Meet Me At The Pier escrita por Miss Haner


Capítulo 12
Perto de nós


Notas iniciais do capítulo

E aí? Tudo bem com vocês? Eu espero que sim.
Eu quero pedir desculpas por não responder os reviews, mas eu não estou conseguindo vê-los. Já mandei um ticket para o suporte, mas eles não me deram uma solução.
Mesmo assim que peço que continuem mandando reviews.
Agora sim, podem ler o capítulo. Boa leitura, espero que gostem!
(Leiam as notas finais)



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As aulas na sexta passaram rápidas. Hoje, eu não iria ter que voltar a escola para estudar. Fiquem por mais um tempo com meus amigos e fui embora quando faltavam poucos minutos para as duas horas da tarde.

Hoje na escola - apesar de o tempo passar muito rápido – foi um dia bom. Cheguei cedo e não tinham muitas pessoas ali, então fui me sentar em uma das mesas no pátio. Brunna também chegou cedo e foi se sentar ao meu lado. Nós conversamos por um bom tempo e eu pude sentir que uma grande amizade começava entre nós. Encontrei meus amigos depois e nós cabulamos algumas aulas, sem motivo nenhum, apenas para passar um tempo juntos, conversando, contando piadas, falando coisas sem sentido.

Cheguei em casa, troquei de roupa e almocei. Após o almoço, arrumei a casa e lavei algumas roupas. Voltei ao meu quarto e me dediquei a leitura de um livro. O tempo passou rápido e quando eu percebi o dia já tinha dado lugar a noite. Levantei-me correndo e tomei banho. Desci para o primeiro andar e conversei um pouco com minha tia. Voltei ao meu quarto e me arrumei. Desta vez, eu vesti um vestido curto, porém não justo e com um decote V. Calcei um salto, coloquei um conjunto de colar e brincos, passei meu perfume preferido (e único!). Na maquiagem, destaquei meus olhos castanhos, peguei minha bolsa e desci.

Minha tia estava assistindo TV e arregalou os olhos quando me viu.

- E então? Como eu estou? – eu disse dando uma volta para que ela me visse por completo.

- Está linda! Mas eu acho que não vou deixar você ir. – ela me olhou séria e eu estava pronta para protestar quando ela continuou. – Vai ter briga entre os rapazes, querida.

- Não seja boba, Alice. – eu disse indo abraçá-la.

- Com quem você vai? – assim que ela perguntou, a campainha tocou e ela desfez nosso abraço indo abrir a porta – Acho que já vou descobrir. – Alice abriu a porta. – Mattew Bükcler?

Alice o olhou confusa e depois para mim. Fui até ela e arregalei os olhos quando vi Mattew. Ele estava lindo, vestia uma calça jeans um pouco justa e uma blusa com gola V azul. Ele sorriu e eu corei.

- Oi Alice. Como vai? – ele disse calmamente. Espera um pouco! Ele conhece minha tia? Claro Maria, ele conhece todo mundo!

- Ah, oi. Hm... Bem e você?  -ela disse se recompondo e agora sorrindo para ele

- Bem. Então, vamos Maria? – Matt desviou os olhos para mim e eu tremi ao encará-lo.

- É... Vamos. – disse pegando minha bolsa e dando um beijo em minha tia.

- Juízo a vocês! – Alice me deu um beijo na bochecha e olhou séria para Mattew. – Traga-a de volta para casa, ouviu mocinho? – ela sorriu e Matt se aproximou dela para dar-lhe um beijo em sua bochecha. Os dois estavam íntimos de mais!

Mattew voltou-se para mim e passou um dos braços por meu ombro. Ouvi a porta fechar, e Matt aproximou seus lábios de meus ouvidos.

 - Você está... Hm... Gost... Linda! – ele sorriu e eu me arrepiei. Precisava sair de perto dele.

Mattew abriu a porta de seu carro para que eu pudesse entrar. Cavalheiro. Até parece! Assim que entrei, ele deu a volta em seu carro, entrou e deu partida. Mattew ligou o rádio e passava All About Tonight. Cantarolei enquanto apoiava minha cabeça na janela e observava a paisagem fora do carro. A música acabou e logo começou uma música desconhecida. Alguns minutos passaram e finalmente Mattew estacionou o carro. Desci sem esperar por ele. Matt saiu do carro e vaio até mim. Apenas sorri para ele e ele me guiou até seus amigos.

Eles estavam em um bar ao redor da praça. Assim que me viu, Brunna veio correndo até mim, me sufocando com seu abraço. Brunna foi ao nosso lado até os meninos e eles nos cumprimentaram.

- Você está linda, Maria! – exclamou Erick me dando um beijo estalado na bochecha.

- Você também está Erick! – retribuí o elogio olhando-o por completo.

Olhei para Mattew e o vi revirando os olhos e bufando. Erick me chamou para irmos comprar mais bebida. Ficamos na fila conversando. Erick era muito engraçado e falava milhares de besteiras. Algumas meninas que passavam olhavam para nós e faziam uma cara estranha para mim. Erick também percebia e dava gargalhadas estrondosas. Eu apenas ria dele e ele me abraçava e beijava minha bochecha novamente.

- Para com isso, Erick! Daqui a pouco as meninas vão cometer um assassinato. – eu disse desfazendo o nosso abraço.

- Eu te protejo gata. – Erick disse me dando mais um abraço.

- Ah! Agora sim eu me sinto mais protegida. – ironizei.

- Não vem me dizer que você não sabia! – Erick disse alto e as pessoas ao nosso redor olharam para nós. Eu neguei com a cabeça. – Eu não acredito!! Você sabia que eu sou o superman? – Erick concluiu e fez uma dança bizarra. Eu não agüentei e dei uma gargalhada.

Compramos as bebidas e voltamos pra perto dos nossos amigos. Mattew já não estava mais com eles e eu não pude esconder a minha expressão de tristeza ao me perguntar sobre o que ele estaria fazendo. Com certeza estaria com alguma garota.

Abri a minha garrafa de vodka e dei um longo gole. A sensação da bebida descendo por minha garganta era boa naquele momento. Meu corpo se arrepiou e no gole seguinte eu já estava um pouco mais solta.

Brunna terminou a sua garrafa em menos de dez minutos e me puxou para dançarmos. Fomos para o centro da praça e começamos a dançar. Eu me soltei por completo e dançava com os olhos fechados. Parecia estar em outro mundo. Abri os olhos com o final de uma música e percebi que Brunna não estava mais ali. Olhei em meu redor e a vi beijando um garoto. Balancei a cabeça sorrindo e voltei a dançar.

Uma mão pousou sobre minha cintura e eu me virei automaticamente. Vi um menino moreno e com um sorriso magnífico. Sorri de volta para ele e nós voltamos a dançar. Passaram uma, duas, três, quatro e cinco músicas. Eu já estava exausta e acho que o menino que estava dançando comigo também.

- Qual o seu nome? – ele perguntou apoiando-se em um pilar.

- Maria e o seu?

- Bonito nome. O meu é Leonardo, mas pode me chamar de Leo. – ele sorriu e puxou-me pela cintura. – Você tem namorado?

- Não. –eu sorri para ele.

Leo me puxou ainda mais e eu senti nossos corpos se colarem. Eu sorri para ele e ele encarou isso como uma “aceitação”. Leo me beijou e eu me senti estranha em seus lábios. Meu pensamento foi tomado pela imagem de Mattew. Isso já estava ficando enlouquecedor, eu estava vivendo em função dele. Meu corpo só o desejava, minha mente apenas o queria e eu já não sabia mais o que fazer.

Fiquei parada e Leo percebeu isso. Ele me olhou confuso e eu não consegui o encarar. Apenas saí dali, eu precisava de ar, eu precisava pensar, precisava me controlar. Passei rapidamente pelas pessoas, esbarrando grosseiramente em algumas delas. Cheguei em frente ao Cáis e continuei com a velocidade em meus passos. Cheguei à ponta do Cais e me sentei ali. Encarei a água, como se ela pudesse levar a minha loucura em sua correnteza. Minha respiração se acalmou ao mesmo tempo em que o meu coração.  Pousei meu rosto em minhas mãos e as lágrimas saíram, sem ao menos avisar-me de que estavam por vir. O que estava acontecendo comigo? O quê era esta dor em meu coração? O que será este conforto que o faz contraditório? O que Mattew realmente significava para mim? Eu deveria estar apenas o mostrando que seu ódio não fazia sentido. Mas não. Eu me deixei apaixonar, eu me permiti sentir esse sentimento tão forte, eu deixei que ele tomasse conta de mim. E agora já não havia nada para fazer. Apenas assistir enquanto meu coração se desfaz como a água que bate contra as toras de madeira, como os castelos de areia, como a maioria dos sonhos, como uma lembrança desnecessária.

Tirei minhas mãos de meu rosto e olhei para a lua. Esta sempre parecia maior e ainda mais iluminada daqui. As estrelas, ainda que brilhassem intensamente, não conseguiam tirar o seu mérito. A lua apenas chegava e iluminava toda a cidade. Imagino todos esses poetas, que a elogiam vendo de outros lugares. Que inveja eles teriam das pessoas daqui, de poder ver tão bela obra prima, de serem iluminadas com tanta intensidade. Olhei para as quatro estrelas mais próximas a lua e eu senti meu corpo arrepiar e sua luz se intensificar. Eu estava sendo observada, eu me sentia assim. Não tinha razão para sofrer, apenas para superar.

- Maria? – ouvi a mais bela voz pronunciar meu nome e me virei rapidamente em direção a ele. – O que faz aqui?

- Eu precisava de um pouco de ar. – dei um meio sorriso e Mattew se aproximou.

- E conseguiu? – ele arqueou a sobrancelha e me ofereceu a Mao para que eu pudesse me levantar.

Olhei para sua mão e suspirei fundo. Mattew retirou sua mão e sentou-se ao meu lado. Voltei a olhar para o céu. Senti Mattew seguir meu olhar e ouvi um suspiro seu.

- Quando eu era pequeno minha mãe dizia que todas as pessoas especiais, quando morriam, se transformavam em estrelas e passavam a nos observar. – ele disse em baixo tom.

- O que ela dizia quando você cresceu? – perguntei sem deixar de olhar para o céu.

- Que ela estaria lá. Olhando por mim. – Mattew disse mantendo o seu tom.

Respirei fundo e vi o brilho das estrelas se intensificarem. Era mágica aquela visão, aquele momento.

- Já reparou em como aquelas estrelas estão brilhando? – Matt apontou para as quatro estrelas próximas a lua.

- Eu me sinto observada. – sorri e olhei atenta para Matt.

- Eu a sinto perto de mim. – ele olhou em meus olhos.

Olhar para ele me fez ser invadida por uma paz inexplicável. Meu coração acelerou de novo e minha respiração era falha, mas agora a dor de antes dava lugar a paz, ao conforto, ao desejo, ao amor.

- Você sente falta deles? – Mattew perguntou.

- Seria possível não sentir? – eu dei um meio sorriso. – Todos os dias, todos os segundos. Eu tenho saudades da minha vida, do que nós éramos, da felicidade que me era dada. – parei de falar e Mattew espremeu os olhos e acenou com a cabeça. – Mas ao mesmo tempo em que a saudade me machuca, a falta dela toma conta de mim. – Matt me pareceu confuso, mas não disse nada. Olhei para as estrelas e continuei – Eu os sinto perto de mim. Acompanhando-me, protegendo-me, não me deixando desistir. – olhei novamente nos olhos de Matt. - Eu os sinto aqui – pus uma de minhas mãos sobre o meu peito – guardados dentro de mim, tirando-me toda a magoa.

Terminei de falar e sorri. Um sorriso sincero e de felicidade. Um sorriso de paz, da paz que eu estava sentindo. Matt me olhou caridoso e sorriu também. O seu sorriso também era sincero, eu sabia que ele entendia, ele sabia sobre o que eu sentia, ele sentia também, ele também a tinha, guardada dentro de si.

Olhei pela ultima vez para o céu e me levantei em um impulso só. Mattew me acompanhou, olhando sempre em meus olhos. Comecei a ir em direção a praça, mas fui impedida por Mattew. Ele puxou-me e me aninhou em seus braços. O cheiro que vinha dele em invadiu por completo, correntes elétricas passaram por todo o meu corpo e a paz que sentia se intensificou de uma forma surpreendente. Mattew desabrochou nosso abraço e voltou a me fitar. Uma de suas mãos tiraram uma mecha do eu cabelo que estava fora do lugar e eu sorri tímida para ele.

- É impressionante como eu me sinto bem perto de você – Matt disse me fazendo arregalar os olhos. Ele sorriu torto – Chega até a incomodar – ele fez cara de repulsa – Incomoda esse desejo que eu sinto. –revirou os olhos – é diferente e eu não sei me defender contra isto!

- Não se defenda... – disse por impulso, sem conseguir tirar meus olhos dos seus.

Mattew sorriu novamente e aproximou meu rosto do seu. Seu hálito já podia ser sentido por mim e ao sentir seus lábios tocarem minha bochecha as correntes elétricas se fortificaram ainda mais. Fechei meus olhos com força e tentei absorver aquele momento. Poderia ser um sonho ou apenas um momento, mas eu tinha que absorver tudo o que podia. As palavras, as sensações, meus sentimentos. Eu tinha que absorver tudo para o caso de eu acordar e eu poderei sentir tudo novamente.

Os lábios de Mattew se aproximaram dos meus em um selinho. Abri meus olhos e encontrei os olhos de Mattew mais próximos do que eu pensava – também abertos. Mattew sorriu e eu sorri junto a ele. Suas mãos aproximaram ainda mais os nossos corpos e em um outro segundo eu já podia sentir novamente os lábios de Mattew nos meus, colados, em um novo beijo, beijo necessitado, emergente e calmo. Como se eu e ele quiséssemos absorver cada segundo, parar o tempo e ser um do outro.


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Notas finais do capítulo

Sinceramente, eu gostei demais deste capítulo. Acho que foi um dos melhores. Espero que vocês tenham gostado também.
Peço de novo que mandem reviews e se quiserem recomendar o Original, fiquem a vontade. rsrs
Então é isso! Até o próximo capítulo. Bjos,s e cuidem!



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