Sunshine escrita por lovelysunshine


Capítulo 4
Today is a new day


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Primeiramente quero pedir desculpas por ter furado com vocês ontem dizendo que iria postar mais um capítulo uehuehuehe mas aqui está :P Boa leitura o/



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Eu dormi feito uma pedra. E o pior de tudo é que teria que acordar muito cedo para ir comprar as benditas tintas para pintar a nossa casa. Nenhum móvel poderia ser desembalado até a casa estar totalmente pintada. Ó Céus, quanto sofrimento em uma mudança . Mas é isso aí. Não tenho para onde correr mesmo…

O meu inestimável despertador que eu amo do fundo do meu coração, é claro, me fez o favor de despertar bem na melhor parte do meu sonho. Eu estava conhecendo o Taylor Lautner quando ele começou com aquele estardalhaço todo. Senti uma vontade imensa de jogá-lo pela janela do meu quarto e escutá-lo espatifando-se lá embaixo. Mas achei melhor não.

Abri os olhos. Olhei para o teto. O sol já entrava à vontade em meu quarto, deixando-me com a visão embaçada por alguns instantes. Com muito esforço me levantei e fui dar uma espiadela na varanda para saber como estava o dia. E claro, não pude evitar olhar para a varanda do quarto dele... Bem, eu não tenho culpa se ela é bem de frente para a minha, tenho? Mas a cortina de seu quarto estava me impedindo de ver qualquer coisa dentro deste. Então, fui logo tomar banho e escovar os dentes para poder começar a jornada do novo dia que me esperava.

x-x-x-x

– Taylor, você já está pronta? - meu pai perguntou.

– Sim, sim. Vou só comer algo bem rápido e então podemos ir - respondi indo em direção à cozinha.

Comi alguma coisa rapidamente e saímos.

Fomos de carro até algumas lojas de tintas. Eu não parava de olhar tudo ao meu redor... Tudo tão diferente, tão moderno…

Chegamos a uma loja que parecia ser gigante e aparentava ter todas as tintas que procurávamos.

– Bom dia. Em que posso ajudá-los? - a lojista nos atendeu educadamente.

– Oi, bom dia. Nós estamos à procura de tintas para pintarmos nossa casa - minha mãe falou.

– As tintas são por aqui, venham comigo, por favor. - a moça nos guiou até as tintas.

Nossa, eram inúmeras as opções. Eu até poderia passar o dia inteiro ali escolhendo, mudando de ideia e mudando de ideia novamente. Mas eu já estava totalmente decidida com relação às cores preta e branca. Não vou mudar de ideia de jeito nenhum.

Compramos as tintas e estávamos voltando para casa. No meio do caminho, quando paramos no semáforo, eu vi uma coisa que me paralisou. Ele estava lá, andando de bike pelo parque central. E o carro começou a andar e eu queria continuar olhando para ele e...

– É ele não é? - Mabel perguntou sorridente.

Eu olhei para a Mabel e dei um grito silencioso “Que droga Mabel! Fica calada caramba!".

– Ele quem? - minha mãe perguntou.

Pensa rápido, pensa rápido, pensa rápido!

– Ah é o apresentador daquele programa que a Mabel gosta de assistir, mãe. Como é o nome dele mesmo, Mabel?

– Ãn…ah…é… o Jack. Hum, aquele que apresenta um programa de desenhos animados aos sábados mãe! – ela tentava disfarçar ao máximo.

– Ah, certo – minha mãe parecia ter acreditado nessa história esfarrapada.

Essa foi por pouco. Eu fico muito estressada quando a Mabel faz esse tipo de coisas, mas eu tenho que entender que ela é apenas uma criança… Tenho que dar um desconto a ela.

Enfim, chegamos a casa com as diversas tintas. O pintor já havia chegado e estava nos esperando na área da casa.

– Olá. Olha, acabamos de comprar os materiais e as tintas. Já pode começar. – meu pai falou chegando ao encontro do pintor.

– Ok senhor. Por onde quer que eu comece? – ele perguntou.

– Pelo meu quarto, por favor. – interrompi. - O senhor se incomoda, papai?

– Claro que não minha filha – ele respondeu mostrando um sorriso bondoso.

– Então venham comigo para poder me dizer como eu devo pintar – o pintor me falou.

– Ok

Subimos as escadas e fomos em direção ao meu quarto. Eu expliquei-lhe como queria. Cada detalhe. Deixei-lhe começando o trabalho e fui ao jardim, já que não suporto esse cheiro forte de tinta fresca.

Cheguei ao jardim e a minha cadela, a Pink, estava fuçando o gramado inteirinho.

– Heeey mocinha, o que pensa que está fazendo, em? – fui chegando mais perto dela.

Peguei-lhe nos braços e fiquei brincando com ela. Eu amo essa bolinha de pelos macios e cheirosos. Fiquei meio que dançando uma valsa com ela e imitando uma orquestra de um baile. Fiquei dançando para lá e para cá com ela. E eu girava com ela. E de repente eu girei e parei virada para frente da minha casa. E… Pink, cava um buraco para eu poder me esconder, por favor!!

– Olá – Fred, que havia acabado de chegar na sua bike, falou.

– O-oi – gaguejei.

Socorro.

Eu fico parada, ou me aproximo mais para ser mais educada e poder conversar com ele? Na verdade eu queria poder estalar os dedos e sumir dali. Mas a educação fala sempre mais alto. E se eu ficar calada, como sempre, ele vai me achar uma mal educada idiota que nunca fala nada. Então…

– Eu estava aqui cuidando da minha fofinha – sorri ainda segurando a Pink nos braços.

– Ela é muito linda – ele respondeu sorrindo para mim.

Ai meu Deus.

– E você gosta de dançar, não é? – ele perguntou ainda sorrindo sedutoramente para mim.

– Não, não! Eu só estava tentando… Bem, na verdade estava somente brincando com ela. É que sabe… eu não sou muito normal mesmo – eu não me aguentei e comecei a rir

Ele começou a rir junto comigo e eu sei que ele já estava querendo fazer isso há muito tempo.

– Você também tem algum animal de estimação? – eu perguntei tentando puxar assunto, para não parecer tão calada e poder quebrar esse clima tenso.

– Sim. Eu tenho uma gatinha. O nome dela é Mixy – ele respondeu – Você quer vir aqui para vê-la?

Congelei. E agora, o que eu devo falar?

– Se não for incômodo…- eu falei.

– Claro que não. Pode vir – ele sorriu.

– Ah ok. Só um minutinho. Vou avisar à minha mãe. Eu não demoro. – falei quase gaguejando todas as palavras.

Fui andando com as pernas bambas até a sala onde minha mãe estava.

– Ah… Mãe.. Eu vou ali comprar um sorvete e volto já, ok? – perguntei nervosa.

– Ok. Mas tome muito cuidado, viu? – ela falou sem me dar muita atenção.

Sai pelo portão da minha casa e fui caminhando em direção a ele. Logo em seguida começamos a andar e ele foi abrindo o portão para que pudéssemos entrar. Ele, como era muito cavalheiro, deixou que eu entrasse primeiro.

Entramos na sala de sua casa e demos logo de cara com a Mixy. Ela é uma fofura! Pelos totalmente branquinhos e os olhinhos tão azuis quanto os do dono. Ele pegou-a nos braços e abraçou-lhe.

– Ela é o meu xodó – falou ainda abraçando-a - Ela me entende, sabe? Quando estou sozinho, fico conversando com ela. Também me considero um pouco anormal.

Rimos juntos.

– Nossa, ela é uma fofurinha – sorri.

– Quer segurar ela? Não tenha medo, ela é muito calminha. Gosta de todo mundo – ele me entregou a bolinha de pelos branquinhos.

Ela é super macia. E carinhosa. Quero levar para mim!

– Você quer alguma coisa? Uma água, um suco? – ele falou. - Se quiser é só me pedir.

– Não, imagina. Não quero incomodar – eu respondi.

– Que nada. – ele respondeu e sentou-se ao sofá e ligou a tevê.

Estava passando o filme Shrek para sempre. Estava bem no comecinho.

– Há! Shrek para sempre! Eu tenho que assistir. Ainda não tive tempo de ver… - ele falou – Você quer assistir também?

– Bem, acho que eu posso ficar para assistir um pouco. – respondi.

– Então senta aqui - ele falou batendo com a mão no sofá.

Sentei-me ao lado dele. Nervosa, é claro. Eu estava ao lado dele. Mas espera aí um pouquinho! Eu já parei para ter noção de onde estou agora neste exato momento? Eu estou na casa dele, sentada ao lado dele, conversando com ele e assistindo um filme ao lado dele… Como eu vim parar aqui?

Deixei meus pensamentos de lado e fui prestar atenção no filme. As melhores partes são as do Burro e as do Gato de botas! Rimos muito juntos. Mas até que chegou uma parte do filme, já no finalzinho, em que eu tive que fazer uma força extrema para não chorar. A parte em que o Shrek está nos braços da Fiona e vai desaparecendo lentamente…

“Sabe qual foi a melhor coisa desse dia? É que eu pude me apaixonar outra vez por você.” – Shrek fala para Fione e desaparece totalmente.

‘Não chora não chora não chora. Ele está do seu lado!’ Minha consciência gritava para mim.

Mas quando eu olhei para o lado, eu pude ver uma lágrima escorrendo dos olhos dele… Sim, eu vi. E aí eu não aguentei caramba! Lágrimas começaram a rolar pelo meu rosto.

Ele se virou para mim e me viu chorando também…

– Que filme mais lindo… E olha que eu não sou de chorar tão fácil assim... – ele chorava e ria ao mesmo tempo.

Não pude deixar de rir também com a cena.

Lágrimas ainda rolavam pelo meu rosto. Eu queria poder abraçar alguém. Sempre quando fico triste e/ou começo a chorar, fico querendo um abraço bem longo, para que tudo fique estável. Mas eu estava ao lado de um garoto que eu havia conhecido há pouco tempo e nós não somos amigos o suficiente para esse tipo de coisas…

Ele se virou para mim novamente e viu que eu não parava de chorar. Ai como eu sou idiota! Eu tenho que parar de chorar! Mais que droga! Lágrimas, parem por favor!

Mas antes que eu pudesse levar a mão ao rosto para secar as lágrimas, ele me abraçou. Pude sentir seu abdome definido contra o meu. O calor de seu corpo junto ao meu. Assim eu morro…

– É só um filme – ele falou com o rosto entre os meus cabelos.

Oi gente, eu morri. Será que eu estou no céu agora?

Mas a única coisa que eu consegui fazer foi retribuir o abraço, como uma pessoa educada. Durou mais algum tempo e nos separamos. Encaramos-nos. Começamos a rir novamente.

– Eu sou muito fácil pra chorar sabe… não ligue pra mim… - eu tentava me desculpar.

– Que nada. Eu sempre tento não chorar em filmes assim também, mas nunca dá certo... Mas principalmente em filmes de cachorros. Como por exemplo, Marley e eu. Chorei muito – ele começou a rir ao falar.

– Eu passei horas chorando ao assistir esse filme – falei

Ficamos ali vendo os créditos do filme. Olhei as horas no meu relógio e… Minha Nossa!!!! Minha mãe vai me perguntar se eu fui comprar sorvete em outro país!

– Ah, me desculpa eu tenho que ir! Minha mãe já deve estar me procurando. Sabe as mães como são não é? – falei meio nervosa.

– Ok, então a gente se fala depois. – falou.

Ele veio ao meu encontro e me deu um beijo no rosto... Não era muito comum eu receber beijos no rosto de garotos… eu tremia das unhas dos pés até as pontas dos fios de cabelo.

– Tchau – acenei com a mão para ele e saí pela porta da frente.

Ele acenou de volta.

Assim que dei as costas… Correeeeeeeeeee! Minha mãe vai me matar. Não, mais antes ela vai me fazer uma série de perguntas e eu vou ter que acabar contando a verdade, afinal, ela iria acabar descobrindo de qualquer forma mesmo…

Abri a porta e não havia ninguém na sala. Fui até a cozinha e a encontrei lá.

– Sorvete, não é mocinha? Não sabia que o nosso vizinho vendia… - ela falou com um sorrisinho no rosto.

– Como a senhora sabe? – tentei não gaguejar.

– Eu vi pela janela – ela ria. - Agora me conta…ele te beijou?

– Mamãe!! – eu exclamei incrédula.

Mas na mesma hora começamos a rir.

– Tudo bem, eu vou contar tudo do começo ao fim. Ele me viu brincando com a Pink no quintal e veio me dar um ‘oi’. No meio da conversa eu perguntei se ele tinha algum animal de estimação. Ele respondeu que tem uma gatinha chamada Mixy e perguntou se eu não queria ir vê-la. Aí eu fui…

– Era só ter me contado a verdade filha… Eu não iria brigar com você – minha mãe falou.

– Eu sei mãe, mas a senhora iria ficar fazendo brincadeirinhas, como sempre – eu ria.

– Ok, ok, eu juro que não faço mais. Mas me prometa uma coisa. De agora em diante você vai me contar tudo, sempre! – ela falou. – Promete?

– Prometo! – eu respondi e lhe dei um abraço de urso enorme. – eu te amo, minha Chef!

– Também te amo! – ela respondeu.

Depois, subi as escadas em direção ao meu quarto. Eu não poderia estar mais feliz…



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Notas finais do capítulo

O que acharam?? Me contem o/ Por hoje é só, amanhã tem mais!