Tom se mexia constantemente em sua cama, estava sentindo como se algo estivesse quase o matando, então o telefone toca:
- Alo!? - Tom falava quase sem fôlego.
- Quem fala? – uma voz estranha se pronuncia – O sr. Tom Kaulitz, por favor?
- Sou eu, o que aconteceu?- nessa hora, Tom estava tremendo e pensando no pior, e não foi por menos.
- Seu irmão, Bill Kaulitz, certo? – indagou a voz do outro lado da linha
- Sim, o que aconteceu com ele? – Tom já estava na cama, e desesperado, perguntava o que havia acontecido a Bill, o silencio se estabeleceu e Tom voltou a falar – O QUE ACONTECEU?
- Bom o sr. Bill Kaulitz sofreu um acidente....- Tom se intrometeu
- Acidente?!?! Que tipo de acidente!? - disse ele todo apavorado, e nesse segundo uma lagrima correu de seus olhos ate o chão. – Me diz! O que aconteceu com o Bill!
- Olha, não sabemos muito estamos esperando o sr. Gustav e o sr. Georg se recuperarem, e ,então pediríamos a eles com mais calma - terminou a voz, com um certo alivio por ter dito tudo o que precisava.
- Georg e Gustav, estão bem? Eles estavam com o Bill? Onde eles estão? Aonde meu irmão esta?!?! - seu tom de voz se agravava a cada segundo, Tom não poderia estar ouvindo aquilo, 1º seu pai o deixa e agora seu irmão.
[pensamento do Tom]
- NÃO! NÃO! ISSO NÃO PODE TER ACONTECIDO COM O BILL!.
NÃO PODE!
[/pensamento do Tom]

E minutos depois, Tom arromba minha porta, com a pior noticia do mundo. Fiquei em choque no mesmo segundo, o abracei chorando, e ele fazendo mil perguntas ate que ele disse que me levaria ate o hospital onde estavam todos...
Chegando lá....

Fui correndo ate a recepção e perguntei onde meu Bill estava, porem, fora interrompida pelo medico:
- Parentes do sr. Kaulitz? – perguntou o medico a nós enquanto anotava algo em sua prancheta.
- Sim, eu sou o irmão de Bill. – Tom respondeu na mesmo hora
- E eu sou a namorada dele. - fiz o mesmo, ele nos olhou com cara de que o ele iria nos dizer, não era nada de bom, e pra mim aquilo foi o fim mesmo.
- Bom o estado do sr. Kaulitz é grave... - eu logo o cortei.
- GRAVE? Como assim grave? – minha mão tremia, e lagrimas começaram a cair.
- O estado dele é critico, seu acidente foi... - o medico hesitou por um momento, e, então terminou - um tanto drástico... - ele iria terminar porem Tom gritou ao ver Gustav e Georg saindo de uma sala, que era algo como sala de soro (?)
- Gustav! Georg! - Tom disse gritando e indo em direção a eles.
- Tom! – gritou os G’s em unismo
- Voces estavam juntos? Como foi? O que provocou!? Falem-me! – Tom exclamava aos dois, eu fui lentamente ate eles, e me sentei em um banco ali perto.
- Tom! Calma! A gente vai te contar... - Gustav falou e nos levou ate a sala de espera. Sentamos no sofá, e começaram a contar, mais meus ouvidos não escutavam absolutamente nada, meus olhos cerrados ao chão, minha pele havia ficado fria, e minhas mãos grudadas uma a outra.

- Bom...

-          Bom... Após sairmos em carros diferentes, fomos ate um lugar – Gustav hesitou um pouco - , acho que não posso lhe dizer a onde, enfim, ao deixarmos o lugar, atravessamos a rua e bom, eu e Georg passamos, mas Bill – lagrimas percorriam o rosto de meu ursinho - , ele deixou cair algo, e quando levantou a cabeça havia um carro em sua direção, ele tentou sai dali, mas o carro estava perto demais.
O resto você já sabe.
- Mas... como? Um acidente de carro não pode deixá-lo tão mal assim, certo? - tudo ficou em silencio. - Certo?
- Errado – O Dr. Sheppard pelo que vi em seu crachá, entrou na sala. - Depende do acidente, esse, no caso de seu irmão...
-Doutor... - murmurei até sair algo - me diz que ele ficará bem - eu ainda encarava o chão, com meus olhos encharcados.
-Bem senhorita, no momento não poderei falar isso.
-Por favor, doutor o que meu irmão tem? – Tom, levantou-se do sofá, os G’s e eu imitando-o.
- Ele neste instante...
- Sim? - murmurei, mas minha voz falhou.
- Ele... Está em coma, seu estado não é dos melhores ou piores, ele entrou em coma um pouco depois de chegar.

Eu não ouvi nada a partir do “coma”. Abriu-se um buraco em mim, e o pior de tudo sem o Bill ali comigo, era como se esse buraco não tivesse nada, apenas um imenso e estúpido buraco vazio. Aquilo definitivamente não ficaria assim, eu farei de tudo, prometi a mim mesma nem que eu morra pra ele viver. Eu farei de tudo.

Arregalei meus olhos, lagrimas já caiam abruptamente em meu rosto, abracei-me a Tom com todas as minhas forças que eu ainda tinha. Afundei em seu peito, e chorei mais do que tinha em toda minha vida.

-          - Podemos vê-lo? – Gustav, o único que conseguia falar. Ge estava sentado olhando o chão como uma estatua.
- Na verdade, ainda não podem... Mas, podemos falar disso depois - Um de cada vez.
- Tudo bem, pode ir você. - Tom me disse
- Certeza?
- Sim - vire-me e ele sentou afundando o rosto em suas mãos. Segui o doutor Sheppard por um longo corredor, ele parou em uma porta com o numero 709
- É aqui - apontou pra porta.

-          - Obrigada. – ele se foi e eu abri a porta
Entrei no quarto, ele estava degredável, tubos e canos por todo seu corpo, estava com uma mascara de oxigênio, e palidez, oh como estava pálido. Aproximei-me de sua cama lentamente; ele estava gelado, e eu morrendo. Vê-lo daquela forma, naquele estado.
- Ele... Está em coma
Aquelas palavras ecoaram sem parar em minha cabeça, só podia ser um sonho. Sentei-me numa poltrona ao seu lado, olhei-o, eu simplesmente não quero acreditar, e, eu não posso; tenho que ser forte por mim, por Tom.
- Porque, heim? - deitei minha cabeça em seu peito
- Não foi culpa dele, Mari - olhei pra trás.
-Eu sei, ele não teve. – já começava a chorar de novo.
- Calma, ele vai sair dessa, ele vai conseguir sair do - Tom hesitou um pouco-coma.
- Eu sei, ele vai - levantei e o abracei...