Semideuses Na Praia escrita por BelaRavenclaw


Capítulo 47
Alguns Momentos de Diversão Entre Pais e Filhos 2


Notas iniciais do capítulo

Heey cupcakes, acho que nem demorei tanto assim...
Espero que não me matem se não acharem muito bom, mas é que é meio difícil escrever esses momentos de diversão, porque as tarefas de alguns deuses só podem ser cumpridas quando as de outros forem. Tipo, Poseidon e Percy só podem colocar as mesas do lado de fora quando ,"Apolo e Will" arrumarem uma mesa extra, Annabeth e Atena só podem arrumar as mesas quando Poseidon e Percy colocarem-nas do lado de fora e Katie e Deméter trouxerem os talheres e tal... Então, me deem um desconto, sim?
Até lá embaixo e espero que gostem.



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POV Will

– Ei, não dá pra você simplesmente fazer aparecer uma mesa ou sei lá pra gente poder acabar logo com isso? - perguntei ao meu pai.

– Não. Afrodite proibiu todos nós de usar magia.

– Ignore as ordens dela, caramba. Ela não tem moral pra mandar em você.

– Cale a boca e me ajude a pensar em uma solução.

Ficamos em silêncio pensando, então falei:

– Ela deveria ter dado essa tarefa aos filhos de Hefesto. Eles poderiam fazer uma mesa em menos de meia hora.

– Ou aos de Hermes - acrescentou Apolo. - Eles poderiam roubar uma.

– Vocês preferem cozinhar? - disse uma voz atrás de nós.

Nos viramos e vimos Hermes e sua gangue atrás de nós.

– Preferimos - respondi. - Vamos trocar de tarefas, certo? Vocês vão lá e fazem o que mais gostam de fazer, ou seja, roubar, e nós vamos pagar de cozinheiros lá na cozinha.

– Nããão, 'magina, vocês vão pagar de cozinheiros é no banheiro - disse Hermes com sarcasmo. - Ok, ok. Tchau aí pra vocês.

Apolo e eu fomos para a cozinha. Hades, Zeus, Bianca, Nico, Thalia e Jason haviam pegado alguns peixes grandes, mas não eram tantos assim, já que todos haviam se jogado mutuamente no mar. Encontrei dois aventais e dois chapéus de cozinheiros, que Apolo e eu colocamos. Foi muito divertido tentar cozinhar. Verdade seja dita, eu nunca tinha fritado nada antes. Minhas habilidades culinárias se resumiam a fazer miojo, mas ei, você não pode me culpar. No acampamento, os campistas não cozinhavam, e eu ficava lá o ano inteiro. Em casa, verdade seja dita, a empregada da minha mãe era quem fazia a comida.

Quando havíamos colocado os aventais e os chapéus, Rachel chegou.

– Oi, pessoal - cumprimentou ela, pegando um avental e um chapéu para si. - Desculpem pelo pequeno atraso. Só fui avisada da troca que vocês fizeram sem me consultar – ela olhou feio para nós. - agora. Então, vamos lá. Eu nunca cozinhei, mas não deve ser tão difícil.

Aposto que Apolo nunca tinha nem feito miojo na vida dele, mas modéstia à parte, acho que nos saímos relativamente bem. A melhor parte, na verdade, não foi bem cozinhar. Foi cozinhar junto com o meu pai (Rachel, muito educada, procurou tarefas individuais para fazer, de modo que eu e Apolo pudéssemos conversar em paz).

POV Luke

Enquanto Will e Apolo e a Ruiva cozinhavam, Hermes, eu e meus irmãos estávamos roubando uma mesa. Encontramos uma de ferro, dobrável, em um pequeno bar perto da praia que estava quase vazio. Andamos silenciosamente - tão silenciosamente quanto possível com Travis e Connor junto - até a parte de trás do bar e entramos pela porta dos fundos, quase atropelando um funcionário que estava levando o lixo para fora.

O cara nos olhou por um instante, então abriu a boca, provavelmente para gritar um aviso. Nunca saberemos, pois Chris agarrou uma vassoura que estava encostada na parede ao lado da porta e tacou na cabeça do homem, que revirou os olhos e desmaiou (compreensivelmente - por ser namorado de Clarisse, Chris consegue ser muito agressivo quando quer). Hermes, os Stoll e eu encaramos meu irmão.

– Que foi? - perguntou Chris, fuzilando-nos com o olhar de um jeito bem "filho de Ares". - Queriam que eu deixasse ele nos denunciar?

– Você está passando tempo demais com a Clarisse - resmunguei.

– Minha namorada, cara - retrucou ele. - E aí, vamos roubar a mesa ou não vamos?

– Certo - concordou Hermes. - Eis o meu plano. Precisamos distrair o povo que tá no bar para que não notem três caras roubando uma mesa.

– Três? - contestou Travis. - Mas nós somos... Ah, cara.

Nós vamos criar as distrações, não é? - Connor indicou a si mesmo e a Travis com um gesto.

– Isso aí - concordou Chris.

– É isso que dá fazerem tanto barulho quanto um minotauro apaixonado - acrescentei. - Podem fazer isso ou está abaixo da capacidade de vocês?

POV Travis

Ignorei a piadinha de Luke e balancei a cabeça afirmativamente.

– É claro. De quanto tempo precisam?

– Não muito - respondeu Hermes. - Afinal, eu sou o deus dos ladrões. Uns dez minutos. Quinze, pra garantir.

– Certo - concordou Connor. - O que você acha? Plano Delta?

– Ah, olha que raridade. Connor teve uma boa ideia! - empurrei-o de volta para a porta dos fundos, olhando por cima do ombro e acenando. - Nos vemos aqui atrás daqui a quinze minutos!

Agora, deixe-me explicar o papo de "plano Delta".

Eu e Connor criamos esse código porque muitas vezes realmente precisamos falar rápido sobre o que vamos aprontar, então anotamos tudo o que já havíamos usado e nomeamos com o alfabeto grego, por ordem de preferência. O plano Delta não era difícil, mas tampouco era legal, ou surpreendente, nem mesmo inteligente. Mas muitas vezes era o que usávamos, simplesmenmte por ser fácil. Outro motivo para usarmos códigos: se explicássemos claramente nossos planos, todo mundo ia saber do que se tratavam, tirando assim toda a graça de supreender.

Connor e eu pegamos duas garrafas vazias que achamos encostadas em um muro e fomos para a frente do bar, encenando uma briga de bêbados. Enquanto isso, Chris, Luke e Hermes roubaram a mesa com facilidade, aposto. O maior problema, na verdade, foi carregá-la. Hermes não queria usar magia, então lá fomos nós, os cinco, carregando uma pesada mesa de ferro, discutindo e resmungando entre si. Apesar desse sofrimento, acho que foi um dos melhores momentos do período em que passei na casa de praia do Percy.

Bem, com certeza foi o melhor desde o dia em que os deuses foram para lá.

POV Katie

Como eu, minha mãe e minha irmã somos pessoas muito corretas, não roubamos talheres. Ela conseguiu achar um supermercado ótimo, onde compramos pratos, copos e um faqueiro daqueles bem chiques (sim, pois minha mãe é uma deusa esperta, então sempre leva dracmas e dinheiro mortal consigo). Na saída, passamos pela seção de roupas. Ela pegou um chapéu tipo Fedora quadriculado em tons de marrom e dourado e colocou, se olhando no espelho e fazendo pose.

– Como eu fiquei? - perguntou, em seguida caiu na risada. - Horrível, eu sei. Toma, experimenta você.

Peguei o chapéu e coloquei-o.

– Linda - aprovou Deméter. - Mas ficaria ainda melhor se você engordasse um pouquinho, tá muito magra, precisa comer mais cereal!

– Mãããe - revirei os olhos. - Eu já como cereal todos os dias no café da manhã.

– Mas não é o suficiente! Você precisa comer mais!

– Mãe, será que dá pra esquecer um pouco esse papo de querer empanturrar seus filhos com cereal e aproveitar o momento? - sugeriu Miranda.

- É, isso já tá enchendo o saco! - concordei.

Pensei que Deméter fosse fazer surgir uma tigela de cereal e nos forçar a comer, ou reclamar mais conosco, ou me dar uma bronca ou qualquer coisa do gênero. No lugar disso, ela fez uma coisa ainda mais estranha ainda.

Ela concordou.

– Tudo bem - Deméter me passou óculos de sol grandes, redondos e com armação dourada fina. - Coloque esses. Vão ficar ótimos com o chapéu.

Passamos um bom tempo rindo e experimentando roupas. Foi muito divertido, principalmente porque minha mãe parou de falar em cereal pelo menos uma vez na vida dela.

POV Percy

Depois que Hermes e a gangue chegaram com a mesa roubada, que eles fizeram o favor de deixar na cozinha e não na varanda, Poseidon e eu tivemos que sofrer pra carregar as mesas para fora. Bem, pelo menos eu sofri. Poseidon pegou a maior, a da cozinha, felizmente, e carregou com facilidade pela casa, grunhindo de vez em quando por causa do peso.

Eu dobrei a mesa dobrável e comecei a arrastá-la, pois o peso era tanto que eu não conseguia levantar, sofrendo e esbarrando nas coisas. Cheguei mesmo a cair umas duas vezes.

Annabeth e Atena, é claro, não ajudavam em nada. Elas estavam esperando que cumpríssemos nossa tarefa para poderem cumprir a delas, e obviamente rindo da minha cara. Então, vamos lá. Todos que não deveriam tornar meu dia pior estavam fazendo isso. Meu pai: confere. Minha sogra: confere. Minha namorada: confere. Eu não me surpreenderia se minha mãe aparecesse ali e risse bem na minha cara.

Às vezes parece que o universo conspira contra mim.

Assim que (finalmente) cheguei à varanda, Poseidon me ajudou a montar a mesa e a enconstá-la na outra, que ele já havia posicionado. Não demorou muita para Katie e Deméter chegarem com os pratos, copos e talheres extras.

– Pode ficar com eles depois - disse Deméter. - Diga para os seus pais que foi um presente dos deuses... Hihi.

– Ahn, táá - concordei, meio desconfiado, segurando o faqueiro como se ele pudesse explodir (e talvez pudesse). - Obrigado.

Ela foi embora com Katie, e Poseidon e eu nos afastamos e observamos Annabeth e Atena arrumando a mesa. Elas sabiam exatamente como organizar tudo de acordo com as regras de etiqueta.

– Você deu sorte - comentou Poseidon em voz baixa para mim, quase sem mexer a boca, olhando para Annabeth.

– Tenho? - falei do mesmo jeito.

– É. Ela é realmente gata.

– Ei, eu vi primeiro, colega - rebati.

Começamos a rir, enquanto Annabeth e Atena nos olharam como se nós fóssemos malucos.




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Notas finais do capítulo

O de Poseidon e Percy foi muito fraco e o de Katie e Deméter foi meio nada a ver, mas ok.
Espero que tenham gostado. Realmente não ficou tão bom quanto eu queria que tivesse ficado, mas não ficou tão ruim quanto eu achava que ia ficar. Ainda tem o 3 dessa sequência, e depois dele vamos ver o que Grover estava fazendo durante esse tempo (quem aposta que a ninfa dele tava metida no meio levanta a mãe o/ o/) Até a próxima, cupcakes!