The Virtue Of My Sin. escrita por SnakeBite


Capítulo 17
Capítulo 17: Kid Part. II


Notas iniciais do capítulo

Ohh, especulações sobre quem é o Kid.. Não, MsMariHalloween, não é o Bengala AHEUAHEUAHEUAHEUAHEU' mas foi bem criativo e.e
Hey, vocês gostaram da capa nova? Enfim uma que preste, neam? q
Boooooooooooom, não vou mais atrapalhar a leitura, bjbj :*



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  Josh Kid.

  Zacky se lembrava muito bem dele.

-Ele não estava preso por homicídio, Taylor?

-ESTAVA. Ele fugiu, é o que parece. Zacky, estou morta de medo, e se ele vier me procurar?

  Não é surpresa pra ninguém que Taylor se mete em muitas confusões e “romances” mal resolvidos.

  Pois é.

  Taylor era a ex-namorada desse tal Josh Kid, há dois anos atrás. O cara era barra pesada, mesmo. Tinha matado mais gente do que a idade do pai de Taylor, e estava sempre envolvido em escândalos de drogas ou mortes, e da ultima vez, Taylor foi testemunha do assassinato de uma garota, por Kid.

  Ela prestou depoimento, e revelou onde o homem estava.

  Ele soube que ela havia dedurado-o, e prometeu voltar.

-Zacky, o que diabos eu faço?

-QUE MERDA...

  Ele sussurrou, passando a mão nos cabelos, nervoso.

  Ele com certeza iria pedir explicação.

-Como você soube que ele saiu, Taylor?
-Derek, aquele amigo dele que saia conosco me ligou. Disse que era melhor eu ir para algum outro lugar por um tempo. Zacky, eu nem consegui dormir hoje, não agüento mais tanto medo! Eu não quero morrer!

  A garota começava a choramingar, completamente nervosa. Zacky andou até ela e a abraçou, sibilando para que se acalmasse.

-Relaxa, Tay. Faça suas malas, ok?

-Onde vai me levar?

-Minha casa, qualquer coisa peço para algum dos meninos ficarem de olho nas coisas por aqui.

-Ok.

  Ela coçou a cabeça, secando as poucas lagrimas que caíram dos olhos. Puxou Zacky pela mão e subiram as escadas.

  Enquanto Taylor arrumava a bolsa, Zacky a observava. Nunca tinha a visto tão perturbada; as mãos até tremiam, e ele percebia que ela estava toda hora esfregando as costas da mão esquerda no nariz.

  As mãos tremiam muito.

  Zacky, de testa franzida, não agüentou ver aquilo e se levantou, parando atrás dela e a fazendo virar para ele, sentando-a na cama e se ajoalhando à sua frente. 

  Taylor começara a chorar.

-Hey, porque está tão nervosa, Tay?

-Ele vai me achar, Zacky, e eu não quero que ele me ache na sua casa, ele pode achar você...

-Não se preocupe comigo.

-Como você não quer que eu me preocupe com você? Você é a única pessoa que se importa comigo, se algo acontecer à você eu não sei o que eu faço, Zacky!

-Não precisa pensar nisso. Ele não vai fazer mal nenhum, à nenhum dos dois, ok? Shhh...

  A garota ainda chorava compulsivamente. Zacky estava realmente preocupado, nunca a viu tão perturbada com algo em toda a sua vida.

-Taylor, você não me parece bem. Está pálida, tudo bem com você?

-Zacky, ele vai achar agente...

-Não vai, acredite em mim, ele não vai. Taylor? Taylor, você está se sentindo bem?

  Ela negou com a cabeça. Zacky viu seus lábios ficando roxos.

-Quer ir no hospital?

-Não, se sairmos, ele pode...

-Shhh... Ok, tudo bem, deita aqui então.

  Ele ajudou a menina a se deitar em sua cama. Taylor apoiou a cabeça no travesseiro, respirando fundo.

-Vou pegar algo pra você comer...

-NÃO, ZACKY!

  Ela puxou-o pela mão, se sentando rapidamente.

-Ok, ok, deite de novo.

-Não vai embora.

-Não vou, agora deite.

  Ele subiu na cama, deitando-se do lado da morena.

-Zacky...

-Shhhh. Fique quietinha, até se sentir melhor, ok?

  Ele a puxou para mais perto, acariciando seus cabelos. Taylor colocou a cabeça em cima de seu braço esquerdo, abraçando o corpo do rapaz, enterrando a cabeça em seu peito, sentindo seu queixo no topo de sua cabeça.

  A menina ficou em silencio, assim como Zacky, durante um bom tempo, recuperando-se do quase desmaio. Sua cor já voltava, conforme o tempo passava. Sua respiração era calma e uniforme, e o rapaz só sabia que ela estava acordada por estar mexendo os pés e mexendo na barra de sua blusa.

 Zacky logo pensou que poderia ficar nesse momento para sempre.

-Desculpe por ter surtado.

  Ela falou de repente, a voz ainda fraca e manhosa.

-Tudo bem. Mas pelo menos sabe que ele não vai fazer nada à você, não é?

  Ele a abraçou com mais força, sentindo-a suspirar e o abraçar também.

-Acho que sim... Pelo menos com você aqui, me protegendo...

  Zacky sentiu um arrepio na espinha ao sentir as pontas dos dedos da menina irem e virem por suas costas.

-Você sempre protege.

-Faço meu trabalho como melhor amigo.

  Ele sorriu, beijando seus cabelos. Taylor se mantinha séria, ficou muda por uns segundos, até falar:
-Melhor amigo, não... Acho que se você tivesse um par de asas, seria meu anjo da guarda.

  Zacky riu.

-Não acha um pouco demais, não?

-Zacky, você a me salvou tantas vezes... algumas delas você nem se dava conta de que tinha impedido algo.

  Zacky franziu a testa. Do que diabos ela estava falando?

-O que?

  Taylor respirou fundo, corada.

-Teve algumas coisas que aconteceram... ou quase aconteceram, graças à você.

-Que coisas?

  Taylor se ajeitou para que pudesse olhar nos olhos de Zacky ao falar.

-Eu nunca contei pra ninguém, essas coisas. E tem tanto tempo.

  Ele a encarou, umideceu os lábios e por uns segundos desviou o olhar.

-Agente tinha nove anos.

  A menina de repente começou a contar, os olhos fixos no de Zacky.

-Era um domingo de missa. Estávamos brincando enquanto minha mãe conversava com alguém da igreja. Você queria ir no banheiro, então eu me sentei no chão e esperei você.

  Zacky escutava tudo, cada palavra, como se dependesse do que ela estava a dizer.

-O padre Sebastian se aproximou de mim. Disse que a minha mãe estava na sala dele, esperando por mim. O segui.

  Zacky já podia ter uma breve noção do que aconteceria depois, sua expressão se congelou de raiva.

-Ele disse para que eu me sentasse na mesa; eu questionei. Sebastian passou a mão na minha perna, e quando eu já não sabia o que fazer, pois a mão dele estava subindo demais, você entrou na sala.

-Você correu e ficou atrás de mim. Eu não fazia idéia do porque de você estar assustada, mas não quis dizer nada. Taylor, por quê não me contou?

  Ele perguntou, erguendo a mão e tirando o seu cabelo do rosto.

-Não tinha acontecido. Pensei que não fosse importante.

-Claro que foi, pequena... Guardar isso para si durante tanto tempo, quase dez anos!

-Não importa agora.

  Zacky ergueu uma sobrancelha, mas antes que ele pudesse questionar, ela continuou:

-Minha mãe me batia todo dia... Só parou depois que papai morreu. Aí ela passou a simplesmente me ignorar na vida dela. Não cuidava nem dela mesma. Pensei que iam melhorar as coisas, mas foi pior; saber que a minha mãe não se importa comigo foi pior do que cada tapa ou soco que ela desse em mim.

  Zacky queria pensar em fazer algumas coisas, mas estava apavorado demais com a historia. Ele sabia que sua mãe não a amava, mas não que batia.

-Aí eu conheci você no enterro.

  Ela aproximou seu rosto do menino, encostando sua testa na dele, de olhos fechados. A respiração calma e leve de Tay agora batia em seu rosto.

-Você acredita em mim quando eu digo que você é a única coisa que me prende aqui, não é?

-Do que você está falando?
  A menina umideceu os lábios, buscando as palavras para se expressar.

-Se você for embora... de algum jeito... eu não vou ter mais nada à me apegar aqui. Por favor, por favor, prometa que nunca vai me deixar, Zacky.

-Você sabe que não.

-Promete.

-Prometo. Promete que nunca vai me deixar.

-Prometo.

-Por que agente não se casa logo então?

-Não sei. Por quê?

  A garota respondeu, ainda de olhos fechados, sentindo a voz de Zacky ecoar em seu ouvido, com um sorriso sutil em seus lábios.


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