Doce Vingança escrita por Alana5012


Capítulo 9
O Falsificador


Notas iniciais do capítulo

Legenda
Diálogos: - Sim, cuidarei dela exatamente como cuidou de mim por todos esses anos, irmão...
Pensamento: "Itálico"
Lembrança: Negrito
Narração: E foi a partir daí que a cólera se apossou também do Uchiha mais novo, que prometeu vingança ao irmão tão rude.
Mudança de Tempo e Espaço: ●๋..●๋



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/174707/chapter/9

•..●

  Algumas semanas decorreram-se desde então. Sasuke cativara Hinata, cortejando-a de forma elegante, esbanjando eloquência e cordialidade de modo que conseguiria conquistar quaisquer mulheres que fossem, se assim o quisesse; porém, no momento, seu objeto de desejo era sua tão jovem sobrinha, a herdeira de uma grande fortuna, que, a esta altura, estava perdidamente apaixonada pelo tio. Pobre ingênua! Mal sabia que, enquanto derretia-se ao ouvir as palavras doces do Uchiha (dirigidas exclusivamente a si), o mesmo tramava contra seu futuro, arquitetando um plano doentio, na verdade, diabólico. Mas a paixão que nutria por este fazia com que não fosse capaz de enxergar a face do demônio escondida sob o semblante angelical que este sempre ostentava. E assim, os dias iam se passando, sem que ela percebesse o comportamento de Sasuke - afinal, quando estamos amando, nos tornamos cegos.

  - Sabe, já faz algum tempo que venho pensando nisto... - Comentou ao acaso certo dia - O que acontecerá quando regressarmos à Europa? - A indagação fez com que Hinata franzisse o cenho. Infelizmente, o moreno estava certo: a hora de encarar a cruel realidade de ambos havia chegado. Que se sucederia quando aquela viagem finalmente chegasse ao fim? Voltariam e fingiriam que nada ocorrera? Ou prosseguiriam com aquele incesto sem que ninguém tomasse conhecimento disto? Nenhuma destas opções a agradava. Engoliu em seco, ainda pensativa. A pergunta levantada a deixara apreensiva e temerosa. Começa a questionar-se: teria ela cometido um terrível erro ao permitir-se seguir seu coração ao invés da razão? Notando o estado de aflição no qual deixara a menina, o rapaz continuou - Não me parece certo que continuemos com este relacionamento às escondidas. Por isso, para o nosso bem, acho que já está na hora de tomar uma decisão.

  - Entendo. - Murmurou cabisbaixa, esperando que o tio dissesse que descobrira não amá-la da maneira que afirmara antes, justificar-se dizendo que estava confuso e que agora percebia isto...

  - Ótimo que nós dois concordamos. - O sorriso que estampava deixou a garota pouco perplexa. O tio não tomara a postura que imaginava - Então, vou providenciar para que nos casemos o quão antes possível.

  - O-o que? - Balbuciou trêmula. Casamento?! Aquela idéia era absurda! Implicava em violar uma dezena de leis civis e ir contra princípios éticos e religiosos estabelecidos pela sociedade desde o começo dos tempos. Então, como isto seria possível?

  - Ora, não pensou que eu fosse afirmar estar arrependido, não é?! - Falava com um ar divertido com o qual a moça não estava acostumada. Aproximou-se uns poucos passos, tomando-a pelas mãos; olhou-a com ternura e prosseguiu naquele discurso que fora ensaiado nos últimos meses - Eu te amo. Quero que seja a minha esposa, a mãe dos meus filhos! Quer se casar comigo?

  - Mas, mas... - Repetia aturdida.

  - Não se preocupe com nada! Deixe-me resolver tudo; afinal, já estou planejando este momento há muito tempo. Tudo o que precisa dizer é “sim”. - Embora tudo estivesse indo um pouco depressa, e a consciência acusasse-a de estar indo contra a moralidade da época, ainda perdida em suas próprias divagações, Hinata assentiu com um meneio de cabeça.

•..●

 O dia mal amanhecera, porém, o homem de cabelos ruivos - dono de olhos igualmente rubros -, já se situava sentado sob a sombra da imensa cerejeira. A rua estava deserta e poder-se-ia dizer que não havia transeunte algum naquele momento, a não ser pela figura peculiar do moreno que caminhava vagarosamente em sua direção com o olhar fixo no vazio. Ao aproximar-se, Sasori reconheceu-o como sendo Uchiha Sasuke, o indivíduo com quem deveria se encontrar.

  - Quem é você? - Indagou, notando que o sujeito o encarava de forma indiferente. Finalmente pôs-se de pé, cumprimentando-o com um aperto de mãos:

  - Meu pseudônimo é Sasori: membro elite da Akatsuki. - Apresentou-se num timbre baixo. Sasuke compreendia o que aquilo significava: aquele jovem rapaz fazia parte de uma das organizações criminosas mais procuradas mundialmente. Um dos subordinados de Pain, seu amigo. Sim, contatara-o semanas antes, logo quando começara a arquitetar seu plano doentio, pedindo que o auxiliasse nos tramites legais. O mesmo comprometera-se a entregar-lhe toda documentação necessária, falsificando dados importantes, como o grau de parentesco entre o rapaz e a garota, a idade de Hinata (que ainda era de menor) e até mesmo seu próprio nome. Tudo o que necessitava era da assinatura da menina naqueles papéis e estaria acabado! Bastaria uma transação internacional e o Uchiha esqueceria para sempre o irmão, a sobrinha e seu passado sinistro.

  - Entendo. - Murmurou em resposta, ainda pensativo - E por que Pain não pôde encontrar-se pessoalmente comigo?

  - Meu Mestre sente por não comparecer, e justifica-se dizendo que um de seus negócios não saiu como o combinado e a polícia internacional está a sua procura, prometendo uma generosa recompensa em troca de informações que conduzam a sua captura. Sua identidade foi comprometida e ele não pode se arriscar.  - Explicou sustentando o mesmo semblante frívolo, estendendo-lhe um envelope, prosseguindo - No entanto, ele enviou-me com ordens para que entregasse ao senhor os documentos solicitados e aqui estão.

  - Certo, obrigado. - Agradeceu, tomando o pacote em suas mãos e examinando o conteúdo - Sim, tudo parece estar nos conformes. Espero não ter problemas...

  - De modo algum, Sr. Uchiha. - Assegurou-lhe - Modesta parte, sou muito profissional.

  - Creio que Pain já tenha me contado sobre suas extraordinárias habilidades em falsificação. - Elogiou-o, pasmo com o magnífico trabalho com o qual deparava-se. Sem dúvida, o jovem possuía talento.

  - Palavras gentis, senhor. Para mim, é tudo umaarte:algo de valor eterno e que, independente da época, impressiona aqueles que a contemplam, sendo o registro do fruto do que há de melhor e mais nobre do criador desta arte; mesmo que, para tanto, o artista tenha que ultrapassar os limites da ética/moral uma vez ou outra... - Concluiu com um sorriso sádico, acompanhado de uma breve gargalhada de escárnio por parte de Sasuke.

  - Um verdadeiro filósofo. - Retorquiu - Hã, ouça: Pain me falou também, numa dessas ocasiões, a respeito de seuhobbie..

  -As minhas marionetes, presumo. - Mediante a confirmação, continuou - Talvez a arte mais desafiadora de todas:criar pessoas.

  - E acaso trabalharia também com restaurações? - Questionou-o sem disfarçar seu aparente interesse nas habilidades do outro.

  - Deseja realizar uma encomenda, Sr. Uchiha? - Franziu o cenho. Aquele diálogo começava a deixar o ruivo curioso.

  - Estaria interessado? - Retrucou com outra pergunta. Sasori assentiu com um meneio de cabeça - E quanto ao prazo de entrega?

  - A pressão do tempo pode comprometer a perfeição da obra. Entretanto, tudo depende do pagamento, é claro... - Respondeu-o novamente sorrindo, como se ocultasse um segredo desconhecido por todos, exceto por ele mesmo. Realmente, além de bom falsificador, era um excelente negociador.

  - Está certo. - Sasuke concordou, admirado com a astúcia do criminoso - Faça o seu preço. Preciso de uma boneca de porcelana ainda esta semana. 

•..●• 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Lamento ter sumido por tanto tempo. Nunca fiquei mais do que uma semana ou duas sem publicar os capítulos de minhas fanfics. A verdade é que até pensei em abandonar esta porque nem tudo está saindo como o esperado, porém, depois de muito pensar, cheguei a conclusão de que seria uma grande falta de consideração com os leitores, logo mais agora, que a história está atingindo seu climáx. Calculo que faltem uns quatro capítulos para encerrar a história. Uma vez mais peço desculpas, e espero que ainda possa contar com vcs todos que acompanham. ^^



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Doce Vingança" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.