Intrusa escrita por Carola


Capítulo 20
O final?


Notas iniciais do capítulo

ESSE NÃO É O FIM!
LOGO MAIS POSTAREI "IMORTAL", A CONTINUAÇÃO DE "INTRUSA", FIQUEM LIGADOS!



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Stephan correu o mais rápido que pode e não pensou duas vezes antes de entrar como um furacão no vestiário feminino, que por sinal continuava vazia, a não ser pelo meu corpo caído.

O garoto se ajoelhou do meu lado e me puxou para seu colo. Ele já chorava compulsivamente.

_ Me desculpa! – Ele gritava em meio as lágrimas que se recusavam a parar. – Volta Car, volta para mim! Eu preciso de você! Eu te amo!

Stephan estava com a cabeça baixa e encostada na minha, e suas lágrimas molhavam o meu cabelo; Até que Jimmy falou:

_ Precisamos estancar o sangramento...

Stephan se levantou, tirou e rasgou a blusa e enrolou em volta do ferimento.

_ Eu já liguei para a ambulância. – A voz do professor ecoou no recinto.

_ Car, por favor, me ouve! – Stephan continuava tentando me acordar e quando percebia o fracasso, chorava e chorava.

De repente a equipe médica do colégio chegou e entrou no vestiário. Eles precisavam me levar, porém Stephan não me largava e repetia a mesma coisa:

_ É culpa minha. Culpa minha...

Jimmy chegou perto do chefe da equipe e disse baixo o suficiente para apenas o homem ouvir:

_ Tirem ele de perto... Preciso falar algo para ele, então levem a garota para o hospital e deixa que eu me encarrego de levá-lo; Ele só precisa se acalmar.

O homem moreno e forte que coordenava o grupo apenas assentiu com a cabeça e saiu para dar as ordens.

_ Ei garoto, nós precisamos levá-la antes que seja muito tarde.

_ Eu vou junto! Eu ajudo!

_ Não precisa.

_ Deixa que eu a carrego. – Stephan disse em meio ao pranto.

_ Não precisa. – O homem repetiu

Antes que Stephan continuasse questionando, o homem ordenou e sua equipe me retirou dos braços de Stephan, e ele não pensou duas vezes antes de se levantar rapidamente e seguir a equipe médica; Porém, Jimmy entrou na sua frente, impedindo-o de prosseguir.

_ Sai da minha frente cara.

_ Precisamos conversar.

_ Eu não vou conversar agora!

_ Vai.

_ Depois.

_ Stephan, eu sei o que está acontecendo com Carollyne.

_ Eu também.

_ Não, você não sabe.

Antes que Stephan questionasse o garoto mais uma vez, Jimmy o interrompeu e começou a falar:

_ Ela está correndo perigo. Muito perigo. Eu não posso te explicar isso agora, mas, por favor, proteja Carollyne; É importante. E a gravidade do problema é maior do que você pensa.

_ Espera ai, do quê que você está falando? – Stephan estranhou.

_ Você sabe. – Jimmy disse e adiantou – Eu preciso ir, mas em breve, eu te explico direito.

_ Mas... – Stephan não estava entendendo nada, e antes que pudesse perguntar, Jimmy saiu correndo e desapareceu.

Steph saiu do vestiário e foi logo procurar o professor, para que assim fossem para o hospital; E para a sorte dele, o professor ainda estava no estacionamento quando se encontraram.

_ Você está indo lá? – Steph perguntou com a voz melancólica.

_ Sim, quer uma carona?

_ Claro.

Stephan entrou no carro e permaneceu calado até o hospital. Ele se sentia super culpado pelo ocorrido e queria me ver o mais rápido possível. E foi essa vontade que o impulsionou sair correndo do carro, entrar no hospital, e procurar, desesperadamente, por mim.

_ Cadê ela? – Ele perguntou afobadamente para uma enfermeira que andava pelo corredor.

_ Ela quem? – A mulher perguntou sem entender nada.

_ Carollyne.

_ É uma garota que acabou de dar entrada no hospitala? Desmaida?

_ Essa mesma! – Ele tropeçava nas palavras devido ao desespero.

_ Ela estava no bloco cirúrgico.

Stephan arregalou os olhos e disse:

_ Como é que é? Por quê?

_ Não se preocupe, é uma cirurgia para fechar o ferimento do braço direito da garota.

_ Ma-mas, ela acordou?

_ Logo após sua chegada, ela acordou, porém estava tão agitada que a sedamos.

_ Vai demorar muito?

_ O quê?

_ Para ela ir para o quarto.

_ Vou conferir para o senhor se a cirurgia já acabou.

Stephan sentou em uma das cadeiras da fila de espera, mas não agüentou ficar sentado e começou a andar de um lado para o outro sem controlar seu nervosismo.

O Professor entrou no hospital e viu Steph impaciente e sozinha na sala de espera.

_ Calma Stephan, está tudo bem.

_ Não, não está! A culpa é minha.

Antes que o professor pudesse explicar para Stephan que ele não tinha nada a ver, a enfermeira voltou e disse:

_ Senhor, a garota está sendo transferida para o quarto. Aguarde e você poderá vê-la.

A enfermeira disse e logo depois virou as costas para sair, mas se lembrou de fazer uma pergunta e novamente, se virou para o meu namorado:

_ Qual o seu nome, por favor?

_ Stephan Claymore.

_ Ah, então é você!

_ O quê?

_ Quando a garota chegou aqui e acordou, ela gritava seu nome e dizia, “preciso pedir desculpas a ele!”.

Stephan ficou chocado, afinal, percebeu que eu também estava me sentindo culpada pela briga que tivemos.

_ Em qual quarto ela está?

_ No quarto 311. Mas...

Steph não esperou o resto da fala da enfermeira e saiu correndo em busca do quarto, e quando achou, entrou rapidamente; Porém, eu tinha acabado de chegar ao quarto e os médicos ainda estavam organizando tudo.

_ Ei garoto, você não pode entrar aqui.

_ Eu só preciso vê-la.

_ Mas ainda estamos arrumando tudo por aqui.

_ Sem problemas, eu espero. Mas, tomem cuidado com ela.

Meu namorado saiu do quarto, encostou-se à parede, abaixou a cabeça e esperou. Enquanto Steph estava lá, esperando a permissão dos médicos, pensava no que Jimmy havia falado. O que ele quisera dizer realmente? Porque tanta preocupação comigo se ele tinha me conhecido há alguns dias? Como ele sabia que eu estava em perigo? Eram muitas perguntas para pouca resposta, e Steph estava lá, perdido em incógnitas. Ninguém podia saber do perigo que eu corria. Ninguém mesmo, e Stephan sabia disso.

_ Ei garoto, o que você é dela? – Um médico, parado na porta, perguntou para Steph.

_ Eu sou o namorado dela, e por enquanto, a única pessoa responsável por ela na cidade.

_ Como assim?

_ É que os pais dela viajam muito. A mãe dela é Loren Williams e o pai é Fred Williams. Conhece né?

_ Ah, eles são pais dela? Claro que conheço.

_ Pois então.

_ Pode entrar então.

Todos os que estavam dentro do quarto saíram e deixaram Stephan sozinho comigo.

Eu ainda estava sedada e permanecia dormindo. O garoto chegou do meu lado, passou a mão na minha bochecha, e com os olhos cheios de água ele disse baixinho:

_ Me desculpe! Eu te amo.

E então, sentou na cadeira ao lado da minha cama e esperou até que eu acordasse.

Uma hora depois, eu comecei a acordar e Stephan, que estava cochilando, se levantou e pegou na minha mão, e isso só aconteceu porque eu estava dizendo seu nome.

_ Steph? – Perguntei abrindo os olhos.

_ Sim meu amor, estou aqui.

Eu tentei, falhamente, me levantar e sentar na cama mas o meu braço doía.

_ Não, não, fica quietinha.

Eu fiz uma cara horrível de repúdio à dor.

_ Me desculpa? Eu devia estar louca.

_ Não, a culpa não foi sua... Foi minha.

_ Claro que não Steph. Eu que fiquei brava o dia todo contigo. Eu achei que você não estava acreditando no que eu dizia, e que era uma forma de ganhar sua atenção.

_ Car, me escuta... – Ele se sentou ao meu lado. – Eu sempre vou acreditar em você. Não existe nada que mude isso.

Stephan terminou a última frase e deu um beijo na minha mão. Logo em seguida completou:

_ Eu te amo.

_ Eu também. – Fiz um esforço exagerado para responder; Sentia-me fraca.

_ Shhh. Está tudo bem, agora descanse.

_ Mas antes... Promete que vai ficar aqui? Por favor! – Eu estava com medo.

_ Prometo. Mas descanse e amanhã você se sentirá melhor.

Stephan meu deu um beijo na testa e se sentou ao meu lado. Eu tentei me aconchegar na cama do hospital sem soltar a mão do meu namorado, e na hora que consegui, Jimmy entrou pela porta e disse:

_ Preciso falar com você, e é urgente!

_ Isso não é hora cara! – Steph fez cara feia.

_ Não Steph, deixa ele falar.

_ Preciso confessar algo...

Ficamos em silêncio observando o que Jimmy tinha a dizer.

_ Na verdade, eu não sou Jimmy Strokes. Eu sou Jason Price.

Como um reflexo, Stephan se levantou da cadeira e rapidamente pegou Jason pela gola.

_ Então é você! Você é o enviado dele! Filho da mãe! Eu vou acabar contigo!

FIM... POR ENQUANTO

Aguardem pelo início de “Imortal”.


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