- burra? Nossa, obrigada! – eu disse me virando e partindo com o cavalo, não sabia aonde iria, sorte minha, começou a chover, eu estou em lagrimas, Diego estava muito longe, eu precisava ficar sozinha, fui até uma pequena fortaleza esquecida, em meio a floresta, era alta, mas coberta por videiras e trepadeiras, deixei o cavalo preso, e subi até o ultimo andar. “pelo visto, nosso casamento já era” pensei. Me sentei em um banco empoeirado, olhei para o anel tão lindo de casamento. “eu o amo ardentemente, não deixarei que apenas uma briguinha acabe com tudo!” minha mente bombardeava pensamentos, peguei um colar que meu pai havia me dado quando eu tinha oito anos. Caminhei até a janela, me apoiei lá.

Flashback:

- filha! – papai me chamou.

- sim papai. – me dispus a sua frente.

- este colar tem eu e sua mãe, por favor nunca perca, para lembrar sempre de nós! – disse meu pai.

- obrigada! -

Era um colar com um pingente pequeno em formato de coração, feito de ouro, abri o coração e havia duas pinturas, uma de minha mãe e outra de meu pai.

Fim do Flashback.

Enxuguei algumas lágrimas, escutei alguns barulhos, e uma canção se aproximando das escadarias.

Chove o céu nos teus olhos e eu morro dentro de você

Deixa todas as carícias sobre os lábios áridos

Você é um fogo entre dois espelhos, uma fuga no silêncio do coração

Mesmo se você está sozinha, eu nunca te deixei

Sangue e gelo em uma rosa, leio o corpo de quem você é

Em um quadro sem voz você pinta o amor que eu não te dei

Uma dor secreta

Baby, onde estiver o seu nome eu te amo

Baby, onde estiver o seu amor eu te amo

Baby, tudo que perdi foi você

Tudo que amo é você

Posso descer ao inferno e não me queimar jamais

Posso tudo, mas não posso partir novamente sem ela

Come pétalas dispersas em um outro universo que você me deixou

Em um beijo secreto

Baby, onde esteja o seu nome eu te amo

Baby, onde estiver o seu amor eu te amo

Baby, tudo que perdi foi você

Tudo que amo é você

Não houve nada depois do bem que você fez

Não houve nada depois de você...como você...

Era a voz de Diego.

- me desculpe por ter falado que você é burra. – disse Diego vindo para o abraco.

- eu não deveria ter te chamado de grosso. – eu disse o abracando, ele retribuiu o abraco mais forte, senti uma lagrima escapar pelos meus olhos.

- eu te amo, sempre te amei! – disse Diego.

- Diego, eu também te amo! Bom, nada mais teremos que fazer aqui? – perguntei.

- não, vamos ir para o castelo de Walter. – disse Diego segurando minhas mãos.

- sim, claro. – disse indo para a escada.

- é sempre tão submissa? – perguntou Diego.

- depende com quem e a ocasião. – respondi.

Caminhamos até o térreo e em seguida fomos na direção da casa de Walter. Por sorte não estava mais chovendo. Chegamos em fim na casa de Walter, para minha surpresa Jane estava lá também- Jane! – corri para seu encontro.

- Blair! – retribuiu o abraço. – como está a vida de casada? – perguntou em seguida.

- ótima!  E você como andas? Falaste novamente com Luca? –perguntei.

- bom, estou totalmente sozinha, Walter tem sido meu ombro de consolo, depois de seu casamento não falei com Luca novamente. – respondeu Jane.

- vamos almoçar? – perguntou Diego.

- claro. – disse Jane me puxando para a sala de jantar.

Sentamos lá, Walter estava lendo algumas cartas, em seguida disse:

- Blair, a Condessa Elizabeth Bathory a convidou para um jantar, ela mora na Hungria.

- que gentil da parte dela, pode ter certeza que eu irei. – respondi.

- mas ela a pede que vá sozinha. Diz que precisa falar sobre os próximos anos de casamento.

- claro, Diego não se importa se eu for?

- não, pode ir. – respondeu.

- eu e Diego vamos fazer umas festinhas... Muahahaha! – disse Walter fazendo uma risada maléfica.

- com certeza! – disse Diego.

- Jane, vem comigo pra Hungria? – perguntei.

- claro!

Terminamos de comer. E na manhã seguinte partiríamos para a Hungria.

Fomos para a sala de leitura e continuamos conversando.

-Meu amor, por favor tome muito cuidado lá – Diego falou com um olhar preocupado.

-tomarei.- o tranqüilizei.

-Walter aonde iremos dormir? – Diego perguntou.

-não temos muitos quartos aqui, então já que são casados, dormirão no mesmo quarto.

-não tem problema. Será um prazer. - Diego fez um olhar malicioso, bem malicioso.

-não pense besteira - eu o cortei. - o que você está pensando não irá acontecer. – fiquei brava.

-Calma, eu estava brincando. Desculpe. - ele me deu um beijo na bochecha.

-está bem. Vou me retirar, estou cansada.

Sai e fui para o meu quarto. Chegando ao meu quarto, tirei meu vestido e coloquei minha camisola, e me sentei próxima a penteadeira. Peguei um pequeno frasco de perfume e borrifei em meu pescoço. Enquanto sentia o perfume emanando de minha pele fechei meus olhos.

Levei um susto, pois Diego apareceu atrás de mim, colocando suas mãos em meus ombros. Virei meu rosto em sua direção, assim que fiz isso ele me beijou, depois disse:

- não sei se vou agüentar ficar esse tempo todo sem você. – ele sussurrou em meu ouvido

Me levantei e o encarei dando um leve sorriso.

-Imagina, você viveu a vida inteira sem mim.

-Não ouse nunca mais falar isso! Você sabe que é mentira!-Ele ficou bravo.

-não sei não, ainda acho que você prefere fazer festinha com o Walter a ficar perto de mim. – dei um leve sorriso.

-você adora provocar não é?