Dear Devil - The Last Hope escrita por Pode me chamar de Cecii


Capítulo 10
Chapter Sixteen - SIlver Blood - ♚♛♜♝♞♟


Notas iniciais do capítulo

bem, eu tenho a agradecer tres pessoas dessa vez, mas axo q vou deixar pro proximo cap, podi ser? esse eu vou dedicar à Lua... espero msm q vc fique bem.
[...]
sem cartinha, mas ta maiorzinho... enfim, eu ia colocar a fotinha do Mathews. mas fikei com preguicinha... depois eu posto, okk?
[...]
espero q gostem!



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“ - Preciso resolver algumas coisas. Já estarei de volta.”, dissera Derek antes de sair. E ela o esperava. Não o humano doce que a acompanhava desde a captura, mas sim àquele humano.

Batia os dedos sobre a mesa e esfregava as mãos, enrolava os cabelos, agarrava o pano da roupa, roía as unhas. Estava ansiosa para o divertimento começar.

Tive de conter-me para não se levantar quando o avistei. A farda bege como as de antigamente, os cabelos cor-de-mel cobertos pela boina, os óculos escuros estilo aviador a postos, o cassetete na mão direita e um apito na esquerda. Na identificação de plástico, o título de Major seguido do nome McOwen se destacava, mas eu sabia que era apenas pelo fato de ser algo usado, provido dos tempos antigos, do início do milênio, talvez 2005 ou 2006. A verdade era que ele não era Major nenhum, era apenas um Cabo, e seu nome não era McOwen. Era Mathews.

Imediatamente voltei para dentro da cela, deitando-me na cama e pondo-me a observar o escuro céu do meio dia. Em breve ele seria substituído por um sol que permanecia de meio dia a meia noite e de meia noite ao meio dia, trazendo um mínimo de calor.

E, assim que ele entrou, meu elaborado plano foi posto em ação. Era minha música preferida. Não existia ainda em minha época, mas eu a ouvira por anos e anos, após a morte de Lilian, que era fanática por ela em vida.

- “See the stone set in your eyes”

“With or Without You” do U2, se não me engano. Porém, fiz questão de desafinar um bocado. Ouvi o barulho do cassetete contra a grade derretida outra vez.

- Cala a boca! – ordenou e eu me levantei, passando pela abertura e postando-me ao seu lado, fitando o lugar onde eu estivera.

- Cala a boca! – repeti, apontando o dedo indicador, assim como ela fizera.

- Já para dentro! Agora, seu demônio idiota! – a voz era rude, como da última vez. Mas eu sabia que aquilo era uma vantagem em minha brincadeira.

- Já para dentro! Agora, seu demônio idiota! – copiei até mesmo seu tom de voz e vi sua face corar.

- Ora, eu vou...

- Ora eu vou... – após contrair as feições, como ele fizera, abri um sorriso sarcástico e ele me acertou o cassetete na cintura. Aquilo não fizera nem mesmo cócegas, eu estava forte o bastante. Pelo contrário, suas próprias mãos foram machucadas e, assim que senti o impacto, minha mão direita o acertou no lugar correspondente, como um espelho. Ele urrou com a dor e caiu no chão, então eu me joguei, imitando um choro de neném.

- Já chega!

- Já chega!

Ele ficou ainda mais vermelho, mas parou e suspirou.

- Entra. – pediu com um pouco mais de educação, mas, ao ver que eu não demonstrara reações, sacou rapidamente a arme de choque e atingiu meu braço, causando leve queimadura.

Como se aquilo me fosse uma picada de mosquito, apenas cocei um pouco e me sentei no chão, decidida.

- Não. – respondi simplesmente e a cor pimenta tomou conta de seu rosto novamente.

- SEU DEMÔNIO MALDITO, SE NÃO ENTENDEU, É UMA ORDEM E EU VOU TE CARREGAR SE FOR PRECISO, MAS VOCÊ VAI ENTRAR NAQUELA MALDITA CELA! – perdeu a paciência e eu dei de ombros.

- Não vai não. - seus olhos tremiam em um tique nervoso que era percebido até mesmo sob os óculos e ele ameaçava me acertar a arma de choque outra vez. – Oh, não, não mesmo... – murmurei. – Se eu fosse você, não faria isso

- Como – perguntou-me, parando no meio do caminho.

- Ah... – suspirei como quem não queria nada, desviando o olhar. – É só que Derek não gostaria de saber. Sabe, aquele que manda em você?

O tique nervoso voltou a seus olhos.

- Vá para o inferno. – ironizou e eu ri.

- Acabo de chegar de lá.

Ele não ouviu, ou ignorou, sentando-se atrás da mesa.

- Vá para onde quiser. – desistiu e eu me levantei, entrando na cela e deitando-me na cama. Mathews esbugalhou os olhos em surpresa. – Ma... Mas... – gaguejou e eu deitei a cabeça em sua direção, arqueando as sobrancelhas em uma pergunta. Ele suspirou em desistência.

- “With or without you

With or without you, ooh

I can’t live

With or without you…”

Eu não desistiria tão cedo. Aquilo estava divertido demais. Cada vez mais desafinada, eu cantava os versos.

- Bonita a música, não? – perguntei, apenas para irritá-lo e voltei a cantar.

As sobrancelhas foram vistas sobre as lentes e ele enterrou a cabeça nas mãos.

- Certo... – murmurou, cauteloso. – OU VOCÊ PARA GORA OU...

Eu queria muito ouvir tudo, mas sua ameaça foi interrompida. Não, não fora eu, apesar de que me orgulharia muito se fosse. Mas sim era um convidado, digamos, especial que desceu com as enormes asas brancas em meio ao pátio.

Eu não podia vê-lo de frente, mas o reconheceria de olhos vendados, de costas, a um km de distância.

“Meu irmão, Gabriel.”


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Notas finais do capítulo

^^ deixem reviews



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