O Peso De Uma Mentira escrita por Arline


Capítulo 32
Capítulo 31-BÔNUS


Notas iniciais do capítulo

Então! O último do último! Espero que vocês gostem desse também e comentem!
Agradeço mais uma vez a companhia e o carinho de todos vocês.
Vamos ao capítulo!



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BÔNUS

POV EDWARD

Eu via, mas ainda não conseguia acreditar. Ela estava incrivelmente linda e os olhos brilhavam mais do que eu me lembrava de já ter notado antes; além do sorriso... Era um dos mais bonitos também. Meus olhos, mesmo embaçados pelas lágrimas, ainda captavam cada lapso de felicidade que passava por seu rosto.


Seu olhar suplicava pra que eu parasse de chorar, mas simplesmente não dava!


Quando anunciaram que era a hora, tentei me recompor e me manter firme; eu não poderia deixá-la cair. E muito menos, desmaiar... Aquilo já havia sido constrangedor alguns meses antes.


Caminhei em sua direção e lhe estendi a mão, que ela segurou bem forte, como se quisesse dizer que, independente de qualquer coisa, estaria sempre ali. A música nos embalava e eu notava, mesmo que vagamente, os olhares de admiração das outras pessoas. E como eu estava dividido! A felicidade era imensa, mas a tristeza... Por mais que eu dissesse que estava bem, que havia aceitado, eu já sofria antecipadamente por sua ausência.


— Você prometeu que não ia chorar! — disse ela e eu ri, me sentindo meio culpado.

— Não se pode fazer uma promessa dessas... Não quando se tem uma filha linda que acabou de casar.


Amanda sorriu mais ainda e a apertei um pouco mais contra meu peito. Minha garotinha! Nem tão garotinha assim... Ela estava com vinte e dois anos e estávamos em sua festa de casamento. Com aquele safado do Mike Newton Junior! Eu avisei que aquele moleque ia desvirtuar minha menina, mas ninguém me deu ouvidos...


— Não fique triste. Pense que encontrei um homem que será pra mim o mesmo que você é pra mamãe.

— Hum... E o que eu sou pra sua mãe, exatamente? — eu já sabia o que ela diria, mas era sempre bom reforçar a ideia...

— Tudo, papai. Você é apenas tudo pra ela. Eu sei que jamais existirá amor como o de vocês dois, mas eu e Mike nos amamos e queremos ser tão felizes como vocês são. Queremos ter uma família como a de vocês.


As palavras se esvaíram e só consegui sorrir. Ao final da música, dei um beijo em sua testa e ela, fazendo graça e arrancando risadas de todos, apertou minhas bochechas. Os casamentos em nossa família nunca seriam normais...


— Coisinha linda da Amandinha. Eu continuo te amando, papai lindão... Do...

— Tamanho do mundo todinho. — completei, sorrindo.


Fomos interrompidos por Dean, que no alto de seus treze anos e muita cara de pau, perguntou se eu não o deixaria dançar com a irmã. Como era abusado! Mal tinha saído das fraldas...


Segui até Bella, que estava dançando com aquele que tinha tirado minha garotinha de mim. Ela não conseguiu segurar a risada ao ver minha cara, que deveria estar bem feia.


— Vá dançar com a sua mãe. — falei, já o afastando da minha mulher.

— Edward! Que coisa feia! — e Bella ainda brigava comigo... — Ele é seu genro!

— Porque ninguém me deixou matá-lo...


E não deixaram mesmo... Há alguns meses, quando ele teve o desplante de ir até minha casa e pedir a mão da minha filha em casamento, eu pulei no pescoço dele e apertei, mas meu pai me puxou; disse que as coisas não seriam resolvidas daquela forma... E tinha outra forma? Não! Ele casou com a minha garotinha! E depois do surto... Eu desmaiei. Pois é. Até pensaram que era uma saída dramática, mas foi verdade; não aguentei aquilo.


— Veja como ela está feliz, Edward. Veja como os olhos dela brilham... Já a viu assim antes?


Não, eu nunca havia visto... Mas ninguém queria entender que era a minha garotinha ali, que aquele Junior fazia coisas com ela... Coisas que eu não queria nem imaginar... Era a minha pequena, minha filha lindona.


Quando dei por mim, Bella praticamente me arrastava por entre os convidados, que estavam mais preocupados em comentar sobre a “noiva mais radiante que haviam visto”...


— Amor... Não adianta ficar com essa carinha triste. Por mais que ela esteja casada e que tenha filhos, vai continuar sendo a nossa garotinha, só que com responsabilidades. Amanda te ama, Edward. Esse sentimento nunca vai mudar... Nunca...


Eu sabia que não mudaria, mas o pai tinha direito de sofrer! Era meu papel, oras!


Minha garotinha sempre me surpreendia... Aos quinze anos ela havia pedido que contássemos toda a nossa história; o que fez com que eu e Bella ficássemos separados por tantos anos... Eu relutei, mas Bella achou melhor contar. Chamamos meus pais e Alice e contamos tudo, até sobre a morte de Rosalie. Pensei que Amanda entraria em choque, que não mais ia querer falar com a avó ou até mesmo, me culpar por tudo o que havia acontecido. Nada disso... Minha garotinha abraçou a avó bem apertado, chorou com ela e disse que seu amor só havia crescido ao longo dos anos e que nada faria com que isso mudasse.


Quanto a mim... Ao chegarmos em casa, ele pegou uma foto, onde nós dois dormíamos no chão da sala, ela ainda pequena...


— Vê esse homem aqui? — perguntou e assenti — Esse homem arriscou muito e por um tempo, ficou sem o que lhe era mais importante; poderia nunca mais ter conseguido reparar alguns pequenos danos, mas conseguiu. Esse homem cometeu erros, ele é humano, afinal... Mas os acertos... Ah, foram muitos!Contar a mesma história por três vezes na mesma noite, assistir repetidas vezes o mesmo filme, mesmo cansado, se vestir de monstro só pra acompanhar os filhos no halloween... E amar! Esse homem nunca deixou de amar, por mais que coisas ruins tivessem lhe acontecido... — por um momento ela parou de falar, mas só pra secar minhas lágrimas bobas — Esse homem me ensinou muitas coisas... E é meu exemplo. Não conheço melhor pai do que esse homem e eu o amo. Nada, absolutamente nada do que ele fizer, mudará o que sinto.


Só notei que eu estava longe quando vi que Bella me olhava com curiosidade. Não falei nada, apenas a puxei pra mim, quase a esmagando em meus braços. Eu a amava. Realmente a amava. Em meio a um beijo singelo, eis que surge meu pesadelo...


— Eca! Isso é nojento! E vocês são meus pais, é estranho!


Dean tinha o dom de chegar nos momentos mais impróprios... Até mesmo quando ficava com meus pais o moleque aparecia em casa e sempre nos pegava em alguma situação constrangedora. E ele só achava nojento comigo e com a mãe... Já havíamos percebido seus olhares grandes pra cima de Eduarda e aquilo me deixou apreensivo no início, mas Alice me garantiu que estava tudo bem, que se um dia fosse pra acontecer, ninguém se oporia.


— Ainda bem que somos seus pais, não é? Imagine se sua mãe estivesse beijando outro homem?


Por um momento ele parou, me olhando bem sério e depois, olhou pra mãe com a mesma seriedade. Lá vinha uma de suas pérolas... Ser afilhado de Emmett não fez bem a ele...


— Pai, na boa... A mãe nunca vai beijar outro homem! Eu sei que vocês dizem que se amam e todas essas coisas de menina... Mas ela não é burra, pai. Só os Cullen possuem um charme especial, sacou?

— Saquei... Saquei que eu já falei que não quero você falando essas gírias. Isso é feio! — o repreendi e Bella riu.

— Ah, qual é, Edward! Você está ficando velho! Tem que se ligar na garotada!


Bella estava de sacanagem? Ela queria mesmo me provocar?


— Dean, a Eduarda deve estar atrás de você. Vai lá, vai.


Ah, agora minha querida esposa me olhava com medo? O quê? Eu só queria relembrar meus tempos de jovem... E meu filho, sendo muito esperto, saiu correndo.


A peguei pelo braço e a puxei, dando a volta pelas árvores e encontrei uma pequena porta. E eu nem queria saber o que tinha ali...


— Edward, por Deus! Nós não vamos fazer isso aqui! É o casamento da sua filha.

— Quem disse que vamos fazer alguma coisa? Eu estou velho.


Ela deu uma risadinha nervosa e eu ri com gosto. Bella tentando se conter era quase irresistível.


— Não amor... Você continua bem gostosão e nem é tão velho assim... Nem chegou aos quarenta ainda!


Eu a soltei. Ela disse as palavras mágicas... “Aos quarenta”... Em poucos meses eu completaria quarenta anos! Eu estava arrasado. Eu era um homem de quase quarenta anos, pai de quatro filhos e... Arrasado... Eu não disse que eu e Bella adotamos duas meninas? Pois é. Foram deixadas com apenas três meses no hospital onde Ben trabalhava e nos apaixonamos por elas... Estavam com três anos e chamavam-se Anne e Caroline.


— Edward, eu não queria... Eu... Não esqueça que pouco depois de você eu também completarei quarenta anos.

— É diferente... Você continua gostosa e não tem uma parte tão adorada do seu corpo que um dia não vai mais funcionar... Eu sou ridículo! Um velho com tatuagem nas costas e que não vai conseguir... Ah, meu Deus!


Bati a cabeça na parede e Bella começou a rir; me abraçando e repousando a cabeça em minhas costas.


— Vamos voltar para a festa, meu velho gostosão.


Preferi ficar quieto e quando voltamos, vimos Angie com uma expressão nada boa... A cegonha a acertou em cheio e ela teve trigêmeos. Ficou doida quando soube e chorou até não aguentar mais. Perguntamos o que havia acontecido e ela bufou, xingou e disse que seus três anjos haviam sumido. Aquilo era preocupante... Dois moleques e uma princesinha de oito anos desaparecidos... Kevin e Josh eram bem calmos, mas Rachel... Aquela menina era danada! E era minha afilhada. Acho que era por isso...


Passamos a procurá-los por entre os convidados e vimos Ben puxando Josh pela orelha, o menino ainda ria. Haviam aprontado!


— Estavam embaixo da mesa! Acho que comeram todos os doces que conseguiram e os que não conseguiram também...


Peguei Rachel no colo e tentei limpar toda aquela sujeira, mas seria impossível; tinha doce até nos cabelos. E como eu amava aquela pequena pestinha... Bella dizia que eu estava depositando meu amor de pai todo na minha pequena princesa e eu não discutia; era verdade.


— Seu cabelo come doce? — perguntei e a pequena riu.

— Tá tão gostoso! Comi um monte!


Não nos aguentamos e começamos a rir. Realmente muitas crianças faziam parte da nossa família... Alice, depois de Eduarda, ainda teve mais um: James. Ele estava com nove anos e tinha que ser afastado de Emmett enquanto ainda tinha tempo... Minha irmã foi chamada na escola porque o moleque chamou uma professora de gostosa...


Tanya e Emmett eram pais de lindas gêmeas: Clara e Susan. Elas estavam com cinco anos e já deixavam Emmett de cabelos em pé! Agora ele sentiria na pele o que era olhar a filha dos outros...


Jasper e Victória tiveram Alexsandra, que estava com três anos e esperavam por Amy, que nasceria dali dois meses. Minhas diferenças com ele não existiam mais. De forma alguma. Éramos amigos, eu era padrinho de Alexsandra e com certeza eu ficava doido com tantas crianças. As reuniões na casa da minha mãe jamais foram as mesmas...


Algum tempo depois, eu observava Amanda se despedindo de todos e meu coração apertou. Ela estava indo embora. Me mantive afastado, não querendo mesmo ver aquilo de perto, mas não adiantou, ela veio até mim e seus olhos brilhavam por conta das lágrimas. Eu também estava chorando, mas não fui rápido ao tentar secá-las.


— Oh, papai! Não fique assim... Daqui um mês eu estarei de volta e pode ter certeza que morrerei de saudades.

— Hum... — resmunguei e ela sorriu.

— Eu te amo e nenhum homem jamais será mais importante do que você.


Não aguentei e a puxei, quase a esmagando em um abraço. Era idiota, eu sei, mas não dava pra controlar... Tudo bem que ela encontrou alguém para fazê-la feliz — e se ele não fizesse, eu teria todo o prazer em matá-lo —, mas era tão difícil!


— Eu também te amo, ok? Nunca se esqueça disso. E diga ao Junior que estou de olho nele.


Ela sorriu e pouco tempo depois, sumiu de nossas vistas.


Dei graças a Deus quando Bella disse que queria ir pra casa. Eu queria ver minhas pequenas e sofrer mais um pouco; dali a alguns anos elas estariam casadas também... Dean ficaria com meus pais e isso nos dava a certeza de que teríamos pelo menos uma noite sem caras feias por conta dos banhos.


Tudo estava no mais absoluto silêncio em nossa casa e não era de se estranhar; passava das três da manhã. Fui até o quarto das meninas e ambas estavam quietinhas e cobertas; segui até elas e depositei um beijo na testa de cada uma. Anne era mais calma, dormia a noite inteira, mas Caroline... Se uma agulha caísse no chão, ela acordava e não queria mais dormir.


Ouvi Bella conversando e segui até o corredor, vendo uma Sarah de cabelos arrepiados e cara feia. Ela trabalhava conosco desde que adotamos as meninas e eu gostava tanto de deixá-la irritada!


— Viu um fantasma, filha? Seus cabelos estão medonhos! — falei e ela bufou.

— Me faz um favor, Eddie? Vá à merda! — ela só não bateu a porta porque as meninas estavam dormindo...


Olhei pra Bella, que se encolheu e correu para nosso quarto. Ela sabia que eu estava puto.


— Eddie? Porque raios você contou a ela? Ficou doida?! — falei baixo, enquanto andava em sua direção. Logo ela bateria contra a parede e não teria pra onde correr...

— Eu... Não foi por mal, sabe? Saiu sem querer... Ai!


E ela não tinha mais pra onde ir...


— Sem querer? — parei de frente pra ela, deixando minhas mãos apoiadas contra a parede, impedindo-a de sair — Eu acho que você fez de propósito... Você sabe o que acontece quando conta meu apelido...


Em resposta, recebi um gemido e eu mal podia esperar para ouvir outros mais...


Éramos assim e acho que nunca mudaríamos, por mais que o tempo passasse. A cada dia eu amava Bella mais e mais. Não éramos perfeitos, não tínhamos o casamento perfeito, mas aprendemos a conversar, a dizer ao outro o que nos incomodava, o que nos afligia... Meu problema seria sempre o mesmo: ciúmes. E ninguém poderia me culpar por isso... Bella continuava linda e desejável; seu corpo continuava chamando a atenção e isso me irritava profundamente... Irritava tanto que quase quebrei a cara de um moleque que se atreveu a chamar minha mulher de “gostosa pra cacete”.


Meu pai dizia que alguns dos fios brancos que se atreveram a aparecer entre meus cabelos eram por conta do meu gênio ruim. Não era. Eu só gostava de ter minha mulher em casa, meus filhos por perto... Até mesmo Dean, que vivia me chamando de velho. Como eu amava aquele moleque! Às vezes eu me pegava pensando no dia em que ele nasceu, nas emoções que tomaram conta de mim... Ele era uma mistura tão perfeita! Possuía meus olhos e os cabelos castanhos da mãe e Bella ficou profundamente decepcionada com isso... Quando nasceu, Dean tinha os cabelos bem claros, mas à medida que ele ia crescendo, os fios foram escurecendo, chegando a um castanho único.


E minhas princesas... Quando Ben nos contou sobre elas, numa conversa comum de fim de tarde, não precisei dizer à Bella o que se passava em minha cabeça, ela ligou imediatamente para Jared e perguntou o que tínhamos que fazer pra adotá-las. Eram lindas... Os olhos eram azuis, grandes e brilhantes e os cabelos eram tão loiros que Alice as chamava de mini-Barbies. Pelo menos as duas mostravam inclinação para brincadeira de meninas... Porque Amanda, mesmo depois de crescida, não perdia uma corrida... Ela realmente amava aquilo, amava tanto que em um ano ela se formaria em engenharia mecânica e eu já sabia seu destino...


E eu não poderia estar mais feliz... Meu “felizes para sempre” com Bella era construído todos os dias e estávamos indo muito bem, obrigado.


Mesmo depois de todos esses anos, eu ainda era o Edward bobão e apaixonado, ainda amava vê-la corar, ainda amava seus defeitos e, mais do que tudo, eu a amava por ela sem simplesmente ela; aquela Bella de sempre... Mesmo quando ela me chamava de velho rabugento...


POV BELLA


Eu não poderia estar mais feliz... Eu tinha uma família incrível, amigos que se tornaram pessoas extremamente importantes em minha vida e um marido que fazia questão de me mostrar que os anos não pesavam pra mim. Ao contrário de Edward, eu não me preocupava com o peso da idade; minha vida fora bem aproveitada. Em todos os sentidos... Creio que as coisas aconteceram ao contrário pra mim. Enquanto adolescente, eu já estava vivendo coisas de adultos problemáticos e quando me tornei “completamente adulta”, voltei a ser adolescente... Edward me deixava assim...


Depois de Dean, nós aprontamos coisas que deixariam qualquer pai de cabelos em pé... Chegamos até a receber uma advertência de um policial que nos pegou em uma situação deveras constrangedora.


Dean... Edward era completamente apaixonado por aquele moleque sem vergonha e não cansava de repetir isso, o que deixava nosso filho meio encabulado. Nossa pequena misturinha; ele era perfeito.


Amanda continuava sendo nossa garotinha, mesmo depois de casada. Pelo menos Edward já estava começando a aceitar mais o Mike e as ameaças diminuíram muito. De ameaças de morte, passamos pra ameaças de “infertilidade”. Era um avanço.


Nós tínhamos um cachorro também... Herança de Jacob... Aquele era o Jake terceiro. Eu nunca pensei que doeria tanto perder um animal de estimação. Até Edward chorou, mas jamais admitiria...


E era por isso que eu continuava me apaixonado todos os dias e me sentia uma tola quando meu coração batia de forma acelerada todas as manhãs, quando acordávamos.


Edward não mudara nada em seu jeito de menino e eu adorava vê-lo completamente bobo ao brincar com nossas caçulas. Nosso amor por elas veio antes mesmo de vê-las, apenas ouvindo suas histórias. E não erramos ao adotá-las... Eram crianças maravilhosas. Mesmo com a apreensão de Esme, sabíamos que seria diferente dessa vez; nós contaríamos a verdade quando elas fossem maiores.


Infelizmente não consegui voltar ao trabalho; eu pensei que era boa com persuasão, mas Edward era infinitamente melhor... Mas de uma coisa não abrimos mão; eu cursei a faculdade. Foi bem complicado no início, mas conseguimos nos organizar. Eu poderia lecionar pra crianças, se quisesse, mas a ideia de ficar o dia inteiro com o senhor meu marido era muito mais atrativa...


Contudo, o fato de eu não voltar teve algo de bom para Jared; ele conheceu a mulher da sua vida... Eles estavam casados e felizes.


E mais uma vez, eu me pegava observando Edward com nossos filhos. Sim, todos eles estavam ali e era realmente bonito. Amanda sempre mantinha aquele olhar de devoção, Dean considerava o pai muito melhor do que o Homem Aranha e esse era o maior elogio que Edward poderia receber do filho; Dean tinha fixação por aquele herói em particular. E nossas pequenas... Tudo pra elas girava em torno do pai... Era ele quem contava as histórias, quem caçava os “monstros”, quem passava horas e mais horas apenas ao lado delas, fazendo cafuné...


— Você é doidinha por ele, né? — Sarah apareceu ao meu lado, batendo seu ombro no meu.

— E sabe que sou uma louca bem feliz? — falei e rimos — Edward é tudo o que eu sempre sonhei. Desde a primeira vez que o vi, eu sabia que ele seria o meu marido, o pai dos meus filhos.

— Sei... E todo aquele papo de ser sem graça e achar que ele nunca te olharia? Eu sei de tudo, Bella... Alice é uma ótima contadora de histórias.


Sim, esse era o grande problema! Alice adorava contar esquisitices da minha adolescência, o que dava armas pra Sarah me amolar.


— Eu até poderia me achar estranha, mas eu sabia que nunca deixaria que ele escapasse. Edward é bom demais para seu próprio bem...


Ele era. Não havia dúvidas quanto a isso. E por ele ser quem era; eu o amava. Hoje, muito mais do que ontem e infinitamente menos que amanhã.


Quando nossos olhares se cruzaram, eu tive certeza — mais uma vez — de que seria até depois da eternidade... Edward me prometera isso e eu confiava plenamente nele.


Juntei-me a eles no chão da sala e deixei que minha cabeça repousasse no peito de Edward. Nossos filhos nos olhavam com tanto amor, que seria impossível não nos emocionarmos.


— Eu te amo. — falei, olhando aqueles olhos que eu tanto amava.

— Até depois da eternidade.


E eu contava mesmo com isso... Mesmo sabendo que não seria o suficiente.


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Notas finais do capítulo

É isso! Acabou mesmo! Espero contar com vocês em mais uma fic que será postada na sexta!
beijos!