Tom não demorou muito a voltar para casa. Ele apenas havia deixado os bolinhos na lanchonete para serem vendidos por outros garçons, para receber algum dinheiro no dia que não fora. Na volta passou em um restaurante com comida chinesa, comprou algumas coisas que sabia que o moreno gostava, e que ele mesmo gostava e voltou rápido para casa.

Quando entrou, viu o seu amante dormindo no sofá, do mesmo jeito que o deixara: deitadinho no sofá com a bunda para cima e um braço caído para fora do sofá.

Tom riu de leve e entrou trancando a porta. Deixou a comida dentro do forno e foi ao sofá. Pegou Bill no colo e o levou para o quarto, deitou o menino praticamente desmaiado na cama, tirou a própria roupa e deitou ao seu lado, puxando o corpo inerte e branco para seu peito.

O moreno sentiu ser movimentado como uma boneca e abriu os olhos. Se viu sobre o corpo de Tom, sorriu e beijou brevemente seu pescoço.

- Acordei você? – Tom perguntou rouco e afagou o moicano despenteado.

- Não... – Bill murmurou, quase ronronando e se agarrou mais ou peito do outro, subindo sobre o corpo malhado.

- Está com fome? – Tom perguntou meio que sem saber o que fazer. Não estava acostumado a namorar desse jeito.

- Uhum... – o moreno sorriu, se esticando sobre o corpo do outro, então relaxando cada músculo.

 - Levante-se, trouxe comida... – Tom sussurrou sem jeito. Não estava a vontade com o outro tão perto. Era como se estivessem namorando, ou algo assim, e isso assustava o de tranças, nunca namorara na vida, e como bom humano, tem medo das coisas que não conhece.

- Tudo bem. – Bill sorriu e se levantou, pulando para fora da cama, ainda completamente nu. Pegou uma blusa qualquer no armário de Tom e a vestiu, junto com uma calça do outro.

- Você tem suas próprias roupas sabia? – o de tranças perguntou erguendo uma sobrancelha.

- Sim eu sei. – Bill sorriu para o outro. – Mas as suas são mais confortáveis.

Tom riu, pensando em falar que as roupas do moreno não eram confortáveis por serem justas demais, mas apenas deixou de lado indo para cozinha, sendo seguido pelo outro.

Tirou as comidas do forno, pegou talheres e foi para o sofá da sala, sempre com o de moicano ao eu lado.

- O que você fazia nos seus dias de folga, quando era rico? – o de tranças perguntou começando a comer.

- Bom... – o de moicano pensou um pouco. – Eu não trabalhava na verdade, então eu não tinha dias de folga. – Bill sorriu e começou a comer.

- O que fazia o dia inteiro? – Tom pareceu chocado.

- Comprava coisas, cuidava de Jojo, ia a spa’s, planejava algumas festas. – Bill se acomodou melhor no sofá.

- Deve ser difícil para você. – o outro comentou.

- Um pouco, mas não me importo. – o moreno bebeu um pouco do suco. – Sinto falta de vez em quando, não nego. Mas já me acostumei a trabalhar. – Bill sorriu e se aconchegou melhor no colo do de tranças. – Fica mais fácil com você por perto. – selou rapidamente os lábios e voltou a beber o suco.

E assim se passou o dia dos dois, com pequenas conversas e muitos abraços e beijos.

- Oh está muito bonita esta noite, Ellie! Indo a algum lugar especial? – Tom perguntou se debruçando sobre o balcão da senhora.

- Tom eu sou uma afro-americana livre de 75 anos, quem sabe o que a noite trará? – Ellie sorriu gentil.

- Bem aqui estão 20, pode quebra-los do jeito que quebrou meu coração? – Tom perguntou sorrindo.

- Pá! Pá! – Ellie riu dando duas notas de 10 para o menino.

- Olhe para tudo isso! – Bill sorriu sentado em uma das mesas contando as gorjetas do dia. – As pessoas nos deram muitas gorjetas hoje.

-Sim, não se acostume com isso! O Natal esta quase ai, e assim que as pessoas perceberem o quanto terão que gastar nos presentes, suas carteiras ficarão mais fechadas que as pernas de uma prostituta quando o cliente não tem dinheiro. – Tom sorriu de lado entregando as notas de 10 para Bill.