Hm.. Canada, Stratford para ser mais exata! Meu mais novo 'lar' se é que eu posso falar assim. Sim, estou me mudando, morava em São Paulo no Brasil, mas tive que me mudar  pois meu pai achou melhor comandar a empresa da própria sede ou sei lá como se chama. Ele tem uma empresa que criou junto com meu avô, mas assim que ele morreu meu pai tomou conta de tudo e é assim que vivemos até hoje. Bom, minha mãe também tem um emprego e muito bom também, ela tem uma loja de roupas e viaja constantemente para milão, paris e outros lugares legais para comprar peças e etc. E no meio disso tudo tem.. Eu!

Me chamo Meysse Marie Rarmond e tenho 17 anos. É, nome estranho, eu sei, mas fazer o que né? Minha mãe devia ser meio rebelde na adolecencia e estar drogada quando colocou esse nome em mim, é ela me teve bem jovem e meu pai não teve problemas em assumir, acredito que são felizes juntos até hoje. Pelo menos é o que parece né?! Eu não sei se queria ter me mudado, deixei coisa importantes pra trás, meus amigos, tá.. minha amiga..  minha escola que eu adorava e minha vó. Eu era muito apegada a ela, e quando vovô morreu ficamos mais próximas ainda, eu consolei ela por muitos dias e ela é como minha melhor amiga, tirando a Jane claro! Minha melhor amiga em São Paulo, ah Jane, vou sentir saudades. Ela também se mudou, foi para Londres morar com o pai, seria difícil manter contato mas prometemos tentar do mesmo jeito, afinal eu não sei como ficaria sem alguém para dividir as coisas novas do Canadá, ainda não coneço ninguém e sou meio tímida pra fazer contat social, no entanto Jane era minha única amiga em São Paulo. Prometi pra mim mesma que essa seria uma oportunidade de mudar, as pessoas se aproximávam de mim pelo fato de meus pais terem bastante dinheiro e essa coisa todo, bando de interesseiros e a única que não fez isso foi Jane..

- Meeey, vem aqui me ajudar filha! - Minha mãe, Mandy, gritou do andar de baixo. 

Nossa nova casa, vírgula, mansão gigante que o papai insiste em comprar, era beem grande e tinha uns quatro ou mais andares. Não consegui ver muito ainda pois acabamos de chegar, só deu pra ver o primeiro e o segundo onde era meu quarto, a casa já eramobiliada e como meu pai e MUITO exagerado meu quarto era, como diriam muitas meninas, Perfeito! Eu sou mais simples, nunca fui de ligar pra bens materias, dinheiro e coisas assim. Muito ao contrário dos meus pais que sempre quiseram isso, ser podres de ricos e blá blá blá. Já eu era mais igual a minha queria vó, simples, apesar de viver rodeada de luxo desde que nasci nunca fui de ligar muito pra isso, ficar enfregando na cara do outros e..

- MEEEEEEY!! - Meu pai, Charles, gritou. Bufei.

- Tô indoooo. - Falei e quase rolei escada abaixo.

Cheguei na sala de Tv e encontrei os dois mechendo em algumas caixas, e várias outras espalhadas por todo canto. Dona Mandy, impecável como sempre, com um vestido médio, amarelo, e seus inseparáveis saltos. Maquiagem também não podia faltar e seu coque chique de madame nos cabelos. Meu pai também não muito diferente, estava de terno azul, um de seus preferidos e creio eu que ele vestiu ele para chegar na empresa impecável. Já eu.. uma blusa rosa bebê, short azul escuro, cabelos despenteados e um arco de laço para enfeitar e para finalisar, meu all star preto e básico. Como disse, era totalmente diferente deles, tinha um belo corpo e isso não posso negar. Nunca fui alta mas também nem muito baixa, média e na minha opnião, na medida certa. Cabelos em um castanho escuro e lisos com pontas cacheadas naturalmente. Estava muito feliz com minha aparência e nunca quis mudar.

- Fale Sra.Mandy e Sr.Charles. - Disse fazendo uma reverência. Sim, eu sou muito boba!

- Pare com isso Mey, haha. - Falou meu pai rindo igual retardado.

- Hm ok, parei.. O que desejam?

- Filha, meu amor, queremos que leve suas caixas para seu quarto para que as empregadas arrumarem assimq ue chegarem viu? Não demore pois elas já devem estar chegando e depois venha comer alguma coisa, deve estar faminta. - Minha mãe disse fazendo um carinho em meus cabelos. Sorri e assenti pegando algumas caixas em seguida.

Sempre fui uma boa filha, meus pais me deram uma boa educação e apesar de não passarem muito tempo em casa por conta do trabalho eu me sentia bem com as babás e empregadas. Tinha a Marry, que já era uma segunda mãe pra mim, uma senhora muito boa e com seus 73 anos de idade. Ela trabalha para minha família desde que me entendo por gente, era a governanta mais legal que já conheci, falo como se eu já tivesse tido outra, mas ela era a melhor. Administrava uma casa como ninguém e além de tudo já fazia parte da família querendo ou não. Veio pra cá com a gente e devia ter saído para fazer compras e sei á mais o que. Enfim, quando vi já havia pego todas as caixas e depositado no chão do meu novo quarto. Me sentei na cama Box de casal totalmente confortável e convidativa e balançei minhas pernas. Eu até que estava me sentindo muito bem em relação a mudança, apesar de saber que iria sentir muitas saudades de São Paulo, o Canadá me parecia um lugar perfeito e muito lindo. O jeito das pessoas é tão alegre, feliz que me deixa assim também!

Escutei meu estômago roncando alto e ri baixo, me levantei e fiz um coque frouxo no cabelo, desci as escadas pulando e avistei Marry na cozinha retirando as compras de uma sacola. Meu pai já devia ter indo para a empresa e minha mão provavelmente estava mostrando tudo as novas empregadas e tal. Me sentei na bancada da nova cozinha e fiquei esperando Marry me notar, o que não demorou muito, quando ela virou para colocar umas maças sobre a fruteira pulou de susto e eu apenas ri.

- Aah menina, que susto, meu deus do céu! Nunca mais faça isso, sou velha e não posso ficar tento um tacaque cardíaco toda vez que você chega de manssinho assim ouviu Srta. Meysse? Huum. - Falou apontando uma ceenoura em minha direção, o que me fez rir ainda mais.

Logo ela fez o mesmo.

- Desculpe, eu te amo Marry, nunca mais farei isso de novo - disse ainda rindo e ela me olhou feio e riu novamente - e que estória é essa de velha? 'Velha' puff, que mané velha o que dona Marry, tá caducando é? Já? Tá muito cedo pra isso ein!

- Só você mesmo né Mey. - Falou gargalhando. - Eu também te amo minha garotinha, e voce sabe muito bem disso. - Espetou meu naris com a ponta da cenoura e se virou para as compras.

- Estou com fome. - Fiz bico.

- O almoço já vai sair, o que devo fazer hoje?

- Faz.. Amm.. Lasanha, isso!

-  Lasanha? Ok! Pergunte a sua mãe se ela vai almoçar aqui antes de ir para o ateliê pra mim.

- Tá. - Falei e me levantei.

- Ela deve estar no terceiro andar.. - Gritou Marry para que eu escutasse.

Fui em direção a escada e subi pulando novamente, cheguei a terceiro andar e vi que minha mãe o fez de 'escritório', estava cheio de rolos e mais rolos de panos, caixas com seus materias de medir e costurar, os modelitos imitando corpos perfeitos de modelos para exibir suas criações e muito mais. Mandy se encontrava atrás de uma mesa olhando alguns desenhos e separando outros, devia ser para levar ao trabalho. Ela, além de vender peçar, também criava e fazia isso porque simplesmente amava, sempre quis ser uma estilista famosa quando criança e lutou por isso, no entando, hoje, é conecida mundialmente! Esqueci de contar esse pequeno detalhe, minha mãe é uma estilista, e muito famosa por sinal, e vende roupas de outras lojas e pedido das mesmas e assim ajuda a divulgar as marcas de roupas e muito mais, além de faturar um pouco com isso também. Como se ela precisasse e suas criações não fosse bem vendidas. Aiai...

- Mãe.. Marry me pediu para perguntar se você vai almoçar em casa.

- Anh? Ah vou sim querida, pelo menos pretendo. O que acha desse? - Ela me perguntou esquendo uma folha com um belo vestido longo e delicado desenhado.

- Perfeito!

- Também gostei. - Sorriu - Desenhei semana passada mas estou em duvida se devo mandar para o ateliê..

- Porque? Ele é lindo e vai fazer o maior sussesso, tenho certeza.

- Sim, sim.. Mas eu não sei, sinto que devo guardá-lo para algum momento, o momento certo. Mas enfim, o que vai ter pro almoço?

- Lasanha! - Falei dando um pulinho.

- Ebaa, eu daqui a pouco deço tudo bem?

- Ok. - Assenti e sai dali.

Cheguei ao meu quarto e fechei a porta, notei que já estava tudo arrumado e minhas roupas no closet, as caixas havia sumido. Provavelmente as empregas arrumaram quando estava na cozinha ou coisa assim. Me deitei na cama e peguei meu Ipod. Conectei os fones e dei play, a primeira musica que tocou foi 'Far Away' da banda NickelBlack. Eu simplesmente AMAVA essa banda. Fiquei escutando ela e pensando em como seria minha vida daqui pra fente, longe da minha vó, da Jane e da minha antiga vida. Vivi 17 anos da minha vida em São Paulo e de repente me mudei, sabia que com isso tudo ia mudar. Me virei de lado e fiquei encarando a janela do meu quarto, observando as nuvens passarem e acabei cochilando..


                                                       ***

- Mey, amor, acorda. O almoço está pronto. - Escutei a voz de minha mãe me chamando e ao escutar a apalvra almoço meu estômago roncou alto novamente a fazendo rir. - Anda faminta, levanta.

- Uhumm. - Apenas resmunguei e ela saiu, escutei a porta fechando e abri os olhos lentamente.

Minha soneca tinha durado meia hora e me parecia ter dormido umas 5 horas diretas. Me levantei e calcei meus chinelos, fui em direção ao banheiro. Sim, eu tinha um banheiro no quarto, mas pra mim isso era normal, eu sei que nem todo mundo tem um banheiro embutido no quarto mas eu sempre tive. Abri a torneira ainda meio bêbada de sono e lavei o rosto e as mão logo depois. Sequei em uma toalha de rosto que havia ali e por sinal era bem macia, ai que fui reparar melhor em meu banheiro. Ele era lindo, bem arrumado, a banheiro era branquinha e havia uma Box também com as paredes e porta de vidro. O vaso sanitário era branco assim como a banheira e a pia. O armário tinha sabonetes, creme corporal, colônias, escovas e pastas de dente, escovas de cabelo, toalhas, shamppos, perfumes, e vários tipos de sais, óleos e espuma de banho. Tinha de tudo ali, terminei e sai, desci as escadas e fui para a sala de jantar, a mesa já estava servida e minha mãe apenas me esperava para 'atacar' como dizia meu pai. Sorri me sentando a mesa e colocando o guardanapo de pano sobre o colo. Marry serviu a lasanha que por sinal estava MARAVILHOSA. Nem conversei com minha mãe direito durante o almoço para poder saborear aquele manjar dos deuses, lasanha é meu prato favorito e já devem ter notado! Parei para escutar mais atentamente quando o assuto mudou.

- Querida, eu e seu pai já matriculamos você em uma escola, não é muito longe de casa e Alfredo pode te levar sempre que quiser. - Alfredo é nosso motorista que também trabalha conosco a bastante tempo, ele tem família aqui em Starford então minha mãe e meu pai resolveram manter seu emprego, e assim ele poderia ficar mais perto da família. - Você vai adorar, a escola é grande e verde, é estiosa e de muita boa qualidade.

- Am ok, mas amanhãé sexta mãe, será que não posso faltar não? Porfavor.. - Fiz meu famoso e irresistivel biquinho pra ela.

- Aah filha, eu não sei... Tá boom, para com esse biquinho, não precisa ir agora para! - Ela falou rindo.

Ri também e voltamos a saborar a delíiosa lasanha da Marry.