POV Alice

Carlisle chegou rapidamente seguido por Edward e Jasper, fitando o nosso quintal sem entender nada. Comecei a rir junto com Emmett, Jasper se aproximou de mim e abraçou-me por trás, encostando seu queixo em minha cabeça.

– Não estou entendendo baixinha. – Murmurou ele, eu sorri

– Estou conseguindo captar os pensamentos da Beatriz, mas... – Edward parou de falar, em seguida sorriu – Ok, entendi

Carlisle e Jazz fitaram-no sem entender

– E-ei eu ainda estou aqui – Beatriz chamou nossa atenção – O que está acontecendo Allie? – Quase pulo para abraçá-la quando a ouvi chamar meu apelido, não o fiz porque ainda não a via.

– É melhor você explicar nanica – Recomendou Emmett

Suspirei

– Bem, querida você está invisível para nós e esse é seu dom ou habilidade, por assim dizer, como eu vejo o futuro, como Jazz controla emoções, Edward lê pensamentos, Bells tem uma espécie de escudo e Nessie transmite seus pensamentos. Carlisle nossa caçula não é mesmo uma vampira comum.

Os meninos sorriram assim que eu acabei.

– Ai. Meu. Deus.

Viramos para fitar Beatriz que ficou visível rapidamente, fazendo-nos rir da sua cara de chocada. Outros risos de sinos se juntaram aos nossos, levantei a cabeça e vi Bells, Nessie, Rose e Esme olhando para a cena da janela do primeiro andar.

– Alice – Chamou-me Carlisle – Você precisa mandar logo a carta para os Volturi, certifique-se também de mandar notícias sobre Renesmee.

– Sim pai – Respondi-lhe assentindo levemente com a cabeça, Carlisle sorriu, ele ficava contente quando eu o chamava de “pai”, mas raras vezes eu realmente lembrava.

Bella apareceu no minuto depois, saltando da janela mesmo, e começou a explicar para Beatriz sobre as habilidades vampíricas. Dei um selinho rápido em Jazz e fui para o nosso quarto.

Sentei-me na cadeira da escrivaninha, onde eu fazia muita coisa, desenhos de roupas, algumas vezes desenhava minhas visões e plantas de casas, vendê-las me rendia alguma coisa, meu último projeto eu tinha vendido para uma empresa famosa. Esme que tinha me passado essa mania, ela que projetou nossa casa atual e o chalé de Bella e Edward, então digamos que nossa mãe tinha realmente muito talento.

Peguei uma folha papel marfim grossa de porte elegante acompanhada de uma caneta tinteiro – sempre me perguntei por que pararam de usá-las, são tão elegantes, na época em que as fabricavam eu havia comprado muitas caixas e deixado-as guardadas. Eu as amava, nunca gostei muito destas atuais, esferográficas – e tratei de começar a escrever, não demorei dois minutos, por conta da nossa rapidez em fazer qualquer coisa.

Fiz uma dobradura no papel e no lado externo escrevi elegantemente com minha caligrafia

Aro Volturi

Suspirei pesadamente. Não conseguia ver um fim para toda aquela hierarquia, até porque ninguém nunca tomava a decisão de confrontá-los.

Repassei a carta em minha mente:

“Caro Aro

Estou mandando esta carta para registrar oficialmente a mais nova recém-criada e integrante da família Cullen, Beatriz Luna Brandon Cullen, transformada por mim mesma no dia onze de dezembro de dois mil e onze.

Perdoe-me o atraso para mandar-lhes esta carta, mas ocorreram alguns problemas – agora já resolvidos – que causaram a demora.

Beatriz tem um lado que age como qualquer recém-criado comum, mas também possui uma inteligência incrível, está desenvolvendo um autocontrole impressionante e já é adepta de nosso estilo “vegetariano”, característico dos Cullen. Ela também possui uma habilidade, assim como a maioria dos meus irmãos, Beatriz é capaz de ficar inteiramente invisível. Creio que logo ela poderá se misturar aos humanos, pois também está tendo aulas com Esme sobre como se portar e consegue ficar perto de Renesmee sem problemas.

Ah claro, Renesmee está quase formada, dentro de um ano ou dois parará de crescer e se tornará adulta, talvez façamos uma visita em breve a Volterra.

Carlisle deseja que Beatriz seja registrada rapidamente e manda seus cumprimentos.

Agradeço desde já.

Mary Alice Brandon Cullen”

Nem sei de onde surgiu o “Luna” no nome de Beatriz, simplesmente escrevi e gostei do resultado, acho que se fosse eu que tivesse escolhido a nome da Beatriz teria colocado Luna mesmo. E o Brandon foi para colocar algo meu, meu primeiro sobrenome.

Respirei fundo e parti para a garagem, mandei um pensamento para Edward torcendo para que ele captasse “Estou indo a cidade enviar a carta”.

         Liguei meu Porsche amarelo-canário e acelerei pela auto-estrada 101.