W-what Is This Shit? escrita por Junya, Maaih Walker


Capítulo 1
Capítulo I - W-what Is This Shit?


Notas iniciais do capítulo

A fic eu coloquei a classificação como +16 por enquanto. É pra ser +18, pois vai ter Lemonada sim 8D



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Título: W-what Is This Shit?


Autoras: NanaKunigan; Maaihchan


Anime: D.Gray Man;No.6


Casal:
Kanda x Allen; Nezumi x Shion


Classificação: + 16. (Por enquanto -qq)


Gênero: Yaoi/Lemon

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W-what Is This Shit?

Capitulo 1


– Já vai, Allen? – perguntou Jerry, fazendo biquinho. O cozinheiro gostava do exorcista por sua peculiar característica de devorar pratos como nenhum outro e elogiar sua culinária sempre que podia.


– Ah, sim. Outra missão. – Allen sorriu tristemente, despedindo-se do banquete com os olhos marejados. Como de costume, agradeceu o serviço, elogiou Jerry e desculpou-se por deixar comida sobrando.


O cozinheiro reconheceu a pressa de Allen e decidiu empanturrar alguns finders e cientistas, enquanto acenava em despedida de seu melhor degustador de iguarias.


Não muito longe dali, estava Kanda, numa sala que estaria completamente vazia se não fosse por ele. Sentado no chão, com as pernas cruzadas e os olhos fechados, meditava. O silêncio que pairava era agradável, proporcionando total concentração no seu treino mental. Porém seu momento de sossego foi quebrado repentinamente, a voz irritante de Komui gritou ao pé de seu ouvido. Semicerrou os olhos, encarando seu golem agitado.


– Tch. – Disse assim que a mensagem terminou. Uma missão com o Moyashi.


De muita má vontade, ergueu seu corpo, não gostava nem um pouco do Walker, mas o jeito era aturá-lo – eram exorcistas afinal. Pegou uma toalha sobre a mesa e saiu da sala, fechando a porta atrás de si.


Enxugou o rosto na toalha, depois a colocou sobre os ombros.


Lenalee veio do lado contrário do corredor, tinha uma bandeja em mãos com xícaras fumegantes, sorriu quando passou por ele. Kanda moveu a cabeça, num cumprimento rápido e seguiu para a sala do Supervisor junto da Lee.


– Trouxe sua xícara também.


– Não gosto de café. – disse Kanda.


– É chá. – ela deu um sorriso meigo, indicando a xícara com a cabeça.


Kanda, ainda meio contrariado, aceitou a xícara de chá que a chinesa lhe ofereceu sem dizer mais nada e seguiu para a sala do supervisor.


Chegando lá, apenas chutou a porta fazendo a mesma fazer um som estrondoso ao se chocar com a parede, assustando as duas pessoas presentes na sala.


– Chegada triunfal. – disse Lavi sorrindo, encostado na parede num canto escuro do recinto. Allen e Komui viraram para o ruivo. Ele estava recostado na parede com um pequeno livro em mãos. “Quando ele tinha entrado ali?!”, perguntaram-se, mas foi somente quando Kanda resmungou um “tch” que Allen soube qual expressão esboçar primeiro, ativou o modo de implicar com o Kanda.


– Não podia ser menos barulhento? – perguntou Allen com um risinho.


– E você não podia parar de respirar? - Devolveu se achando vitorioso.


– Ei, vocês. – interveio Komui, antes que Allen pudesse responder com uma pergunta pior – Estamos aqui para falar de algo sério, muito sério. Poderiam se concentrar em mim?


– Tch - Kanda emburrado olhou para Komui - Por que tenho que ir numa missão com esse Moyashi?


– Olha, eu vou indo. – disse Lavi, antes que o clima ficasse mais pesado por ali. Colocou alguns papéis em cima da mesa de Komui e saiu da sala rapidamente. Allen evitou responder “gentilmente” a questão dirigida ao Supervisor e sentou no sofá.


– Kanda, sente-se, por favor. – disse Komui, farto da briga. Kanda olhou feio para Allen e resmungou, jogou-se no canto mais distante que pôde e apoiou o cotovelo no braço do sofá. A grande áurea negra pairava no ar num silêncio mortífero. Komui estava acostumado com os olhares tortos do espadachim, mas ver Allen fazer o mesmo era estranho.


– Como assim?! – perguntou Allen, arregalando os olhos. Kanda também encarou o Supervisor.


– Quando falei “outra dimensão” quis dizer um local muito diferente do nosso.


Allen expirou o ar aliviado, enquanto Kanda xingava mentalmente as palavras mal colocadas do chinês. Notando a carranca de Kanda, Komui tornou a explicar mais devagar.


– Estipulei uns três dias para permanecerem por lá, mas se conseguirem voltar em menos de 72 horas, melhor para vocês. Saibam – Komui se inclinou para frente, apoiando o queixo sobre os dedos cruzados – A área está instável, qualquer risco, voltem logo, sem aviso prévio, daremos um jeito de abrir o portal.


– Certo. – Allen levantou, pronto para partir em missão.


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– Vocês não têm muito tempo, apenas verifiquem se há a possibilidade de haver atividades de alguma Innocence ou de algum Akuma. – explicava Reever com uma prancheta em mãos encarando os dois exorcistas a sua frente.


Allen olhou atento para todas aquelas máquinas e fios em volta da sala de Ciências, todas estavam ligadas aos computadores que, de algum modo, colaboravam para manter aquela porta da arca aberta. O portal estava visivelmente diferente dos outros, apesar de todas aquelas tecnologias da Ordem lhe dando certa estabilidade, ainda tinha nítidos sinais de instabilidade, se perguntou se realmente era seguro entrar ali.


– O que foi, Moyashi? – Kanda disse, acordando Allen de seus devaneios ao jogar todo o conteúdo da xícara que Lenalee lhe entregara em cima da cabeça dele – Está com medo?


O britânico olhou com ódio para o japonês que o olhava com superioridade, um sorriso irônico e de desprezo era visto nos lábios finos do maior. Passou uma das mãos nos fios esbranquiçados, tirando parte do líquido que em pouco tempo ficaria pegajoso em seu cabelo, olhou para Kanda e com um sorriso de trapaça retrucou:


– De jeito nenhum. E você está com medo, BaKanda? – olhou para os olhos em brasa do moreno – E porque estava prestando atenção em mim? – sorriu com deboche.


– Tch, claro que não! E, se não notou, estão nos esperando para entrarmos logo. – Retrucou Kanda, lançando um olhar a Komui, como se esperasse que o mesmo dissesse mais alguma coisa antes de partirem.


– Bom, como a instabilidade é grande, os dois vão ter que atravessar a passagem juntos para que ela aguente por mais tempo. – Komui levou a mão à frente do rosto para dar uma tosse forçada tentando disfarçar o que iria falar a seguir – Ou seja, terão que ir de mãos dadas. – O chinês sabia que era uma missão impossível.


– O QUÊ?! – berraram os dois basicamente horrorizados com a cena que lhes passou pela cabeça. Aquilo era impossível, totalmente impossível!


– É uma missão realmente importante e, querendo ou não, vocês terão que fazer isso. – disse Reever já irritado com a briga dos dois que se olharam de cara feia, visivelmente desconfortáveis com a situação.


Depois das palavras do chefe da divisão de Ciências, todos os presentes ficaram encarando Kanda e Allen. O silêncio era perturbador, pensou o albino, ainda completamente incomodado com a cena. Com esse pensamento, sentiu-se agarrado pelo seu casaco da Ordem, preso pela nuca a mão de alguém. Olhou para trás confuso e qual não foi a sua surpresa e espanto ao ver Kanda lhe suspender no ar e soltá-lo envolvendo sua cintura com um dos braços, lhe segurando sem a menor preocupação.


– Só precisamos entrar juntos, certo? – perguntou com uma veia saltando em sua testa. O japonês já farto e incomodado com os olhares realmente espantados de todos, entrou no portal, segurando Allen com mais força, já que ele não parava de se remexer nervosamente berrando para que lhe colocasse no chão.


Todos do laboratório ficaram olhando perplexos para o portal, até serem interrompidos com um barulho ensurdecedor e uma forte luz vermelha. Algo havia dado errado e o portal estava se fechando.


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Já do outro lado do portal, mau os exorcistas pisaram no estranho local que aparentava algo como o futuro, Kanda sentiu o peso de um pé sobre seu rosto, fazendo-o soltar Allen no chão com tudo.


– Maldito! Com a permissão de quem você acha que pode ir carregando as pessoas desse jeito?! – berrou Allen alterado, tinha o rosto um pouco rosado e a respiração acelerada pelo esforço para se soltar do moreno e gritar com ele.


– Calado, Moyashi. – Disse Kanda, olhando para o céu. As nuvens estavam realmente escuras, e logo uma tempestade começaria, e isso não era bom. Nada bom. – Venha logo, temos que achar algum lugar para ficarmos – Completou, logo puxando Allen para um ponto qualquer da cidade. Mal perceberam o portal se fechar, trancando-os naquele lugar desconhecido.


Assim como Kanda, Allen olhou para o céu onde nuvens acinzentadas e grossas mostravam que logo descontariam sua fúria naquele fim de mundo onde se encontrava. Não seria mais fácil se tivessem entrado na cidade onde os casos estavam acontecendo? Perguntou-se enquanto seguia seu "companheiro" que parecia tão irritado quanto ele próprio. Suspirou, levou a mão aos fios brancos, sentindo o conteúdo da xícara de Kanda quase seco, seus cabelos ficaram mais grudentos com o passar do tempo, iria descontar a gentileza do espadachim assim que tivesse uma chance.


– Tsc. – reclamou, ainda passando a mão nos cabelos grudentos.


Realmente, aquele não era um dia de sorte. Logo seus rostos começaram a ser chicoteados pelas grossas gotas da chuva, obrigando-os a apertarem o passo.


Em poucos segundos, a chuva se tornara mais forte, fazendo-os correrem. Kanda estava à frente, visivelmente irritado sendo seguido por Allen, que parecia feliz, pelo menos seu cabelo não estava mais grudando. Depois de alguns minutos correndo debaixo daquela chuva forte, o japonês viu uma entrada embaixo da terra que ficava próxima a algumas casas e prédios soterrados.


– Pelo menos agora não tenho mais aquela coisa grudenta no meu cabelo. – disse Allen com as mãos apoiadas nos joelhos, estava um pouco ofegante pela corrida. Olhou para Kanda que tirava o casaco da Ordem, tentando retirar parte da água. Fez o mesmo, retirou o seu ficando com a calça e a camisa branca que também se encontravam ensopados.


Kanda, assim que colocou o casaco ensopado em cima de uma pedra próxima de si, olhou para Allen que torcia seu casaco, fitou a camisa branca do albino que grudava no corpo magro ressaltando seu físico. Desviou seus olhos para o corredor, tinha algumas lâmpadas acessas mais adiante, tocou a Mugen, andando em direção à luz fraca.


– Espera aí, Kanda! – chamou Allen ao colocar o casaco da Ordem junto com o do japonês e segui-lo. Estava um pouco desconfortável, a camisa molhada grudava em seu corpo, fria.


Logo foi surpreendido por um sinal de silêncio do outro. Kanda percebera que algo estranho estava acontecendo ali, com esse pensamento, ele e Allen começaram a ouvir barulhos estranhos vindo de uma das portas do corredor.


A cada passo que os exorcistas davam em direção ao vasto corredor, os sons ficavam mais audíveis. Os barulhos estranhos tornaram-se suspiros e curtos... Gemidos, assim que Allen e Kanda chegaram a uma porta alta e bem cuidada. Embaixo desta, saía uma clara luz tênue. Irritado com aqueles barulhos que julgava sem-vergonha, Kanda Yu retirou Mugen da bainha e cortou a porta em dois, arrependendo-se amargamente em seguida.


Allen, que ainda se encontrava atrás de Kanda, só pôde perceber o corpo deste se retesar e tremer. Olhou interrogativo para o companheiro de missão se perguntando o porquê do espadachim reagir daquela forma. Foi para o lado de Kanda olhando para dentro do aposento, era um quarto pequeno, um único cômodo, tinha uma pequena cama de solteiro com um sofá ao lado, um fogão improvisado e várias prateleiras recheadas de livros. Ao olhar para a mesma direção de Kanda, sentiu os pelos de seu corpo se arrepiar, a cor fugiu de seu rosto, ficando com uma aparência fantasmagórica. Seus olhos se arregalaram e teve vontade de sair correndo dali.


No chão, Kanda e Allen olhavam abismados para dois jovens, o que parecia o mais jovem dos dois tinha os cabelos esbranquiçados assim como os de Allen, no entanto, seus olhos eram avermelhados e abaixo do olho esquerdo tinha uma pequena marca que descia por sua nuca rodeando o pescoço claro, continuando a percorrer o peito todo. As mãos do garoto se agarravam a camisa amarrotada e quase fora do corpo do mais velho, que tinha os cabelos azuis escuros, no mesmo tom dos de Kanda, seus olhos eram cinzentos e seu cabelo que ia até um pouco abaixo dos ombros. Ambos encararam os dois exorcistas que pareciam visivelmente horrorizados com a cena. O mais velho se encontrava por cima do garoto de orbes avermelhados, as mãos tateavam seu peito totalmente a mostra antes da invasão, olhou irritado para Allen e Kanda.


O garoto que se encontrava com as costas coladas ao chão, e que ainda agarrava a camisa do moreno, olhou um pouco confuso para os exorcistas, encarou Allen que o olhava perplexo, seus cabelos eram um pouco mais curtos e arrumados que os dele.


– Quem são vocês? – perguntou confuso, encarou seu "companheiro" – Você os conhece, Nezumi?


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Notas finais do capítulo

Fanfic também postada no AnimeSpirit.