Ficção Na Realidade escrita por Joyce NP


Capítulo 3
Eu o vejo


Notas iniciais do capítulo

Oie, Clara aqui. :]
Bom, gente, me desculpa, eu sei que demorou, mas eu estava cheia de coisa pra fazer, trabalho da escola, prova, outras fics... me desculpem.
Além do mais, esse AINDA não é o cap da transformação, desculpem, não estava na hora.
Bom, boa leitura :]



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–Aaaaahhhhh!!! -eu gritei, quando o despertador caiu e, tentando mais uma vez desliga-lo, eu caí de cara no chão novamente.

–Ai, até no dia do meu aniversário essa porcaria me faz cair no chão! -eu falei para mim mesma, descobrindo então que não estava sozinha. Tessy estava bem na minha frente. Seu rosto estava à centímetros de distância do meu. Ela encarava intensamente meus olhos, com a boca meio aberta. A típica cara curiosa. Eu ri e me levante, levando-a comigo.

–Eu já te contei, não é Tessy, daquele pedido que eu fiz há 4 anos atrás.

Eu não sei porquê, pode ser que eu estivesse imaginando, mas a gata parecia entender perfeitamente o que eu dizia. Ela me olhou, parecendo concordar e depois olhou para meu closet, como que dizendo: Certo, pode falar, mas troque de roupa enquanto isso. Eu ri e fui para o que eu chamo de "minha salinha de roupas". Eu deixei ela sentada num pufe e fui passando a mão pelas roupas, tentando decidir qual usar.

–Sabe, Tessy, eu nunca perdi a esperança de que algum dia meu desejo pudesse se tornar real, mas agora está parecendo tão distante, como se fosse um sonho... -eu falei, sonhadoramente, enquanto pegava uma blusa e mostrava para Tessy. Ela fez que não com a cabeça e eu ri, colocando a blusa no cabide novamente.-Eu espero que seja verdade, quem sabe eu me torno uma loba como a Leah? Será que minha família pode ter algum parentesco com as antigas famílias de lobo?- eu falei, mostrando mais uma blusa, a qual Tessy aprovou. Mas a blusa era xadrez, então eu peguei uma blusa branca de manga longa e a coloquei por baixo.

Coloquei a blusa branca, com a de xadrez vermelha por cima, dando um nó nela, na altura da cintura. Mas estava faltando a calça, então peguei um short que era grande o suficiente para que eu não fosse suspensa e um cinto vermelho. Peguei ainda um sapato alto, arrumei o cabelo, coloquei a maquiagem e fiquei assim.

–O que acha Tessy, é o suficiente?-perguntei, dando uma voltinha para a a gata ver tudo. Ela assentiu, indicando a porta do closet. Então eu me lembrei de que minha porta do quarto estava fechada, como ela entrou ali?

–Como você entrou aqui, Tessy? -ela apenas me dirigiu um olhar de desprezo e saiu para o quarto.-

Ah, não vai falar né? Tá, então você não vai saber como foi meu dia na escola hoje! -eu falei, saindo do closet e do quarto, descendo nas escadas. Quando eu cheguei na mesa, que estava montada com um café da manhã fenomenal e meu pai e minha mãe estavam lá, eles me cumprimentaram.

–Parabéns, filha! -minha mãe veio me abraçar e beijar todo meu rosto (n/a: boca não, só rosto*-*). Meu pai se aproximou e falou o mesmo, mas apenas me beijou na bochecha. Eu me sentei e comecei a comer um bolo de morango que estava na minha frente. Tessy começou a se esfregar nas minhas pernas, ronronando e miando.

–É, né, agora você vem pedir desculpas? -eu falei, olhando para ela, enquanto terminava meu bolo. -Certo, eu te conto de noite, mas vê se não entra mais de penetra no meu quarto. -eu falei, pegando ela no colo e a alisando, o que a fez ronronar ainda mais, me fazendo rir.

–Vamos, filha, pare de conversar com ela e vamos pra escola. Dessa vez você vai comigo, já falei com o Raphael.-meu pai falou. -Eu anotei na sua agenda que você sairia depois do 3º horário. Precisa se arrumar para a festa.

–Obrigada, paizinho. -eu falei, correndo até ele, abraçando seu pescoço e dando um beijo na sua bochecha. Ele sorriu e fomos para a escola no carro dele.

Quando eu cheguei lá, Rapha estava me esperando, junto com Mari. Ele abriu a porta pra mim e eu dei tchau pro meu pai, que riu e simplesmente disse que eu deveria estar exatamente aqui quando o 3º horário acabasse e foi embora.

–Oi, preparada para seu dia especial? -Rapha me perguntou, me beijando. Quando já estava sem fôlego, eu me separei um pouco dele para falar.

–Agora sim. -eu falei, entre ofegos. Eu, ele e Mari rimos. Mari me atacou, ela pulou em mim, me abraçando muito forte.

–Parabéns, amiga! Esse vai ser o melhor aniversário da sua vida! -ela falou, mas então se afastou um pouco de mim, quando viu alguém parado na porta da escola. Os olhos dela brilhavam. -Ei, você não sabe quem foi que chegou hoje! Na cidade e na escola!- ela falou, dando um gritinho fino típico de quando alguém tem uma daquelas fofocas...

Eu ri e olhei para a porta. Grande erro... Quando eu olhei para a porta, havia um menino... Ops, menino não, Homem!... que olhava exatamente na nossa direção. Eu não o reconheci, então supus que era o novato. Ele então passou a olhar exatamente nos meus olhos e quando o fez, os olhos dele se arregalaram tanto quanto os meus.

Era ele, com certeza era ele. Seus olhos eram lilases, roxos... Isso significava que ele usava lentes, pois se uma lente azul for colocada num olho vermelho sangue... OMG! É mesmo ele. De repente eu estava tão feliz, como se só por estar ali, ele me desse o melhor presente que eu receberia nesse dia. Ele ficou confuso, vendo meu sorriso maior que o mundo. Mari me sacudiu.

–Anh? O que? -eu perguntei, olhando à minha volta e parando nela.

–O que há com você? Conhece ele? -ela perguntou, com um sorriso safado. Eu corei. Rapha começou a olhar com animosidade para o Homem, que decidiu entrar logo na escola.

–Digamos apenas que eu esperava por ele a muito tempo._ eu falei, misteriosa. Ninguém sabia o que havia acontecido naquela noite, do meu aniversário de 13 anos. Por isso Mari me olhou, mais confusa até que o novato.

–Certo, você está muito estranha. Mas esse é seu dia, não vamos estraga-lo com perguntas... -ela falou, me puxando para a sala, pois o sinal havia soado. Eu arrastava Rapha junto, com nossas mãos dadas. Em nossa primeira aula, todos estávamos juntos, então escolhemos lugares juntos também. Só no terceiro horário nos separávamos. Eu tinha aula sozinha, pelo menos, nem a Lorenna participava.

No caminho para chegar na sala, eu vi o novato mais uma vez. E a Lorenna também. Ela estava grudada nele, dando em cima dele. Eu fiquei com tanta raiva que meus olhos poderiam ser considerados como chamas vivas. Mari percebeu, mas Rapha não, ainda bem. Ele também olhava ela com raiva, mas eu não tinha ideia do porquê. Mas não perguntei. Mari saiu me puxando pelo braço até a sala.

No inicio da aula ela ficava me perguntando por bilhete o que tinha acontecido, mas eu desviava o assunto e começava a falar da festa. Ela também ía sair no terceiro horário, junto comigo. Eu e ela nos arrumaríamos juntas. Mas então, passado algum tempo, ela parou de mandar bilhete, pois estava recebendo bilhetes com tudo que conheciam sobre o novato. Ela me repassava todos.

Eu até que descobri algumas coisas. Ela se chama Daniel, tem 17 anos... nesse eu fiquei meio em dúvida... ninguém sabe ainda de onde ele veio, só que ele não está com a família, se ele tem alguma...

Mari, ele está sozinho? Eu perguntei, por bilhete.

Por quê você quer saber disso??? Ah, esquece, vai começar a falar da festa...*-* Tá, eu vou responder, me dá um minuto. Ela me deu e começou a escrever outro bilhetinho para outra garota. Ela respondeu e Mari me passou o bilhete. Ele dizia:

Ao que todas sabem, ele não veio com a família, e não tem namorada. Se tem, ela não mora aqui. Mas, se quer minha opinião, eu acho que os pais dele sofreram algum acidente ou algo assim e não acho que ele esteja vindo “passar férias”, sendo assim, acho que não deve ter namorada(tomara que eu esteja certa...).

Eu não gostei do “tomara que eu esteja certa”, mas deixei passar, afinal, eu tinha o meu, não podia dar uma de cachorra e ficar dando em cima dos outros... Não ía ser igual a Lorenna! Eca!

Passamos a aula passando bilhetes. Conversávamos sobre a festa e outras coisas. Passamos para o outro horário, onde só era eu e Mari e fizemos o mesmo, mas eu decidi que contaria a ela o que ocorreu na festa, mais tarde. Foi então que as duas primeiras aulas passaram e eu estava na terceira aula: biologia. Laboratório. Eu sentava sozinha, pois no início eu fiz com que o professor me deixasse mudar minha dupla, já que o menino era péssimo, por isso agora eu fazia sozinha.

Eu fui para minha mesa e me arrumei, foi então que entrou o novato. Ele foi até o professor e entregou o caderninho para ele assinar. O professor falou algo, assinou e mandou ele se sentar na minha mesa, pois era a única que sobrava algum lugar. Eu prendi a respiração. Não acreditei na minha sorte. E melhor: estava acontecendo igual ao livro! Caramba, sério, como eu posso ser tão sortuda?

–Olá. -ele falou, se sentando ao meu lado. Eu acho que estava fazendo um esforço descomunal para estar naquela sala, mas eu não fui capaz de ficar longe dele. Meu coração acelerou e eu corei.

–O-oi. -eu gaguejei, sem graça, mas não tirei os olhos dos dele. Ele reprimiu um sorriso e sentou. -Então, você é o Daniel, não é? -eu perguntei, desviando os olhos para o meu caderno. O professor começou a dar a aula.

–É, mas eu não sei qual é seu nome. -ele falou, olhando para mim, com um sorriso enorme estampado no rosto. Meu coração falhou, ele palpitou e começou a bater tão rápido quanto as asas de um beija-flor. Ele riu baixo. Sim, agora sim, essa era a confirmação de que eu precisava, era ele, o meu vampiro! Meus olhos brilharam e eu suspirei satisfeita. Ele não compreendeu, mas não esboçou reação.

–Meu nome é Rebecca, mas pode me chamar de Becky. -eu falei, olhando novamente para o meu caderno, sorrindo para mim mesma, pois era uma vitória, eu me transformaria em vampira, custasse o que custasse.

Passamos a aula conversando e eu terminei descobrindo que ele realmente não tem família, pois supostamente morreram num incêndio. Ele tinha namorada, mas terminou com ela pois queria esquecer o passado e seguir em frente. Bom, essa foi a história que ele contou, mas sabendo que ele é vampiro, sabia que tinha mais por trás da história.

–Ei, você quer ir à minha festa de aniversário, hoje à noite? -eu perguntei próximo do final da aula. Ele me olhou surpreso.

–É seu aniversário? Parabéns! -ele falou, sorrindo. Acho que ele era bastante controlado, pois não demonstrou em momento algum querer me matar.

–Obrigada, mas vai à festa ou não? Tenho um convite sobrando aqui dentro da bolsa, além disso, posso te colocar na lista de convidados, quer ou não? -eu perguntei e ele finalmente aceitou. Eu lhe dei o convite e o sinal tocou. Eu corri para a sala onde Mari estava e comecei a falar com ela, enquanto corríamos.

–Vo-você n-não va-vai acredi-ditar! -eu gaguejei, por causa dos ofegos da corrida. Paramos no estacionamento e tomamos fôlego, enquanto esperávamos pelo meu pai.

–O-o que aconteceu? -ela perguntou, ainda ofegante.

–Eu tive aula com Daniel! -ela me olhou confusa. Eu não acreditei que ela já tivesse esquecido. Olhei para ela como se ela fosse algum tipo de alienígena. -O NOVATO!

–Ah! -ela finalmente caiu na real. -Descobriu alguma coisa? -ela perguntou, mais atenta.

–Ele sentou comigo, então ficamos conversando. Eu descobri que os pais dele morreram num incêndio e ele tinha uma namorada, mas terminou com ela, pois queria uma nova vida. -eu falei, acrescentando: -E... -fiquei um momento fazendo suspense. Ela parecia que ía explodir.

–FALA LOGO!!! -ela quase gritou. Eu ri da cara dela.

–ELE VAI PARA MINHA FESTA HOJE À NOITE! -eu falei no mesmo tom que ela, dando um gritinho fino e abraçando ela, pulando sem parar. Ela parecia uma estátua, nem piscava o olho, então parei de pular e comecei a passar a mão na frente dos olhos dela. -MARI, MARI! -eu gritei, então ela voltou à vida.

–OMG!!! -ela gritou e gritou um grito tão fino que eu tive que tampar os ouvidos com muita força e mesmo assim ainda ouvia o som. Aposto que conseguiram ouvir do outro lado da escola. Ela só parou quando não tinha mais nenhum ar para soltar. Ela começou a ofegar, mas parecia que ía explodir. -Eu não acredito que você conseguiu fazer com que ele fosse para sua festa! OMG! Você é demais Becky! Eu sou a garota mais feliz do mundo, por ter uma amiga tão boa assim!

–Ah, para, assim eu vou corar! -eu falei, envergonhada, mas já corando. -Ei, quando estivermos no banho de lama, eu vou te contar um segredo ok. -eu falei e ela arregalou os olhos.

–Você não está pensando em... ficar com o Daniel hoje a noite, está? -eu olhei para ela, horrorizada.

–Mari, como você pode pensar isso de mim? Sou totalmente fiel ao Rapha, seria preciso muito para me tirar dele, ok. -eu falei, vendo que meu pai chegava. -Vamos, te conto depois.

–Certo, me desculpe, vamos. -ela falou, desconcertada, entrando no carro.



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Notas finais do capítulo

COMENTEM, COMENTEM, COMENTEM
RECOMENDEM, RECOMENDEM, RECOMENDEM
FAVORITOS, FAVORITOS, FAVORITOS.
Ei, digam o que acharam, vamos, postaremos assim que pudermos.
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Joyce aqui :D
Eu adorei o capítulo que a Clara escreveu, e vocês?
Será que a Becky irá trocar o Rapha pelo Daniel? E ele é mesmo um vampiro?
Deixem reviews e visitem nossos perfis para ver nossas outras fanfics.
Bjs, até o próximo cap ;*



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