- "Ele será uma ótima refeição, lhe falta raiva, só mais um pouco. Aguente firme."

E o maior aguardou o menino terminar de tomar o chá para logo vestí-lo. O "tocar" nele era algo maravilhoso, muito agradável ao demônio, este, permitia-se demorar mais do que era necessário o toque de sua mão com a pele do outro. Ciel também gostava daquele contato, visto que era o único que praticamente recebia naquela vida vazia e solitária. Uma vez, ele tentou comentar com seu mordomo sobre isso, sobre sua carência, mas veio-lhe à mente um pensamento reprovador:

- "O que um demônio vai entender de sentimentos? Isso é ridículo, é claro que ele não entende de nada disso, de nada dessas coisas!"

E novamente rangia os dentes, não pelo o que o outro fazia, mas por esse sentimento que começava a incomodar em seu íntimo. Sebastian não deixou de perceber que a agressividade do pequeno parecera aumentar, preocupou-se um pouco, mas depois reprimiu-se e se conteve a repensar seus preparativos para o posterior "saborear" daquela alma.

Não era só Ciel que sofria mudanças, o próprio demônio pareceu repensar o acordo, pareceu incomodado com qualquer nova aproximação, com cada nova ameaça. Queria seu lord só para si, como se fosse uma propriedade exclusiva, essa possessividade aumentava gradadivamente, na mesma proporção que a raiva do mais novo.

E lá seguiam os dois, a passos largos em direção a um sentimento inaugural na relação humano/demônio.

Foi num belo dia de primavera que esse "extravassar" desse sentimento veio à tona, ao menos, foi mais perceptível se comparados com os anteriores. Ciel estava sentado na varanda de sua mansão, numa mesa que se encontrava no jardim, bebia um chá indiano e saboreava uma fatia de torta de caramelo. Ele observava alguns pássaros e ordenou que sebastian fosse verificar o que os outros estavam fazendo.

- Vá lá ver, está muito silencioso.

- Mas, my lord, está tudo bem, já fui lá ainda a pouco.

- Estou ordenando que vá denovo.

O mordomo olhou para o perfil do menino, inclinou-se para a frente mantando uma das mãos sobre o peito, numa direção inclinada em relação ao cotovelo.

- Sim, my lord.

A voz do maior saiu mais rouca e tensa, tal que o menino até atreveu-se a olhá-lo como que para reafirmar a ordem silenciosamente. As pupilas rubras se encontraram com as azuis e se fixaram nesse encarar-se por um tempo. O gesto diferente partiu do que vestia roupa preta.

- Estou me retirando, com vossa licença.

- Vá.

E o mordomo caminhava de cabeça baixa para a casa, subia as escadas tranquilamente, numa velocidade humana, amena. Sentiu uma brisa tocar-lhe os fios negros e lisos, olhou numa direção qualquer e observou o céu que apresentava-se levemente nublado.

- O tempo irá mudar.

E colocou-se a encarar as costas da cadeira de Ciel, mesmo que apenas olhando por cima de um dos ombros. Mal ele sabia que o menino chegou a ouvir-lhe a voz, mesmo que não tão nitidamente e que se comprimira-se dentro de si, sentindo um sutil arrepio.

Sebastian continou seu trajeto na direção da casa e o silêncio se mantinha, abriu a porta que dava para a varanda e só agora parou e levou uma mão à boca.

- É mesmo! Mandei-lhes irem à cidade! Minha nossa, como pude me esquecer disso?

Mantinha uma mão sobre os lábios, agora, semi-abertos, um sorriso demoníaco surgiu-lhe ali.

- Heh... o que está acontecendo? Quero ficar a sós com ele? Contenha-se.

Reprimiu-se e o sorriso se desfez, só agora sentiu uma mão tocar-lhe levemente a cintura, virou-se rápido com os olhos arregalados.

- Sou eu, não precisa se preocupar... é parece que eles sairam, por isso está silencioso.

Sebastian olhava-o completamente surpreso, ele não entendia como não sentira a presença de seu mestre ali, atrás de si, estava tão atortoado assim? Ous eria sua extrema fome? Essas perguntas dançavam em sua cabeça.

- My lord... deverias estar sentado e...

- Aguardando seu retorno? Do jeito que demora, poderia me molhar com a chuva que está caindo.

- O que?!

Sebastian correu até uma janela qualquer, o céu lá fora estava escuro e já chovia bastante. O mordomo inclinou-se na direção de seu mestre.

- Perdoe meu descuido, my lord.

- Não precisa, tô com sono, vou me deitar.

- Sim, mas não deveria banhar-se antes?

- Eu não saí hoje, Sebastian! Nem suei... dá um tempo, tô cansado... até parece que faria diferença tomar banho ou não.

- My lord, a higiene é importante.

- Me deixe em paz, quero apenas dormir, não receberei ninguém hoje mesmo... ninguém me dará um abraço, nem nada... tô sozinho, que diferença faz, ficar limpo ou não?

- Eu poderia abraçá-lo se assim desejasse, mas admito que perfumado tornaria esse encontro mais agradável, com todo respeito, my lord.

- Hum...

Ciel olhou-o e não conseguiu achar-lhe os olhos, estes estavam fixados no chão, devido ao maior encontrar-se inclinado. O jovem menino nunca saberia se Sebastian estava sendo irônico ou não. Preferiu acreditar na ironia e deboche do outro, afinal, o que mais se poderia esperar de um demônio? Ele preferiu mudar o assunto e afastar de uma vez por todas as possíveis possibilidades.

- Por que eles foram à cidade?

- Porque eu os ordenei.

- Hum...

Ciel pensava consigo:

- "Ele ordenou? Para que... oras... hoje não receberia nenhuma visita, ficaria à toa, passaria o tempo filosofando sobre minha vingança."

- Então, my lord, realmente não tomarás o banho?

E finalmente o outro ergueu-lhe a face encarando o menor. sebastian tinha uma face séria, ligeiramente irritada.

- Terei que abraçá-lo mesmo assim?

Ele tinha seus motivos para não desejar aquela aproximação, seu faro era muito apurado e realmente, para ele, Ciel estava fedendo e muito.

- Eu não pedi nenhum abraço!

Finalmente desabou o outro, sentia raiva de sua própria vida, de sua existência presa a um ser desprezível e da escuridão, ao menos era o que o pequeno pensava. Sebastian sentiu a pancada, reegueu o tronco, olhava-o rígido, com um olhar gélido.

- Nem venha comentar nada além do que lhe autorizei dizer! Não quero ações de pena! Não quero isso, entendeu, Sebastian?!

- My lord... eu..

- Não quero ouvir nenhuma palavra, to cansado.

- Por favor, me permita dizer... não disse isso por pena...

- Não escutou? Sem uma palavra a mais sequer! Não vo tomar banho e não quero abraço!

- Sim, my lord.

Sebastian voltou a inclinar-se e o menor saiu dali a passos rápidos, ligeiros, o maior sabia que este chovara em seu íntimo, queria consolá-lo, queria abraçá-lo, mas ao mesmo tempo não poderia nunca desrespeitar uma ordem, inclusive aquela, dada de olho no olho e sem piscar. O mordomo engoliu em seco, sentiu seu estômago doer e não só o estômago, seu peito doía levemente. Ele pareceu ignorar aquela segunda dor e seguiu o menino, finalmente o achou na livraria, sentado numa cadeira e dormia parcialmente sobre uma mesa, abaixo de seu rosto, estava o álbum de fotos, mais especificamente, a foto dele com os pais.

-...

O mais velho se aproximou dali e o carregou nos braços até o seu quarto, colocou-lhe na cama, trocou-lhe as roupas e o cobriu com um lençol de seda fino. Assim feito, posicionou-se em pé ao lado da cama e permitiu que suas mãos tocassem as palmas no colchão, permitiu seus joelhos e braços dobrarem, os corpos se aproximaram e o encontro foi feito, o de preto sussurrou baixo as seguintes palavras.

- Boa noite, my lord, durma bem...

-... !

Num ato rápido e desesperado, Ciel o abraçou também, fungava baixinho, mas logo se recompôs desfazendo o abraço e deitando-se de costas para o maior.

- Obrigado sebastian, boa noite.

- ...

O mordomo sentiu o peito morno e o coração acelerado, levantou-se e segurou o castiçal olhando com um olhar amigável, amoroso. Ciel chegou a tentar vê-lo por cima de um dos ombros, mas este já se havia ido. O menino então fixou o olhar na lua cheia do lado de fora e ironicamente outra pessoa a observava junto dele.

Era a lua que havia testemunhado tudo, sim, naquela noite ela se fizera magestosa, grande, inapreensível.

E, naquela noite, era a única que tinha total conhecimento de tudo.

Continuação: >>>>>>

A manhã começou tranqüila, silenciosa. Uma brisa entrava pela janela e balançava as cortinas de renda do quarto. Ciel dormia ainda pesadamente, chegava a ronronar baixinho como o mais sensível e delicado gatinho. O quarto amplo não possuía apenas o garoto em sua imensidão íntima. Um ser de preto o observava, parecia deliciar-se com cada sutil movimento, mesmo que para respirar do garoto. Seus olhos fixados na mais alva pele, frágil e pura pareciam já saborear o destino inevitável daquele menino.

Ciel abre os olhos, senta-se e por uns instantes se dá conta que a claridade o incomoda, o quarto está vazio, silencioso. Ele respira profundamente, olha na direção do teto e deita-se denovo.

- Como gostaria de ter paz, ao menos um pouco em minha vida... fiz um pacto, agora é tarde.

Sentou-se novamente e estranhou o mordomo ainda não ter aparecido. Levantou-se cambaleando e espirrou brevemente, naquela noite, o tempo mudara e o ar agora estava mais úmido o que afetou sua frágil saúde.

- O outro mordomo, da Red... e o do ...

Rangeu brevemente os dentes, passou a pronunciar as palavras com cerco rancor e ressentimento.

- Alouis... todos, nós, cercados de seres bizarros, o mundo... cheio de seres bizarros... que mundo é este?

E olhou pela janela, via pássaros voando, alguns de seus criados cuidavam do jardim e  regavam as plantas.

- E Sebastian... todo o aspecto gentil, mas ele.. deve ser um ser... horroroso. Espero nunca vê-lo realmente.

Respirou profundamente.

- Naquele dia, estava desesperado... agora? É... tenho essa coleira pendurada no pescoço. Acho que ela enuncia algo parecido como: Carne para churrasco.

Brincou consigo mesmo e sorriu.

- Deve doer... doer muito... ele deve ter só caninos na boca, dilacerar cada pedaço meu. Carne moída humana.

Ciel sorri mais uma vez, estava nitidamente nervoso e agitado, seu coração estava acelerado.

- Aquele maldito, onde está? Melhor forma de me livrar desse sentimento é pensar nele como uma pessoa, dá menos medo!

Quando ia abrir a porta, ele esbarrou com o seu principal empregado.

- Perdoe a demora, my Lord, estava vigiando o que os outros estavam fazendo, e hoje, trouxe especialmente 5 fatias de refinadas tortas de variadas nações como me pediu.

Ciel sentiu uma raiva grande e ia empurrá-lo, mas quando viu as tortas, sentou-se novamente na cama.

- Engordando o gado, sebastian?

- Desculpe, o que disse, my Lord?

O mordomo cortava uma fatia de cada torta colocada numa espécie de torre para o posterior saborear de seu mestre, se caso Ciel gostasse de alguma delas, ele já estava com a torta ali, para que o mesmo comesse até que ficasse satisfeito.

- Você ouviu. Desgraçado, maldito.

Sebastian o olhou por um tempo.

- Não adianta fingir inocência, é um maldito, não?

- Sim, sou. My lord.

Inclinou-se para frente o cumprimentando respeitosamente, sorria fingidamente por debaixo das franjas, seu sorriso demoníaco algumas vezes, se fazia presente.

- Eu disse: Engordando o gado, sebastian?

- Não tenho como engordá-lo, my Lord. Seu corpo é de uma genética pálida, frágil, como se fosse partir-se a qualquer instante.

Ainda mantinha-se inclinado, mas assim mesmo lhe foi arremessada uma torta nos cabelos negros. O mordomo nem se mexeu.

- Hunf!

- Perdoe a sinceridade, my Lord. Sujou-se?

E Lá ia o mordomo, ajoelhar-se diante da cama e limpando-lhe uma das mãos com um pedaço de pano de puro linho. Ciel apenas o olhava, pensava que aquele elemento vendia sua dignidade para alimentar-se.

- Obrigado Sebastian.

- Disponha, my lord.

- Vá limpar esse cabelo, não terei outra atitude semelhante. Sinto muito.

Disse sem jeito, o mais alto sorriu-lhe brevemente.

- Pode tentar me bater, agredir ou até matar, My Lord, mas o que me mantém calmo, é que sei que nunca conseguirá.

Disse cínico o outro olhando para Ciel com a face mais ingrata do mundo.

- Infelizmente não. Vá.

- Não antes de servi-lo.

- Eu disse agora!

E o mais velho serviu-lhe o que lhe cabia servir na sua mais completa calma.

- NÃO OUVIU? VA!

- Me perdoe, mas... se eu sair, não saberá se servir. Então, entre me limpar e cuidar de vós prefiro a segunda opção.

Ciel sentia a raiva crescer gradativamente.

- Pode me bater novamente, se isso lhe faz sentir melhor. Esta é de caramelo cocrante.

E entregou-lhe uma fatia.

- Estou sem fome,  vê-lo sujo me dá nos nervos.

Sebastian sorriu.

- Então, devo retirar-me.

O mordomo ajoelhou-se diante do garoto e caçou-lhe uma das mãos.

-          És gentil mesmo, my Lord. Agradeço a preocupação e gentileza.

Ciel corou, olhava para um dos lados.

- Embora saiba que não sou digno dela. Obrigado.

E se retirou dali, e novamente o silêncio se refez. O homem de preto poderia se limpar em segundos, mas adorava fazer o menino penetrar cada vez mais em sua própria escuridão, afinal, isso daria um melhor gosto depois.

Um pássaro apareceu no parapeito da janela, Ciel suspirou, e ambos entoaram um canto de melancolia.


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Notas finais do capítulo

Fanfic de Kuroshitsuji - Yaoi - By Ayame