Bom, hoje é segunda feira e primeiro dia de aula. E minha primeira aula é Herbologia. Com a Sonserina. Argh, odeio a Sonserina. Não só porque ela é a Sonserina que todos os Grifinórios odeiam. É porque o Malfoy é dela. Cheguei na Estufa 5. Harry e Ron já estavam lá. E pelo visto, eles não estavam gostando das namoradas não serem da mesma sala que eles. Sentei-me na mesa deles, e eles me perguntaram o porque da minha cara. Não falei nada. Alguns minutos depois Malfoy chegou com Zabine e a Parkinson .Ela estava me olhando com cara feia, dei um sorriso malicioso á ela. Pelo visto, estava com medo de perder o Malfoy pra mim. Eu ri. Era isso mesmo.Ela não gostara nem um pouco de eu dividir o Salão Comunal com ele.Como se eu tivesse gostado. Olhei mais uma vez para ela, que estava aos amassos com Malfoy. Ela reparou que eu estava olhando e parou. Dei outro sorrisinho á ela, e me virei. A professora havia chegado. Ela nos explicou o que teríamos de fazer. Teríamos de abrir a planta e pegar alguns caroços que estavam dentro dela, e que não poderiam ter nenhum amasso quando saíssem da planta. Começamos.Em questão de segundos, ouvimos um grito, e todos nos viramos para ver Malfoy. Um ataque de riso encheu a sala. A planta, tentara agarrar o braço de Malfoy quando ele fora pegar o caroço,só que por alguma razão ela não conseguira. Ela pegara o rosto de Malfoy. Agora, todos tínhamos o privilégio de ver essa cena. Uma palnta chupando o rosto de Malfoy. Até a professora estava rindo. Ninguém ia ajudá-lo. A única pessoa que não estava rindo era Parkinson, que estava muito aflita.

-Professora. Para de rir e vem ajudar ele. – Ela gritou aterrorizada.

 A professora tentou se recompor sem muito sucesso,mais foi ajudar Malfoy. Todos ainda estavam rindo muito e a professora nos mandou calar a boca. Ela retirou a planta da cara de Malfoy, e para alegria de todos, estava uma marca roxa, na cara dele todo. Todos que tinham parado de rir voltaram. A professora lançou um feitiço silenciador em todos. Quando ela viu que não haveria mais problema, ela retirou o feitiço, e voltou a dar aula. Malfoy não queria mostrar a cara, então a professora me mandou levá-lo á enfermaria. Ótimo. Teria algum tempo para chateá-lo. O porque da professora pedir para mim levá-lo a enfermaria eu não, sei. Ele poderia ir sozinho. Mas como não poderia negar algo a professora tive que acompanhá-lo. Quando estávamos saindo das estufas, cheguei perto dele e falei :

-Que isso em Malfoy...Quem diria...

- O que foi Granger ?Quem diria o que ?

- Você, gritando aterrorizado por causa de uma planta. Agora tem medinho de plantas é ?

- Não enche Granger. Queria ver se fosse com você.

-É... Mais comigo existe uma pequena diferença Malfoy. Eu sou mulher. Agora, um homem, se é que isso é um homem, gritando aterrorizado por causa de uma planta...Ah, e sem contar que eu conseguiria tirar a planta da minha cara sozinha. Não precisaria da ajuda da professora.Você sabe que eu estou falando a verdade Malfoy... Então não faça essa cara de merda.

-Não é por causa disso. Agora, me faça o favor de calar a boca e me deixe pensar.

-As ordens Fuinha loira. – Falei e ele olhou para mim com os olhos semicerrados. Ficamos em silencio até chegarmos na enfermaria. Madame Pomfrey perguntou o que havia acontecido e nós explicamos. Ela lançou alguns feitiços em Malfoy e voltamos para as estufas. Quando chegamos, foi que percebemos que a aula já havia acabado e nós estávamos atrasados para a aula de DCAT, e o nosso professor era Snape.

-Oh merda. Merda, merda.Snape vai me matar se eu chegar na aula dele atrasada.Se eu pelo menos ainda estivesse com meu Vira-Tempo...

-Hey, você ainda vai pra aula de Snape?- Perguntou Malfoy surpreso.

- Se eu não for, ele vai me dar detenção. Se eu chegar atrasada, ele também vai me dar detenção. Ok, o que eu faço ? = Perguntei aflita a Malfoy. Ok, o que eu faço? EU ESTOU PEDINDO UM CONSELHO A FUINHA.

- Não vá. Eu pelo menos não vou, agente tem a desculpa de ter estado na enferm...

-É isso. Valeu Malfoy. Vou falar que eu estava na enfermaria e ...

-E ele não vai te deixar entrar do mesmo jeito porque ele não gosta de você. – Ele falou logicamente. Argh, ele tinha razão. Snape não me deixaria entrar nem com a desculpa. Suspirei e andei lentamente até o dormitório. Hoje a noite, os garotos iam vir para cá. E eu sabia que Malfoy não gostaria de ter Luna, Gina,Harry e Ron aqui, então eu decidi falar para ele que eles iriam ali mais tarde. Ele deu de ombros e falou que tudo bem. Estranhei, mais decidi não comentar nada. Fui para o meu quarto, me sentei na cama e comecei a praticar feitiços para a aula de DCAT. Ai me lembrei da bomba de bosta que Malfoy me mandara nas férias. Me levantei e fui até o Salão Comunal, ele não estava lá, então fui ver se ele estava no quarto dele. Bati e em segundos ele abriu a porta.

-Que foi Granger ? – Perguntei ele.

-Eu só queria saber porque você me mandou aquela bomba de bosta nas férias. – Falei.

-Sei lá. Achei que fosse ser legal. Mais você me mandou uma de volta. Porque ?

-Porque eu não ia ficar fedendo por horas sem dar o troco. – Me virei e entrei no quarto.

Estava arrumando meu material, quando deixei minha caixa de jóias cair. Terminei de arrumar meu material e fui pega-la. Ela se abrira e alguns colares e anéis meus caíram. Estava juntando quando notei um anel de ouro com uma pedra negra, que eu não usava a dois anos. O coloquei e ele ficou roxo. Lembranças vieram, de quando eu ganhara esse anel.

Era sábado, e eu estava ficando,escondida,com Malfoy já havia uma semana. Éramos do 5° ano, e eu achava que Malfoy tinha mudado. Estávamos na orla da Floresta Proibida, onde eu sabia, ninguém poderia nos ver. Eu estava sentada e ele deitado com a cabeça no meu colo,e estávamos conversando sobre... tudo. De repente ele se levantou, me deu um beijo de leve, e tirou uma pequena caixinha de veludo negro do bolso. Ele abriu a caixinha, e dentro dela, havia um anel, de ouro puro,com uma pedra negra.Ele retirou o anel da caixinha e pôs em meu dedo.

- Mione, comprei isso para você. Espero que goste.- Eu lhe dei um beijo e falei :

-É claro que eu vou gostar... É lindo. Obrigado.

- Mais esse anel você nem sabe para o que é. Olhe para ele. A pedra dele está vermelha. E não preta como antes. – Lembro-me de ter olhado o anel, e ter me surpreendido, pois a pedra do anel, não estava mais negra. E sim um vermelho vivo.

- Porque ele está assim Draco ? – Perguntei curiosa. Eu riu e começou a me explicar.

- Esse anel, é enfeitiçado, para mudar de cor, de acordo com o que você está sentindo. Quando ele estiver vermelho, é porque você está muito feliz. Roxo, você está triste. O anel ficará negro, apenas em duas ocasiões. Quando você o retirar do dedo, ou quando você deixar de gostar de mim. Depois disso, ele nunca mais mudará de cor.

Ele pegou outra caixa de veludo negro do bolso e retirou um anel, exatamente igual ao meu. Colocou no dedo, e o anel também ficara vermelho vivo. Ele me dera outro beijo e sentara ao meu lado. Ele acabara de provar para mim que me amava.

Despertei dos meus devaneios com alguém batendo a minha porta. Me levantei e fui abrir a porta. Malfoy estava lá. Ele estava estranho. Tirou um lenço do bolso e me entregou. Percebi que estava chorando. Peguei o lenço e limpei meu rosto.  Percebi que Malfoy estava olhando  minha mão. E que ainda estava usando o anel. Ele estava olhando o anel, e não a minha mão. Me virei e me sentei em um pufe vermelho e dourado. Ele já vira o anel mesmo, pra que mentir? Peguei o anel e o joguei longe. Malfoy ainda estava parado na porta, pelo visto, bem confuso. Um sorriso se espalhou pelo seu rosto, então, eu voltei a chorar. O que deu em mim ? Louca. Aquele anel idiota. Porque eu não joguei ele fora quando pude ? A resposta infelizmente era óbvia. Eu queria alguma prova de que aqueles dias realmente existiram, e que não era apenas um sonho. Eu sabia disso, então nunca tivera a coragem de jogar aquele anel fora. Agora eu me arrependia. Porque, agora, ele sabia. Ele sabia que eu nunca o esquecera. E provavelmente agora, iria contar a todos que chegassem a sua frente, e a Sangue-Ruim aqui, gosta da fuinha loira. Fechei a porta, e me deitei. Estava quase adormecendo, quando alguém começou a bater na porta. Não respondi nada, até que ouvi a voz de uma pessoa que eu precisava muito conversar.

-Mione, abri aqui. Sou eu, Gina.

Me levantei a abri a porta, atrás dela estava Luna. Elas entraram no meu quarto e se sentaram nos pufes, enquanto eu voltava a me deitar.

- O que foi Mione ? – Perguntou Luna.

Expliquei para ela, sobre o anel. Não contei para ela sobre o dia que eu o ganhei. Apenas a função dele. Gina estava distraída pois já sabia de tudo. Depois falei que Malfoy me vira com o anel, e ele reparara que o anel não estava negro. Luna e Gina trocaram olhares significantes. Perguntei o porque.

-Bom... foi Malfoy que nos chamou aqui, ele disse que você estava muito triste. E ele parecia... abalado. Mais feliz.

-Lógico que ele parecia feliz. É claro que ele iria querer contar pra todo mundo que eu gosto daquela fuinha loira...

-Mione, fica calma. Depois nós resolvemos isso. Mais, agora que ele sabe. O que você vai fazer ?

-Não sei Luna... Sinceramente não sei. Apenas espero que ele tenha o bom censo de não sair espalhando para Hogwarts inteira o que ele descobriu aqui. Agora... Ele voltou com vocês ?

-Sim... Ele nos trouxe até aqui... E depois desceu. Porque ?

-Tenho que falar com ele... Agora, me façam um favor?

-Claro Mione... E acho que não vai querer que venhamos para cá hoje a noite não né ?

-Ooops. Era sobre isso mesmo. Ia pedir para avisarem os meninos que não dará para eles virem aqui... Falem que eu estou passando mal ok.

-Ok Mione, então... Tchau, quando precisar da gente, é só chamar ok.

Saimos do meu quarto e descemos as escadas. Levei-as até a porta e me despedi delas. Quando me virei Draco estava me observando. Andei até um pufe ao lado do dele e me sentei.Ele me perguntou :

-Está melhor ?

-E porque eu estaria? Nada melhorou.

- Você parou de chorar. – Ele comentou.

-Queria que eu chorasse até me ressecar e morrer?

- Não... E, sobre aquilo, que eu observei lá em cima...

Olhei para ele com os olhos semicerrados e ele se calou.

-Você nunca dirá aquilo para alguém. Entendeu ?

- As ordens... Mas porque eu falaria?

-Você é um Malfoy.

Subi, peguei um conjunto de roupas, e tomei um banho. Porque isso tinha que acontecer comigo ? Justo comigo.  Já não sofri o bastante por causa daquela fuinha loira ? E agora ele sabe que eu ainda gosto dele. Merda.