Chances Ao Meu Novo Mundo escrita por Hawtrey


Capítulo 4
Pedido/Ordem


Notas iniciais do capítulo

Gente! Desculpa a demora, é que eu to sem tempo, mesmo. Faço o que posso. LEIAM: Quero avisar que tenho duas histórias com o mesmo... enredo. Essa e Uma Nova História, Um Novo Destino, elas têm praticamente a mesma história, mesmo assunto, mas feita com personagens diferentes e de formas diferentes, o mesmo valem para os casais e os falecidos. Como não sei a opnião de vocês, peço que mandem sugestões de casais, acontecimentos e entre outras coisas. Assim ficará melhor. Bjos.



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Quem é a nossa mãe, Ana? insisti.

“Belatriz Lestrange”

O QUÊ? Não, não pode ser. Isso não é possivél. Ser filha do Snape já bem difícil de aceitar, mas ser filha de Belatriz Lestrange? Ai já é demais! É como decosbrir que você nasceu somente para casar com Lord Voldemort! É INACEITAVÉL!!

— Filha... Belatriz... Snape? — murmurou Lya desconexsamente.

No momento seguinte ela arregalou os olhos e Cedrico levantou-se furioso.

— Você não vai fazer isso — decretou ele furioso se aproximando de mim.

— Fazer o quê? — do quê ele tá falando?

#Pensando...#

Ahhh... agora entendi. Ele ta falando da minha decisão. Mas ele deve tá ficando é doido se pensa que eu vou deixar o Snape morrer. Sim, o Snape. Por que a Ana estava falando dele, então deve ser entre a minha vida e a vida dele que eu devo escolher. Mas, sem chance. Mesmo o Snape não sendo tão legal, e eu não gostar tanto dele quanto antes, nem morta que eu vou deixar ele morrer. Jamais. Minha decisão já está tomada. Belatriz que se vire e da minha irmã eu cuido. Mas o Snape, levando em conta que ele deve me odiar ou no minimo não vai com a minha cara, eu não o deixarei morrer, mesmo que ele diga que me odeia, me humilhe na frente do mundo todo, que fale mal de mim. Não importa o que ele faça ou diga, eu não vou mudar de ideia.

— Layse, dê uma chance-

— Não, eu já decidi.

— Por Merlin! Não tome uma decisão precipitada, por favor, ainda temos tempo, pense melhor — insistiu Lya ficando ao meu lado.

— Está perdendo tempo — avisei indiferente.

Ela então segurou o “braço” da cadeira onde eu estava sentada e pediu:

— Digory, me ajuda.

Digory? Cedrico Digory está vivo!?”, exclamou Ana assustada.

— Longa história, e ele não é Cedrico Digory... exatamente — respondi fuzilando os dois ao meu lado.

“E quem é então?”

— Pense em alguem que é a cara dele...

“.... Ah não! Crepusculo não!”, reclamou Ryans.

Os dois viraram a cadeira de modo que agora eu estava de frente para o meu querido pai.

— Está vendo aquele homem? — perguntou Lya apontando para o Snape que apenas observava em silêncio.

— Logico que sim, não estou cega.

— Ele é o seu pai, e ele te odeia — disse Digory me ignorando.

— Não é sensato ajudar uma pessoa que nem sequer vai agradecer um dia — avisou Lya.

— Vou apenas ignorar isso ok? — vire-me para frente deicidida a não dar ouvidos a eles — Como vão ficar os nossos horarios?

— Bem... cada uma de vocês terá um mentor que irá auxiliar durante os proximos anos letivos em Hogwarts — avisou Dumbledore — A srta. Lyane terá como mentora a professora McGonagall, e srta. Layse ficará com o professor Snape.

— Só pode ser brincadeira... — murmurei pela minha total falta de sorte.

— Vocês dois terão que aprender a conviver bem, sem brigas e discussões — disse Dumbledore calmamente — Pensando bem... a srta. Lyane passará duas horas por dia na companhia do pai.

— E o que vamos fazer, exatamente, enquanto estivermos na companhia um do outro? — perguntei.

— Conversar, colocar tudo em dia, se conhecerem melhor... — sugeriu o diretor.

Então uma imagem veio na minha mente, na verdade uma sequencia de cenas, revelando-me algumas coisas nada legais. Seria apenas minha imaginação? Acho que não, por que eu imaginaria algo assim? Sonhei acordada? Não mesmo, isso estava mais para um pesadelo e eu jamais sonharia acordada com Voldemort. Eu ainda conseguia ouvir a voz dele ecoando na minha mente. Acho que devo levar essa mensagem a sério...

— Layse — chamou Lya me tirando do transe.

— Vamos precisar de cinco anos só pra colocar tudo em dia — falei sarcastica tentando esconder meus pensamentos.

— Será que dá pra você ser positiva pelo menos por hoje? — pediu Lya irritada.

— Eu tô é sendo muito positiva. Por acaso não é você que vai esconder quase três anos inteiros do futuro de um cara que é perito em Oclumência! — retruquei parecendo igualmente irritada.

— O que deu em você? Sempre admirou o professor Snape mais até do que eu admiro o Dumbledore e olha que não é pouca coisa. Por que está fazendo tanto drama? — quis saber Lya levantando-se.

O que você está fazendo Layse? Acreditando em uma “visão” de Voldemort que você nem sabe se é verdade! Mas... e se for?

— Porque ele me odeia — menti.

— Fala sério Layse! Você nunca ligou quando as pessoas te odeiam e não é hoje que isso vai mudar — cortou Lya colocando as mãos na cintura — O que está acontecendo com você?

— Nada — respondi também me levantando — Diretor, algo a mais para avisar?

O diretor me fitou por longos minutos, tive que lutar para continuar encarando os seus profundos e misteriosos olhos azuis.

— Saiam todos, por favor — pediu ele calmamente — Professor Snape, Lyane e Cedrico fiquem.

“Layse, olha, eu sei o que você viu e...”, começou Ana nervosa.

— Então me diga se é verdade ou não — pedi de forma urgente.

‘Layse... Por favor, não acredite no que ele diz”, pediu ela.

— Então é verdade o que eu vi — conclui voltando a sentar.

Então Dumbledore aparatou, minutos depois desaparatou acompanhado da versão mais nova de Belatriz.

— O que faz aqui Ryans? — quis saber Lya rispida.

— É Lestrange — respondeu Ana no mesmo tom — E não te interessa o que eu faço aqui, essa escola não é sua para dizer quem entra e quem sai.

— Ana, por favor — pedi cansada — E Lyane, será que dá para dar um tempo nas brigas?

— O quê? Ela que começou! — protestou minha irmã.

— Não Lya, você começou e de forma estremamente irritante, devo dizer — ela não vai gostar disso.

— Por que que você está protegendo ela!? Ela sempre esteve no nosso caminho! Sempre nos pertubou e nos provocou. Sempre! — insistiu Lya furiosa com o fato de eu estar protegendo Ana e não ela.

— Sim, esteve sim no caminho e provocando muitos, do mesmo jeito que Snape, ou Malfoy, ou o Potter pai — concordei sarcastica — Todos merecem uma segunda chance, por que Ana seria uma exceção?

— Você querer ajudar Snape ou Malfoy é uma coisa, mas querer ajudar ela, é um algo totalmente diferente! — enfureceu-se Lya.

— Por que? É a mesma situação! Qual é o seu problema Lyane!? — o que deu nessa garota? — Será que dá para você parar de ser tão estupida e pensar em alguem alem de si mesma e nos seus problemas?

— Eu não penso só em mim mesma — protestou ela — Sempre pensei em você também, sempre protegi você, sempre estive ao seu lado e agora você está me abandonando!

— Abandonando você? — eu acho que estou ficando doida — Ora Lyane, não seja tão dramatica! A questão é que agora não podemos resumir nossas escolhas e preocupaçoes só na gente, muitas outras coisas estão em jogo!

— Lays... calma — pediu Edward cautelosamente, como se uma bomba fosse explodir e eu acho que vai.

— Calma!? Por que que eu é que devo ter calma? Manda ela ter calma e me esquece — mandei furiosa.

— A mimada de sempre — debochou Lya rindo.

— Quem é a mimada aqui é você — repliquei — Acha que é só estalar os dedos e tudo ficará ao seu alcance.

— Parem vocês duas — ordenou Snape.

— Layse, lembre-se do nosso problema — avisou Dumbledore.

Meu problema — corrigi séria — Eu preciso sair agora, diretor.

— Sabe que não é o recomendado — disse Dumbledore..

— E o senhor sabe que, tecnicamente falando, eu não tenho escolha — rebati — Vamos professor Dumbledore, me libera!

— Tudo bem Layse, vá, mas leve um professor com você.

— Um professor? Tá falando sério? É o Voldemort e não o Ministro! Não posso levar um professor.

— Claro que pode, leve o professor Snape — sugeriu o diretor — Ele saberá o que fazer...

Sabendo que não adiantaria discutir o assunto, somente concordei, mesmo que a contragosto.

— Pode ajudar na aparatação? — pedi.

— Infelizmente não, há muitos riscos, acho que entende certo?

— Sim, senhor.

— Vamos esperar por vocês.

Praticamente arrastei Snape para os corredores. Quando mais rapido, melhor!

— O que pensa que está fazendo mocinha? Eu sei andar sozinho sabia? — reclamou o professor me forçando a solta-lo.

— Então ande rápido — pedi já começando a andar — Quanto mais rápido chegarmos lá, mais rapido sairemos.

— Não acredite muito nisso — alertou ele me acompanhando.

— Deixe-me ter esperanças está bem? — pedi sarcastica — Tenho quase certeza de que ele vai ter uma pequena conversa comigo, me mandará embora e você ficará lá com ele, planejando qualquer coisa.

— É uma opção — admitiu Snape.

Pude ver varios alunos voltando para seus salões comunais, estranharam quando me viram praticamente correndo com o morcego do lado.

— O que exatamente você viu? — perguntou ele de repente.

— Como sabe que eu vi alguma coisa?

— Era o único jeito de você receber algum aviso dele, ele agora pode invadir a mente das pessoas sem ter qualquer relação com a mesma, mas raramente faz isso pois necessita de boa parte do poder — respondeu ele como se fosse o obvio — A conversa deve ser importante.

— Espero que não — pedi — Importância para Voldemort, significa perigo para os outros.

— Não diga o nome dele! — repreendeu o professor.

— Ah qual é? Não comece com as mesmas frescuras que os outros — rebati impaciente.

— É apenas uma questão de segurança — rebateu ele quando chegamos ao portão dos terrenos.

Apenas segurei seu braço e aparatamos em uma antiga e escura mansão.

— Então é aqui que o seu Lord das Trevas descansa enquanto pensa em novos estilos e jeitos para matar qualquer um que ele ache inferior?

— Sugiro que não faça essas piadinhas quando estiver na presença dele.

— Não foi uma piada.

O lugar era bem limpo por sinal, mais era bem escuro e “sombrio”, dava a impressão que a qualquer momento um fantasma horrivel ou uma pessoa possuida pelo demônio iria sair do nada e assustar a todos como num filme de terror.

Entramos em uma ampla e mal iluminada sala, nela havia uma grande mesa com todos as cadeiras vazias, ou quase todas.

— Olá pequena Snape — saudou o Lord friamente.

— Olá Tom — respondi da mesma maneira.

— Pode ir professor Snape — falei fitando o mesmo.

— Não — interveio Voldemort — Fique Snape, quero que seja nossa testemunha.

— Testemunha pra quê? — ai vem merda...

NARRADOR P.D.V. ON

Layse sabia que Voldemort planejava alguma coisa, estava mais do que obvio que envolvia ela, mas a garota ainda temia o que vinha pela frente.

— Quero um favor seu — disse o Lord — Na verdade não é bem um favor e sim uma exigência.

— Exigência? Com que direito você quer exigir algo de mim?

— Você me pertence garota, assim como o seu poder! — soltou o Lord impaciente enquanto se aproximava perigosamente da garota que recuou varios passos.

Não é possivel que ela não saiba... desacreditou Voldemort divertido.

— Não sei do que está falando — negou Layse veementemente — Eu não pertenço a ninguem, muito menos a você.

— Ahhh então a srta. Poderosa não sabe... — zombou Voldemort — Seus pais adotivos realmente não gostam de você.

— Disso eu já sei — resmungou Layse impaciente — Agora, vá direto ao ponto.

— Sente-se.

— Estou bem de pé.

Impaciente, Voldemort apenas arrastou a garota para a cadeira mais proxima e a forçou a sentar.

— Hey — protestou ela massageando o braço que ele apertara.

— Quando eu der uma ordem a você, obedeça! Ou sofrerá as consequencias — avisou Voldemort lentamente.

Ele voltou-se para um lugar a frente dela e, suavemente, começou:

— Há dezesseis anos, quando você e sua irmã nasceram, eu fiz uma... visita à sua mãe, e foi quando Belatriz me disse que não queria mais servir a mim... que tolice! Eu a libertei de Azkaban e é isso que recebi em troca!? Nunca pensei que ela me decepcionaria tanto...

— Então se vingou, não é?

— Obviamente, não? Jamais eu deixaria alguem imune depois de uma coisa dessas. Ela aindo criou vocês por cerca de dois anos. Mas sim, eu me vinguei e essa vingança trás efeitos até hoje — ele riu diabolicamente — Fiz com que todos, incluindo o Ministerio, soubessem quem realmente era Belatriz Lestrange. Graças a mim, ela é uma fugitiva a mais de dez anos! Mas não achei o suficiente, ela merecia mais! Então decidi usar o seu proprio amor maternal contra ela... as suas preciosas filhas eram perfeitas para servir a mim. Mas ela descobriu e conseguiu esconder vocês, mandou Ana para os Ryans, a familia esnobe e você e sua irmã para os Princes, mal sabia ela que a semelhança desse sobrenome com o Snape não era mera coincidencia... Felizmente Belatriz percebeu a burrice que havia feito e voltou a ser minha seguidora.

Confusa, Layse olhou de Snape para Voldemort. Snape parecia tão confuso quanto ela, a curiosidade agora, era maior do que a vontade de ir embora.

— Sarah e Robert Prince são bruxos, meus seguidores, Robert é um primo distante de Severo.

— Eu... eu não entendo. Eles pareciam odiar a bruxaria. Eles sempre nos batiam quando algo de estranho acontecia.

— Não, eles apenas não as achavam dignas de serem donas de uma magia tão rara e inexplicavel.

— Do que você tá falando?

— Da magia de vocês. Cada uma de vocês, incluindo Ana, possui um poder único. Você possui um poder inexplicado, nem eu, que criei esse poder,sei exatamente do que se trata.

— Espera. Você criou esse novo tipo de magia!?

— Isso mesmo, e como ela faz parte de você, então você é obrigada a me servir. Você me pertence, muito mais até do que suas irmãs, cuja as magias também são minha criações.

—  Wow! Wow! Pode ir parando por ai! — exclamou Layse indignada — Está dizendo que cada uma de nós possui uma magia única que você criou só para nos forçar a te servir!?

— Isso mesmo — concordou Voldemort rindo satisfeito — Ana pode prever o futuro e Lyane pode juntar o presente, o passado e futuro em uma realidade artificial.

— Então você é responsavel pela forma como somos hoje?

— E por isso me pertencem — completou Voldemort sorrindo.

— Nada que fizer me obrigará a ser uma Comensal — disse Layse veementemente.

— Eu não preciso obrigar você... — respondeu o Lord serenamente — Eu já tenho o que quero.

Snape remexeu-se inquieto em seu lugar, sabia que essa conversa estava tomando um rumo bem diferente do que imaginava.

— O que quis dizer com isso?

Antes que a mesma negasse tal ato, Voldemort pegou o braço esquerdo da garota e mostrou-lhe o pulso limpo, riu e começou a esfregar levemente o local.

— O que está fazendo? — questionou Layse confusa.

Em resposta, o Lord apenas continuou o ato até que a marca se tornou nitida no local.

Layse olhou-a sem acreditar, ela não estava ficando louca, ali, em seu pulso, havia sim a Marca Negra.

— Como-Como fez isso? — gaguejou a garota sem consguir acreditar no que via.

— Quando você tinha três anos, sua mãe deixou você sozinha por cerca de dez minutos, foi o suficiente para mim — revelou o Lord vangloriando a si mesmo — Com toda certeza ela não sabe disso e seu pai também não sabia até agora, é claro que ele não vai contar a ninguem. Cuidei para que isso fosse um segredo até hoje, um simples feitiço de ocultamento ajudou muito.

— E continuará sendo um segredo — garantiu Layse respirando fundo.

— Isso dependerá de você... — disse ele afastando-se — Sabe que se contar a alguem, dentro de pouco tempo toda Hogwarts saberá e em poucos dias se espalhará pelo Mundo Mágico. A partir dai será conhecida como a Traidora, ou como a Criação de Lord Voldemort!

— Você sempre pensa assim ou isso só acontece quando se trata do meu futuro e das consenquencias de minhas decisões? — questionou Layse fitando o vazio.

— A segunda opção, com certeza — confirmou o Lord sem hesitar — Você, sendo minha criação para um futuro plano sem falhas, deve ver como suas decisões movimentarão o Mundo Mágico.

— Desde quando é realista?

— Desde que eu esteja na sua presença... sou muita coisa, até mesmo um pai preocupado — divertiu-se ele.

Layse levantou-se bruscamente e de forma rapida e furiosa, aproximou-se do Lord, exaltando-se:

— Você não é meu pai! E nunca será considerado como um! Você é um cretino! Assassino! Cruel é apelido para você!

— Quantos elogios... — provocou o Lord — Não quer algo mais de mim, quer? Já lhe dei tanto...

— Nunca serei fiel a você.

— A decisão é sua, se você não for fiel a mim... será culpada pelo sofrimento daqueles que a acolhem verdadeiramente, seus amigos, suas irmãs. Imagine por quanto sofrimento você seria responsavél...

Layse bufou, Voldemort realmente tinha pensado em tudo.

— O que quer de mim? — cedeu ela, fazendo Snape arregalar os olhos com indignação.

— Por enquanto, quero apenas que mantenha em segredo sob qualquer circunstancia... com o tempo lhe explicarei melhor — disse Voldemort sentando no que parecia ser seu trono — E lembre-se: não pode praticar magia de grande porte sem que saiba.

— Vai me saber minha localização toda vez que eu praticar magia em grande escala?!

— Isso mesmo, e posso até impedi-la de completar tal magia.

Layse não sabia se chorava ou se gritava, se corria ou atacava, ou se fazia tudo isso de uma vez só. Sua mente estava tão confusa e embaralhada, as informações pareciam girar desordenadamante em sua mente. Belatriz se importava? E Snape? Ela e suas irmãs são criações de Voldemort? Deveria contar a alguem? Alguém se importaria? Várias outras perguntas surgiram... mas de uma coisa ela tinha a absoluta certeza:

Ela é uma Comensal da Morte.

Querendo ou não, estava servindo à Lord Voldemort e estava sendo obrigada a ser fiel à ele. O que faria?

Nada, pelo menos por enquanto. Layse nunca foi de ficar de braços cruzados em situações dificeis, mas sabia que há certos momentos que o melhor mesmo é não fazer nada. Será que ela aguentaria não fazer nada?

*

Perguntas e mais perguntas, pessoas pedindo explicações e um Dumbledore quieto, foi o que Snape e Layse receberam ao voltar para Hogwarts, mas nenhum dos dois fez questão de responder alguma das perguntas, apenas despediram-se dos demais e se direcionaram cada qual para seus aposentos. Snape havia refeito o feitiço de ocultamento no braço de Layse, mas mesmo assim, entre eles não houve nenhuma troca de palavras e muito menos uma conversa. Mal se encaravam.

Layse recebeu a noticia de quer iria dividir seu quarto com Ana, mas encostar-se na janela e fitar a lua, nada mais ocupava sua mente se não Lord Voldemort. Ela sabia, que mesmo não dizendo isso, ele irá fazer de sua vida um inferno e, de uma forma ou de outra, ela não esperava o contrario. Por mais feliz que estivesse ao chegar em Hogwarts e se deparar com esse fabuloso mundo que sempre sonhou, Layse sabia que sua vida não seria nada normal e muito menos facil. No entanto, essa pequena revolta de sua irmã era o que ela menos esperava. No momento em que pensou em sua irmã, sabia, que nem Lyane e nem ela própria seriam as mesmas e nem teriam a mesma relação...

— Não deveria pensar dessa forma negativa — disse Ana sentando em sua cama.

— Sabe ler mentes agora? — questionou Layse sem deixar de fitar o luar.

— Faço o que posso — respondeu a garota séria.

— Não faça isso com a minha mente, pode não gostar — avisou Lays.

— Só tento ignorar seus pensamentos negativos, ou seja, quase tudo.

— Sou filha do Snape, sou naturalmente negativa — defendeu-se Lays sentando em sua cama.

— Então force a si mesma para ser positiva!

— Saiba que isso é o mesmo que pedir para Harry deixar um inocente morrer na sua frente.

— Ele e seu jeito heroico... Ele consegue ser um héroi e um idiota ao mesmo tempo.

Por alguns minutos o silêncio instalou-se no local.

— Vou te ajudar no que posso, Layse. Saiba disso — disse Ana repetinamente.

— Sabe de tudo, não sabe? — verificou Layse.

— Sim, eu sei. E também sei que essa marca negra vai pesar muito nas suas decisões, pois antes de tudo e de qualquer coisa, você vai pensar nessa marca e nas consequencias caso quebre as regras — esclareceu a morena.

— As coisas serão diferentes agora, não é? — lamentou Layse deitando-se.

— Não só as coisas, como também alguns que conhecemos... — respondeu Ana.

*

No outro quarto, Lyane andava de um lado para o outro. Estava confusa, mas de certa forma sabia o que deveria fazer. Amava sua irmã, mas conhecia bem os defeitos dela, e não podia aceitar que esses defeitos mexessem com sua vida e muito menos com sua mente.

— Como ela pôde ter perdoado a Ryans tão rápido!? — sussurrou a si mesma, indignada.

Não podia que Ana Ryans interferisse em sua vida, e já que Layse agora estava ao lado de Ana, também não podia dar essa liberdade à ela.

— Sou uma sonserina agora, preciso mudar certas partes do meu comportamento — disse ela ao vazio — Ser sonserina é estar diante de varias escolhas e escolher a melhor!

Ela fitou o retrato de Layse que estava sobre a mesa, tocou-o.

— E eu já fiz minha escolha — e abaixou o retrato, colocando a foto contra a madeira da mesa — A partir de agora é cada uma por si, Layse.


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Notas finais do capítulo

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