Genes: Você Não É A Única! escrita por Marilapf, Amis


Capítulo 26
Capítulo 25 - Ameaça


Notas iniciais do capítulo

Hey, como estao, pessoal? Postando genes por aqui depois de um tempinho, sooo, deixem reviews.



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-Eu estava lá, Adam, posso jurar que não foi uma montagem de Cam. – Bridget afirmou, andando com o garoto pelo corredor. Ambos estavam querendo sair para passear (e fazer compras) pelo shopping e como precisavam de autorização, estavam se dirigindo a sala de Sandra.

-Isso é tão surreal... Digo, Lizzie o odiava. – o garoto sussurrou sorrindo.

A loira deu de ombros.

-Sabem o que dizem, não é? – perguntou retoricamente. – Entre o amor e o ódio há uma linha muito tênue. – completou rindo.

Adam acompanhou na risada.

-Mas me diga: como está você e o Remie? – perguntou curioso.

A menina revirou os olhos.

-Muito bem, obrigado. – respondeu sem querer acrescentar mais informações, uma vez que Adam poderia espalhar pelos sete cantos em segundos.

O garoto suspirou.

-Mais nenhuma informaçãozinha? – perguntou pidão.

Bridget negou com a cabeça.

-Oi, Bridget, tudo bem? – uma garota que ela não conhecia perguntou simpaticamente e ela acenou sorrindo.

Adam gargalhou.

-E a loira se tornou popular em poucas semanas... – comentou. – E não passou por cima de ninguém até agora. Parabéns – comentou.

A loira suspirou.

-Já fui igual a Linda. Ou até pior, eu acho.

-E agora você virou uma santa casta e pura... – a voz de Jenna soou atrás dos dois, os pegando desprevenidos.

Bridget deu um pulo de susto e suspirou.

-Totalmente casta e pura. – Adam comentou com sarcasmo, já se recuperando de seu susto.

Jenna riu.

-Ficaram sabendo que Faith e Luke estão namorando? – perguntou acompanhando os dois pelo corredor.

Bridget assentiu e Adam revirou os olhos.

-Acho que você se esqueceu de quem está falando. – afirmou.

A menina riu.

-Me desculpe. Esqueci que você tem as fontes mais fofoqueiras do OMPA! – disse colocando a mão no coração e fazendo uma expressão de surpresa.

Adam bufou.

-Me deixe em paz, Jenna. – pediu já com o humor irritado.

Bridget suspirou.

-Me desculpa, Adam. – Jenna pediu.

Automaticamente Adam sorriu.

-Claro que sim... Quer ir comigo e Bridget no shopping? – perguntou perto da sala de Sandra. – Estamos agora indo pedir permissão.

Ela assentiu.

-Preciso de um tênis novo. – afirmou.

A menina loira suspirou.

-Um guarda-roupa inteiro, Jenna. – Bridget disse e Adam assentiu concordando.

-Será que vocês não podem calar a...

-Quieta, Jenna! – Adam a interrompeu, aos sussurros.

As duas meninas o olhou confusas, enquanto o garoto colava seu ouvido na porta da sala de Sandra.

-O que vo...

-Shhh. – ele pediu novamente, silenciando dessa vez Bridget.

A menina bufou.

-Venham escutar isso, meninas. – ele pediu e ambas encostaram o ouvido na porta também.

-Sandra, você acha que essa ameaça de ataque terrorista é realmente verdadeira? – Jorge perguntou duvidoso.

Bridget franziu o cenho mas continuou escutando.

-Jorge, tem 50 pessoas reféns e bem, estão ameaçando soltar uma bomba se não assinarem o acordo do petróleo com aquela empresa...

-Mas é o Empire State Building, Sandra. Quem seria o maluco de atacar esse prédio? – Jorge a perguntou casualmente.

Jenna olhou para Adam e este fez sinal com o dedo em frente aos lábios para ambas ficarem quietas.

-Depois das Torres Gêmeas, eu não duvido de mais nada. O mundo está perdido, Jorge, espero que esses jovens que nós estamos treinando possam fazer algo por ele.

-Devíamos avisá-los? – ele perguntou duvidoso.

-E eles poderiam fazer alguma coisa para mudar a situação? – perguntou calmamente. – São apenas adolescentes tentando controlar si mesmos, não um grupo de Super-heróis!

-Você tem razão, Sandra. Isso só os deixaria preocupados... – o médico disse arrastando a cadeira.

Os três saíram de perto da porta e se entreolharam. Escutando os passos se aproximarem da porta da diretoria, Bridget puxou os dois pela manga dos casacos e se escondeu com eles em uma das salas mais próximas do local.

Quando escutaram Jorge passar pela sala e o corredor se afundar novamente no silencio, os três saíram do local se encarando.

-E agora? – Jenna perguntou.

Bridget deu de ombros sem saber o que responder.

-Vamos avisar os outros. – Adam disse as puxando pelo corredor.

*_*

Lizzie e Faith se encaram durante alguns minutos, ambas receosas, encarando o telefone celular pertencente ao Logan.

-Tem certeza, Faith? – Lizzie perguntou olhando para o aparelho.

A ruiva assentiu.

-Eu prometi que ligaria para a mamãe e o papai e tenho que cumprir a promessa! Eles podem achar que o pior aconteceu... – sussurrou.

Lizzie assentiu. Ela também queria ligar para seus pais, dizer que os amava e que estava tudo bem, mas faltava coragem para isso. Ela tinha certeza, que ao escutar a voz de sua mãe ou de seu pai ela piraria.

-Foi você que prometeu, você que liga! – disse empurrando o celular em sua direção.

A ruiva o pegou e discou os números rapidamente. Quando começou a chamar, ela apertou o botão do viva voz e colocou o celular no meio das duas, apoiado na tapete felpudo rosa do quarto da ruiva.

-Alô. – a voz triste de sua mãe soou, fazendo as meninas na mesma hora sentirem a vontade de voltar para casa.

-Mãe! – Faith exclamou sorrindo em meio as lágrimas que já escorriam pelo rosto delas.

O outro lado da linha ficou em silêncio durante alguns segundos, enquanto as irmãs se encaravam. Depois um gritinho saiu dela.

-Faith, querida? – a voz de sua mãe tremeu um pouco diante da dúvida de que era a realidade, ou mais um de seus sonhos.

Faith colocou a mão na boca para reprimir o soluço.

-Somos nós, mãe. – Lizzie respondeu tentando manter a voz estável.

A mulher do outro lado da linha suspirou.

-Para onde vocês foram, queridas? – ela perguntou preocupada. – Seu pai emagreceu três quilos desde a sua partida...

-Mãe, nós estamos bem. – Faith afirmou. – Estamos bem... – repetiu mais para ela que para a mãe.

Carly sentiu as lagrimas queimarem seus olhos.

-Queridas, por que vocês se foram? – perguntou.

Lizzie apertou a ponte de seu nariz tentando não chorar.

-Mãe, não podemos contar...

-Por que não, meus anjos? – perguntou novamente, com a voz levemente desesperada. – Você não podiam ter feito conosco, filhas. Nós vivemos para vocês, sem vocês eu perdi minha razão de viver, esperando notícias, torcendo para que estivessem vivas...

Faith sentiu as lágrimas aumentarem de volume e ela respirou fundo. Ela queria que sua mãe continuasse feliz, não que parasse a vida dela em função daquilo.

-Mãe, estamos seguras e muito bem assim. Apenas continue a viver como antes...

-Mas é claro que eu vou voltar a viver como antes assim que vocês voltarem. Quando vocês voltarão? – perguntou esperançosa, atropelando as palavras da filha ruiva. – Nós amamos tanto vocês, prometo que nem brigar vamos...

Lizzie apoiou a cabeça nos joelhos e respirou, contando até dez. Ela sabia que não poderia mais voltar, jamais. Ela simplesmente não teria mais discussões nas mesas de jantar, com seu pai gritando para ela ter respeito e a ameaçar com castigos. Castigos que nunca se tornavam reais...

E sua mãe iria suspirar, falando como Lizzie era rebelde, carregando sua voz com aquele sotaque caipira que a morena fazia questão de brincar sobre o uso com sua mãe. Mesmo assim, ela amava a forma como as músicas que sua mãe cantavam soavam novas e mais aconchegantes com o sotaque caipira.

Sotaque que nenhuma das duas conseguia fazer, nem soar tão bem.

Faith soluçou e olhou para a irmã. Elas não voltariam e ela não tinha coragem de dizer aquilo para a mãe. Não para aquela mãe que lhe abraçava quando ela estava chorando ou quando estava com medo.

Não aquela mãe que separava as brigas das duas da forma mais diplomática possível. Não a mãe que fazia os melhores muffins do Texas e não a mãe que costumava ler histórias de adultos para as duas dormirem quando pequenas.

Ela nunca mais veria os olhos bondosos dela dizendo que tudo ficaria bem. Ela não poderia mais dividir pipoca com ela durante as noites que as duas tiravam para assistir filmes e ela não poderia mais correr para o colo de sua mãe quando alguém lhe machucasse.

O único problema era dizer isso.

-Mãe...

-Voltem minhas queridas, mamãe ama vocês. – ela disse com a voz esganiçada.

Lizzie suspirou.

-Mãe, diga ao papai que nós o amamos. – pediu.

-Ele sabe disso, querida...

-Mãe, nós te amamos muito. – Faith disse com sinceridade.

Carly fungou.

-Ah meus amores, eu também amo vocês.

-Não vamos voltar mais para casa. – Lizzie disse rapidamente.

-Como assim? Lizzie e Faith, vocês não podem fazer isso comi...

-Nós te amamos mãe. Adeus. – Faith apressou a se dizer, deslizando o celular para baixo e consequentemente o desligando.

Lizzie e Faith não puderam sentir mais dor diante daquele momento. No momento em que a ligação acabou, a porta se abriu e Remie, Bridget, Mary, Mel, Cam, Logan, Luke, Adam, Jenna e Jeniffer passaram pela porta, todos discutindo em voz alta.

Lizzie em um salto se levantou e encarou as pessoas que estavam tornando o quarto pequeno demais.

-Mas que diabos está acontecendo aqui? – perguntou.

Faith se levantou também e olhou confusa para todas aquelas pessoas, tentando limpar as lágrimas rapidamente.

-O que aconteceu? – perguntou assistindo cada um se acomodar ou na cama, ou no chão do quarto em silêncio.

Lizzie, odiando aquilo, bufou.

-O que aconteceu? – repetiu a pergunta da irmã bruscamente.

Logan olhou para Adam.

-Estão todos malucos! Todos! – afirmou.

Lizzie o fitou sem entender ainda.

-O que? – as irmãs disseram juntas.

Adam se levantou e revirou os olhos.

-Eu posso explicar...

Remie bufou.

-Não de ouvidos a ele e...

Adam estalou os dedos e a aura de Remie brilhou durante dois milésimos, voando parcialmente até a mão do garoto e se formando em uma pequena bolinha dourada.

-Agora você vai ficar quieto ou então eu não devolvo um terço de sua aura. – afirmou. – E isso vale para qualquer um! - ameaçou e todos assentiram, caindo em um silêncio profundo.

Adam narrou o que escutara com Bridget e Jenna detalhadamente.

Faith arregalou os olhos.

-Tem 50 pessoas lá dentro e vão explodir um prédio! Temos que ajuda-los... – afirmou.

Adam estalou os dedos e a bolinha dourada voltou á Remie, sumindo ao tocar na pele dele. Automaticamente ele adquiriu uma coloração melhor e a expressão de cansaço se foi.

Lizzie bufou.

-Claro, somos a liga da justiça agora... – disse com sarcasmo.

Melanie suspirou.

-Não é esse o problema, pessoal. – começou tímida. – O problema é que se ganhamos esse poder, se treinamos e damos o sangue por ele, seria egoísmo nosso guardar apenas para nosso próprio prazer.

Jeniffer deu de ombros.

-Eu não me importo muito com isso e...

-Cala a boca, sua idiota! – Cam disse sombrio. – Eu acho que Melanie está certa. Esses poderes podem ser usados para o bem se for necessário.

Remie bufou.

-Não quero soar egoísta, mas se o governo fez da nossa vida um inferno, por que agora vamos ajuda-los? – perguntou calmamente.

Para a surpresa de todos, quem respondeu foi Bridget.

-São civis, Remie! Não são relacionados ao governo. – disse inconformada com a falta de sensibilidade dele. – E não quero saber que pude fazer alguma coisa e não fiz! Vocês se lembra, vagamente, de como New York sofreu no ataque do 11 de setembro? Queremos mais um desses?

Todos negaram com a cabeça.

A loira suspirou.

-Perfeito. Então que os espertos me respondam: como vamos chegar lá?

Melanie revirou os olhos.

-Precisamos de um plano. – disse.

Logan riu.

-Não temos tempo para planos, vão explodir uma bomba! – disse irritado.

Faith respirou fundo.

-O que vamos fazer vai ser o que, então? Entrar lá e ver o que acontece?

Lizzie assentiu.

-Basicamente isso. Vamos entrar, desarmar a bomba ou destruí-la antes que ela faça isso. Simples assim... Eu posso tornar nós todos invisíveis com uma ilusão de ótica e passamos por todos os policiais que estão rodeando o prédio com facilidade. Lá é só desarmar a bomba.

Mary deu de ombros.

-Muito bem, mas como chegamos lá? – repetiu a pergunta de Bridget.

Adam sorriu, como se já tivesse pensado nisso.

-O professor Frank tem uma van. Acho que ele não vai sentir muita falta dela... – disse rindo.

Cam revirou os olhos.

-E vamos ligar o carro com que chaves? – perguntou irritado.

Logan sorriu maroto.

-Eu sei ligar carros sem chaves... – disse.

Lizzie sorriu para ele, com um tom de orgulho no olhar.

-Ótimo, então vamos nessa! – disse animada com alguma agitação na vida dela.

Faith e Melanie se encararam.

-Eu ainda acho que precisávamos de um plano... – Mel sussurrou para a ruiva.


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Notas finais do capítulo

Hum, que sera que vai acontecer, hein? RSRSR



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