Breathe And Live.. escrita por Thalia


Capítulo 2
Capítulo 2 - Stoop!


Notas iniciais do capítulo

Segundo, ainda não tem ninguém lendo mas eu vou continuar postando assim mesmo kkkkk sou forever alone de mais!



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- Marry, estava d-i-v-i-n-a essa sua lasanha, como sempre né?!_

- Ah, para com isso Mey.. - Ela disse corando.

- Mas é verdade Marry, estava uma delícia! - Falou minha mãe terminando de ''raspar'' o prato e sorrindo.

Marry corou de novo e retirou a mesa, dei um beijo na bochecha de minha mãe e subi para meu quarto, fechei a porta e me joguei em minha cama. Fiquei pensando em o que eu poderia fazer agora.

Eu não conheço muito a região então quem sabe não seria legal caminhar pelas ruas claras de Stratford e aproveitar esse sol. Me levantei e corri em direção ao meu armário abrindo uma das portas em seguida. Peguei uma roupa bem básica e meu celular que coloquei no bolso traseiro do short. Desci as escadas saltitando e vi minha mãe dando uma última olhada no espelho, provavelmente iria trabalhar.

- Vai pra loja mãe? - Perguntei já sabendo a resposta.

- Vou sim meu amor, quer alguma coisa de lá?

- Não, só perguntei pra saber, eu vou dar um passeio pelo novo bairro tudo bem? Só pra conhecer melhor a cidade e tals..

- Tá bom filha, se divirta! Beijos. - Ela disse, me deu um beijo no topo da cabeça e saiu.

Avisei Marry que iria sair e mais tarde já estava devolta, sai de casa e vi o carro da mimha mãe saindo da garagem, ela logo fez a curva para se direcionar na pista e buzinou, logo virou a esquina e sumiu da minha vista. Apenas sorri e começei a caminhar sem rumo observando as ruas, árvores e pessoas ao redor.

Algumas andavam de bicicleta, outras passeavam com seus cachorros ou apenas passeavam como eu. O dia estava bonito e claro, dava para ouvir os passáros cantado no alto das várias árvores por ali. Andei mais um pouco até conseguir escutar risadas de crinças brincando, ah não a coisa mais gostosa do que risada de criança. Segui na direção do som e cheguei em um parque cheio de ciranças e seus pais bricando e conversando, alguns casais aproveitando o tempo juntos e.. havia um menino. Ele me chamou muita atenção, era realmente bonito, estava sentado em um dos bancos de mareira que haviam por ali e parecia observar calmamente a vista do lago a sua frente. Vestia uma blusa preta de gola v com alguns detalhes na fente e uma camisa social aberta da mesma cor, uma calça dorada, um supra preto e um óculos também preto. Estava lindo! Ok Meysse, chegou de babar no garoto desconhecido.. Caminhei até uma árvore onde tinha sombra e me sentei em baixo dela na grama verde e sem perceber fiquei viajando no menino sentado no banco. Ele me tirava a atenção de quaquer outra coisa, sua beleza era tremenda mesmo vendo de longe.

De repente, foi meio que rápido de mais, alguns garotos que parecia ser da minha idade e do garoto no banco apareceram. Pareciam uma espécie de grupinho, gangue ou sei lá, se aproximaram do bonitinho que continuou no banco sem se movimentar. Começei a ficar preocupada, aqueles muleques chegaram mais perto e o que me parecia o 'lider' do bando deu um empurrão nas costas no menino que quase caiu do banco e logo se levantou assustado. Ah não, briga não..

Olhei para os lados e parecia que ninguém havia notado o movimento ali, estavamos um pouco afastados das outras pessoas e das crianças. Olhei novamente para frente e o bandinho havia cercado o garoto do banco que olhava para todos os lados aflito. Respirei fundo e me levantei, não podia deixar aquilo acontecer, eu odeio brigas. Fui em direção a eles que zoavam o pobre menino.

- O que você vai fazer agora ein Justinzinho?

- Hahaha nada, ele não pode fazer nada, porque? Ah é, porque ele é...

- Eeei! - Falei interrompendo - o que vocês estão fazendo, deixem o garoto em paz.

- Olha gente, o Bieber arranjou uma namorada, pena que ele nem sabe como ela é... - Ele disse e começou a gargalhar alto junto com os outros, menos o tal de Justin, que ficou calado.

Quando olhei direito, Justin estava com a cabeça baixa e vi uma lágrima escorrer por sua bochecha esquerda.

- Agora o bebê vai chorar.. Tadinho. - Falou um dos meninos ridículos dando um empurrão em Justin o fazendo cair no chão. - Deixa que agente te ajuda a calar essa sua boca de nenem. 

Ele levantou a mão que estava fechada e foi em direção ao rosto do menino estirado no chão, lhe dando um soco bem do lado direito. Foi tão rápido que eu não pude fazer nada, quando vi já tinha acontecido. Os outros meninos só sabiam rir. 

Morrendo de ódio daqueles otários, escrotos, corri e fiquei a frente de Justin que agora deixava mais algumas lágrimas cairem e passava a mão no rosto onde fora acertado.

- PAARA! - Gritei com raiva. - Porque está fazendo isso com ele? Deixa de ser idiota, e covarde. Se manda daqui, você e seus amiguinhos ridículos.

- Quem você pensa que é pra falar assim de mim e de meu amigos em sua vadia? Escuta aqui... - Eu não esperei ele terminar e lhe dei um tapa bem forte o fazendo cambalear um pouco para trás com a mão no rosto.

- Não me chama de vadia, seu covarde. Anda, tá esperando o que pra se mandar daqui?

- Isso não vai ficar assim, sua..

- Anda Apolo, vamos embora, agente cuida deles depois.

Eles sairam e o tal Apolo parecia soltar fumaça pelo nariz. Ri disso e logo me virei para trás olhando o menino ainda no chão fungando baixo. Me ajoelhei em sua frente e coloquei a mão em seu ombro.

- Ei, tá tudo bem com você?

- Tá, eu não precisava de ajuda, eu sei me cuidar sozinho, eu...eu.. - Ele falou nervoso e começou a chorar novamente.

- Calma, tá tudo bem, vem, levanta. Aproposito meu nome é Meysse, Meysse Rarmond! Mas me chame de Mey. - Falei enquanto o ajudava a levantar e sentávamos no banco novamente.

- Justin, Justin Bieber, prazer! - Ele disse e estendeu a mão no ar, eu a apertei e ele sorriu. - Obrigado e.. desculpe pela grosseria.

- Não, tudo bem. Porque aqueles meninos estavam fazendo aquilo com você? - Falei observando nossas mão ainda juntas.

- Ah, eles acham engraçado zoar alguém como eu.. - Disse baixo.

- Alguém como você? Pra mim você é normal, eu ein!

- Você não notou ainda? Meysse, certo?

Balançei a cabeça em sinal positivo mas ele continuou calado.

- Sim.. - Falei em voz alta.

- Bom, Meysse.. Eu sou... Cego!

- Ce-cego? - Gaguejei. Droga.

- Sim, cego Mey. - Ele suspirou como se já estivesse acostumado com meu espanto.

Meu deus, como cego. Não parecia, não mesmo, que ele era cego, nem de longe e nem de perto. Acho que sua beleza também ajudava pois nem percebi que ao seu lado no banco havia uma 'bengala' de metal daquelas que deficientes visuais usam para tentar se locomover sem esbarrar em muita coisa. Eu admito que fiquei espantada.

- Amm.. - Foi a única coisa que saiu da minha boca.

- Não precisa ficar assim, já estou acostumado com o espanto e o desprezo, se quiser ir embora pode pra não ficar do lado do ceguinho aqui.. - Ele disse dando uma risadinha abafada.

- Não, não é isso. Tá, eu fiquei meio surpresa porque não tinha notado antes mas quem bestera você dizer que não quero ficar aqui com você por que é cego.

- Tá, desculpa, mas é que tô acostumado. As pessoas sempre se afastam de mim quando notam como sou e..

- Pra mim você é normal, só um pequeno defeito visual, mas ninguém é perfeito Justin. - Falei enquanto apertava sua mão que ainda estava na minha.

- Sério? É a primeira a falar isso pra mim, só escuto o contrário.

Sorri com seu comentário, ficamos conversando por horas naquele banco como se fossemos amigos de infância revivendo os bons momentos. Ele me contou que quando era pequeno sofreu um acidente quando brincava com bombinhas e uma delas explodiu em seu rosto, lhe causando cegueira e desde então sua vida nunca mais foi a mesma. Eu contei um pouco sobre minha vida também e assim foi..

Quando olhei no visor do meu celular já marcava 7:30 da noite.

- Justin, já está tarde, tenho que ir pra casa..

- Ah sim, quantas horas?

- Sete e meia.

- Nossa, o tempo passou voando. - Rimos - Quer que eu te leve em casa madame?

- Am.. não, na verdade eu ia perguntar se você não quer ajuda para chegar em casa. - Falei meio sem jeito e com vergonha.

- Não fica com vergonha de mim! - Ele riu e levantou a mão em direção ao meu rosto, e eu, inconscientemente, prendi minha respiração quando senti sua mão macia tocar com delicadeza minha bochecha. - Você está corada. - Ele disse e soltou um riso pelo nariz acariciando meu rosto com o polegar.

- C-como você..sabe disso? - Falei soltando o ar com dificuldade.

- Quando você perde um centido muito importante como a visão, todos os seus outros sentidos se intensificam. E seu rosto está bem quente na parte da bochecha, ou seja, coradinha! - Apertou minha bochecha de uma forma carinhosa.

- Para, haha!

- Tá, mas voltando ao assunto, eu moro aqui desde que nasci Mey, e mesmo depois de cego continuo conhecendo essa cidade melhor do que a palma da minha mão, acho que mais até! - Falou abaixando a mão e pegando sua 'bengala' a esticando em seguida.

Nos levantamos e fomos andando calmamente até a porta da minha casa nova, parei e ele parou logo atrás de mim.

- Bom, estou entregue, ó gentil cavalheiro! - Ri.

- Foi um prazer acompanhá-la madame. - Ele falou se curvando e passou a mão por meu braço lentamente, me fazendo arrepiar, até chegar em minha mão, a puxou para si e depositou um beijo nas costas da mesma.

- Bobo! Nossa, parece que agente já se conhece a tempis, eu costumo ser muito tímida, mas com você.. sei lá, eu me senti a vontade.

- Talvez seja pelo fato de eu não poder ver sua feiura! - Ele falou rindo.

- Como é que é Bieber? Eu não acredito que disse isso. - Dei um tapa fraco em seu ombro.

- Eu tô brincando, você me parece se muito linda, só pela sua voz doce já posso perceber.

Eu não preciso nem dizer que corei né? Ótimo! Me aproximei dele, que notou, e me puxou pela cintura dando-me um abraço bem gostoso. Passei minhas mãos por seus ombros, retribuindo o abraço apertado.

- Obrigado... - Ele sussurrou em meu ouvido me deixando arrepiada com aquela voz rouca bem perto.

- Não tem de que! - Falei enqunto nos separamos. - Obrigada você pela ótima companhia. - Dei um beijo em sua bochecha.

- Então.. err.. tchau Mey! Espero que te ver de nov... Quer diser, te ouvir de novo né porque ver acho que vai ser difícil.

- Justin!! - Falei rindo junto com ele.

Era icrível como ele mesmo fazia piadinhas de si próprio e ainda ria na maior cara de pau, deus, menino como esse não tem! Nos despedimos e observei ele seguir o caminho oposto pelo qual viemos, andando como se realmente não precisasse ver nada para saber o caminho. Ele era tão lindo, que garoto.. A sua cegueira, realmente não me incomodava. Ele era um doce, muito lindo, fofo, bom de conversa e pra fazer companhia, um bom ouvinte também!

Peguei meu celular que tinha vibrado em meu bolso e li a mesagem escrita na tela.

Adorei te conhecer Mey, tenha uma boa noite pequena!

Beijos, Justin B.

Um sorriso surgiu em meus lábios assim que vi o nome no final. Tinhamos trocado o número de telefone e ele me mostrou o celular especial que ele tinha. Entrei em casa e fechei a porta ainda com um sorriso bobo o rosto.

Não estavacom a mínima fome, então resolvi subir direto. Meus pais ainda deviam estar no trabalho, só dei um 'oi' rápido pra Marry que estava na cozinha e subi correndo. Fechei aporta de meu quarto e entrei no banheiro. Me despi totalmente e liguei o chuveiro, a água estava uma delícia. Terminei meu banho tranqulamente e vesti um roupão. Voltei para o quarto e peguei um pijama confortável, me vesti e capotei na cama.

Dormi pesando no Justin e seu sorriso de matar..


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Notas finais do capítulo

Ah espero que gostem, isso se tiver alguém lendo essa joça, o que eu duvido muito. Enfim..fui!



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