-SUA PEQUENA VADIA!

-Fica quieta aí, Taylor, sua puta!

  Amy disse enquanto se distanciava de sua amiga completamente bêbada, discando um numero.

  Zacky atendeu com uma voz de divertimento.

-Zacky V falando.

-DEVE SER A SUA NAMORADA!

-UIUIUI, Zachary Baker apaixonado!

  Amy escutava vozes de meninos no lugar onde Zacky estava. Ela revirou os olhos, tampando os ouvidos na tentativa de ouvir melhor.

-Oi, Zacky, é a Amy. Olha... A Taylor tá bêbada.

-Chama o meu amorzinho! Mr. Mustache!

  Taylor gritava, com uma garrafa vazia na mão, dando piruetas. Caiu e quebrou o salto, xingando desajeitada mente o filho de uma mulher com uma profissão não muito amistosa.

-Amy...

  Zacky começou a repreende-la, coçando a cabeça. Matt continuou a zuar seu amigo, junto com Rev. Brian, porem, prestava bem atenção. Zacky, já sabendo disso, prestava bem atenção em suas palavras para não deixar escapar o nome de Taylor.

-Você sabe que não pode deixá-la sozinha.

-Mas ela já é meio grandinha, né, Zacky...

-Taylor mal sabe fazer contas de somar!

  Zacky deu um tapa na testa quando pronunciou o nome amiga.

-Mas isso por que ela falta aulas pra transar contigo no banheiro.

-Agente não...! ARGHT! Me fala logo aonde vocês estão.

-No Energy.

  Zacky assentiu e desligou o telefone. Quando se virou para todos, apenas Brian prestava atenção nele.

-Vou embora.

-Aonde?

  Zacky fuzilou Rev com os olhos, matando-o mentalmente.

-Buscar... Taylor.

-Opa, vou contigo então, Zacky.

  Brian falou, se levantando e pegando as chaves e a carteira. Zacky coçou a cabeça, encarando-o.

-O que?

-Pode ficar, não precisa...

-Tudo bem. Quero ver aquela lolita safada.

  Zacky revirou os olhos, e quando Brian já tinha passado, fez um sinal de arma sendo disparada na boca, fazendo Matt e os outros rirem. Zacky o acompanhou, entrando em seu carro e dando ré.

  Quando chegaram, viram Amy e Taylor sentadas no parapeito. Taylor sacudia uma garrafa de vodka para baixo, apenas uns pinginhos caiam dela.

  Quando parou o carro, e Brian saiu, teve a visão dos olhos de Taylor brilhando.

-Syn!

  Ela levantou, andando com um sapato só. Brian abriu os braços, rindo torto, e falou:

-Vem cá, sua pinguça!
  Ela se jogou em seus braços, abraçando-o. Brian a girou no ar, rindo em seus cabelos.

  Zacky abaixou a cabeça. Nem ao menos um “oi, Zachary”.

-Que saudades de você!

-Eu sei, também senti saudades suas.

  Zacky andou em direção de Amy, se sentando de seu lado e pegando a garrafa dela, pela metade, virando-a na boca. Amy o encarou com um olhar analítico.

-Podia pelo menos disfarçar.

-O que?

-Tá na cara que você está puto com Brian. Pela Tay.

-Ah, você também não...

  Ele riu, sem humor algum, olhando para a garrafa.

-Tão na cara assim?

  Ela assentiu.

-Bom, toma conta dela.

-Vai aonde?

-Party rock in the house tonight...

  Ele a encarou enquanto ia em direção da boate, cantando. Zacky se levantou, olhando para o dois. Limpou a garganta, desapertando a atenção de Taylor.

-Awn, meu gordinho gostoso.

  Ela falou, soltando Brian e indo em direção de seu melhor amigo, dando-lhe um abraço apertado, fechando os olhos e encostando a cabeça em seu peito. Se Zacky era baixinho, imagine Taylor.

-Não sinto as pernas.

-Vai desmaiar?

-Acho que sim.

  Então a garota apagou. Zacky a segurou, segurando suas pernas e a pegando no colo e andando em direção do carro, deitando-a no banco de trás.

-Você tem muita paciência.

-Ela é minha melhor amiga.

-Sei.

  Brian respondeu, rindo, as mãos enfiadas nos bolsos da calça.

-Você realmente adora ela. Achei que era só coisa de pré-adolescentes. Vocês eram muito juntos, mas nunca os vi se pegando. Pensei que era até gay, mas aí você pegou a Jules, aí...

  Zacky riu, gesticulando para ele entrar no carro. Brian entrou.

-Vai ficar na casa de Matt?

-Vou. Vai levá-la pra casa?

-Não, a não ser que eu queira escutar a mãe dela.

-Vão para onde?

  Zacky não queria realmente responder essa pergunta. Já era bastante Brian invadir sua amizade com Taylor, não queria ficar falando lugares onde possa encontrar sua amiga.

  Brian entendeu o recado quando viu a cara Zacky.

-Ok, então...

  Depois de deixar Brian na casa de Matt (e escutado Val reclamando e os chamando de retardados pela hora), Zacky se direcionou para a casa arrombada.

  Tirou Taylor do carro e a levou para o sofá velho, deitando-a e pegando uma coberta. Acredite se quiser, só faltava poucas coisas para eles conseguirem morar sozinhos ali.

  Pegou seu casaco e a cobriu. Quando deu um beijo em sua testa, Taylor acordou, encarando-o.

-Deita aqui.

-Não dá.

-Eu sou magrinha.

-Mas eu gordinho.

  Ele riu, semgraça, e se sentou no chão. Taylor desceu do sofá, deitando-se de seu lado e encostando a cabeça em seu colo, vestindo o casaco, e fechou os olhos. Zacky a encarou por uns minutos, até respirar fundo e começar a acariciar seus cabelos. De repente, a jovem se senta novamente, e encara o rosto de Zacky.

-Zacky, se eu pedisse para você me beijar, o que você faria?

  O rapaz sentiu o rosto queimar de vergonha, e deu apenas um sorrisinho torto sem jeito.

-Taylor, da onde você tirou isso?

-Não sei.

-Está bêbada demais. Vai dormir.

-Ok.

  Isso era a prova de que ela tinha bebido muito, muito mesmo. Taylor era uma pessoa muito teimosa, e Zacky duvida muito que ela teria desistido assim, tão fácil. Ele riu, voltando a acariciar seus cabelos.

-Acho que perdi o sono.

-Perdeu nada, pelo amor de deus.

  Zacky riu, acompanhando-a.

-Sabe o que agente podia comer? UVAS!

  Ele franziu a testa.

-Uvas?

-É.

-Você não gosta disso.

-Entao qual é o nome mesmo daquela fruta vermelha e pequena?

  Zacky revirou os olhos.

-Morango...?
-ISSO! Podemos comer uva.

-Morango.

-Pode ser também.

  Ela se levantou, mas Zacky a puxou logo.

-Pode ficando aqui. São três horas da manhã.

-Mas eu quero morangos.

-Amanhã compro para você.

  A garota sorriu, como uma criança, e se inclinou para frente, encostando seus lábios rápida e levemente nos de Zacky, que arregalou os olhos. Ela só se encostou no chão e dormiu, tagarelando algo sobre a piada que ouviu sobre o pato que perdia a pata. Ela não sabia se ele ficava viúvo ou aleijado.

  Zacky continuava afundando em pensamentos. Mais e mais.

  Por que ela tinha dado um selinho nele?

  Na manhã seguinte, Taylor acordou como se tivessem passado com um caminhão em cima dela. O corpo doía, a cabeça latejava.

  Mas viu um pacotinho com morangos em cima de uma mesa velha. Ela sorriu, se levantando e indo ao banheiro, lavando o rosto.

  Voltou e viu Zacky entrando na casa com todo o cuidado do mundo.

-Onde esteve, Baker?

  Eita, me chamou pelo sobrenome. Fudeu.

-Fui fechar o carro.

-E o usou para...?

-Comprar seus morangos.

 Ela o encarou com uma cara de ponto de interrogação.

-Ontem de noite, você disse que queria comer morangos. Eu fui comprá-los, como o prometido.

  Taylor soltou um longo “own”, entrelaçando os dedos e indo até Zacky, abraçando seu pescoço.

-Você é muito gentil, Zacky.

-Sei disso.

-E quem foi que soltou meu cabelo, tirou o espartilho, tirou meus sapatos...

-Eu.

-... e o meu short?

  Zacky ficou vermelho, coçando a cabeça.

-Bom, essa parte foi você.

-Ah, sei.

-Mas eu não posso falar que te impedi, sabe? Mentir é feio.