Bleeding escrita por caiquedelbuono


Capítulo 23
Reflexos.




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Naquele exato momento, Logan percebeu que sua vida tinha acabado. Seu cérebro foi preenchido com uma coisa que ele não sabia explicar; ao mesmo tempo em que ele tinha uma vontade absurda de sair correndo de lá o mais rápido que podia, ele não estava com medo de respirar fundo e começar a andar em direção ao portão.

Arriscou olhar para trás com a esperança do carro de Mary ainda estar parado ali, mas a única coisa que viu foi uma rua completamente deserta. A tia já tinha ido embora e ele teria que encarar aquilo sozinho.

Suas pernas começaram a se mexer, enquanto ele engolia em seco. À medida que ia se aproximando de Janeth, seu cérebro ia imaginando como seriam seus últimos minutos de vida. A diretora estava encostada no portão, os olhos imersos numa expressão de fúria a qual Logan nunca havia visto antes.

— Na minha sala. — ela disse em um sussurro, mas logo em seguida gritou: — Agora!

Logan abaixou a cabeça sem ao menos olhar nos olhos de Janeth e atravessou o portão enferrujado. Ele deu alguns passos e pôde ouvir que a diretora fechou o portão com toda a sua força, fazendo com que um ruído áspero emanasse por todos os cantos. Ela passou por ele a passos largos e teria agarrado a sua mão e o puxado junto a ela se não parecesse estar com nojo.

Pensou que tipo de castigo poderia estar esperando por ele quando chegasse à sala de Janeth. Fugir do colégio durante o período de aulas, Logan pensou, deveria ser uma das transgressões mais graves. Talvez Janeth amarrasse Logan em um poste e o batesse com um chicote até que não restasse nenhum resquício de pele em seu corpo. Ou talvez ela pudesse mergulhar a sua cabeça dentro de uma vasilha de ácido sulfúrico.

Durante o caminho, percebeu que o ar dentro do colégio estava mais frio. Toda aquela sensação de liberdade que sentira quando estava no cume da montanha com Mary rapidamente se extinguiu e ele se sentiu preso novamente, respirando aquele ar carregado de cheiro de sangue. Será que só ele percebia que ultimamente o colégio vinha cheirando a putrefação?

Quando finalmente alcançaram a porta da sala de Janeth e ela a abriu para que Logan pudesse entrar, percebeu que ela estava numa perfeita arrumação. A diretora fazendo faxina na sala? Isso era novidade.

Ela sentou na sua cadeira giratória e Logan sentou nas cadeiras diante à mesa do computador. Janeth deu um suspiro e repousou as duas mãos frente ao teclado.

— Eu não sei mais o que fazer com você, garoto. — ela disse, como se não soubesse o nome dele.

Logan franziu as sobrancelhas. Ela estava sendo gentil demais.

— Você pode fingir que não viu nada e me deixar sair daqui sem nenhum arranhão. É uma boa ideia, não é?

— Arranhão? — Janeth perguntou com um tom inocente — Está pensando que eu vou bater em você?

— Não é isso que você faz quando algum aluno transgrede as suas regras? Quero dizer, você me fez ajoelhar em sementes de milho e bateu com um cinto na perna de Helena.

Janeth começou a falar como se Logan não tivesse dito nada:

— A janela da minha sala tem uma vista perfeita para o portão do colégio. Eu estava regando as plantas, quando olhei e vi você indo ao portão. Fiquei intrigada, você não seria tão insano a ponto de fugir do colégio pensando que eu não perceberia. Vim correndo até a porta de entrada e vi você entrando em um carro. — Janeth fez uma pausa — Você tem duas opções diante de tudo isso; você pode simplesmente me contar para onde foi e eu pensarei em que atitude tomar ou você pode ficar em silêncio e ser expulso do meu colégio.

Logan chegou a considerar o fato de ser expulso, mas ele não poderia deixar os seus amigos para trás; não agora, que ele tinha decidido que ia contar toda a verdade a eles. Por outro lado, o que ele poderia falar para Janeth? Não poderia simplesmente contar que tinha descoberto a identidade do assassino. Ela jamais acreditaria.

— Acha que é errado eu querer um pouco de liberdade sendo que sou obrigado a ficar o tempo todo trancafiado nesse colégio?

Janeth olhou para ele indignada.

— E mais liberdade do que você tem aqui? — ela abriu os braços do mesmo modo que Logan fez quando estava sentindo o vento contra o rosto — Há uma piscina na qual você pode nadar quando quiser, um pomar maravilhoso com todos os tipos de frutas, uma quadra enorme onde você pode jogar qualquer tipo de esporte. Como pode menosprezar esse colégio que contém tantas coisas legais e divertidas?

— Pode até ser, mas não é desse tipo de liberdade que eu estou falando. É horrível você sempre estar no mesmo lugar, olhando para as mesmas pessoas, sem saber o que está acontecendo no mundo lá fora. Eu nunca poderia imaginar, mas eu fiquei feliz por simplesmente poder sentir o vento batendo contra o meu rosto.

Janeth se manteve em silêncio por algum tempo. Logan percebeu que ela não estava mais furiosa e não tentaria fazer nada contra ele. Desde depois que bateu em Helena, ela parecia estar mais calma e reflexiva. Será que ela tinha se arrependido? Será que ela estava reconsiderando o fato de pedir desculpas a todos os alunos que ela já maltratara? Logan lembrava bem que ela estava prestes a chorar depois de ter batido em Helena...

— Por que você matou o meu filho? — ela perguntou completamente do nada.

Logan não podia acreditar que ela tinha perguntando aquilo. Simplesmente não entrava pela sua cabeça que ela ainda acreditava que ele era o assassino.

— Você não se cansa disso? Já encheu a minha paciência.

Uma lágrima escapou dos olhos dela e ela deu um sorriso de amargura.

— Todo dia eu me lembro de Brian. Por mais que ele não soubesse de nada, eu sempre o amei muito. Sempre cuidava dele à distância e fazia o maior esforço para que ele não percebesse que eu o amava mais que os outros alunos. Sempre perguntava para os empregados da cantina se ele tinha comido bem, perguntava aos professores como ele era na aula e se não tinha nenhuma dificuldade de aprendizagem.

— Janeth... — foi a primeira vez que Logan disse o nome da diretora na frente dela.

— E, de repente, ele morre sem ao menos saber que eu era a mãe biológica dele. Sem ao menos saber o quanto eu me importava com ele. Queria tanto que ele soubesse, queria tanto...

Mas ela se interrompeu e começou a se desmanchar em lágrimas. Cobriu a cabeça com as duas mãos e começou a chorar desesperadamente. Logan não sabia o que fazer. Pensou em levantar e afagar as costas de Janeth e dizer que tudo ficaria bem, mas ele percebeu que isso seria estranho demais e estaria fora de cogitação.

— Pare de chorar. — sua voz estava falhando — Por favor.

Janeth ficou em silêncio por alguns segundos e voltou a olhar para cima. Seus olhos vermelhos agora estavam imersos em fúria; a mesma fúria que ele tinha visto quando ela estava parada em frente ao portão.

— Você mata o meu filho e ainda pede para que eu pare de chorar?

— Eu não o matei.

— Matou sim! — Janeth berrou — Seu assassino!

O sangue de Logan começou a ferver. Todos os seus músculos começaram a tremer e ele já sabia o que estava começando a acontecer. Fazia tempo que isso não acontecia, ele vinha se controlando, mas estava farto de ser acusado injustamente por Janeth. Ainda mais agora que ele já sabia toda a verdade.

Gotas de suor já estavam escorrendo de sua testa e ele levantou da cadeira e bateu com as duas mãos sobre a mesa, o que fez Janeth levar um susto.

— Você tem merda na sua cabeça? — ele estava gritando tão alto que Janeth se encolheu sobre a sua cadeira — Será que é tão burra que não consegue perceber que eu não sou o assassino? Eu estava com você exatamente no momento em que Brian foi assassinado... — ele quase disse o nome de Mark, mas, mesmo durante um ataque de fúria, seu cérebro sabia que não podia revelar aquilo para a diretora — Você sabe disso, mas força seu próprio cérebro a acreditar que é mentira, somente para conseguir por a culpa em alguém que você sabe que abaixará a cabeça sempre que você mandar! E eu estou farto disso! Chega, Janeth! Chega de me acusar injustamente!

Logan sentou novamente na cadeira e passou o dorso da mão sobre a boca, limpando algumas gotículas de saliva que estavam pingando dos seus lábios. Ele estava ensopado de suor e sua camiseta grudava em seu corpo. Sempre se perguntou o porquê de suar tanto quando estava imerso em um ataque de fúria.

A diretora estava sem reação. Ela piscava repetidas vezes e estava boquiaberta.

— É melhor você sair daqui. Vá tomar uma água e se acalmar.

Logan respirou fundo e saiu da sala da diretora sem ao menos olhar para ela. Estava ofegante e a única coisa que desejava era uma torneira com água fria para que pudesse molhar a cabeça.



Logan estava sentado no sofá da sala de estar. A noite já havia caído e o relógio da parede marcava oito horas da noite.

Havia combinado de se encontrar com Sophia, Helena e Tommy logo depois da hora do jantar, que havia sido bem tensa. Mark ainda continuava com os olhares de soslaio que tanto amedrontavam Logan e não parava um só segundo de incentivar Helena em ir adiante com a sua vingança com Janeth.

E por falar nela...

Logan sabia que algo diferente estava acontecendo com a diretora. Ao mesmo tempo em que ela parecia estar um pouco mais gentil, mostrando um leve sentimento de arrependimento, ela logo se mostrava agressiva e disparava insinuações e acusações. Será que ela estava desenvolvendo distúrbios de bipolaridade? Talvez isso explicasse porque ela quase chorou depois de ter batido em Helena ou talvez fosse realmente coisa da cabeça de Logan.

Mas o fato era que ele não deveria ficar pensando no quadro psicológico de Janeth; não agora. Seus amigos estavam quase chegando apenas para descobrirem que o assassino misterioso era ninguém mais ninguém menos que Mark.

Ele tentou bolar dentro do seu cérebro como começaria a contar os fatos. Talvez fosse melhor contar tudo detalhadamente, descrevendo cada parte da história meticulosamente. Logan pensou que eles também poderiam desconfiar por si sós, já que Mark não havia sido convidado para a reunião. Ele não sabia, teria que aguardar a chegada dos amigos.

A sala de estar estava praticamente vazia, exceto por dois garotos que estavam mexendo no computador. Seria melhor se não houvesse muitas pessoas em volta correndo o risco de ouvirem o que Logan tinha para falar.

Tentou imaginar onde Mark poderia estar. Depois do jantar, ele subira as escadas e provavelmente já estava dentro do dormitório.

Logan ouviu um barulho na porta da sala de estar e viu Sophia, Helena e Tommy se aproximando. Eles pareciam estar cochichando entre si e acenaram levemente quando viram que Logan estava sentado no sofá. Eles correram até lá e se ajeitaram como puderam em volta dele.

— Acho que você tem algo bem importante para dizer quando me fez desistir de pintar minhas unhas de verde limão depois do jantar. — disse Helena, que estava sentada desconfortavelmente no braço do sofá.

Logan acenou afirmativamente com a cabeça, mas não disse nada de imediato. Estava nervoso.

— Fale alguma coisa, Logan! — exigiu Tommy.

Ele olhou para Sophia, que estava sentada ao seu lado, mas ela parecia distante. Seus olhos não estavam olhando para ele e sentiu um leve tremor antes de começar a falar.

— Antes, quero dizer que há um motivo para Mark não estar aqui.

Logan sentiu os olhares de todos se desviando para ele.

— Resolveu exclui-lo do grupo? — perguntou Helena — Fez bem. Ele anda muito vingativo para o meu gosto.

— Não é nada disso. É só que eu descobri uma coisa sobre ele. — Logan engoliu em seco — Uma coisa muito séria.

Sophia, Tommy e Helena se entreolharam e Logan começou a contar. Contou sobre a transformação de Mark em um zumbi, contou sobre a tentativa de assassinato sobre ele, que logo em seguida foi transformada naquela chantagem estúpida que quase o levou à loucura.

Ele parou de falar, ofegante, e fez-se um silêncio estarrecedor na sala. Todos estavam se entreolhando e por um momento não sabiam o que falar. Pareciam estar refletindo, cada um imerso em seus próprios pensamentos.

Helena foi a primeira a quebrar o silêncio:

— Tudo bem. A única coisa que eu achei estranha: Kofuf não é nome de macaco?

Sophia olhou para ela indignada.

— Como pode fazer uma piada numa hora séria como essa, Helena?

Ela deu de ombros.

— Desculpe. Você sabe que eu não perco a piada.

Logan ainda não tinha visto nenhuma reação dos amigos e isso o estava deixando preocupado.

— Então, o que iremos fazer?

— O que você deveria ter feito no dia em que descobriu tudo isso. — respondeu Tommy secamente — Onde estava com a cabeça quando pensou que poderia esconder tudo de nós?

Uma faca pareceu entrar no estômago de Logan e ele começou a se sentir mal.

— Eu não tive escolha. — ele murmurou — A minha vida estava em jogo.

— Seu egoísta! — a raiva de Tommy já estava mais do que evidente — Só pensou em si mesmo. Não pensou no fato de que nós também poderíamos morrer com essa chantagem absurda. Acha que Mark não ia pedir para que você levasse um de nós a ele simplesmente para acabar com a nossa vida? Como você pode ser tão burro, tão idiota, tão ignorante, tão...

— Tommy, chega! — disse Helena — Não adianta ficar o acusando assim. Ponha-se no lugar dele.

Tommy olhou para ela como se estivesse preparado para pular no seu pescoço.

— Colocar-me no lugar dele? Se eu fosse ele, teria vindo correndo contar para os meus amigos. A vida deles vale muito mais do que a minha.

— Só que você não é eu e não tem o direito de me julgar.

Tommy cerrou os punhos.

— Você me julgou quando eu me propus a te ajudar a pegar o assassino. Disse que minha ideia era absurda, não quis nem ao menos tentar. E agora, eu tenho sim todo o direito de te julgar de ter sido tão egocêntrico.

Talvez ele tivesse razão. O que Logan esperaria que acontecesse? Que os amigos dessem pulos de alegria? Ele também teria ficado chateado se eles escondessem uma coisa dessas. Ele merecia estar sendo apedrejado por Tommy.

— Eu só estava pensando no que era melhor para mim.

Tommy se levantou do sofá e cuspiu no chão aos pés de Logan.

— Eu tenho nojo de você.

Helena e Sophia olhavam boquiabertas enquanto Tommy atravessava a porta da sala de estar batendo os pés.

Logan desabou instantaneamente. Apoiou os dois braços sobre a perna e cobriu a cabeça com as mãos. As lágrimas estavam querendo escorrer dos seus olhos, mas ele controlou o impulso de chorar na frente de Sophia e Helena. Por que tudo estava desmoronando? Quando toda aquela tormenta iria acabar e ele se viria em paz novamente?

Ele sentiu uma mão sobre o seu ombro e ergueu os olhos. Helena estava lhe olhando calorosamente.

— Você pisou na bola, Logan, mas eu não o culpo. Se isso lhe serve de consolo, eu teria feito o mesmo.

Logan a encarou.

— Você não vai cuspir nos meus pés e dizer que tem nojo de mim?

Já havia aproximadamente duas semanas que ele conhecia Helena. Tempo suficiente para perceber que ela deu um suspiro o qual ela jamais havia dado na vida. Helena, que sempre era tão alegre e divertida, estava suspirando lamuriosamente.

— Não. — ela tirou a mão do seu ombro e olhou para Sophia que se manteve calada desde quando Logan terminou de contar — Eu... eu vou atrás de Tommy. É possível que ele faça alguma besteira como ir até Mark para tirar satisfações e acabar sendo morto.

Logan assentiu. Helena deu um leve sorriso e afagou o ombro dele antes de se levantar e ir em direção à porta da sala de estar.

O silêncio de Sophia estava torturando Logan. O olhar dela estava indiferente e dessa vez ele não conseguia decifrá-lo. Ela não parecia estar chateada, irritada ou decepcionada; apenas indiferente.

A voz dela entrou queimando no seu ouvido:

— Logan, por quê? Por que não me contou?

Ele tentou segurar a mão dela, mas ela a afastou.

— Mark foi bem claro quando disse que eu não poderia contar para ninguém. Me senti péssimo mentindo para você, Sophia, mas eu realmente não tive escolha.

Ela emitiu um barulho com a boca que Logan não sabia se era um suspiro ou uma tentativa falha de começar a falar.

— Eu até entenderia se você não quisesse contar ao Tommy ou à Helena; mas a mim, Logan? Eu sou sua namorada. Às vezes parece que você se esquece disso.

— Não, é claro que não. — a sua voz estava soando desesperada — Ouça, hoje quando eu saí da aula eu não estava com enxaqueca. Eu fui me encontrar com a minha tia. Eu não estava mais aguentando guardar isso para mim e eu precisava falar com alguém neutro. Alguém que não tivesse nada a ver com o colégio, com Mark, com os assassinatos. Ela me aconselhou a escutar o meu coração. Eu pensei em todos vocês correndo risco de vida e foi aí que eu ouvi o que ele estava me dizendo. Foi por isso que eu resolvi contar toda a verdade, mesmo sabendo que eu poderia morrer. Por vocês.

— Por nós. — a voz de Sophia era levemente irônica — Você acha que eu não percebi que você se afastou de mim? Eu sabia que estava mentindo quando disse que tinha que fazer alguns deveres de casa. Você queria ficar longe de mim.

— Era para te proteger! Você corre risco de vida ficando ao meu lado.

Sophia segurou fortemente nos ombros de Logan e o chacoalhou levemente.

— E quem disse que eu me importo? Ao seu lado, nada me assusta, nada me amedronta. Eu preciso estar perto de você para me sentir segura. Eu te amo, Logan.

Uma lágrima escorreu dos olhos dela e Logan esticou o braço para poder enxugá-la. Doía demais ver Sophia chorando.

— Eu também te amo, mas você nunca estará segura ao meu lado.

Ela o encarou seriamente.

— O quê foi agora? Está sugerindo que devemos nos separar?

— Nunca. É que eu estou com medo mais por você do que por mim.

E Logan não falava isso da boca para fora. O medo de ver Sophia morta era maior do que o medo da própria morte. Ele não conseguiria suportar.

— Aquele dia que eu sonhei com a sua morte foi o pior dia da minha vida. — ele continuou — Foi como se eu tivesse morrido junto.

Sophia segurou na mão dele e a trouxe para perto do seu peito.

— Está sentindo isso? — ela perguntou — É como o meu coração fica cada vez que eu olho para você. Sei que seu coração fica do mesmo modo. Estamos juntos nessa e não vai ser agora que iremos nos separar. Você pode ter errado ao omitir tudo isso de mim, Logan, mas, como Helena disse, eu não consigo o culpar. Não consigo apontar o dedo para você e dizer que foi egoísta. Foi tomado pelo medo, pelo pavor e qualquer um no seu lugar teria feito o que você fez.

Foi como se um peso tivesse saído das costas de Logan. Ele jamais se perdoaria se Sophia tivesse a mesma reação de Tommy. Ele não conseguiria lidar com o fato dela estar o ignorando e o desprezando, assim como Tommy provavelmente faria nos próximos dias.

— Obrigado, Sophia.

— Um simples “obrigado” não é suficiente. — ela segurou na gola da sua camiseta e o puxou para um beijo.



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