Aphrodite: A Verdade Que Não Foi Dita, A escrita por Priscila Forray


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

ATENÇÃO: Este CAPITULO (em especial) possui uma cena um pouco mais quente. Aviso dado.



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         Estava com tanto ódio que gostaria de quebrar alguma coisa, minha mãe havia despertado os piores sentimentos que poderia sentir. Ela trouxera de volta momentos e acontecimentos que pensei que havia esquecido, mas que na verdade nunca vou esquecer.

         Quando era humana fui uma garota totalmente diferente, era doce, delicada, romântica. Nunca me dei bem com a minha mãe, mas suportava e lidava melhor com a situação, estudava num colégio particular e de ótima reputação, de certa forma era feliz e sempre tive tudo o que quis todo dinheiro e luxo à disposição, todo mundo diz que o dinheiro não compra felicidade, mas convenhamos é melhor ser infeliz em Madrid do que em um busão lotado, enfim.

         No oitavo ano do ensino fundamental conheci um garoto, ele era do colégio e estudava na outra sala do oitavo ano. Ele era lindo, o cara mais disputado da escola e todas as meninas morriam de amores por ele, eu achava impossível um cara como ele olhar para mim, porque por mais que eu fosse linda e rica sempre fui mimada demais, sempre me achei superior às demais pessoas e isso afastavam as pessoas de mim. Chegou a um ponto em que ele começou a se aproximar e resumidamente, me enganou... Dizia que me amava quando na verdade só queria me levar para cama, tudo em função de uma aposta que ele fez com os amigos dele, naquela época eu era inocente estava completamente apaixonada por ele, caí no joguinho dele e acabei com o coração partido.

         Depois disso eu mudei, deixei de ser doce e romântica e passei a ser malvada odiosa e todas as demais qualidades que me atribuem hoje em dia. Um ano depois disso Nyx me marcou e, desse dia em diante, jurei a mim mesma que nunca mais sofreria por alguém, nunca mais cairia em uma armadilha dessas, nunca mais me apaixonaria e seria mais forte, mais fria, confiaria menos nas pessoas e me fechei criando um mundo só meu, onde poucos podem entrar um mundo onde uso todos e não me apego a ninguém. O que eu quero com isso? Poder! O poder que um dia usaram contra mim, agora tenho em minhas mãos, sei que isso é errado, e que ninguém tem nada a ver com as minhas dores e ressentimentos, mas isso afasta as pessoas e evita que eu sofra de novo.

         E o pior foi que a minha mãe sabia de tudo e não me ajudou em nada, colocou-me mais para baixo. É por causa deles que odeio os humanos, são tipinhos que nem eles que fazem que a raça humana não ir para frente, não evolua.

          Depois da dramática cena com a minha mãe guardei o relicário e foi quando escutei duas batidas de leve na porta. Puta que pariu, Erik havia chegado e nem banho eu tinha tomado ainda...

         

        Entrei no banheiro e tomei um banho demorado; queria deixá-lo louco. Desliguei o chuveiro e tranquilamente vesti minha lingerie da Victoria Secrets. Me olhei no espelho e tentei não arrumar muito meu cabelo. "Agora é só esperar ele enlouquecer e entrar...", pensei.

Passaram-se 10, 15, 20, 30 minutos e nada. "Porra, ele morreu!". Sem entender o que estava acontecendo, explodi porta afora e percebi que o corredor estava deserto.

- Merda! Cadê ele que não chega?!

Do nada, senti uma mão me puxando por trás. Era ele. Sua boca se demorou no meu pescoço, mordendo-o, beijando-o, sugando-o...

- Ah, você achou que eu não vinha? - perguntou ele de modo provocante - Se você quiser eu vou embora... - disse de modo persuasivo.

Eu me virei de frente pra ele, rasguei sua camisa, e mordi seu peito. Ele gemeu baixinho, o que me excitou ainda mais. Tirei sua calça e em seguida pulei nele, envolvendo minhas pernas em sua cintura.

- Aphrodite... - sussurrou em meu ouvido.

- Erik... - eu respondi.

- O quê?

- Cala a boca e continua.

Ele riu baixinho e me jogou na cama. Com uma das mãos, acariciou meu corpo; com a outra tirou meu sutiã. Sorrimos maliciosamente um para o outro, e ele se deliciou na parte de cima do meu corpo, me beijando e mordendo.

Em seguida, sua mão penetrou dentro da minha calcinha, o que me fez gemer baixinho. Isso o estimulou e com um puxão, ele arrancou a peça.

Através de carícias, beijos, mordidas e arranhões, ele descobriu meu corpo, e mostrou que queria tanto quanto eu, ou ainda mais.

Em seguida, foi a minha vez de me divertir com ele. Empurrei o corpo dele ao lado do meu, e subi nele. Arranhei-o todinho. Ele gostou. Mordi seu pescoço, seu queixo, seus lábios. Minha mão desceu até sua cueca e antes que pudesse pensar, eu já havia rasgado a peça.

Ele rolou ficando por cima de mim. Puxou minha perna, enganchando-a em sua cintura, deslizou sua mão pelas minhas costas e mordeu meu pescoço com força. Gemi alto demais. Ele olhou cruelmente pra mim, me puxou pela bunda pra mais perto dele e antes que eu percebesse, ele estava em mim, e eu nele. Ambos gememos. Ou melhor, gritamos.

Nesta noite não dormimos, e tenho que dizer, não houve culpa, arrependimento nem nada assim... Apenas tesão.

Pela manhã acordei nos braços de Erik, não podia deixar de admirar a aparência do garoto, ele realmente era muito gostoso e Deusa, ele era de fato meu. Eu sabia que em partes toda essa coisa de poder e controle acabariam afastando ele de mim em breve, mas eu não estava disposta a pensar nisso no momento. Se tem uma coisa que eu aprendi muito rapidamente é que não devemos sofrer por antecedência e no momento ele esta do meu lado e isso é o que importa. O que farei quando ele me deixar? Vou arrumar rapidamente alguém que o substitua e não pense você que eu falo isso com som de maldade ou que já tenho alguém em mente. A questão é ninguém consegue viver sozinho e pode não parecer, mas o Erik me faz bem, não só ao meu Ego, mas bem de verdade... Às vezes ao lado dele consigo ser a garota de anos atrás e penso se não valeria a pena deixar toda essa idiotice de poder e viver tranquilamente ao seu lado. Acontece que não sou a única a ter os meus problemas. O Erik é um cara legal, doce, atencioso, carinhoso e gostoso, muito gostoso, mas ele tem um lado insuportável. Um lado possessivo e irritante que me tira do sério às vezes, ele acha que pode controlar meus passos, controlar o que eu visto controlar com quem arrumo minhas brigas... Ele não sabe de nada. Ele chega a ser ingênuo com essas atitudes e no fundo do meu coração eu sei que é uma coisa temporária. Eu penso em mudar por ele, mas ele não é de fato o cara que será capaz disso. Ainda não.

Olhei por cima da cabeça do Erik e olhando no relógio percebi que daqui meia hora as meninas começariam a levantar e estaríamos totalmente encrencados se uma delas nos visse juntos essa hora da manha e nus da forma que estávamos, infelizmente havia algumas garotas invejosas, pois não tinham a capacidade de arrumar um homem igual ao meu e capaz de criar fofocas para nos prejudicar. Os vamps, ou melhor, Neferet sabia que dormíamos juntos algumas vezes no alojamento das meninas e não era contra, apenas pedia discrição nas nossas ações pecaminosas. Eu gostava na Neferet, pois ela de certa forma me entendia e sabia das minhas atitudes. Ela nunca havia comentado nada a respeito, creio que por receio ou por alto reconhecimento. Não tem um ditado que diz que quem é de verdade sabe quem é de mentira? É quem é de mentira reconhece os seus. Eu não sou de fato uma pessoa ruim, não seria capaz de matar ninguém, ou fazer algo que de fato prejudique uma pessoa. Eu reconheço que se há um limite e que há uma linha muito tênue entre a maldade e a loucura. A Neferet por sua vez anda por cima desta linha. Ela não tem nem uma atitude que de fato não vá beneficiar o seu traseiro lindo de alta sacerdotisa e ela só aja desta forma comigo, pois ela sabe que eu sei o que de fato ela é. Ninguém consegue ser boa a maior parte do tempo e algo que me deixa totalmente satisfeita e que eu sei, que cedo ou tarde, a máscara dela vai cair. Por que não faço nada a respeito? Porque por em quanto ela não vai de fato contra mim ou contra ao que eu faço ou deixo de fazer, vejo como uma troca. Em quanto ela fica na dela e finge que não vê o que faço, eu finjo não ver a grande merda ao redor dela e fico na minha. Enfim, chega de pensamentos tolos. Hora de levantar e mandar esse lindo traseiro embora.

− Erik, acorda querido. Vamos você tem que ir embora antes que alguma garota linguaruda acorde e possa nos dedurar.

Uma verdade sobre Erik Night é que ele não dorme como as pessoas comuns, ele morre e ressuscita todas as manhãs.

− Ah! Deixa-me dormir mais 10 minutinhos Aphrodite! - Empurrei o braço dele e dei um pulo da cama, comecei a recolher as roupas dele e joguei por cima dele. – Deixa de moleza Erik, você sabe que não podemos abusar da sorte e além do, mas você já dormiu o suficiente.

Ainda sonolento ele se levantou e começou a vesti-se. Depois foi ao banheiro e em seguido estava de volta, com a cara lavada e um olhar selvagem. ele sempre fica assim depois que transamos. As vezes eu curto, acho legal esse tesão todo que ele tem por mim, mas as vezes eu acho doentia, porque depois do sexo ele sente uma necessidade grande de grudar em mim e não me largar mais.  Ainda me olhando de longe, ele começou a dizer:

− Sabe Aphrodite, eu não sei o que é e nem o por que, mas eu gosto muito de você, de verdade. Eu sei que você não gosta de grude e que as vezes eu te sufoco, ainda mais depois do sexo, mas não precisa fazer esta cara de merda. Eu gosto de você. Só isso. Não é só por que você é gostosa e a garota mais bonita da Morada da Noite, eu vejo um lado em você que tenho certeza que ninguém, conhece e de certa forma eu gostaria de explorar esse lado desconhecido para muitos e sei que a maioria de nossas brigas acontece por causa disso. Eu não acredito nesse papel de menina má que você faz. Sei que existe uma garota doce, amável e muito carente por trás de toda essa garra e maquiagem... As vezes penso que talvez eu não  seja o cara ideal pra fazer esta Aphrodite que eu vejo aparecer, mas eu sei que um dia poderemos conhecer ela de verdade e melhor...

Não sei de onde veio essa declaração, mas fiquei balançada. No final das contas ele me entendia mais que eu mesma e sabia os meus pontos fracos. Ele enxergou uma parte minha que havia escondido há muito tempo e o mais surpreendente é que ele sabe que “nós” não seremos para sempre. Uma hora ou outra diremos alguma palavra ou faremos algo que magoe o outro ou ambos e tudo terá um fim. Pode parecer paranoia, mas acho que isso está próximo de acontecer. Afinal ele está tentando me decifrar e eu não quero ser decifrada. Eu quero que esse tal cara apareça ou que venha a oportunidade de ser quem eu sou, mas por enquanto eu tenho muito a perder... Pode parecer confuso, mas acredite em mim para tudo nesta vida existe hora e um lugar e eu realmente sinto que algo grandioso irá acontecer... Em breve.

Saindo do meu transe, tentei parecer menos “encurralada” e agir com naturalidade.

- Ah claro, que bom que você finalmente confessa seus sentimentos por mim Erik. – dizendo isto descaradamente toquei o sexo dele por cima da calça e ele instantaneamente fico rijo. – Opa! Isso mesmo garotão. Peço desculpas, mas você vai ter que segurar onda e cair fora, tomarei um banho rápido, quando terminar não quero ver você por aqui e espero que você esteja no seu quarto acordando de uma noite de sono.  – fui em direção ao banheiro e pisquei pra ele que estava corado pelo fato de estar excitado e um pouco surpreso pela repentina mudança no assunto. Dentro do banheiro, fecho a porta e encosto nela. Que diabos eu estou fazendo? Realmente eu ao sei...

Continua...


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Notas finais do capítulo

Pessoal, logo mais teremos outro capitulo. Já tenho o próximo pronto, só revisar e logo mais teremos ele postado também... rs



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