Uma Cobra Entre Leões escrita por gaby_greeneyes


Capítulo 7
Capítulo 7 : O natal




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O resto dos dias foram iguais, Draco provocando o Harry, eu rindo, aulas, aulas, aulas, comida boa no refeitorio e dormir.  

Foi quando o natal finalmente chegou, depois de dois meses, iria ver minha família. Draco também ia passar o natal com seu pai e sua mãe. 

Pegamos o trem cedo, e chegamos na estação antes do almoço. Minha mãe e Lucio ja nos esperavam. 

- MÃE! - Eu estava com saudades, precisava ve-la, eu nunca havia ficado tanto tempo sem ve-la. 

- Vamos pra casa? - Ela me ofereceu a mão. 

Nos despedimos de Lucio e Draco. 

Ao entrar naquele carro, me toquei do quanto senti falta daquele carro, o cheiro de água que vaza desde um acidente, a calor que é lá dentro, tudo isso me fez falta. 

No caminho, silencio... Tensão talvez, afinal, eu iria encarar minha familía. Como eu poderia sentar na mesa e dizer "Olhem, meu pingente é uma cobra, lindo não?". Impossível. Não sem causar a terceira guerra mundial. 

Ao chegar em casa, não vi o carro de meu pai. Ele deve estar trabalhando. 

- Bom, hoje é dia 24, amanhã ja é natal, que tal prepararmos a comida? - Perguntou minha mãe. 

- Ta bem.  

Preparamos o peru, o frango, a farofa, as batidas de vinho, os bolos para a sobremesa, entre muitas outras coisas. Oito horas, meu pai ja deve estar a caminho. 

Fui tomar banho. Eu estava nervosa. Como eu iria encarar meu pai? Eu não parava de pensar nisso. Eu ja estava pirando, quanto mais tempo passava, mais aflita eu ficava. 

Olhei por meu banheiro... Xampú, cremes, pasta de dente, uma faca, escova, pentes... Pera... Uma faca... 

Peguei a faca, quem sabe aquilo acalmaria minha tensão. 

Não queria nada visivel, então, decidi cortar minhas pernas, assim a calça cobriria. Era uma sensação engraçada, ver o sangue escorrer, era... Relaxante. 

- SARAH, DESCE LOGO!

 - JA VOU MÃE. 

Ótimo, agora eu tenho que tomar banho e me livrar do sangue do chão. 

Tomei meu banho correndo. Minha perna ainda sangrava. Apertei os ferimentos por um tempo, para estancar um pouco, mas como não era nada fundo, o sangue parou rápido. Fui para meu quarto trocar de roupa. Barulho de porta abrindo, meu pai chegou, hora de encarar o leão. 

Coloquei um vestido preto, passei uma maquiagem básica, fiz uma trança em meus cabelos e desci. A sala estava cheia de gente, todos bruxos, todos da familia, todos da grifinória. 

Quando ja eram onze e meia, todos nos sentamos na longa mesa de jantar, sentei-me na ponta, por ser a mais nova da família a ir pra Hogwarts. Na outra ponta, estava meu pai, olhando-me com aqueles olhos castanhos profundos, neles estavam uma mistura de dúvida, curiosidade, misterio, raiva, e mais alguma coisa que não consegui distinguir, talvez fosse desconfiança, ou talvez medo, não sei. 

- Boa noite a todos. - Meu pai se levantou, esse ano, como o natal seria comemorado em nossa casa, ele serio o anfitrião. - Hoje, nesse dia 24 de dezembro, um dia antes do natal, apresento a vocês a mais nova bruxa da familía, minha filha de quem me orgulho tanto, Sarah. 

Ele me fez um sinal para que me levantasse, e assim fiz, todos na mesa me aplaudiram, agora eu era como eles. Bom, não tão igual, mas isso não vem ao caso, espero. 

- Ela foi para a grifinória? - Perguntou uma tia de meu pai.   

Maldita pergunta!

- Vamos descobrir. - Respondeu meu pai. - Sarah, mostre-nos seu colar. 

Um arrepio passou por meu corpo, mostrar meu colar? A cobra que eu tenho como pingente? Ai, e agora? 

- Er, ta lá em cima pai. - Menti, ele estava em meu pescoço. 

- Impossível. - Disse um tio. - O colar só sai de seu pescoço quando você se formar, mostre-nos seu colar. 

Agora complicou tudo. Era a hora. A hora da verdade.

Puxei minha corrente de prata para fora e mostrei a todos meu pingente. Uma cobra, o simbolo da sonserina. 

A mesa estremeceu, os convidados olhavam para mim e para meu pai, o qual estava estupefado com o acontecimento. 

Minha mãe me olhou surpresa, ou talvez nervosa,ou com medo por mim. afinal, eu acabara de assinar minha sentença de morte, e dessa vez, ela não poderia fazer nada. 

- Peço desculpas a todos. - Disse meu pai saindo da mesa. - Mas o natal acabou. 

Minha mãe abriu a porta. Todos me ignoravam, e os que me olhavam, olhavam com desprezo, como se eu fosse um lixo. 

Quando todos sairam, minha mãe me pediu que eu ajudasse a empregada com os pratos enquanto ela falava com meu pai. 

Assim que cheguei perto da empregada, ela deixou cair todos os pratos, como se tivesse visto um fantasma. Ela me olhava com medo, então decidi sair de perto. 

Fui para a casinha dos fundos, onde Charlotte estava escondida. Ficar com Lotte me acalmava, ela era o que me fazia lembrar de que eu dou da sonserina, e de que eu tenho um grande poder nas mãos... 

Coloquei a mão em meu bolso, e de lá tirei uma faca, será que valeria a pena fazer de novo?


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