Dear Devil - The Last Hope escrita por Pode me chamar de Cecii


Capítulo 4
Chapter Ten - Close End - ♚♛♜♝♞♟


Notas iniciais do capítulo

entaum meus lindos, vou ter q por minimo de review de novo! vai ser de 3, okk?
desse eu gostei bastante... vcs vao conhecer mais sobre a Cassie e um pokinho mais sobre o Derek... bem, espero q gostem *-*



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“Dear diary,

Have you seen how is ridiculous to a fallen angel to have a diary? Gosh, why am I doing this? Gabriel said that it would help me when mom gone. But since today it’s not doing any effect… He said that I should write letters to her. But will she read it? I don’t think so. It’s inutile.

But I don’t have any other choice, do I? So, here I go.

‘My dear mom,

I had tried, but I can’t. The hate is becoming biggest inside me, and, unhappily I can’t support it anymore. I do know that I’ve already done what I thought that was right and I’m here now.

I just wanna say that I’m sorry…

Thank you, mom. For everything.

Kisses,

Your Jude.’”


Eu fechei o caderninho de capa de couro negro, lutando para que as lágrimas não escapassem. Eu sentia sua falta. A de ambos.

Olhei para o relógio à minha frente. 22h30min.

Levantei-me com um mínimo de esforço e um bocado de preguiça e bati de leve na grade que formava a cela.

– Está na hora. – afirmei, mas o humano sabia que eu estava pedindo, na verdade, implorando.

– Está bem. – concordou, pegando a bolsa de pano e dando-me um bocado do musgo verde-escuro. Era menos do que na semana passada. Ele fechou a bolsa, mas eu mantive a mão ali, parada. – Não, mocinha, é só isso por hoje. – disse como se eu fosse um cachorro pedindo biscoito.

– Mas é tão pouco! – exclamei, ainda implorava a erva que me viciara.

– Sinto muito, garota. – lamentou e eu agarrei as barras da cela.

– Mas eu preciso dela!

Ele apenas me ignorou, sentando-se preguiçosamente na cadeira ao seu lado.

– Amanhã é um dia importante, sabia? – perguntou. – Seu interrogatório...

Preferi não responder.

Ouvi um ruído alto de ar escapando de um compartimento fechado e depois ouvi os ruídos de alguém bebendo.

– O que é isso? – perguntei apontando para a lata vermelha com um rótulo chamativo. – Côuca-Cula – tentei ler, mas sabia que estava errado.

– Coca-Cola. – corrigiu.

Côca-Cula – tentei novamente e ele soltou um risinho.

– Não, não! Coca-Cola.

Côca-Cula. – murmurei, fazendo um biquinho acidentalmente.

– Coca-Cola!

Côca-Cula! – mantive-me em minha pronúncia errada, apenas para irritá-lo. Eu poderia falar Coca-Cola, mas aquela brincadeira era divertida. – Por que alguém daria o nome de um produto de Côca-Cula?

– É Coca-Cola! Coca-Cola, Coca-Cola, Coca-Cola! – exclamava, levemente irritado, mas entrando na brincadeira, eventualmente abrindo largos sorrisos. – De onde você veio? No seu tempo não tinha isso?

Calei-me com a expressão “no seu tempo”. Não queria pensar sobre aquilo, definitivamente. Queria apenas apagar todas as lembranças “do meu tempo”. Ele pareceu perceber a ofensa.

– Desculpe. – pediu, sentando-se ao meu lado. – Não queria tê-la magoado.

– Tudo bem. Foi só... Um momento ruim. – concordei. Mas não estava brava com ele.

– Agora vai, me conta. Como você se chama, hein? Acho importante saber...

Eu ri.

– Me chama de Cassie.

Foi sua vez de rir. Sua risada era tão doce e pura que ele parecia um anjo.

– Cassie... – repetiu, tentando se acostumar com o nome. – Prazer, Derek.

Meu sorriso se alargou um pouco.

– Para mim seria um prazer se não fossem essas... Barras entre a gente! – disse, apontando para estas, mas passei minha mão por entre elas. – Prazer.

Ele aceitou o cumprimento, apertando minha mão por entre as suas. Por alguns segundos, permanecemos praticamente imóveis, encarando um ao outro, exibindo sorrisos nos lábios.

Côca-Coula. – persisti e ele riu, levantando-se e pegando a lata.

– Tome. – disse estendendo-me o objeto. – Vai provar o melhor refrigerante do mundo. – eu hesitei, olhando para ele de forma desconfiada. – Vamos, pegue!

Obedeci, tomando a. Lancei lhe um último olhar de receio antes de bebericar um pequeno gole do líquido escuro, esperando o maravilhoso gosto invadir minha boca. Mas eu me engasguei com o gás do refrigerante, estendendo-lhe a lata de volta enquanto tossia e soluçava.

– É... – consegui dizer entre o engasgo. – Horrível...

Ele riu, tocando minha cintura para que eu me virasse e dando leves tapinhas nas minhas costas que me fizeram desengasgar em poucos segundos. O próprio Derek parecia estar engasgado de tanto que ria da minha situação. Eu me senti humilhada diante de sua reação, mas logo estava rindo mais uma vez.

– Nunca-Mais-Ponha-Esta-Maldita-Lata-Na-Minha-Frente-Ou-Eu-Vou-Incinerá-la-E-Sua-Mão-Vai-Junto. – disse pausadamente como se ele fosse um burro ou um neném no pré-escolar.

– Tudo bem! – concordou, como se aquilo fosse mesmo melhor para ele. – Eu tomo tudo sozinho.

– À vontade.

Ao mesmo tempo nos encostamo-nos à grade, um se apoiando nas costas do outro.

– Então, quero saber. – pediu. – Por que você se incomodou tanto com o “no seu tempo”?

Eu suspirei, receosa de falar sobre aquilo. Sentia que podia contar-lhe tudo o que eu segurava para mim mesma por todas essas décadas, que podia contar-lhe todos os meus medos, toda a minha culpa. Sentia que éramos velhos amigos e que ele nunca trairia minha confiança, mesmo após a morte. Mas sabia que era apenas ilusão.

– Eles vão me perguntar isso amanhã, não vão?

Foi sua vez de suspirar, dessa vez eu senti o seu receio, sabia que ele queria falar, mas que não podia.

– Você pode me contar se quiser. Eu posso até manter segredo. Mas, se isso te incomoda, o que a Ellie vai te perguntar amanhã vai tocar no assunto.

– Ellie? A loira de ontem à tarde? – perguntei, como se meu amigo estivesse prestes a se casar e não houvesse me contado, como se, sem querer, me contasse o nome de sua amante e eu fosse sua esposa. Ou talvez o contrário.

– É, a Ellie. É ela quem vai conduzir seu interrogatório. Mas pode ficar calma, ela vai tentar ter o máximo de gentileza com você que for possível. Mas se quiser me contar agora... Talvez isso alivie um pouco suas preocupações.

Senti-me naquele momento num beco sem saída. Eu queria contar. Eu podia contar. Eu iria contar. Mas algo me dizia que era melhor esperar até o dia seguinte. Ignorei o último pensamento, confiando no humano.

– É só que eu venho de um tempo muito mais antigo do que o seu... Eu comia frutas e não tinha Côca-Coula vendida em latas vermelhas e berrantes... Eu tinha uma mãe e um irmão...

– Vai, me explica melhor. Pode contar. Confia...

– 1940, início da Segunda Guerra Mundial. Eu era bem feliz, ah, era sim. Era judia e meu pai trabalhava para o exército da Inglaterra, apesar de sermos ucranianos. Vivia com minha mãe e um irmão mais velho superprotetor. Meu ideal era entrar para o exército também, assim como meu pai, e matar todos aqueles nazistas desgraçados.

“Foi numa segunda-feira de inverno de 1943. Eu vivia escondida com uma das famílias vizinhas juntamente com meu irmão. Minha mãe estava sempre por perto, por isso não tínhamos medo de que algo acontecesse sem que soubéssemos.

“Eu estudava ainda, mas meu irmão passava os dias em casa, apenas esperando que eu chegasse para me ajudar com a Matemática. Eu tinha muitas dificuldades na matéria.

“Quando entrei em casa, o vi esperando sentado na mesa. Ao seu lado, um dos alemães malditos apontava uma arma para a cabeça de minha mãe.

‘Vou contar até três para você se identificar e se assumir como judia ou eu atiro’, ordenou assim que meus olhos encontraram os seus. Voltei-me para minha mãe, sua boca estava tapada com um pano sujo, seus olhos estavam incrivelmente vermelhos, mas ela ainda não chorara. ‘Um...’, começou a contagem e minha vizinha e segunda mãe se aproximou.

‘Ora!’, exclamou, se aproximando e envolvendo-me com seu abraço. ‘Isso é ridículo. Ela é minha filha de sangue, não podem ameaça-la!’.

‘Dois...’, continuou o soldado nazista. Novamente voltei meus olhos aos seus, que ardiam com um fogo, de raiva e de morte. Subi o olhar até a vizinha que por muito tempo cuidara de mim. Eu lhe dizia que me entregaria. ‘Três...’

‘Obrigada.’, agradeci, me desvencilhando de seu abraço. ‘Sou Judite Oliveira, filha de Sara Oliveira e judia por sangue.’, admiti e ele abriu um reluzente sorriso.

‘O Fühier agradece‘, murmurou antes de puxar o gatilho. Eu não fugi. Fui sim para o campo de concentração. Não, eu não sobrevivi. Mas também levei comigo a vida daqueles malditos e desgraçados nazistas. Não vou te contar meus meios. Matei todos os que estavam a uma milha de distância do campo, que Deus os tenha, mas que o maldito queime no fogo do inferno, assim como eu, por todo esse tempo!

“Eu nunca mais falei com meu irmão Gabriel desde então. Ele morreu conosco. Dizem que ele se tornou um anjo, mas pouco me importa. O que importa é que estou aqui hoje e a morte de minha mãe foi vingada, e só isso

“Mudei meu nome para Cassandra, apesar de que sempre que o ouço eu me lembro de minha falecida mãe.“

Derek prestava atenção em minha narração, ouvira cada palavra e eu sabia disso.

– Eu também perdi meus pais e meu irmão caçula, Alec. – confessou. – Não faz muito tempo. Morávamos na antiga colônia humana, no Texas. Não sei exatamente como nem por que, mas tudo pegou fogo. Eu estava em uma expedição de aula prática, e, quando voltei, as chamas já os haviam matado. E eu não pude fazer nada. Apenas me mudar juntamente com os outros para cá. – agucei os ouvidos, mesmo ele estando perto, mas ele não revelou nossa localização.

– É. – concordei, só não sabia com o que. – Acho... Acho que vou dormir agora.

– Boa noite. – desejou e eu sorri tristemente.

Deitei-me na cama quente coberta de peles de animais que eu nem sequer conhecia o nome. E fechei os olhos.

‘Olhe só para você, minha irmã... ’, ouvi a voz doce dizer.”

‘Um... ’”

“‘Um anjo caído. Uma assassina... ’”

“‘Dois... ’”

“‘Será que mamãe está feliz com isso? ’”

“Três... ’”

“Eu já a vi. E garanto que não... ’”

“‘O Fühier agradece’, e o tiro.“

Sobressaltei-me, levantando o tronco da cama. Estava soada. Passei a mão pelos meus cabelos ensebados apenas para perceber que tudo fora um sonho.

“Apenas outro maldito pesadelo.“



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Notas finais do capítulo

lembrem-se, meus lindos, comentem! por favor...
um beijoooooo e ate o proximo!



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