Flüchtig escrita por Danie-chan


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Naruto não me pertence.
TAM-DÃ, finalmente vão saber quem foi que o Sasuke encontrou.



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Cena 6: Títere

o – O – o

“Gosto de ter sempre o controle da situação, mas sou uma marionete na sua mão.”

o – O – o

 [Flashback on]

Sasori Akasuna – seu nome artístico - era uma pessoa com hábitos atípicos.

Um homem que dificilmente saia de casa, pois passava todo seu tempo livre limpando e arrumando os bonecos que colecionava. Bonecos não, marionetes, como ele fazia questão de corrigir quando alguém tentava zoá-lo; uma estatura abaixo do que deveria, dando-lhe a aparência frágil, quando na verdade ele já dera uma surra em dois homens que tentaram assaltá-lo numa sórdida noite.

Não me pergunte sobre isso, em como ele conseguiu tal feito sendo tão pequeno. Não cabe à mim responder, não agora.

Todos odeiam quando atrapalham uma atividade importante, particularmente prazerosa. Sasori detestava em especial quando alguém o ligava, ou visitava, enquanto dava polimento aos bonecos.

E é claro que foi exatamente isso que aconteceu.

Ele olhou para a tela do celular, vendo o nome de Itachi piscando desvairadamente. Sasori expirou, deixando a marionete na mesa e atendeu a chamada.

- Me dê um bom motivo para não te matar.

- Estou no aeroporto esperando meu vôo pra Londres.

Sasori travou a mandíbula, ficando ainda mais sério do que eu achava possível. Ele sabia que Itachi não iria atrapalhá-lo por futilidades.

- O que aconteceu? Vocês estão bem? – Perguntou o ruivo, evidente que o plural da frase referia-se aos irmãos Uchiha.

- Não tão bem quanto gostaria, mas isso não importa agora. – Sasori sempre fora o melhor amigo de Itachi, então estranhou a omissão de informações, mas esperou pacientemente o moreno continuar. – Preciso que você vá à minha casa e fique com o Sasuke por uns dias. Ele está de férias, e não gosto de deixá-lo sozinho.

Aquilo ficava a cada palavra mais estranho: Itachi viajar sem Sasuke? Improvável.

- Por que não o levou contigo? – Sua mente tentava organizar as informações de modo conciso.

A chamada ficou silenciosa por alguns segundos, até que a voz insípida – e ao mesmo tempo tão sedutora – de Itachi respondeu.

- Depois te conto. – Sasori suspirou. – Você pode cuidar de Sasuke por mim? Volto em no máximo quatro dias.

A voz normalmente firme de Itachi parecia tentar esconder a aflição.

- Vou apenas arrumar minha mochila, ainda tenho sua chave.

- Obrigado, Sasori.

O ruivo murmurou algo similar ao ‘não há de quê’ e desligou o celular.

Pelo visto, não acabaria de polir seus colecionáveis tão cedo.

[Flashback off]

- O que você está fazendo aqui? – Sua voz saiu levemente embargada, dirigindo-se ao homem de cabelo vermelho-sangue, também conhecido como Sasori. O mais jovem respirava forte como conseqüência de sua corrida exasperada, o que não combinava com alguém que carregava o sobrenome Uchiha nas costas.

- Também estou feliz em te ver, Sasuke. – Respondeu com apatia, sem se dar ao trabalho de olhar para o outro.

O rapaz permaneceu parado, ainda no choque de ver o ruivo no lugar de seu adorado irmão. Será que Itachi estava escondido atrás do sofá para assustar o irmão? Naah, Itachi não era tão infantil ao ponto de fazer algo do gênero, ao menos não na maior parte do tempo.

- Responda minha pergunta! – Embora tentasse usar seu melhor tom autoritário, sua voz soou como a de um garotinho de cinco anos querendo levar mais que o necessário nas compras do mês.

Sasori ergueu a sobrancelha direita.

- Serei sua babá enquanto o Itachi está fora. Então seja um bom garoto e volte para seu quarto, ok?

Então seus pesadelos se concretizaram.

Como Itachi se atrevera a deixá-lo, sem se despedir, sem ao menos um motivo plausível. Foi só um beijo, não era necessário tanto alarde por algo simplório. Havia algo por trás daquilo, e o Sasuke precisava descobrir.

Sua onda de pensamentos maçantes refletia-se na expressão do jovem, algo que não passou despercebido por Sasori.

“Sasuke parece surpreso com isso... Itachi o deixara sem avisar?”

- Eu acabei de acordar, e você não pode ficar me dando ordens desse jeito. – Disse depois de muito tempo, quebrando o silencio constrangedor que pairava na sala.

Após tal frase, Sasuke saiu do cômodo pisando forte em direção à cozinha.

- E é por esse e outros motivos que eu adoro crianças... – Refletiu Sasori, com a voz baixa e perigosa, ao tempo que seu olhar acompanhava o moreno.

o – O – o

Era de se esperar que aquela instituição não fosse custar nem um pouco barato, mas ao ver o valor e a quantidade de zeros no cheque que acabara de assinar, Itachi sentiu um leve incomodo no seu bolso.

“Traje à rigor, traje esporte, traje esporte-fino, traje social, uniforme de inverno, uniforme de verão... Para que tantas roupas?” – Só para atender os requisitos do colégio, o Uchiha teve que tirar uma porcentagem significativa do dinheiro que trouxera consigo.

Por sorte a herança da família era gorda.

Ele respirou fundo, deixando seu corpo cair no sofá de cor pérola do luxuoso hotel – e fazendo os papeis que segurava voarem pelo o quarto, alguns coincidentemente caindo em cima da mesinha de café, como folhas secas caem na grama durante o Outono.

- Será que estou fazendo o certo? – Itachi se perguntava, enquanto olhava pela janela do hotel, as luzes similares a estrelas.

A presença de seu pequeno otouto era algo sempre imprescindível na vida do mais velho. Imaginar uma vida sem aquele garoto egocêntrico, mimado e adorável era algo doloroso demais para o moreno, que tentava ao máximo não pensar em como ficaria sem ele.

Ele suspirou, colocando os dedos entrelaçados por cima dos olhos.

- É melhor para ele, Itachi. É melhor assim. – Será que se repetisse aquilo para si por tempo suficiente, a idéia finalmente seria aceita por sua mente teimosa?

Acho que não.

O homem olhou para o celular, que repousava na mesinha à sua frente. Esticando o braço, alcançou-o.

“Preciso saber como ele está.”
E discou o número.

o – O – o

Sasori acabara de se instalar num quartos de hóspedes da casa. Não pretendia ficar por muito tempo, mas precisava de privacidade para fazer o que queria. Trancou a porta do cômodo e colocou sua mala em cima da cama, abrindo o zíper cuidadosamente.

- Aqui está você... – Disse, enquanto tirava nada mais, nada menos que uma marionete de dentro.

Um sorriso involuntário surgiu nos lábios finos do ruivo.

Ele retirou uma caixinha de madeira, com floreios entalhados na tampa, levando-a em uma mão e o boneco na outra, colocando os dois suavemente na escrivaninha.  O sorriso dócil ainda estava em seu rosto, quando sentou na cadeira.

- Agora posso trabalhar em paz. – Ele abriu a pequena caixa, prestes à tirar um lenço de dentro, quando...

Costumo dizer que o Destino é um cara legal, só um pouco inconveniente. Temos que tentar ver pelo lado dele, não é?

Se o telefone de Sasori tocou naquele instante, devia haver uma causa, motivo, razão ou circunstância.

“Pelos deuses...” – O pequeno homem pegou o celular com mais força do que o habitual, apertando a tecla verde e levando-o até o ouvido.

- O que? – Bufou para quem quer que fosse no outro lado da linha.

- Pelo visto continua com seu ótimo humor, Saso-kun. – Ah... aquele tom sarcástico que tanto combinava com Itachi! Que nostálgico.

- Humpf, vá direto ao assunto. – Ser atrapalhado uma vez, ele até podia relevar. Porém, duas vezes pela mesma pessoa já era demais.

- Sasuke está por perto?

Sasori abriu a porta do quarto, olhando para os lados do corredor vazio.

- Nah, não. – E fechou a porta novamente - Aconteceu algo?

Sasori escutou um farfalhar na outra linha. Itachi parecia estar ocupado.

- Como ele está?

O ruivo respirou pesadamente.

­- Sua preocupação seria comovente caso você não fosse o causador da miséria daquele garoto. – Ele não fazia idéia de como tais palavras perfuravam o peito de Itachi, semelhantes a mil gumes. – Ele está mais carrancudo que o habitual.

- ...Voltarei em poucos dias, só estou acabando de acertar algumas documentações aqui. Diga à Sasuke para arrumar as malas com o máximo de roupa possível.

A testa de Sasori se enrugou com aquilo.

- Então vocês vão viajar juntos depois?

Itachi pigarreou.

- Digamos que sim. Preciso desligar agora. – Apressou-se a dizer. – Obrigado pela ajuda, Sasori.

Sem esperar o ruivo responder, desligou o celular.

- E é isso que ganho por ajudar um amigo... – Reclamou olhando pro celular, logo após o jogando na cama. – SASUKE, SE ARRUME. VAMOS SAIR PRA ALMOÇAR.

Gritou porta à fora, esperando que o garoto escutasse onde quer que estivesse.

Sasori não tinha vocação para cozinheiro, muito menos para vidente. E se tivesse, o que aconteceu depois podia ser diferente.


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Notas finais do capítulo

N/A²: Ah vá, nem demorou tanto dessa vez.
Primeiramente, peço que perdoem os erros desse capítulo, mas ele não foi betado.
Em segundo lugar, NÃO ME MATEM pelo rumo que a história ta tomado.
Se alguém tem uma opinião pra dar, review!
Rosas são vermelhas, violetas são azuis, review é o combustível que me faz escrever mais rápido. Eu.